Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: heavy metal (page 1 of 5)

Calango Brabo investe em mescla de forró com metal

calango brabo-400x

Por Fabian Chacur

A mistura do nosso forró com o rock começou a ser feita a partir dos anos 1970, especialmente graças a artistas como Alceu Valença, Raul Seixas e Zé Geraldo. Com o decorrer dos anos, surgiram novos desdobramentos. A banda paulistana Calango Brabo, há uma década na ativa, aposta em uma original combinação do heavy metal e hard rock com o som brasileiro, chegando a um resultado bastante interessante e que começa a atrair as atenções do público.

O grupo tem como líder o cantor, compositor e guitarrista Daniel Ruberti, que mergulhou no mundo da música ainda adolescente e trabalhou com Almir Sater e o grupo Planta e Raiz, além de dar aulas. Fã incondicional de heavy metal e hard rock, ele começou a se interessar pelos ritmos brasileiros ao trabalhar com Sater, e logo surgiu a ideia de criar algo diferente.

Desde 2013, quando lançou seu primeiro álbum, o Calango Brabo investe em releituras personalizadas de canções dos repertórios de Luiz Gonzaga, Zeca Baleiro, Zé Ramalho e Alceu Valença e também em composições próprias. Ele se vale de seu vasto conhecimento das técnicas do rock pesado para oferecer ao ouvinte uma fusão entre gêneros das mais viáveis.

Um bom exemplo é seu arranjo para Telegrama, hit de Zeca Baleiro, que ganhou elementos de Eye Of The Tiger, hit do grupo americano Survivor em 1982 e celebrizada graças ao filme Rocky III, de Silvester Stallone.

Outra marca do trabalho da banda, que também inclui Ivan Jubram (baixo) e Felipe Cappia (teclados) em sua formação fixa, é o uso por Daniel nos shows de um instrumento apelidado por ele de guitarras siamesas, que são duas guitarras acopladas em formato de V que exigem do músico uma técnica toda especial. Ele já participou de vários programas de TV apresentando esse instrumento inusitado.

O Calango Brabo investe no seu lado autoral lançando singles no Spotify, como Universo em Mim, Boi da Cara Preta e Ventania e a Mulher Diaba. Eles se apresentarão no próximo dia 24 (sábado) às 18h na Casa de Cultura do Butantã (Rua Junta Mizumoto, nº 13), com entrada gratuita.

Telegrama– Calango Brabo:

Metallica lança segundo álbum com orquestra em 28 de agosto

metallica s&m capa

Por Fabian Chacur

Em 1999, o Metallica lançou um de seus projetos mais ousados e bem-sucedidos, o álbum S&M, gravado ao vivo e no qual foi acompanhado pela San Francisco Symphony, sob a batuta do saudoso maestro, compositor e músico americano Michael Kamen (1948-2003). Como forma de celebrar os 20 anos desse evento histórico, o grupo apresentou-se novamente com essa orquestra em 6 e 8 de setembro de 2019. O registro dessas performances será lançado pela Universal Music no dia 28 de agosto em vários formatos, sendo que, no Brasil, apenas em CD duplo com booklet, DVD e álbum digital.

As duas apresentações da mais bem-sucedida banda da história do thrash metal marcaram a inauguração do Chase Center, em San Francisco, Califórnia, com a presença de um total aproximado de 40 mil fãs alucinados.

A direção musical da orquestra ficou a cargo de Michael Tilson Thomas, e o maestro foi Edwin Outwater, comandando uma orquestra com quase 80 integrantes que executou arranjos grandiosos e impactantes. O repertório traz músicas da banda e dois temas extraídos do universo erudito.

O filme que registrou o evento foi exibido pela primeira vez em 3.700 cinemas de todo o mundo em outubro de 2019. A versão que será lançada em DVD e Blu-ray, no entanto, virá, segundo informa a assessoria de imprensa da banda, é ainda mais grandiosa e elaborada, com direção a cargo de Joe Hutching.

Duas das músicas, Nothing Else Matters (veja aqui) e All Within My Hands, já estão disponíveis para o público. S&M (1999) vendeu milhões de cópias e atingiu o 2º posto na parada americana. Saiba mais aqui. Veja o trailer do filme aqui.

Eis as faixas da versão CD duplo:

CD 1

1 The Ecstasy of Gold

2 The Call of Ktulu

3 For Whom the Bell Tolls

4 The Day That Never Comes

5 The Memory Remains

6 Confusion

7 Moth Into Flame

8 The Outlaw Torn

9 No Leaf Clover

10 Halo on Fire

CD 2

1 Intro to Scythian Suite

2 Scythian Suite, Opus 20 II: The Enemy God And The Dance Of The Dark Spirits

3 Intro to The Iron Foundry

4 The Iron Foundry, Opus 19

5 The Unforgiven III

6 All Within My Hands

7 (Anesthesia) – Pulling Teeth

8 Wherever I May Roam

9 One

10 Master of Puppets

11 Nothing Else Matters

12 Enter Sandman

FORMATOS METALLICA & SAN FRANCISCO SYMPHONY: S&M2

– Caixa Deluxe (edição limitada 4LP vinil cor, exclusivo livro de fotos, 2CDs, Blu-ray, partituras, cinco palhetas de guitarra, poster, cartão para download);

– Caixa Super Deluxe (com todo o material acima mencionado + partitura original assinada pelos membros da banda. Edição limitada a 500 cópias via Metallica.com);

– 4LP Pretos com livro de fotos e cartão para download;

– 4LP Cor com livro de fotos e cartão para download (exclusivo via varejo independente – indie retail e via Metallica.com);

– 2CD com booklet de 36 páginas;

– 2CD/Blu-ray com booklet de 36 páginas;

– 2CD/DVD com booklet de 36 páginas;

– Blu-Ray;

– DVD;

– Álbum Digital;

– Filme Digital.

Veja o clipe de All Within My Hands:

Sunrunner estreia um vocalista brasileiro com heavy elaborado

sunrunner cover cd-400x

Por Fabian Chacur

Oriundo da cidade de Portland, situada no estado americano do Maine, a banda Sunrunner resolveu partir para uma nova experiência. Eles decidiram incorporar ao time um vocalista oriundo do Brasil. Ex-integrante das bandas brasileiras Noerya e Kromun e da Desant, da Romênia, ele conheceu os caras há uns três anos, e foi incorporado ao novo time em 2018. O álbum Ancient Arts Of Survival marca o início discográfico dessa parceria, e merece aprovação plena.

Criada em 2008, a Sunrunner traz em suas fileiras Joe Martignetti (guitarra), David Joy (baixo) e Ted MacInnes (bateria). Em sua discografia, figuram os álbuns Eyes Of The Master (2011), Time In Stone (2013) e Heliodromus (2015), tendo este último sido lançado pelo selo italiano Minotauro Records.

O som da banda americana equivale a um hard rock com influências progressivas, próximo do que se convencionou chamar de prog metal, mas sem cair no tecnicismo excessivo de algumas bandas do gênero. Eles trazem influências de folk, heavy, hard e progressivo, com direito a belas passagens instrumentais com solos de guitarra fluentes e não exibicionistas, daqueles nos quais as notas ficam espaçadas e bem encaixadas nas melodias bacanas.

A voz de Bruno Neves coube muito bem na proposta sonora do grupo, com potência suficiente para encarar os riffs pesados e as mudanças de andamento existentes. Ecos de Iron Maiden, Jethro Tull, Metallica e Uriah Heep podem ser percebidos aqui e ali, mas apenas como referências, sem soar como mera cópia ou coisa do gênero. O entrosamento entre eles se mostra impecável, assim como os timbres que escolheram para os instrumentos.

São nove faixas bem trabalhadas, entre as quais se destacam Stalking Wolf, Arrive Survive Awaken Thrive , The Scount e Distorted Reflection. Destaque para a bela capa, que ilustra muito bem o título desse álbum tão interessante (ancestrais artes da sobrevivência, em tradução livre).

Ouça Ancient Arts Of Survival em streaming:

Robert Plant:70 anos de idade com Led Zeppelin e bem mais

robert plant-400x

Por Fabian Chacur

Em 1968, o ex-cantor do obscuro grupo Band Of Joy recebeu um convite irrecusável. Jimmy Page, guitarrista que havia se tornado famoso no cenário musical como músico de estúdio e integrante da última formação do celebrado The Yardbirds, ofereceu ao vocalista em questão uma vaga em sua nova banda. A resposta positiva equivale ao pontapé inicial rumo ao estrelato do sujeito em questão, um certo Robert Plant, que celebrou 70 anos de idade nesta segunda (20) ainda ativo e relevante.

Quando a banda de Page e Plant lançou seu álbum de estreia, em janeiro de 1969, rapidamente se transformou em uma das formações mais celebradas e icônicas do rock. Em seus 12 anos de existência, o Led Zeppelin vendeu milhões de discos, lotou estádios, superou a perseguição da crítica especializada de então e provou que o rock pesado podia ter horizontes musicais mais amplos e criativos do que alguns roqueiros mais radicais poderiam imaginar.

Com sua voz potente, capaz de alcançar agudos poderosos e também desempenhar muito bem nas regiões mais graves, Robert Plant ainda trazia como atrativos uma postura de palco extremamente eficiente e muito talento como compositor. Sua versatilidade como cantor ajudou o quarteto, que tinha também os brilhantes John Paul Jones (baixo e teclados) e John Bonham (bateria), a mergulhar em sonoridades distintas, criativas e repletas de prazer auditivo.

Não é qualquer cantor que pode se meter a cantar em uma mesma banda rocks pesados como Communication Breakdown, Celebration Day e Whole Lotta Love, blues ardidos e poderosos como Since I’ve Been Loving You, You Shook Me e I Can’t Quit You Baby, canções folk como Tangerine e híbridos como a folk-rock-soul Over The Hills And Far Away e a balada pesada Stairway To Heaven. E isso só para citar algumas das vertentes desenvolvidas pelo grupo…

Com o fim do Zeppelin em 1980, Robert Plant poderia facilmente ter se tornado um daqueles artistas que passa a viver do seu passado de glória. Mas isso não ocorreu. Em 1982, dava início a uma produtiva carreira solo com o lançamento do álbum Pictures At Eleven. Rapidamente se firmou na nova opção de carreira, e em momento algum caiu na tentação de fazer só um pastiche da antiga banda, mesmo não abandonar o rock.

Hits dos anos 1980, como a fortemente influenciada pelo tecnopop Little By Little, o rockão Tall Cool One, a belíssima balada Ship Of Fools e a vigorosa Hurting Kind (I’ve Got My Eyes On You) ilustram bem essa nova fase de sua carreira, ajudando-o a ser o bem-sucedido Robert Plant, e não “apenas” o ex-cantor do Zeppelin.

Com o tempo, retomou sua paixão pelo folk e pelo country e investiu em consistentes trabalhos nesses segmentos, dos mais o mais bem-sucedido em termos artísticos e de vendagens foi o excelente álbum Raising Sand (2007), gravado em dupla com a cantora, compositora e musicista americana Alison Krauss e que lhe rendeu cinco troféus Grammy (incluindo o de álbum do ano), algo que não havia conseguido em sua época de Led Zeppelin.

Nessa abertura por projetos diferenciados, ele foi em 1984 o vocalista principal do EP The Honeydrippers Volume One, no qual releu ao lado de amigos como Jimmy Page, Jeff Beck e Nile Rodgers cinco clássicos do r&b, entre eles a deliciosa balada Sea Of Love, que acabou se transformando em seu maior hit em termos comerciais fora do Zepp.

O mérito de Robert Plant é ainda maior se levarmos em conta que ele teve problemas com as cordas vocais em alguns momentos dessa trajetória, inclusive nos tempos de Zeppelin. Felizmente, conseguiu se recuperar, embora tenha passado a se concentrar um pouco mais nos registros vocais mais graves, sempre de forma inspirada e deliciosa.

Os fãs do Led Zeppelin sempre sonharam com um retorno do grupo, mesmo sem o saudoso baterista John Bonham, cuja morte em setembro de 1980 causou o fim da banda. No entanto, eles só deram algumas poucas oportunidades para saciar as saudades de todos: em 1985, no Live Aid, em 1988, no aniversário de 40 anos da Atlantic Records, e em 2007, com um show completo em Londres registrado e lançado posteriormente em DVD, Blu-ray e CD.

Page e Plant também proporcionaram aos fãs o lançamento de dois álbuns em dupla, No Quarter (1994) e Walking Into Clarksdale (1998). A turnê de divulgação do primeiro os trouxe ao Brasil em janeiro de 1996, em shows no Rio e em São Paulo durante a última edição do festival Hollywood Rock.

Robert Plant cantou no Brasil pela primeira vez em janeiro de 1994, no Rio e em São Paulo, como atração do festival Hollywood Rock. Nessa ocasião, tive a oportunidade de participar da entrevista coletiva concedida por ele em São Paulo no hotel Maksoud Plaza, na qual ele se mostrou simpático e bem-humorado, brincando que ele sempre se mantinha com o visual “carneirinho”, por causa da cabeleira cacheada.

Nessa mesma ocasião, consegui que ele me autografasse a coletânea em vinil Ten For Forty Seven. Lembro que dei a ele a contracapa para o autógrafo, e ele não reconheceu de pronto o álbum, olhando a seguir para a capa e comentando “ah, é Ten For Forty Seven…”.

Seu mais recente trabalho, o CD Carry Fire, saiu em outubro de 2017 e conseguiu ótimo resultado comercial e bons elogios por parte da crítica especializada. Ele foi acompanhado novamente pela banda the Sensational Space Shifters. Em março de 2015, vi o show deles no Lollapalooza Brasil, e fiquei impressionado com a ótima performance de Plant em termos vocais. Feliz 70 anos, mestre!

Tall Cool One (clipe)- Robert Plant:

Ruy Faria e Fast Eddie Clarke são os desfalques da música

ruy farias ex-mpb4-400x

Por Fabian Chacur

Ruy Faria e Fast Eddie Clarke nunca estiveram juntos, seja em palco, estúdio de gravação ou mesmo entrevistas. Eram de países e áreas musicais muito distintas entre si. Os dois, no entanto, tem duas coisas em comum, uma boa, a outra nem tanto: eram ótimos no que faziam, e infelizmente nos deixaram, Clarke nesta quarta (10) aos 67 anos, e Faria nesta quinta (11), aos 80 anos. Ambos se tornaram famosos integrando grupos.

Nascido no Rio de Janeiro em 31 de julho de 1937, Ruy Faria foi um dos fundadores do MPB4 em 1965 ao lado de Magro Waghabi (1943-2012), Aquiles e Miltinho. O grupo que surgiu no meio universitário logo se tornou um dos mais importantes no quesito vocal, sempre com repertório impecável e arranjos criativos e personalizados.

A carreira do quarteto é intimamente ligada à de Chico Buarque, com quem gravaram e fizeram shows em diversas ocasiões, e de quem gravaram inúmeras composições. Em sua discografia, o MPB4 traz clássicos do porte de Cicatrizes (1972), Canto dos Homens (1976), Bons Tempos, Heim?! (1979) e Vira Virou, só para citar alguns.

Para tristeza dos fãs da boa musica, Ruy saiu do MPB4 em 2004, em uma briga que é melhor não entrarmos em detalhes. Em 2005, lançou o álbum Só Pra Chatear em parceria com outro grande amigo de Chico Buarque, o cantor, compositor e músico Carlinhos Vergueiro. Vale lembrar que o grupo continua na ativa, hoje tendo Dalmo Medeiros e Paulo Malaguti Pauleira nas vagas de Ruy e Magro.

Nascido na Inglaterra em 5 de outubro de 1950, Edward Allan Clarke começou a se tornar conhecido no cenário rocker inglês ao integrar o grupo Zeus, de Curtis Knight. Em 1976, entrou no Motorhead, integrando a chamada formação clássica da banda ao lado de Lemmy Kilmister (baixo e vocal) e Philty Animal Taylor (bateria).

Com uma mistura de punk e heavy metal que abriu as portas para tendências como o hardcore e o thrash metal, o Motorhead viveu seus anos de ouro com Clarke, lançando álbuns seminais como Overkill (1978), Ace Of Spades (1979) e o espetacular ao vivo No Sleep ‘Til Hammersmith (1980), que chegou ao topo da parada do Reino Unido.

Em 1982, Fast Eddie Clarke resolveu sair do Motorhead, e criou sua própria banda, a Fastway, que viveu seus momentos de maior sucesso na década de 1980, embora se mantivesse na ativa (entre idas e vindas) durante muitos anos. Fastway (1983) e All Fired Up (1985) são seus álbuns mais badalados e com maiores vendagens.

O Motorhead e Clarke se reencontrariam ao menos em duas ocasiões, após a separação entre eles. Em 1985, no aniversário de dez anos de sua carreira, a banda fez um show registrado no VHS The Birthday Party (lançado também em CD em 1990) e em 2000, em show documentado pelo DVD/CD Live At Brixton Academy (lançado em 2003).

Dá para se imaginar Fast Eddie Clarke e Ruy Faria juntos, cantando e tocando uma nova versão de Ace Of Spades, ou quem sabe A Lua? Obviamente que não, mas a tristeza de seus fãs neste momento é absolutamente relevante e enorme. Que possam descansar em paz e ser recebidos por seus ex-parceiros que já estão do outro lado do mistério…

No Sleep ‘Til The Hammersmith- Motorhead (em streaming):

Megadeth mostra Dystopia e seus hits em São Paulo e Rio

Megadeth 1 jeremy saffer-400x

Por Fabian Chacur

Vivendo ótima fase em sua carreira, a banda americana de thrash metal Megadeth volta ao Brasil para shows no dia 31/10 (terça-feira) às 22h em São Paulo, no Espaço das Américas (rua Tagipuru, nº 795- Barra Funda- fone 0xx11-3864-5566), com ingressos de R$ 100,00 a R$ 400,00, e no dia 1º/11 (quarta-feira) às 22h no Rio de Janeiro no Vivo Rio (avenida Infante Dom Henrique, nº 85- Parque do Flamengo- fone 0x21-2272-2901), com ingressos de R$ 220,00 a R$ 400,00.

Os shows fazem parte da turnê de divulgação do álbum Dystopia (2016), que marcou a entrada no time de dois novos integrantes: o guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, do Angra, e o baterista belga Dirk Verbeuren, que fez parte da banda Soilwork. O primeiro CD da nova escalação e 15º trabalho de estúdio do grupo atingiu o terceiro lugar nos EUA, além de render a eles seu primeiro Grammy, após onze tentativas anteriores, todas mal sucedidas. Loureiro entrou com moral no Megadeth, pois é o coautor de três das onze faixas desse disco.

A banda, liderada pelo guitarrista e vocalista Dave Mustaine e completada por outro fundador do time, o baixista David Ellefson (que só ficou fora do quarteto entre 2002 e 2010), surgiu em 1983, e foi uma das pioneiras e mais influentes formações do thrash metal, ao lado do Metallica (da qual Mustaine fez parte e foi expulso antes da gravação de seu primeiro álbum), Slayer e Anthrax.

Seu maior sucesso veio em 1992, quando seu quinto CD, Countdown To Extinction chegou ao segundo lugar na parada americana, impulsionada pelo hit Symphony Of Destruction. Mesmo com alterações em sua escalação, o Megadeth sempre se manteve no topo das paradas de rock pesado, e em 2010 participou do histórico The Big Four, shows que reuniram as quatro maiores bandas do universo do thrash metal.

Dystopia (clipe)- Megadeth:

Morre Chester Bennington, o vocalista do grupo Linkin Park

chester-bennington-400x

Por Fabian Chacur

Chester Bennington, o vocalista da banda de nu metal americana Linkin Park, foi encontrado morto nesta quinta-feira (20) em sua casa, nos EUA. As evidências apontam na direção de um suicídio como causa de sua morte prematura, aos 41 anos de idade. A notícia chocou seus colegas de grupo, pois nos próximos dias eles iriam iniciar uma nova turnê.

Outros elementos intrigantes cercam a passagem do astro americano. Ele nos deixou na mesma data em que Chris Cornell, ex-cantor dos grupos Soundgarden e Audioslave e seu grande amigo, iria completar 53 anos. Vale lembrar que Bennington cantou a musica Hallelujah, de Leonard Cohen, no funeral do amigo, e se mostrou extremamente abalado pelo fato. Cornell abriu shows do Linkin Park no final da década passada, e fazia dueto com o amigo em alguns deles.

O Linkin Park vivia um ótimo momento, pois seu mais recente álbum, One More Light, saiu em maio e rapidamente se tornou seu quinto trabalho a atingir o primeiro lugar nos EUA. Eles também lançaram há pouco um novo videoclipe, ou seja, nada parecia indicar um desfecho tão terrível. Só nos resta aguardar para saber mais informações, e também se a banda seguirá adiante ou não, agora sem seu cantor.

Criada em 1996 em Agoura Hill, Califórnia, a Linkin Park ganhou embalo exatamente com a entrada de Chester Bennington, vindo do Arizona, em 1999. O álbum Hybrid Theory (2000) apresentou uma banda promissora no então efervescente cenário do chamado Nu Metal, mistura de heavy metal e hip-hop. Foram mais de 11 milhões de cópias vendidas. O álbum seguinte, Meteora (2003), consolidou o grupo no meio roqueiro mundial, e foi o primeiro a atingir o topo da parada ianque, façanha que repetiriam por mais quatro vezes.

O grande charme do trabalho da banda é a mistura da voz potente e angustiada de Bennington com os raps espertos de Mike Shinoda. Apesar dos problemas com drogas e bebidas assumidos publicamente por seu cantor, o grupo conseguiu se manter na ativa com turnês e álbuns bem-sucedidos comercialmente. Eles também conquistaram fãs ilustres como Jay-Z, com quem lançaram em 2004 o álbum Collision Course (2004), que lhes valeu um Grammy.

Outro elemento meio sinistro na trajetória de Chester Bennington, se analisarmos o seu triste fim, é o fato de ele ter sido o vocalista do Stone Temple Pilots no EP High Rise. Vale lembrar que o cantor original dessa banda, Scott Weiland, também morreu de forma trágica, em 2015. O cantor, nascido em 20 de março de 1976, é mais um roqueiro que se vai de forma precoce, deixando no ar a sensação de o quanto a pressão do megaestrelato deve ser dura de ser suportada.

O Linkin Park se apresentou ao vivo no Brasil em diversas ocasiões, sendo a primeira em 2004 e a última em maio deste ano, como uma das atrações principais do Maximus Festival Brasil, no Autódromo de Interlagos, perante uma plateia composta por mais de 40 mil pessoas e ao lado das banda Slayer e Profets Of Rage.

Numb– Linkin Park:

Alice Cooper grava com a sua antiga banda em Paranormal

alice-cooper-400x

Por Fabian Chacur

Alice Cooper voltará a lançar um álbum de estúdio após seis anos. Seu novo trabalho, intitulado Paranormal, chegará às lojas físicas e virtuais a partir do dia 28. No Brasil, sairá em parceria do selo nacional Shinigami Records com a Ear Music. Será uma versão em formato de CD duplo, e um dos grandes atrativos é a participação de músicos de sua antiga banda, com a qual atuou entre 1969 e 1974.

O primeiro CD traz músicas inéditas gravadas em Nashville e produzidas por Bob Ezrin, que trabalhou com Alice em álbuns clássicos de sua bela discografia, entre eles Welcome To My Nightmare (1975), o primeiro que ele gravou como artista-solo. O álbum conta com faixas como Paranormal e Paranoiac Personality, e inclui participações especiais de Billy Gibbons (guitarrista do ZZ Top), Larry Mullen (baterista do U2) e Roger Glover (baixista do Deep Purple).

O segundo CD tem duas canções inéditas gravadas em estúdio, nas quais Cooper é acompanhado por Dennis Dunaway (baixo), Neal Smith (bateria) e Michael Bruce (guitarra), integrantes de sua banda original. As músicas são Genuine American Girl e You And All Of Your Friends. Também estão neste CD seis gravações ao vivo realizadas em 2016 nos EUA com sua banda atual de clássicos como School’s Out, Feed My Frankenstein, Billion Dólar Babies e No More Mr. Nice Guy.

Alice tocou recentemente ao vivo com seus ex-colegas de banda, e está programada para este ano turnê com eles no Reino Unido. Um único músico daquela formação estará de fora, o guitarrista Glen Buxton, que infelizmente nos deixou em 1997. A atual banda do roqueiro americano inclui Ryan Roxie (guitarra), Glen Sober (bateria), Chuck Garric (baixo), Nita Strauss (guitarra) e Tommy Henriksen (guitarra).

Paranormal– Alice Cooper:

Megadeth confirma shows no Brasil em outubro/novembro

Megadeth-400x

Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs de thrash metal. O Megadeth, uma das bandas mais importantes dessa vertente do heavy metal, confirmou duas apresentações no Brasil em breve. Os shows serão no dia 31 de outubro às 22h em São Paulo no Espaço das Américas (rua Tagipuru, nº795- Barra Funda- fone 0xx11-3864-5566), com ingressos de R$ 100,00 a R$ 400,00, e no dia 1º de novembro, ás 22h, no Rio de Janeiro, no Vivo Rio (avenida Infante Don Henrique, nº 85- Parque do Flamengo- fone 0xx21-2272-2901), com ingressos de R$ 90,00 a R$ 360,00. Mais informações aqui.

Ele vivem grande fase graças a Dystopia (2016), 15º disco de estúdio da banda americana que atingiu o terceiro lugar na parada ianque e que marcou a entrada no time do guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, conhecido por seu trabalho com o Angra. O álbum valeu ao grupo um troféu Grammy na categoria Melhor Performance de Metal, e tem se mostrado um dos mais bem-sucedidos da carreira do grupo.

Loureiro entrou com moral em cena, tanto que ele assina três das onze faixas do trabalho, escritas em parceria com o cantor, compositor e guitarrista Dave Mustaine, que ao lado de Dave Ellefson (baixo) criou a banda em 1983. Além dos dois e do brasileiro, que entrou em cena em 2015, completa a escalação atual do grupo o baterista belga Dirk Verbeuren, o que dá uma faceta global à esta line up.

Desde o lançamento de seu primeiro álbum, Killing Is Business…And Business Is Good (1985), o quarteto criado por Mustaine após ser demitido da função de guitarrista solo do Metallica teve várias mudanças de formação, mas sempre manteve um fã-clube enorme. Eles já vieram várias vezes ao Brasil, sendo a primeira no Rock in Rio 1991. Seu álbum mais popular de todos os tempos é Countdown To Extintion (1992), que traz o hit Symphony Of Destruction.

Poisonous Shadows– Megadeth:

Banda Vodu: hits e novidades em show no Sesc Belenzinho

Vodu1920a-400x

Por Fabian Chacur

De volta à ativa após um bom período longe dos holofotes, a banda Vodu fará neste sábado (6) às 21h30 um show no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00. Tipo do evento imperdível para os fãs do heavy metal brasileiro, e em especial para quem deseja ver em cena uma das bandas mais badaladas da cena metálica paulistana da década de 1980.

Criada em São Paulo nos idos de 1985, o Vodu não só fez shows próprios concorridos como também abriu apresentações no Brasil de bandas importantes como Venon, Exciter, Motorhead e Nasty Savage. Atualmente, a formação do time traz André Gois (vocal), J.Luis Xinho Gemignani (guitarra), Paulo Lanfranchi (guitarra), André “Pomba” Cagni (baixo) e Sérgio Facci (bateria).

O primeiro álbum da banda, The Final Conflict (1986), foi relançado no formato CD em janeiro, e os outros, respectivamente Seeds Of Destruction (1987), No Way (1988) e Endless Trip (1989), terão o mesmo destino, todos pela gravadora Classic Metal Records, sendo que na época, saíram pela Rock Brigade Records.

Embora tenha um passado significativo, o Vodu não trará apenas lembranças desses bons tempos em seu show. Segundo o quinteto, o repertório da apresentação trará seis músicas inéditas, cinco hits oitentistas e também algumas surpresas. Eles prometem para breve um álbum de inéditas, mas não descartam um possível trabalho ao vivo.

“Estamos fazendo Heavy Metal puro, mantendo a tradição do nosso som, mesclando rapidez e quebras, mas com uma pegada atual”, acrescentou o baixista André “Pomba” Cagni, também muito conhecido como DJ e por ser o criador, há mais de 20 anos, da revista, site e fundação Dynamite, forte fomentador do rock brasileiro.

Seeds Of Destruction– Vodu (ouça em streaming):

Older posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑