Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Category: Uncategorized (page 1 of 96)

Beck mostra lirismo e tom folk no single Thinking About You

beck singe capa 400x

Por Fabian Chacur

Beck não lançava uma faixa inédita autoral desde 2019, quando saiu seu mais recente álbum de estúdio, o elogiado Hyperspace. Nesse período, o cantor, compositor e músico estadunidense teve duas colaborações bem bacanas, uma com Paul McCartney- Find My Way (ouça aqui) e outra com o Gorillaz- The Valley of The Pagans (ouça aqui), ambas em 2019. E agora, ele nos oferece Thinking About You.

Embora em gravação creditada apenas a ele, Beck tem ao seu lado músicos de invejável pedigree. O tecladista Roger Manning, por exemplo, integrou a banda Jellyfish e gravou com artistas como Ringo Starr, Jay-Z e Johnny Cash.

O guitarrista Blake Mills prestou serviços para Pink, Lana Del Rey, Weezer e Dixie Chicks, enquanto o baixista Justin Meldal Johnsen marcou presença em trabalhos de Garbage, Tori Amos, Dido e Marianne Faithfull.

Thinking About You mostra o lado mais folk, intimista e sensível do sempre imprevisível astro do rock, com ênfase em seu violão de cordas de aço e uma melodia delicada e evocativa.

Não se sabe ainda se se trata da amostra de um novo álbum a caminho, mas, se for, é um bom indicativo de que teremos mais um trabalho de peso desse artista que nos oferece grandes gravações há três décadas.

Thinking About You– Beck:

Garbage lança coletânea dupla Anthology com faixa inédita

garbage anthology 400x

Por Fabian Chacur

Enquanto prepara material para um novo álbum, a banda americana Garbage nos oferece uma nova compilação com seus maiores hits em versões remasterizadas. Trata-se de Anthology, que a gravadora BMG disponibilizou nas plataformas digitais e também nos formatos CD duplo e LP de vinil duplo amarelo transparente, sendo que as versões físicas não tem previsão de chegar ao mercado brasileiro.E uma das faixas é de especial interesse para os fãs mais fiéis.

Trata-se de Witness To Your Love, delicioso rock ardido com elementos eletrônicos e psicodélicos. Esta faixa, em sua versão original, saiu apenas na coletânea beneficente com vários artistas Give Listen Help (2008), bancada pela Urban Outfitters e a Filter Magazine.

A versão remasterizada de Witness To Your Love é inédita, e está sendo divulgada por um divertido videoclipe inspirado em filmes vampirescos de safras mais recentes, com direito até a assalto a um banco de sangue. No total, são 35 hits, entre elas Happy When It Rains, Stupid Girl e I Think I’m Paranoid, da banda de Shirley Manson e Butch Vig.

Eis as faixas de Anthology e os álbuns das quais foram extraídos:

CD 1:

1. Vow (from Garbage)
2. Subhuman (stand-alone single)
3. Only Happy When It Rains (from Garbage)
4. Queer (from Garbage)
5. Stupid Girl (from Garbage)
6. Milk (from Garbage)
7. #1 Crush (from the Romeo + Juliet soundtrack)
8. Push It (from Version 2.0)
9. I Think I’m Paranoid (from Version 2.0)
10. Special (from Version 2.0)
11. When I Grow Up (from Version 2.0)
12. The Trick Is to Keep Breathing (from Version 2.0)
13. You Look So Fine (single edit; from Version 2.0)
14. The World Is Not Enough (from The World Is Not Enough soundtrack)
15. Androgyny (from Beautiful Garbage)
16. Cherry Lips (Go Baby Go!) (from Beautiful Garbage)
17. Breaking Up the Girl (from Beautiful Garbage)
18. Shut Your Mouth (from Beautiful Garbage)

CD 2

1. Why Do You Love Me (from Bleed Like Me)
2. Bleed Like Me (from Bleed Like Me)
3. Sex Is Not the Enemy (from Bleed Like Me)
4. Run Baby Run (from Bleed Like Me)
5. Tell Me Where It Hurts (from Absolute Garbage)
6. Witness to Your Love (from the Give Listen Help: Volume 5 compilation)
7. Blood for Poppies (from Not Your Kind of People)
8. Battle in Me (from Not Your Kind of People)
9. Automatic Systematic Habit (from Not Your Kind of People)
10. Big Bright World (from Not Your Kind of People)
11. Control (from Not Your Kind of People)
12. Empty (from Strange Little Birds)
13. Magnetized (from Strange Little Birds)
14. Even Though Our Love Is Doomed (from Strange Little Birds)
15. No Horses (stand-alone single)
16. The Men Who Rule the World (from No Gods No Masters)
17. No Gods No Masters (from No Gods No Masters)

Witness To Your Love (clipe)- Garbage:

2 Strange lança um clipe com cenas gravadas no centro de SP

2 strange 400x

Por Fabian Chacur

O duo 2 Strange continua na sua batalha para consolidar seu nome no cenário musical brasileiro (leia mais sobre eles aqui). Sua nova investida é com o single Hoping, gravado em inglês e divulgado por um clipe estiloso em preto e branco, com cenas registradas no centro de São Paulo nos períodos noturno e diurno.

A sonoridade dessa nova gravação dos irmãos Bobby Banks e Dani Boy mescla elementos de trap, hip hop e EDM, e traz em sua letra as dores das desilusões e a esperança sempre existente de conseguir dar a volta por cima, apesar dos pesares e das agruras do dia a dia de todos.

Hoping (clipe)- 2 Strange:

S.E.T.I. divulga Memorial de Vento e promete novo álbum

Por Fabian Chacur

O duo paulista S.E.T.I. é um dos mais interessantes na área do synth pop no Brasil atualmente (leia mais sobre eles aqui). Eles vão lançar em breve um novo álbum, Vivo, celebrando 10 anos de carreira. Uma amostra deste trabalho acaba de ser divulgada. Trata-se de Memorial de Vento, com lyric vídeo criado por Fernando Anastácio.

Envolvente, com forte apelo pop e ecos do tecnopop dos anos 1980, Memorial de Vento tem jeitão de hit classudo, graças a uma bela melodia e um arranjo certeiro. Bruno Romani (guitarra, baixo e programações), que integra o S.E.T.I. ao lado de Roberta Artiolli (voz e synths), fala sobre os sons que inspiraram essa nova canção:

“O direcionamento mais pop deixa claro onde queremos chegar com o novo disco: mostrar que estamos vivos, deixar um pouco de lado a melancolia. Em termos de influência, Memorial de Vento bebe claramente dos sons mais farofeiros de New Order, Duran Duran e A-ha. A proposta do disco, de maneira geral, é olhar essas fontes dos anos 1980”.

Memorial de Vento (lyric video)- S.E.T.I.:

Godhound lança um single com o Jimmy London, do Matanza

Godhound 2021-400x

Por Fabian Chacur

O rock continua comendo solto no nordeste brasileiro. O Rio Grande do Norte, por exemplo, nos oferece um representante dos mais promissores. Trata-se do Godhoud, banda que surgiu em Natal em 2010 e que atualmente está sediada em Mossoró. Após lançar dois EPs, o quarteto potiguar promete para julho o seu primeiro álbum completo, Refuled. E já tem uma amostra disponível para atiçar os ouvidos de todos.

Trata-se de Deathmask Trucker, um rock centrado em riffs ardidos de guitarra e uma sonoridade ao mesmo tempo crua e bem trabalhada que nos remete ao hard/heavy rock dos anos 1980. Este petardo traz um convidado especialíssimo nos vocais, Jimmy London, o líder da banda Matanza Ritual, que se encaixou feito luva na proposta sonora do Godhound. Bela parceria!

O grupo tem em sua escalação Kael Freire (vocal e baixo), Vitor Assman (guitarra), Victor Freire (guitarra) e Lázaro Fabrício (bateria). E é o baterista quem nos dá uma prévia de Refuled:

“Nesse disco, exploramos outros elementos e estruturas musicais, resultando em um álbum com músicas distintas entre si. Da mesma forma que temos sons com uma pegada mais clássica como Gravestone e Rockin Spirit, temos composições que seguiram uma linha mais pesada, como Diesel Burner e Takeover. Por outro lado, Jack the Lumber, Warriors e Deathmask Trucker trazem sonoridade mais semelhante aos 1ºs trabalhos do Godhound”.

Deathmask Trucker (clipe)- Godhound:

Sarah Dash, 76 anos, do grupo Labelle e uma ativista social

SARAHDASH-Nice1

Por Fabian Chacur

Durante mais de um mês, pesquisei e ouvi inúmeras vezes o álbum Gonna Take a Miracle, da saudosa Laura Nyro (1947-1997) em parceria com o trio vocal feminino Labelle, com o intuito de fazer um texto celebrando os 50 anos de seu lançamento (leia aqui), que enfim foi publicado no último domingo (19). Pois, para minha imensa tristeza, uma das integrantes do grupo, Sarah Dash, nos deixou nesta segunda (20), aos 76 anos de idade.

Sem causa mortis revelada, embora alguns amigos tenham afirmado que a cantora havia se queixado de desconfortos físicos nos últimos dias, Dash recebeu homenagens nas redes sociais de várias pessoas, incluindo sua parceira de grupo, Pati LaBelle, que afirmou ter cantado com ela em um evento no último sábado (18). Ela também recebeu recentemente uma premiação de sua cidade natal, Trenton (Nova Jersey-EUA) por seu trabalho artístico e também social, pois apoiou várias causas humanitárias, incluindo auxílio a mães solteiras sem lar.

Sarah Dash nasceu em 18 de agosto de 1945 e deu seus primeiros passos como cantora profissional a partir de 1961, quando se uniu a Patti LaBelle e Nona Hendryx no grupo Patti Labelle And The Blue Belles. O grupo passou a década de 1960 inteira lançando trabalhos com menos repercussão do que mereciam, mas sem esmorecer. A partir de 1971, mudaram o nome do trio para Labelle, e gravaram o álbum ao lado de Laura Nyro.

Entre 1971 e 1977, o Labelle lançou seis álbuns próprios, e estourou com o quarto deles, Nightbirds (1974), que atingiu o 7º lugar na parada de álbuns americana e traz como grande atrativo o explosivo single Lady Marmalade (ouça aqui), 1º lugar nos EUA e rendendo ao grupo a capa da revista Rolling Stone.

Após a separação do Labelle, que ocorreu em 1977, Sarah estreou na carreira solo em 1978, com um hit nas discotecas americanas, Sinner Man. Até 1988, ela lançaria quatro álbuns individuais que não obtiveram o mesmo sucesso comercial dos tempos de seu grupo, mas a mantiveram na ativa.

Em 1988, Sarah foi convidada por Keith Richards, que a conhecia desde os tempos em que Patty LaBelle And The Blue Belles abriu shows para os Rolling Stones nos anos 1960, para integrar sua banda Xpensive Winos. Ela não só participou de dois álbuns do cantor e guitarrista britânico, Live At The Hollywood Palladium (1991) e Main Offender (1992), como de quebra ainda marcou presença em Steel Wheels (1989), dos Stones.

A cantora também deu brilho ao trabalho de outros artistas, entre os quais Nile Rodgers (em seu disco solo Adventures in the Land of the Good Groove, de 1983), The O’Jays, David Johansen (do grupo New York Dolls) e The Marshall Tucker Band.

O Labelle teve dois retornos em termos de gravações. Um em 1995, quando gravaram a faixa Turn It Out para a trilha do filme To Wong Foo Thanks For Everything! Julie Newmar e um em 2008, mais robusto, que rendeu o álbum Back To Now, com boa repercussão e atingindo o 45º lugar na parada americana.

Sinner Man– Sarah Dash:

João Bosco divulga uma faixa inédita: novo CD vem por aí

joao bosco capa single onde estiver-400x

Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs da melhor música brasileira. Nesta sexta-feira (11), está disponível em todas as plataformas digitais uma canção inédita de João Bosco. Trata-se de Onde Estiver, que equivale à primeira amostra do repertório de um novo álbum de inéditas do cantor, compositor e violonista amineiro, previsto para sair em setembro via MP,B Discos/Som Livre. Será o primeiro CD deste tipo desde Não Vou Pro Céu, Mas Já Não Vivo No Chão (2009).

Onde Estiver é uma parceria do autor de O Bêbado e a Equilibrista com o filho Francisco, seu parceiro mais constante há quase 20 anos. Com uma levada rítmica com influências de valsa e arranjo impecável, a música teve como inspiração a forma como Bob Dylan conta suas histórias em canção, conforme os autores. Não por acaso, saiu na antevéspera do Dia dos Pais. Participam da gravação, além do Bosco pai na voz e violão, Ricardo Silveira (guitarra), Guto Wirtti (baixo) e Kiko Freitas (bateria).

Vale lembrar que, nesses últimos oito anos, João Bosco lançou o DVD/CD 40 Anos Depois (2012), e se manteve firme e forte na estrada, fazendo shows e mais shows. Aos 71 anos de idade, o artista mineiro permanece mais ativo do que nunca. O novo disco terá outras quatro parcerias de pai e filho, entre outras faixas. Pela excelente qualidade da amostra, os ouvidos coçam para ouvir o disco completo…

Onde Estiver– João Bosco:

Lindo Sonho Delirante é livro com um padrão internacional

bento-araujo-livro-capa-400x

Por Fabian Chacur

Conheci o Bento Araújo quando ele trabalhava na mitológica e saudosa Nuvem Nove Discos, ponto de encontro para se conseguir os melhores CDs, DVDs, LPs e outros itens relativos a música e também para se conviver com grandes figuras ligadas a esta cena. Lá se vão uns 20 anos, mais ou menos. E quanta coisa se passou desde então… Até chegarmos a esse seu primeiro livro, o incrível Lindo Sonho Delirante- 100 Discos Psicodélicos do Brasil. Que bela trajetória!

Durante esses anos incríveis, ele se formou em jornalismo, comprou inúmeros livros, discos e quetais, criou o histórico Poeira Zine em 2003 e esteve envolvido em diversos projetos bacanas ligados à música. Seu trabalho sempre teve como marcas a busca pelas informações corretas, a troca de figurinhas com pessoas importantes para a música no Brasil e principalmente uma paixão sem limites por seu objeto de estudo. Além, é claro, de um texto impecável.

Seu primeiro livro chega em momento de maturidade pessoal, e isso reflete no conteúdo. Viabilizado com financiamento coletivo a partir do site Catarse, Bento não mediu esforços para que o seu trabalho tivesse o mesmo altíssimo padrão daqueles lançamentos americanos e ingleses que possui em seu rico acervo. Nivelou por cima, o que certamente deve ter dificultado um bocado a realização desse verdadeiro “sonho maluco do seo Bento”. Mas valeu a pena!

Lindo Sonho Delirante- 100 Discos Psicodélicos do Brasil é uma publicação deslumbrante a partir de sua apresentação visual, simplesmente perfeita em termos de edição, diagramação, capa etc. Uma de suas grandes sacadas é o fato de ser uma edição bilíngue português-inglês, o que certamente a torna bem atraente para os fãs de música dos quatro cantos do planeta.

A concepção do conteúdo é simples. Bento compilou 100 lançamentos, entre compactos simples, compactos duplos e LPs de vinil lançados por artistas brasileiros entre 1968 e 1975 e que se encaixam dentro do conceito de uma psicodelia musical à moda brasileira. Cada verbete traz textos concisos, informativos e opinativos sobre os lançamentos, com direito a reprodução de suas respectivas capas e relação de músicas.

Os títulos escolhidos trazem desde figurinhas carimbadas da nossa música como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes e Secos & Molhados até obras raríssimas de nomes obscuros como Marconi Notaro, Loyce & Os Gnomos e Liverpool, além de alguns inesperados para a maioria das pessoas, como João Donato e Ronnie Von. O livro mostra como o estilo psicodélico foi adaptado pelos músicos no Brasil e ganhou uma cara própria, original e marcante.

Lógico que algumas escolhas podem ser contestadas, enquanto outros ausentes certamente mereceriam estar aqui (tipo um Tim Maia Racional Volume 1, por exemplo), mas isso é totalmente secundário, pois não há como agradar a todos em uma seleção desse tipo. Uma dica é que você vez por outra encontra pequenas, mas importantes, diferenças entre os textos em português e em inglês, com direito a informações adicionais. Leia os dois, portanto.

O texto de introdução faz uma bela contextualização do universo musical abrangido por Bento Araújo, além de justificar seus critérios de escolha. Lindo Sonho Delirante (título de uma música gravada por Fábio, aquele do hit Stella e amigo do Tim Maia) é publicação essencial para quem curte ler sobre música brasileira, e coloca uma baita responsabilidade nas costas do autor: como lançar um próximo livro com este mesmo altíssimo nível? Mas não se assustem se esse cara atingir esse objetivo…

Mais informações sobre o livro aqui .

Lindo Sonho Delirante (LSD)- Fábio:

Paulo Ho mostra seu rock tipo teatral em show único no Rio

DSC_0102 (2)-400x

Por Fabian Chacur

Paulo Ho é um cantor e compositor cujo teor teatral faz parte intensa e integral de seu trabalho. Ele está lançando o CD Ex-Companheiro, e cantará no Rio de Janeiro nesta terça (1º/12), às 21h no Solar de Botafogo (rua General Polidoro, 180 -Botafogo), com ingressos a R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira), acompanhado por Guila (baixo), Thiago Vivas (guitarra), Ricardo Rito (teclados) e Marcelo Vig (bateria e programações).

A direção musical do espetáculo ficou por conta de Lucas Vasconcellos, mesmo produtor do CD e que também fará uma participação especial na apresentação. O trabalho de Paulo equivale a uma espécie de ópera rock com influências de pop, rock experimental, música erudita e intervenções eletrônicas, buscando um caminho próprio. “O show acompanha a mesma ideia e estética do disco e de futuros vídeos. A ideia de ciclos, trajetórias de histórias que formam a vida”, afirma.

O repertório do show trará canções do CD, como Ex-Companheiro, Paraíso Ocasional e A Vida Comum, e releituras de origens bem distintas, como Tenha Calma (Djavan), Tabu (Gustavo Cerati), Repetition (Information Society) e De Tanto Amor (Roberto Carlos). “Só a partir da quebra desses padrões de relacionamentos, não só amorosos, mas também sociais, é que pude tomar as rédeas da minha vida. O trabalho é muito mais resultado de um processo de evolução/crescimento pessoal do que apenas inquietação artística”, diz.

Paraíso Ocasional– Paulo Ho:

Ex-Companheiro– Paulo Ho:

A Vida Comum– Paulo Ho:

Older posts

© 2023 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑