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Stevie Nicks terá Pretenders abrindo nova turnê nos EUA

stevie nicks e chrissie hynde-400xPor Fabian Chacur

A programação de shows no exterior às vezes nos deixa com uma inveja daquelas abissais. É o que senti ao ler no site americano da Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, que Stevie Nicks iniciará no dia 25 de outubro uma nova turnê solo. Até aí, já seria algo de se cobiçar, tendo em vista que a integrante do Fleetwood Mac nunca fez shows no Brasil. Mas sabem quem irá abrir a turnê? Ninguém menos do que os Pretenders.

Ou seja, de 25 de outubro até 18 de dezembro, em um total previsto de 27 datas confirmadas até o momento, teremos em cena pelos EUA e Canadá duas das maiores estrelas da historia do rock, a própria Stevie e a líder inconteste dos Pretenders, a cantora, compositora e guitarrista Chrissie Hynde. Como elas são amigas há muito tempo, não estranhem se uma acabar marcando presença no show da outra. Aí, seria algo para não se esquecer nunca mais.

A turnê servirá para divulgar o excelente álbum 24 Karat Gold: Songs From The Vault, lançado em outubro de 2014 e tendo atingido o sétimo lugar na parada americana. Trata-se do mais recente CD solo da cantora e compositora americana, e traz basicamente composições feitas por ela entre 1969 e 1987 e nunca antes gravadas. Um disco excelente e até hoje inédito no Brasil (leia a resenha de Mondo Pop aqui).

Blue Water– Stevie Nicks e Lady Antebellum:

Starshine– Stevie Nicks:

Middle Of The Road– Pretenders:

Axl Rose, Slash, Duff e quem mais? O Guns N’ Roses 2016!

guns n roses 2016-400x

Por Fabian Chacur

O mercado do rock and roll estourou fogos quando foi anunciada há alguns meses a volta de Slash e Duff McKagan aos Guns N’ Roses. Dessa forma, ocorria o retorno desses dois ao lado de Axl Roses após longos 23 anos. Mas, ao menos para mim, ficou no ar uma dúvida: quem seriam os outros músicos do time rocker? É o que você ficará sabendo neste post de Mondo Pop. Antes, vamos ao roteiro dos seis shows que eles farão no Brasil em novembro.

Como parte da turnê Not In This Lifetime Latin America Tour 2016, a banda americana formada em 1985 tocará em Porto Alegre (estádio Beira Rio) no dia 8/11. Em São Paulo, o local será a Allianz Parque nos dias 11 e 12/11. No Rio de Janeiro, o palco será o Engenhão (estádio Olímpico Nilton Santos) no dia 15/11. Curitiba verá Axl e sua turma em 17/11 na Pedreira Paulo Leminski, e o show em Brasília, o último por aqui em 2016, rola o dia 20/11 no estádio Mané Garrincha. Preços dos ingressos e outras informações você pode conferir aqui.

E agora, vamos ao tema principal desse texto. Para iniciar a conversa, vale lembrar que a formação clássica do Guns N’ Roses contava com Axl Rose (vocal), Slash (guitarra), Duff McKagan (baixo), Izzy Stradlin (guitarra) e Steven Adler (bateria). O primeiro a sair, ou melhor, a ser “saído”, foi Adler, em 1990, devido a sérios problemas com drogas. Pela mesma razão, Stradlin caiu fora em 1991.

As coisas complicaram mesmo para o grupo de hard rock quando Slash, em 1996, e Duff, no ano seguinte, anunciaram as suas partidas. Desse momento em diante, o Guns N’ Roses virou a banda de apoio de Axl Rose, demorando a partir de 1997 mais de dez anos para enfim lançar um álbum de inéditas (Chinese Democracy, em 2008) e passando por várias mudanças de músicos. E enfim chegamos ao momento atual.

Além de Axl, Slash e Duff, outro músico da era de ouro da banda se mantém em cena. Trata-se do tecladista Dizzy Reed, que entrou no Guns em 1990 e se manteve no grupo durante todos esses anos turbulentos. O guitarrista e vocalista de apoio Richard Fortus foi adicionado à turma em 2002, e permanece firme nesta nova fase, assim como o baterista Frank Ferrer, que assumiu as baquetas hard rockers em 2006.

Além desses seis integrantes, o time agora ganhou uma representante do sexo feminino. Trata-se da vocalista de apoio e tecladista Melissa Reese, que possui no currículo trabalhos ao lado de músicos como Bootsy Collins (ex-Funkadelic/Parliament), Chuck D (do grupo Public Enemy), Vanessa Carlton, Taylor Swift e Bryan “Brain” Mantia.

Os primeiros shows da encarnação 2016 da banda de Axl e Slash ocorreram no badalado festival Coachella, em abril, com direito a participação especial de Angus Young, líder do AC/DC, banda na qual Axl assumiu provisoriamente os vocais.

Quem também apareceu em cena em alguns shows nos EUA foi o baterista Steven Adler. Ou seja, da line up clássica, só mesmo Izzy Stradlin parece não ter chances de dar uma eventual canja em algum show, aparentemente pelas tristes razões de sempre (drogas).

Guns N’ Roses Live In San Diego 2016 (show completo):

Guns N’ Roses- Live In Los Angeles 2016 (show completo):

Ibeyi e Julia Holter vão tocar em SP na Audio em outubro

julia holter-400x

Por Fabian Chacur

Há quem insista em afirmar que a música pop não tem atualmente nada de novo a nos oferecer. Para contrariar esses radicais, felizmente sempre surgem artistas das novas gerações dispostos a marcar suas presenças no disputado e árido cenário musical. Para felicidade de quem procura essas novidades quentes, será realizado em São Paulo no dia 13 de outubro às 22h na Audio (avenida Francisco Matarazzo, nº 694- Água Branca- fone 0xx11-3862-8279) um show com o duo Ibeyi e a cantora Julia Holter. Os ingressos custam R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira).

Que fique claro: “novo”, aqui no caso, é uma palavra que vem com o sentido adicional “de boa qualidade” embutido nela. Só ser novo não quer dizer nada. Novas porcarias surgem às toneladas nos quatro cantos do planeta. E o bacana dos trabalhos desses dois nomes que virão a São Paulo pela primeira vez justificam essa palavra grafada com intencional duplo sentido. Novidade com substância, consistência, pinta de que virão ainda mais coisas boas dessa fontes.

Ibeyi é uma dupla francesa baseada em Cuba e formada pelas irmãs gêmeas Lisa-Kaindé (piano) e Naomi Diaz (percussão e MPC). Elas são filhas do saudoso percussionista Miguel “Angá” Diaz, morto em 2006 aos 45 anos e conhecido por sua atuação no mitológico grupo Buena Vista Social Club. Elas lançaram seu primeiro álbum, Ibeyi, em 2015, e de cara atraíram as atenções do público e da crítica com sua mistura bem dosada de pop, soul, jazz e música africana.

O som feito por Lisa e Naomi tem fortes influências da cultura iorubá, o segundo grupo étnico-linguístico da África Ocidental que tem como principal base a Nigéria. As irmãs investem em canções em inglês e no idioma de origem africana, buscando desta forma uma mistura cultural original, legítima e com muita paixão e sensualidade. Essa busca tem tudo a ver em termos conceituais com a da música brasileira.

Por sua vez, Julia Holter (foto) é uma cantora e compositora americana nascida em 1984 em Wisconsin e baseada em Los Angeles. Seu primeiro álbum, Tragedy, saiu em 2011, e desde então cada novo lançamento a impulsiona rumo a público mais amplos. Have You In My Wilderness, o quarto e mais recente, foi considerado o melhor de 2015 pelas importantes e badaladas revistas Mojo e Uncut. Seu trabalho mistura música eletrônica, folk e rock com delicadeza e bastante inventividade, com direito a uma voz deliciosa.

Stranger Lover– Ibeyi:

Faithfull– Ibeyi:

Feel You– Julia Holter:

Sea Calls Me Home– Julia Holter:

Cantor Christopher Cross vai tocar em SP dia 7 de outubro

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Por Fabian Chacur

Após cerca de 20 anos de sua primeira passagem pelo Brasil, o cantor, compositor e guitarrista americano Christopher Cross voltará ao país em outubro. Ele vai se apresentar em São Paulo no dia 7 daquele mês, às 22h (será uma sexta-feira), no Espaço das Américas (rua Tagipuru, nº 795- Barra Funda- call center 0xx11-4003-1212), com ingressos de R$ 100,00 a R$ 400,00.

Nascido em San Antônio, Texas, no dia 3 de maio de 1951, Christopher Cross integrava uma banda obscura (Flash), até que, em 1978, foi contratado pela gravadora Warner como artista solo. A estreia não poderia ter sido melhor. Seu primeiro álbum, Christopher Cross (1979), vendeu milhões de cópias em todo o mundo e emplacou hits como Sailing, Ride Like The Wind, Never Be The Same e Say You’ll Be Mine.

De quebra, o álbum ainda proporcionou ao artista cinco troféus Grammy, o Oscar da música, incluindo os quatro principais, algo até então inédito na história do prêmio e não repetido desde então. O disco contou com as participações especiais de Don Henley (dos Eagles), J.D. Souther, Larry Carlton, Nicolette Larson, Eric Johnson e Michael McDonald (na época nos Doobie Brothers), sendo que este último virou figura frequente em seus discos e shows.

Seria difícil superar tanto sucesso logo na estreia, mas Cross até que tentou. Em 1981, lançou Arthur’s Theme (Best That You Can Do), tema do filme Arthur que lhe valeu o Oscar. Em 1983, após quatro longos anos, enfim chegou às lojas seu segundo álbum, Another Page, que se não vendeu tanto, também não fez má figura nos charts, com as faixas All Right e Think Of Laura como seus destaques. A partir daí, no entanto…

Christopher Cross simplesmente sumiu das paradas de sucesso. Isso, mesmo tendo lançado alguns discos bem legais e continuado a gravar com grandes nomes do rock e da música pop. Apesar dos pesares, o cara não desanimou, e se manteve na estrada, fazendo shows por todos os cantos, incluindo Brasil, onde esteve por volta de 1996, tocando em São Paulo no extinto Olympia e contando, nos camarins, com a visita de Ralf, da dupla Chrystian & Ralf.

Nos últimos tempos, a agenda do autor de Sailing foi intensa. Em 2013, por exemplo, lançou um CD duplo gravado ao vivo, A Night In Paris. Em 2014, tivemos um inédito de estúdio, Secret Ladder. E ele atualmente está preparando um álbum no qual irá enfatizar as passagens instrumentais, com direito a alguns vocais aqui e ali.

Uma das faixas desse novo trabalho, a inspirada Roberta, feita em homenagem a uma de suas confessadas maiores influências, a estrela canadense Joni Mitchell (cujo nome de batismo é Roberta Joan Anderson), já está sendo divulgada no Youtube e em seu site oficial.

Sailing (live)- Christopher Cross:

Ride Like The Wind (live)- Christopher Cross & Michael McDonald:

Say You’ll Be Mine– Christopher Cross:

Roberta– Christopher Cross:

Cantor e compositor Peu vem com clipe e prepara novo CD

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Por Fabian Chacur

A nova era da música popular brasileira se mostra repleta de gente aparecendo com novos lançamentos. A internet e o acesso às novas tecnologias, bem mais baratas do que as disponíveis em décadas passadas, possibilitam gravações rápidas e em quantidades quase industriais. Garimpar o que é bom em meio a toneladas de porcarias não é algo muito fácil. É por isso que vale louvar o lançamento de Alvejante Pra Mágoa, clipe da nova canção de Peu. Muito legal mesmo!

A música Alvejante Pra Alma é bem dançante e envolvente, e equivale a uma mescla de música nordestina, psicodelia e música pop latina moderna, com um temperinho meio Los Hermanos no meio. O clipe mistura animação e imagens em preto e branco e coloridas, com um resultado que simplesmente cativa o espectador. Boa forma de divulgar essa canção, e com quase 20 mil visualizações até o momento, belo número para um artista independente.

Peu é um músico, cantor e compositor que toca em casas noturnas desde os 17 anos. Debaixo do Lençol (também com clipe disponível), Cantar e Amar, Última Dose e Estação Zero são outras de suas canções, que costumam ser entremeadas por releituras de obras alheias como Praieira (Nação Zumbi), Feeling Good (Nina Simone) e ECT (Nando Reis, sucesso na voz de Cassia Eller). Ele em breve irá lançar seu primeiro CD, que gera boas expectativas em função dessas boas amostras.

Alvejante Pra Alma– Peu:

Por Debaixo do Lençol– Peu:

Reteté Big Band faz show em Sampa no Teatro Commune

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Por Fabian Chacur

Em um ano repleto de más notícias na área cultural, é admirável ver um projeto como Toda Segunda é Dia de Big Band se consolidar. Como o título já entrega, são shows realizados todas às segundas-feiras em São Paulo com a participação das melhores e mais criativas big bands brasileiras, e com preços bastante acessíveis. Nesta segunda(5) às 21h será a vez da Reteté Big Band, no Teatro Commune (rua da Consolação, nº 1.218- fone 0xx11-3476-0792), com ingressos a R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira). Um belo programa cultural.

Na estrada desde setembro de 2006, a Reteté Big Band é integrada por Jefferson Rodrigues, Cássio Ferreira, João Paulo Barbosa, Lucas Macedo e Luiz Neto nos saxofones; Paulo Malheiros nas composições e arranjos; Jorginho Neto e Valdemar “Nevada” nos trombones; Jaziel Gomes no trombone baixo; Paulo Jordão, Junior Galante (convidado especial), Sidmar Vieira, Bruno Belasco nos trompetes; Davi Sansão no piano; Carlos C. Iafelice na guitarra, composições e arranjos; Thiago Alves no contrabaixo e Paulinho Vicente na bateria.

Liderada por Thiago Alves e Paulo Malheiros, a banda mescla suas composições próprias com hinos tradicionais e standards de jazz. O time lançou seu primeiro CD, Chama Viva, em 2015, e promete para breve um segundo, com o título Modal Winds. Eles tocam arranjos próprios e também escritos por feras do porte de Thad Jones e Oliver Nelson. Toda Segunda é Dia de Big Band tem a curadoria de Lucia Rodrigues.

Little Paul, Burn!– Reteté Big Band:

Chama Viva– Reteté Big Band:

Johny Alf– Reteté Big Band:

Magic Numbers retorna a SP para show único em outubro

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Por Fabian Chacur

O quarteto britânico The Magic Numbers já tem data marcada para voltar ao país. Eles se apresentarão em São Paulo no dia 16 de outubro (domingo) às 19h no Cine Joia (praça Carlos Gomes, nº 82- Liberdade- fone 0xx11-3101-1305), com ingressos custando de R$ 110,00 a R$ 220,00. É a única apresentação deles prevista para o Brasil este ano, sendo que o grupo também marcará presença no Personal Fest, na Argentina, ao lado das bandas Cypress Hill, The Vaccines e The Kooks.

A primeira passagem do quarteto integrado pelos irmãos Romeo Stodart (guitarra e vocal) e Michelle Stodard (baixo, teclados e vocal) e Sean Gannon (bateria) e Angela Gannon (vocal e percussão) ocorreu em 2007 no Festival Indie Rock. Em 2013, fizeram uma apresentação simplesmente adorável no Cultura Inglesa Festival, encantando a plateia. Será a primeira vez que eles tocarão por aqui em um show exclusivo, sem outros artistas na line up.

Com 14 anos de carreira, o Magic Numbers atualmente divulga seu mais recente álbum, Alias (2014). Além de músicas deste trabalho, eles também darão uma geral em seus sucessos, entre os quais I See You You See Me, Love Is a Game e Take a Chance. É muito provável que também toquem a boa releitura de You Don’t Know Me, de Caetano Veloso, que fizeram para um disco tributo ao genial astro baiano. Folk, rock, pop e country são influências marcantes no som da banda, que traz belas vocalizações como uma de suas marcas.

Love Is a Game (live)- The Magic Numbers:

I See You You See Me (live)- The Magic Numbers:

Take a Chance– The Magic Numbers:

You Don’t Know Me– The Magic Numbers:

Box com 3 CDs traz clássicos e gravações raras de Cartola

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Por Fabian Chacur

Nenhum apelido poderia ter sido tão preciso para definir um artista como o recebido por Angenor de Oliveira (1908-1980). Afinal de contas, quando a gente pensa em Cartola, o artista, pensa em elegância, em requinte, em poesia bem elaborada, em melodias deliciosas. A obra deste cantor, compositor e violonista carioca é coisa finíssima. A Universal Music acaba de lançar Todo Tempo Que Eu Viver, box com três CDs que nos oferece alguns dos melhores momentos da carreira desse indiscutível gênio da MPB.

O conteúdo desta caixa tem duas origens distintas, e reúne tudo que Cartola gravou entre 1967 e 1976. Vale lembrar que, antes disso, ele havia sido em 1928 um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, provavelmente a mais icônica escola de samba de todos os tempos, e viu suas músicas gravadas por artistas do porte de Carmen Miranda, Francisco Alves, Mario Reis e Silvio Caldas, entre outros. Como cantor, no entanto, fez apenas uma gravação (em 1940) da música Quem Me Vê Sorrir, e participou de programas de rádio.

Problemas de saúde e de outros tipos o levaram a sumir de cena a partir do final dos anos 1940, e muitos acreditavam até que ele tivesse morrido. Em 1957, no entanto, foi redescoberto pelo jornalista Sérgio Porto (também conhecido pelo codinome Stanislaw Ponte Preta), e a partir dali aos poucos retomou a carreira. As grandes gravadoras, no entanto, relutavam em contratá-lo para o lançamento de um LP, afirmando de forma cruel que “aqui não é asilo”.

Sorte que o produtor musical João Carlos Botezelli, o Pelão, não acreditava naquela frase infeliz, e batalhou o quanto pode para concretizar seu sonho de ver Cartola gravar um álbum. E a gravadora independente Marcus Pereira topou o desafio. O LP, intitulado Cartola, saiu em 1974, e é o primeiro CD desta caixa. Com produção elegante e despojada, traz maravilhas do porte de O Sol Nascerá (A Sorrir), Acontece, Alvorada e Tive Sim, entre outras. Foi um sucesso, com mais de 20 mil cópias vendidas. Que asilo, que nada!

O bom resultado comercial resultou no lançamento de um segundo disco, também intitulado Cartola e lançado em 1976. O bacana é que o artista incluía canções feitas recentemente, entre elas O Mundo é um Moinho e As Rosas Não Falam, fruto de sua maturidade como ser humano e compositor. Com o mesmo formato classudo e repleto de sutilezas, o trabalho, segundo CD desta caixa, traz também Cordas de Aço, Meu Drama (Senhora Tentação) e Ensaboa como outros destaques.

O terceiro disco incluído nesta caixa, intitulado Tempos Idos, é inédito, e se trata de uma coletânea reunindo gravações feitas pelo autor de Acontece em discos de outros artistas e também álbuns temáticos. São dez registros raros e nunca reunidos antes em um único CD, que mostram Cartola ao vivo, em estúdio e também junto com Elizeth Cardoso, Clementina de Jesus, Odete Amaral, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Canhoto e Conjunto de José Menezes.

O trabalho de remasterização realizado nos três CDs foi excelente, com qualidade de som impecável, especialmente se levarmos em conta se tratarem de registros feitos há mais de 40 anos. Os encartes são simplesmente sensacionais, com direito à reprodução dos textos incluídos nas edições originais, novos textos (feitos por Eduardo Magossi, curador do projeto desta box set) contextualizando cada álbum, fichas técnicas e as letras de todas as canções. Um trabalho belíssimo e à altura desse mestre da MPB.

Vale registrar que uma audição atenta desses CDs nos proporciona chegar a uma conclusão óbvia: Cartola não era só um compositor iluminado, um sujeito que falava sobre as idas e vindas do amor com classe, precisão cirúrgica e inspiração. O cara era também um violonista extremamente eficiente e, acima de tudo, um cantor impecável, que usava sua pequena extensão vocal com uma classe que envolve o ouvinte. Para ouvir trajado de fraque e…cartola!

As Rosas Não Falam– Cartola:

O Sol Nascerá– Cartola:

Acontece– Cartola:

Venus Café e Mobile Drink, as atrações do Rio Novo Rock

mobile drink 3Foto Oficial - Por Alysson Antunes

Por Fabian Chacur

Continua de vento em popa o projeto Rio Novo Rock (RNR), que há quase dois anos vem abrindo importantes espaços para as novas bandas cariocas e de outros estados. A edição de setembro, que será realizada nesta quinta-feira (1º/9) trará duas bandas da nova cena da Cidade Maravilhosa, Vênus Café e Mobile Drink (foto). Os shows ocorrem a partir das 20h no Imperator- Centro Cultural João Nogueira (rua Dias da Cruz, nº 170- Meyer- Rio de Janeiro- fone 0xx21- 2597-3897), com ingressos custando R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira).

Integrada por Dangerous Dan (vocal), Captain Love (baixo), Frankie Goes (guitarra) e Leandro Fernandez (bateria), a Vênus Café apresenta um rock energético e ardido, com boas influências do hard rock da segunda metade dos anos 1970. Sem complicações nem frescuras, seu som nos proporciona bons momentos, entre os quais a impagável Rock N’ Roll Tupiniquim. Eles já abriram shows de Matanza e Rogério Skylab.

Desde o lançamento de seu primeiro CD, Rock (2007), a Mobile Drink conseguiu cativar uma boa leva de seguidores com um som furioso e potente que recentemente rendeu mais um lançamento, o EP Canções da Noite e Outros Tragos. O time roqueiro é composto por Ronan Valadão (vocal), Pablo Rodrigues (guitarra), Bruno Valadão (bateria) e Felipe Rodrigues (baixo). Esta edição do RNR também terá as participações do DJ Maurício Gouveia e do VJ Miguel Bandeira.

Rock N’ Roll Tupiniquim– Venus Café:

Canções da Noite e Outros Tragos (EP)- Mobile Drink:

Jota Quest e Nile Rodgers vão tocar juntos em Nova York

jota quest-400x

Por Fabian Chacur

A parceria entre o Jota Quest e Nile Rodgers teve início em 2013, quando o genial guitarrista, compositor, produtor e líder do seminal grupo Chic participou do álbum Funky Funky Boom Boom, da banda mineira, na faixa Mandou Bem, além de ter uma de suas composições, Waiting For You, gravada por eles. A colaboração prosseguiu em 2015 no álbum Pancadélico, com o astro americano marcando presença em Blecaute. Agora, chegou a hora de eles dividirem um palco juntos pela primeira vez.

O encontro vai ocorrer neste domingo (4/9) em Nova York no Brasilian Day 2016, evento anual realizado naquela cidade americana em que consagrados artistas brasileiros se apresentam ao vivo. Rogério Flausino e seus colegas estão escalados para o show, e Nile Rodgers será o seu convidado especial, mostrando sua maestria, seus belos links de guitarra e sua incrível capacidade rítmica. Um belo prêmio para os fãs da banda que moram em Manhattan e arredores.

Quem está em outros lugares, no entanto, poderá ver o show, que será transmitido ao vivo pelo canal a cabo Multishow e também pelo portal G Show. A Globo Internacional também exibirá a gig para mais de 160 países. Além da parceria com o autor de hits como Le Freak, Good Times, Everybody Dance e tantos outros, o Jota Quest dará uma geral em seus maiores sucessos, com aquela levada para cima e descomplicada.

Blecaute– Jota Quest, Nile Rodgers e Anitta:

Mandou Bem– Jota Quest e Nile Rodgers:

Waiting For You– Jota Quest:

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