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João Bosco faz show no Rio ao lado de Hamilton de Holanda

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Por Fabian Chacur

João Bosco e Hamilton de Holanda se conhecem há um bom tempo, e volta e meia tocam juntos. Após apresentação este ano no Montreux Jazz Club, na Suíça, os amigos voltam à cena no Rio, para shows nesta sexta (2) e sábado (3) às 19h e domingo (4) às 18h na Caixa Cultural Rio de Janeiro- Teatro da Caixa Nelson Rodrigues (av. República do Chile, nº 230- Centro- fone 0xx21- 3509-9600)- ingressos de R$ 15,00 a R$ 40,00.

Com Hamilton no bandolim e João nos vocais e violão, no melhor formato duo, essas feras da nossa música mostram todo o seu talento em músicas marcantes de Bosco como Linha de Passe, Nação e Coisa Feita e em clássicos da nossa musica do porte de Isso é Brasil (Ary Barroso), Milagre (Dorival Caymmi) e Vatapá (Dorival Caymmi), além de outras assinadas por Paulinho da Viola e Milton Nascimento. O show intitula-se Eu Vou Pro Samba, e tomara que vire CD, DVD etc.

Com 42 anos de idade, o carioca Hamilton de Holanda é um dos grandes nomes do bandolim da atualidade, posto em que se mantém firme nos últimos 20 e poucos anos. Além de belos discos solo, ele também gravou ao lado de Diogo Nogueira, André Mehmari, Yamandu Costa e Hermeto Pascoal, entre outros, tendo como marca registrada a sua forma ousada e criativa de tocar seu instrumento musical.

Quanto a João Bosco, falar o que de um dos grandes mestres da nossa música? Caminhando para 50 anos de carreira, este cantor, compositor e exímio violonista criou uma sonoridade composta por samba, bolero, samba-canção, música africana, cubana, jazz e latinidades mil, compondo ao lado de Aldyr Blanc, Paulo Emilio e o filho Francisco Bosco, entre outros. É capaz de cativar multidões valendo-se só de violão e voz.

João Bosco e Hamilton de Holanda no Montreux Jazz Club, 2018:

Daniela Spielmann lança o seu 2º CD solo com show no Rio

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Por Fabian Chacur

Celebrando 20 anos de uma carreira repleta de realizações, a saxofonista e flautista carioca Daniela Spielmann marca esse momento de sua trajetória musical com um novo CD. Trata-se de Afinidades, o segundo álbum solo e o primeiro autoral, sucedendo Brazilian Breath (2003). O lançamento no Rio será nesta quinta (18) às 20h no Blue Note Rio Club (avenida Borges de Medeiros, nº 1.424- Lagoa- fone 0xx21-3799-2500), com ingressos a R$ 45,00 (meia) e R$ 90,00 (inteira).

Afinidades foi concebido e realizado durante um período de dois anos, e traz como grupo base os músicos que habitualmente tocam com Daniela ao vivo: Xande Figueiredo (bateria), Domingos Teixeira (violão) e Rodrigo Villa (contrabaixo). Também participaram do álbum músicos badalados como Silvério Pontes (trompete e flugelhorn), Matheus Ceccato (violoncelo) e Dudu Maia (bandolim).

A saxofonista e flautista investe em uma mistura de ritmos como maracatu, samba-choro típico de gafieira, bossa nova, afoxé, baião e latinidade, sempre com muita brasilidade e uma abertura ao improviso oriunda do jazz. O show terá as participações especiais de Silvério Pontes (flugel e trompete), Alexandre Romanazzi (Flauta), Sheila Zagury (piano) e Beto Cazes (percussão).

Em seu currículo, Daniela Spielmann traz a participação, entre 2000 e 2014, na banda do programa global Altas Horas, apresentado por Serginho Groismann. Ela também tocou e gravou com grupos como Rabo de Lagartixa, Sincronia Carioca e Mulheres em Pixinguinha, além de ter atuado com nomes do porte de Sivuca, Zé Menezes, Zé da Vlha, Silvério Pontes, Áurea Martins e Zélia Duncan. Diversos shows pelo Brasil e exterior também marcam sua trajetória.

Choro Pro Zé– Daniela Spielmann e Sheila Zagury:

Bixiga 70 toca Quebra Cabeça em 3 shows no Sesc Pompeia

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Por Fabian Chacur

A música instrumental brasileira continua efervescente, com artistas de várias gerações firmes, fortes e criativos mostrando seus incríveis talentos. Um dos grupos mais bacanas surgidos nesta década atende pelo nome de Bixiga 70. Oriundos do célebre bairro paulistano, eles lançarão seu 4º álbum, Quebra Cabeça, com shows de 19 a 21 de julho (quinta a sábado), sempre ás 21h30, no Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- Pompeia- fone 0xx11-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

Quebra Cabeça, na definição deles, baseia-se na própria história da banda, que já tocou nesses anos todos em inúmeros lugares bacanas no Brasil e no exterior e se desenvolveu enquanto time musical no Traquitana, estúdio que equivale a uma espécie de casa para os rapazes. O produtor Gustavo Lenza é seu parceiro na produção musical deste novo álbum, enquanto o trabalho gráfico da capa mais uma vez fica por conta do talentoso Maurício Zuffo Kuhlmann (MZK).

O Bixiga 70 é integrado por Décio 7 (bateria), Marcelo Dworecki (baixo), Cris Scabello (guitarra), Mauricio Fleury (teclado e guitarra), Rômulo Nardes e Gustávo Cék (percussão), Cuca Ferreira (sax barítono), Daniel Nogueira (sax tenor), Douglas Antunes (trombone) e Daniel Gralha (trompete). Sua sonoridade instrumental mescla a música brasileira em suas várias vertentes com música africana, jazz e o que mais pintar, com muito groove e pegada dançante contagiante.

Bixiga 70 (2013)- Bixiga 70 (ouça em streaming):

Ricardo Bacelar mostra swing e bom gosto em Sebastiana

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Por Fabian Chacur

Ricardo Bacelar ficou mais de uma década longe da música, após ter integrado por 11 anos o grupo Hanói Hanói e lançado o CD solo In Natura (2001). O também advogado voltou à sua paixão eterna com força total, com o excelente DVD/CD Concerto Para Moviola- Ao Vivo (2016, leia entrevista sobre o álbum aqui). Agora, ele nos apresenta o CD (também lançado em vinil) Sebastiana, uma bela sequência lógica do trabalho anterior, com a mesma alta qualidade artística.

Em Concerto Para Moviola- Ao Vivo, Bacelar nos ofereceu uma elogiável e gostosa releitura do som fusion/jazz rock dos anos 1970 e 1980. Aquela sonoridade ao mesmo tempo bastante sofisticada e acessível ao ouvido médio do público se mantém presente em Sebastiana, só que desta vez com um pouco mais de ênfase em brasilidade e tempero latino, além de abertura para vocais em quatro das quinze faixas presentes neste trabalho.

Para concretizar este álbum, o artista cearense contou com o velho amigo Cesar Lemos como braço direito, incumbindo-o da produção, guitarra e baixo. Também foram convocados artistas oriundos de vários países, como os americanos Steve Hinson (pedal steel guitar) e Maye Osorio (vocal), os venezuelanos Anderson Quintero (bateria e percussão) e Andrea Mangiamarchi (vocal) e o argentino Gabriel Fernandez (bandoneon), entre outros.

O repertório traz composições de Ivan Lins, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil e Tom Jobim, entre outros, além de duas parcerias Bacelar/Lemos e três de Bacelar sozinho. A performance do time escalado para o álbum não poderia ter sido melhor, esbanjando entrosamento, qualidade artística e swing, ajudando a dar ao conjunto desta obra uma consistência admirável.

Influências de lounge e new bossa também podem ser identificadas ao longo do álbum. Com vocais, Nothing Will Be As It Was (versão de Nada Será Como Antes, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), e Somewhere In The Hills (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes) receberam roupagem eletrônica envolvente, enquanto o balanço afro de Toda Menina Baiana, de Gilberto Gil, ganha nuances jazzísticas bem bacanas.

Sebastiana equivale a uma mais do que agradável viagem pelo mundo da fusion, bossa nova, easy listening, lounge, jazz, pop, new bossa e latin music, comandada pela mão hábil de Ricardo Bacelar. A Volta da Asa Branca, Partido Alto, Depois dos Temporais e Sambadouro são bem elogiáveis, mas o repertório é muito equilibrado e bom, como um todo.

O álbum no seu formato físico também será lançado na América Latina, EUA, Japão e Europa, algo bastante lógico, pois é muito provável que consiga melhor repercussão no mercado internacional do que por aqui. Bom por um lado, ruim pelo outro, pois o brasileiro deveria abraçar com mais entusiasmo e carinho um trabalho tão bom e tão representativo do melhor da nossa música como esse aqui.

Obs.: a embalagem do CD é deslumbrante, com direito a belíssima capa digipack e um caprichado encarte recheado de fotos e informações sobre a concepção do álbum, além de ficha técnica completa. Prova de que o formato físico é insuperável para os verdadeiros fãs de música, se desenvolvido com o nível de excelência deste ótimo Sebastiana.

Nothing Will Be As It Was– Ricardo Bacelar:

Hamilton de Holanda celebra seu mestre em álbum e show

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Por Fabian Chacur

Com 42 anos de idade, Hamilton de Holanda é um dos grandes nomes do bandolim no Brasil. Ele não só ajudou a renovar a linguagem desse célebre instrumento musical, como também o aproximou das novas gerações. Para lançar o novo álbum do seu Hamilton de Holanda Trio, o ótimo 10zz, ele faz um show no Rio de Janeiro neste domingo (6) às 18h no Teatro OI Casa Grande (avenida Afrânio de Melo Franco, nº 209- Leblon- fone 0xx21-2511-0800), com ingressos a R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira).

O álbum, já disponível nas plataformas digitais e também em LP de vinil, é uma homenagem a um dos músicos que mais influenciam a obra deste consagrado músico carioca. Trata-se de Jacob do Bandolim, cujo centenário está sendo celebrado em 2018. O trabalho inicia uma série de discos que Hamilton irá gravar, e que serão posteriormente lançados de forma conjunta em um box pela gravadora Deck.

Ó intrigante título 10zz saiu da união das dez cordas do bandolim com o final da palavra jazz. “Procurei um título com poucas letras e um som direto, que pudesse dar significado à concepção deste trabalho. É o choro do Jacob com uma pitada de jazz. Não necessariamente todas as faixas são desse gênero, mas têm essa maneira de tocar, que utiliza muito a improvisação e solos criados no momento da gravação. O nome resumiu bem o espírito do disco”, explica o artista.

Ao lado de Guto Wirtti (contrabaixo acústico) e Thiago da Serrinha (percussão), Hamilton mostrará no show carioca faixas do álbum, que traz dez clássicos do repertório de Jacob, entre os quais Remelexo, Mágoas, Assanhado e Alvorada, e também a bela Naquela Mesa (homenagem feita ao saudoso pai por Sergio Bittencourt) e Serenata Jacarepaguá, composição do líder do trio celebrando seu ídolo.

Jacob 10ZZ- Hamilton de Holanda (ouça em streaming):

Thiago Delegado lança o clipe para divulgar seu novo álbum

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Por Fabian Chacur

Conheci Thiago Delegado em 2011, quando vi um show da excelente cantora carioca radicada em Belo Horizonte Aline Calixto, no qual ele era o violonista e diretor musical. Deu para sentir que o cara não era apenas mais um músico, mas sim alguém muito talentoso e com espaço para avançar bastante no cenário musical. E isso ocorreu. Ele acaba de lançar o videoclipe para divulgar Sambete Preguiçoso, faixa que integrará seu quarto álbum solo, Sambetes Vol.1, que está saindo do forno. Belíssima amostra.

Sambete é o apelido que se criou para um estilo musical desenvolvido nos anos 1950 e 1960, predominantemente instrumental, com levada dançante e influências de jazz e samba, além de ter sido incorporado à mistura que gerou a bossa nova. Thiago fez uma versão moderna e bastante vintage deste gênero, tendo a seu lado os ótimos músicos Christiano Caldas (teclados, Hammond entre eles), Aloizio Horta (baixo) e André Limão Queiróz (bateria).

O clipe é descontraído e divertido, mostrando várias pessoas em situações cotidianas nas quais preferem dar um tempo nas atividades que faziam para dar vasão à preguiça. Já disponível nas plataformas digitais, a faixa é uma das oito presentes em Sambetes Vol.1, que será lançado em breve nos formatos CD, vinil e digital. Pela amostra, deve ser delicioso de se ouvir. A expectativa é das maiores.

Nascido em Caratinga (MG), mesma cidade do genial Ziraldo, Thiago tem no currículo os álbuns Serra do Curral (2010), Thiago Delegado Trio: Ao Vivo no Museu de Arte da Pampulha (2012) e Viamundo (2015), todos lançados pela via independente. Ele é compositor, arranjador, diretor musical e um dos grandes nomes da nova geração em um instrumento vital para o samba e chorinho, o violão de sete cordas.

Além da carreira individual, o artista mineiro já teve a oportunidade de atuar com outros músicos e cantores do primeiro escalão. Já tocaram ao vivo e/ou gravaram com ele nomes do gabarito de Leila Pinheiro (turnê em 2014 e 2015), Wagner Tiso, João Donato, Martinho da Vila, Vander Lee, Toninho Horta, Roberto Menescal, Hamilton de Holanda, Aline Calixto, Arlindo Cruz, Dona Ivone Lara e Yamandu Costa.

Não satisfeito, ele também é o anfitrião dos projetos Delegas Samba Clube e Delegascia. Este último é uma jam session semanal sediada em Belo Horizonte e que está sendo realizada há 10 anos e já ganhou até um registro em DVD. Ele também apresenta o programa A Hora do Improviso na Rádio Inconfidência FM e Rede Minas. O show de lançamento do novo trabalho em Belo Horizonte será no próximo dia 26 (quinta-feira) no Teatro Bradesco (saiba mais aqui).

Sambete Preguiçoso (clipe)- Thiago Delegado

Bianca Gismonti homenageia Egberto Gismonti em show

BIANCA GISMONTI TRIO

Por Fabian Chacur

Aos 9 anos de idade, Bianca Gismonti resolveu seguir os passos do pai famoso, o consagrado músico e compositor Egberto Gismonti. Não poderia ter tomado decisão mais acertada. Muito talentosa, ela se firmou no cenário nacional e internacional. Ela agora homenageia os 70 anos completados por seu genitor em dezembro com um show no Rio de Janeiro nesta quinta (19) às 22h30 no Blue Note (Avenida Borges de Medeiros, nº 1.424- 3º andar- Lagoa-fone 0xx21-3799-2500), com ingressos custando R$ 45,00 (meia) e R$ 90,00 (inteira).

O show, intitulado Gismonti 70, será realizado pelo Bianca Gismonti Trio, integrado pela sua líder (piano), Julio Falavigna (marido de Bianca, na bateria) e Antônio Porto (baixo). O repertório trará composições do homenageado, como Palhaço, Maracatu, Água e Vinho e Loro, e também material próprio. Teremos as participações especialíssimas de Olivia Byington (voz) e Robertinho Silva (percussão).

A apresentação equivale a uma preparação para shows que o trio fará em junho em Budapeste (Hungria), Kobe e Shiga (ambas no Japão). O selo húngaro Hunnia Records irá lançar o próximo álbum do grupo. Vale lembrar que o trabalho anterior deles, Primeiro Céu (2015), também saiu no exterior, pelos selos Quinton Records (Áustria) e Impartment (Japão). Leia mais sobre Bianca Gismonti aqui.

Palhaço (ao vivo)- Bianca Gismonti Trio:

Mauricio Einhorn comemora em Sampa 80 anos de carreira

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Por Fabian Chacur

Com o show 80 Anos de Gaita, o gaitista e compositor carioca Mauricio Einhorn celebra oito décadas de uma carreira brilhante e repleta de pontos altos. Ele mostra em São Paulo esse novo espetáculo de sexta (13) a domingo (15), sempre às 19h15, com entrada gratuita, na Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, nº 111- Centro- fone 0xx11-3321-4400). No sábado (14), também será exibido às 18h o documentário sobre sua trajetória musical, Estamos Aí, de 2013 e dirigido por Rodolfo Novaes.

Mauricio Einhorn e sua gaita terão a seu lado nos shows em São Paulo Alberto Chimelli (teclados), Luis Alberto (contrabaixo) e João Côrtez (bateria). O repertório, essencialmente de composições de sua autoria, será uma viagem por esses anos todos de estrada, com direito a clássicos do alto calibre de Estamos Aí, Já Era, Valsa Para Marina, Tema de Amor, Tristeza de Nós Dois e Conexão Leme, entre várias outras.

Descendente de poloneses, o músico carioca iniciou sua carreira ainda criança, e na década de 1940 já se apresentava em programas de rádio. A partir da década de 1950, firmou-se no setor dos shows em casas noturnas, além de iniciar a trajetória como compositor, sendo parceiro de gente do porte de Eumir Deodato, Johnny Alf, Durval Ferreira e Sebastião Tapajós. Ele tocou com Nina Simone, Sarah Vaughan, Herbie Mann e Toots Thielemans, entre outros astros internacionais.

O músico teve participação importante em movimentos musicais do Brasil como a Bossa Nova e a MPB, e viu suas composições gravadas por Tom Jobim, Leny Andrade, Paquito D’Rivera e Cannonball Adderley, além de gravar, como músico, com Chico Buarque, Gilberto Gil e Claudette Soares. Dono de um estilo próprio de tocar, Einhorn também manteve paralelamente uma carreira solo dedicada à música instrumental, e se tornou inspiração para diversos outros gaitistas.

Batida Diferente– Mauricio Einhorn:

Egberto Gismonti mostra sua rica musicalidade em Sampa

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Por Fabian Chacur

Não é todo dia que o público paulistano tem a oportunidade de conferir um show de Egberto Gismonti. Portanto, com toda a reverência necessária em ocasiões como esta, anunciamos a apresentação que o compositor, arranjador e multi-instrumentista de 70 anos celebrados em dezembro último fará neste domingo (25) às 20h30 em São Paulo, mais precisamente no palco do Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100). O couvert artístico custa de R$ 165,00 a R$ 195,00.

Egberto Gismonti é um artista com fama mundial. Aliás, provavelmente mais conhecido lá fora do que por aqui, especialmente nos dias atuais. Uma pena. Afinal, trata-se de um cidadão cuja introdução à música ocorreu logo aos cinco anos, tocando piano. Com o tempo, iria se tornar exímio nesse instrumento e também em violão, clarinete e flauta. Ele lançou seu primeiro álbum, autointitulado, em 1969. No ano seguinte, viria com Sonho 70, que pode ser considerado o primeiro título clássico de sua discografia, com mais de 60 álbuns.

Durante as décadas de 1970 e 1980, consolidou em muito a sua reputação no Brasil e exterior, graças a uma fusão original de música popular brasileira, música folclórica e até mesmo indígena, com a presença também de elementos eruditos e jazzísticos no meio. Embora predominantemente instrumental, seu trabalho também traz belas canções, capazes de encantar os públicos mais diversos. E ao vivo, seu senso de liberdade sempre prevalece, surpreendendo e encantando.

Além do já citado Sonho 70, álbuns como Água & Vinho (1972), Dança das Cabeças (1976, parceria com o percussionista Naná Vasconcelos), Alma (1986) e Dança dos Escravos (1989) situam-se entre os clássicos da nossa música. Vários deles saíram no exterior em parceria do selo Carmo, do artista, com a gravadora alemã ECM, especializada em jazz e música erudita e uma verdadeira grife da boa música.

No show no Bourbon Street, Egberto certamente surpreenderá os presentes, como de praxe, alternando-se entre piano e violões. O set list é imprevisível, mas provavelmente se dividirá entre números mais populares entre seus fãs e outros menos conhecidos, embora tão bons quanto. Palhaço, Dança dos Escravos, Infância, Salvador, Zig-Zag e Águas Luminosas são algumas possibilidades. O músico natural de Carmo (RJ) também assinou diversas trilhas sonoras para cinema, teatro e balé.

E vale ainda lembrar as parcerias dele com nomes do porte de Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Charlie Haden e Jan Garbarek, entre outros. A produção executiva do show ficou por conta do experiente Zé Luis Toledo, da Z Produções e Assessoria Artística, que trabalha com artistas do porte de Egberto, Toninho Horta e outros desse alto calibre.

Sonho 70 (álbum completo em streaming)- Egberto Gismonti:

Rubem Farias toca com feras da nossa música em Sampa

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Por Fabian Chacur

Diga-me com quem tocas e eu te direi quem és. Eis uma frase que podemos usar para definir o atual estágio da carreira de Rubem Faria. O baixista brasileiro atualmente radicado em Estocolmo, Suécia, tem no currículo apresentações com grandes nomes da música instrumental do Brasil e exterior. E é com alguns deles que ele tocará nesta terça (6) às 21h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com couvert artístico a R$ 35,00.

O elenco é estelar. O trombonista Raul de Souza, por exemplo, é considerado um dos melhores do planeta neste instrumentos desde os anos 1960, e além de ter tocado com gente do porte de Tom Jobim, Hermeto Pascoal, Sarah Vaughan, George Duke, Stanley Clarke, Sonny Rollins e Wayne Shorter, tem uma carreira solo das mais bem-sucedidas, incluindo discos de sucesso internacional como Sweet Lucy (1977) e Don’t Ask My Neighbours (1978).

Os fãs mais atentos do saudoso Gonzaguinha certamente se lembram do incrível baterista Paschoal Meirelles, que tocou com o cantor e compositor carioca durante mais de dez anos. Ele também trabalhou com Chico Buarque, Hélio Delmiro, Wagner Tiso e fundou com Mauro Senise o bem-sucedido grupo de música instrumental Cama de Gato.

Por sua vez, o guitarrista Nelson Faria atuou com João Bosco, Till Broener, Ivan Lins, Gonzalo Rubalcaba, Milton Nascimento, Cassia Eller, Leila Pinheiro e Paulo Moura. Além disso, tem atuação intensa como educador na área musical, e recentemente se tornou apresentador de um delicioso programa de entrevistas com astros da MPB, o ótimo Um Café Lá Em Casa. Fecha o time o cantor, compositor e violonista Filó Machado, com 50 anos de estrada e sólida carreira com 13 álbuns lançados e parcerias com Cesar Camargo Mariano, Djavan e outros.

Nascido em Salvador, Bahia, Rubem Farias tornou-se inicialmente conhecido por tocar com a efêmera banda de rock Jamp. Depois, ampliou seus horizontes e tocou e gravou com Randy Brecker, Filó Machado, Bocato, Leny Andrade, Lils Landgren e outros. Ele integra atualmente o Balaio Quarteto e o Freedoms Trio. No show no Bourbon Street, estarão no repertório músicas dele e de Nelson Faria, além de algumas inevitáveis surpresas, com um elenco desse calibre.

Ponta de Areia (ao vivo)- Rubem Farias (ao vivo):

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