tim reynolds-400x

Por Fabian Chacur

O violonista alemão radicado nos EUA Tim Reynolds inicia neste domingo (26) às 19h no Teatro Municipal de Niterói (RJ) uma curta turnê pelo Brasil que inclui também shows no dia 1º/12 no Rio de Janeiro (Blue Note Rio) e 2/12 em Belo Horizonte (A Autêntica). A sequência se encerra no dia 5/12 às 21h30 em São Paulo no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 194- Moema- fone 0xx11-6100), com ingressos de R$ 115,00 a R$ 160,00.

Nascido em 15 de dezembro de 1957 na Alemanha, filho de um militar americano, Reynolds tornou-se conhecido no cenário musical dos EUA a partir da década de 1990, como artista-solo, integrante do trio TR3 e também tocando com a Dave Matthews Band. Vale lembrar que ele foi um dos maiores incentivadores de Matthews a se tornar músico profissional, quando o hoje astro do rock era apenas um bartender de uma pequena casa de shows no interior dos EUA.

Os shows do artista serão acústicos, e provavelmente terão algum material do álbum That Way, gravado neste formato e previsto para sair em dezembro nos EUA. No repertório, canções próprias e também releituras de obras de artistas e grupo admirados por ele, como Prince, Jethro Tull, James Brown e Led Zeppelin.

O show terá convidados brasileiros: Carlos Malta (que já participou de shows da Dave Matthews Band e de nomes como Roberto Carlos, Caetano Veloso e muitos outros), Pedro Agapio (do grupo 3 Steps) e Fernando Anitelli (do Teatro Mágico). Reynolds já tocou no Brasil anteriormente, como integrante da Dave Matthews Band e com seu grupo paralelo, o TR3, projetos que ele intercala com a sua carreira-solo, que agora ele vem mostrar por aqui.

Leia a seguir entrevista feita por mim em 2013 por telefone com Tim Reynolds e que ficou inédita por razões alheias à minha vontade:

Nascido na Alemanha e criado desde moleque nos EUA, Reynolds se juntou à Dave Matthews Band quando o grupo estava em vias de gravar seu primeiro álbum por uma grande gravadora, Under The Table And Dreaming (1994). Ele já esteve algumas vezes no Brasil, com a DMB e o TR3, e tem ótimas recordações.

“Amei a música, a atmosfera e o público brasileiro, e é muito bom poder voltar agora com o meu próprio trabalho, tocando em um lugar mais intimista, onde a troca de energias é mais direta”.

A atual encarnação da TR3 (com a qual ele tocou por aqui em 2013) está na ativa há dez anos, e Reynolds a considera melhor do que a inicial, com a qual se apresentou no inicio de sua carreira, nos anos 80, e que deixou de lado ao entrar na DMB.

“Nossa formação atual é mais sólida, tocamos bastante juntos, somos como uma família. Sinto que crescemos a cada ano em termos musicais”, explica. Eles já lançaram os álbuns Radiance (2009), From Space And Beyond (2011) e Like Some Kind of Alien Invasion (2014). Ele normalmente não toca músicas da Dave Matthews Band em seus shows individuais. “Não faria sentido”, justifica.

Tim Reynolds garante curtir muito tocar com o TR3 e a Dave Matthews Band, além dos shows acústicos em duo que costuma fazer com Matthews (que geraram vários discos gravados ao vivo).
“Gosto de me dedicar a trabalhos diferentes entre si, são desafios bons de encarar. Com a DMB sou um “sideman” (músico de apoio), toco as partes de guitarra. Na TR3, componho, faço arranjos, mostro mais quem eu sou. E tem o duo de violões com Dave. Gosto de investir em coisas diferentes, aprender coisas novas”.

Dos diversos trabalhos que gravou com Dave Matthews nesses anos todos, ele aponta Away From The World (2012), como o seu favorito. “Gostei muito desse disco, pude improvisar mais como músico, e achei ótimo trabalhar de novo com o produtor Steve Lillywhite, que voltou a produzir um álbum da DMB após 14 anos”. Entre seus ídolos, ele aponta Led Zeppelin, Cream. Robin Trower e Golden Earring, que considera influências marcantes no som do TR3.

Betrayal (live)- Tim Reynolds: