camelo.jpgNão tenho dúvidas que Marcelo Camelo é o maior compositor da nova safra da MPB. Sim, ele tem apenas 28 anos, gravou quatro discos com a sua banda (os Los Hermanos), e compôs para alguns outros grandes artistas do País.

Sou fã de seu trabalho, admiro a banda, e principalmente por isso fui atraído a sua coluna no site G1, da Globo.com. Ansioso para ler algo tão interessante quanto suas canções ,me deparei com um texto digno de Caetano Veloso no exílio (quando este escrevia para a a saudosa revista O Pasquim).

Para mim, a língua Portuguesa deve ser respeitada em qualquer texto, isso é primordial. Mas o objetivo principal de qualquer escritor é ser compreendido, fazer com que a sua mensagem chegue ao leitor. Sem isso, o texto não tem razão de existir.

Nos países de língua Inglesa eles dizem “Less is more”. Isso se reflete em sua cultura, literatura, sistema político-jurídico, etc. Camelo parece ir na direção contrária, mais de encontro aos nossos colonizadores, mestres da burocracia. Complica ao invés de simplificar, se esconde atrás de subterfúgios, dá duzentas voltas para chegar ao destino. Destino? Seus textos parecem não ter um sentido exato, um prumo, ou algo que o valha.

Será que ainda vivemos no Brazil da Tropicália, caro Marcelo? O Brasil “inteligente” precisa se apoximar do Brasil “popular”, e não se distanciar dele. Se continuarmos desta forma, os “Brasis” ficarão cada vez mais distantes, para o azar de todos nós.