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Glau Piva lança álbum com as músicas de Caetano Júnior

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Por Fabian Chacur

O escritor, compositor e pianista Caetano Júnior escolheu uma forma bastante peculiar de desenvolver a sua carreira musical. Ao invés de interpretar ele próprio as suas canções, faz parcerias com cantoras, que se incumbem dessa missão. O primeiro álbum nesse formato teve Larissa Cavalcanti no papel de intérprete, Pele Morena e Azul- Larissa Cavalcanti Canta Caetano Júnior (2015- leia entrevista com ela aqui). O segundo acaba de sair: Novo Rumo- Glau Piva Canta Caetano Júnior, com distribuição da Tratore.

O cenário sonoro, desta vez, soa um pouco diferente. No CD anterior, o repertório tinha como base a MPB, especialmente samba e música nordestina. Como a cantora, compositora e musicista paulista Glau Piva, envereda por um lado mais pop-rock com tempero MPB, sendo Novo Rumo um título bem apropriado. Com sete trabalhos anteriores, nos quais também explorou seu lado compositora, a artista desta vez dedicou-se exclusivamente a suas facetas de cantora e musicista.

Mais uma vez a produção ficou a cargo do talentoso e experiente Alexandre Fontanetti, conhecido por seu trabalho com Rita Lee e inúmeros outros artistas e que também se incumbe de tocar guitarra, da mixagem e da engenharia de gravação. No elenco, músicos do porte de Thadeu Romano, Ubaldo Versolato, Gerson Tatini e o genial Mario Manga (do Premê), este último responsável por dois belíssimos arranjos de cordas. Glau toca violão, cavaquinho e guitarra, enquanto Caetano se incumbe de piano acústico e teclados.

O repertório de 13 composições de Caetano Júnior envereda por um pop-rock bem próximo da MPB, com direito a letras líricas e românticas, melodias delicadas e boas variações rítmicas. O clima ora soa como o dos tempos iniciais do rock brasileiro, ora como do pop-rock dos anos 80 em sua vertente baixos teores. Com voz suave e bem colocada, Glau se incumbe com eficiência da função de “porta-voz” do compositor, especialmente em faixas como Novo Dia, Nuvem Branca, Serenata e Entre Meias Palavras, Soluços. Uma boa parceria. E fica a curiosidade para saber como será o próximo trabalho deste inquieto Caetano Júnior.

Saiba mais sobre o álbum Novo Rumo, de Glau Piva e Caetano Junior:

Vitoria Maldonado lança o CD com o Ron Carter Quartet

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Por Fabian Chacur

A cantora, compositora e pianista paulistana Vitoria Maldonado iniciou a sua carreira musical na segunda metade da década de 1980, após se formar na conceituada Berklee College of Music, nos EUA. Madura artisticamente e esbanjando categoria, ela atinge um ponto incrível nessa trajetória ao lançar pela gravadora americana Summit Records (com distribuição no Brasil a cargo da Tratore) o CD Brasil L.I.K.E. (Love, Inspiration, Knowledge, Energy) ao lado do Ron Quartet Quartet e da Ruriá Duprat’s Brasilian Orchestra.

Ron Carter é um dos melhores contrabaixistas da história da música, sem nenhum exagero. Um dos recordistas mundiais em sessões de gravação, o músico de 80 anos de idade já tocou com Miles Davis, Roberta Flack, Tom Jobim e inúmeros outros. Detalhe: escolhe a dedo os seus projetos. Fã incondicional da música brasileira, ele convidou Vitoria para gravar com ele e seu quarteto, hoje integrado por ele, a consagrada pianista canadense Renee Rosnes (piano) e os também feras Payton Crossley (bateria) e Rolando Morales-Matos (percussão).

O time é completado por uma orquestra comandada pelo maestro e arranjador brasileiro Ruriá Duprat e composta por mais de 20 músicos de cordas e sopros. De quebra, ainda temos participações especiais de Roberto Menescal (violão), Proveta (sax), Randy Brecker (flugelhorn), Marcos Mincov (english horn), Toninho Ferragutti (acordeon) e Omar Izar (harmônica). Dá pra encarar? Cantar com uma escalação dessas não é para qualquer uma.

Vitoria Maldonado tem bagagem suficiente para encarar tamanho desafio. Além de ter acompanhado Marisa Monte (logo no início de sua carreira) e a dupla Sá & Guarabira, ela desenvolveu uma carreira repleta de shows, mas com poucos álbuns próprios. O primeiro, Vitoria (1994), foi lançado pela gravadora Warner e indicado ao prêmio Sharp.

Em 2011, ela nos ofereceu sua segunda obra, o excelente O Que Está Acontecendo Comigo, álbum disponível em luxuosa edição com direito a CD e a DVD no qual a artista interpreta as onze faixas do álbum (com cenas de estúdio), todas de sua autoria, sendo quatro instrumentais (com adoráveis vocalizes) e sete com letras. Um trabalho calcado na bossa nova, MPB e jazz e com um requinte melódico e harmônico impecáveis, destacando Oração, Desconhecido e My Deepest Love.

A colaboração entre Vitoria e Ron Carter traz um repertório de 13 faixas. Duas delas são da própria artista brasileira, Adoro Seu Sorriso e Saudade (esta uma parceria com Carter). As outras se dividem entre standards do jazz, bossa nova, MPB e doo-wop. O requintado tratamento instrumental não tira o aspecto cativante das melodias, todas muito valorizadas. E a forma suave e doce que Vitoria as interpreta faz toda a diferença. Seu lado pianista ficou reservado para uma única faixa, a já citada (e bela) Saudade.

Os músicos aproveitam os espaços proporcionados a eles para belas intervenções, mas as canções ditam o rumo de cada gravação. Uma delicia o resultado obtido em faixas como Night And Day, I Only Have Eyes For You, Saudade, Lugar Comum e They Can’t Take That Away From Me. Brasil L.I.K.E. equivale a um momento mágico na carreira de Vitoria Maldonado, e tomara que possa impulsioná-la rumo a um público maior no Brasil e, porque não, também no exterior.

Night And Day– Ron Carter Quartet & Vitoria Maldonado:

Jehane Saade lança videoclipe Fuego e busca novos rumos

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Por Fabian Chacur

Jehane Saade define como marco inicial de sua carreira musical a criação de sua primeira composição, Je Ne Veux Plus, em 2009. O fato de a letra ser em francês diz muito sobre o direcionamento da carreira desta descendente de libaneses. Ela inicia uma nova fase na sua trajetória com o lançamento do single Fuego, com letra mesclando castelhano e português e divulgada por um caprichado lyric vídeo gravado no Líbano.

Com levada dançante com forte tempero do reggaeton, Fuego equivale a uma amostra do que a cantora carioca quer fazer neste momento da carreira. “Pretendo ir lançando novas faixas aos poucos, fazendo músicas dentro dos padrões aceitáveis do pop atual, ampliando os meus horizontes, para entrar nas principais vitrines”, define.

Versátil, Jehane é cantora, compositora, dançarina, atriz e jornalista. Seu contato com a música foi bem precoce, pois sua mãe canta e o pai dava aulas de canto lírico, além de ser ator. “Ouvi muita ópera quando criança, e também Chico Buarque, George Moustaki e a música libanesa, que é muito profunda, com muitas modulações; minha veia artística sempre teve muito apoio da minha mãe”.

Além da música, ela sempre teve envolvimento com grupos teatrais, o que a ajudou a desenvolver sua expressão corporal. Em 2012, gravou em Los Angeles (EUA) um EP com o produtor e músico Erich Bulling, conhecido por seu trabalho com artistas do porte de Rita Lee, Fafá de Belém e Fábio Jr, entre outros. “Foi uma grande oportunidade que eu deveria ter aproveitado melhor, mas optei por voltar ao Brasil por razões familiares”, relembra.

Em 2016, ela lançou seu primeiro álbum, Exótica, disponível nas plataformas digitais e trazendo 11 faixas autorais com sonoridade eletrônica, dançante e hipnótica, entre as quais Pé na Estrada, Fora do Lugar, a pioneira Je Ne Veux Plus, Meia Noite em Paris e Caminho de Buda. “É um projeto autoral em todos os aspectos, totalmente genuíno”.

Jehane tem uma orientação de vida bastante voltada para o seu eu interior. “Nos tempos modernos, a arte começou a ser consumida de uma forma descartável e efêmera, e eu busco uma visão mais artística, com uma linguagem mais plástica, com tudo bem harmonizado, indo profundamente rumo ao meu interior; busco o eterno”.

Além de lançar novas músicas, a artista carioca também pretende estruturar um show no qual possa desenvolver de forma completa a sua concepção artística, na qual mescla elementos de música, teatro e dança. “Sempre imagino linguagens visuais para as músicas que faço, brincar com as linguagens, misturar teatro com música, mas de forma espontânea, traduzindo o que penso de forma aberta, deixar fluir”.

Fuego (clipe)- Jehane Saade:

Olivia Gênesi brilha com sua mistura doce de sonoridades

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Por Fabian Chacur

A cantora, compositora, arranjadora e tecladista paulistana Olivia Gênesi lançou o seu primeiro CD em 2000. Desde então, fez inúmeros shows, gravou diversos outros trabalhos, interpretou canções próprias e de outros autores e buscou se aprimorar como artista. Toda essa estrada soa nítida em seu novo CD, Amor e Liberdade, o décimo dessa trajetória pelo cenário independente.

Vamos começar pela cantora. Sua voz é delicada, suave, quase frágil, com ecos do timbre da grande Vânia Bastos. Olivia se vale dessas características com bastante desenvoltura nas 14 faixas de seu novo álbum, e de forma inteligente buscou uma sonoridade que se adequasse a ela. Nada mais importante para um intérprete do que saber usar de forma inteligente o seu potencial, e é exatamente isso o que essa artista faz com o seu canto.

Sua sonoridade é uma mistura de jazz, rock, folk e várias tendências da MPB, com uma abordagem minimalista e rica nos detalhes, que se sobressaem graças ao talento dos músicos que a acompanham no álbum. Entre outros, temos aqui Fernando Garcia (bateria), Fábio Dregs (guitarra), Arismar do Espírito Santo (guitarra), Hugo Hori (flauta) e Raquel Martins (guitarra), além da própria Olivia no piano, escaleta, percussão e arranjos.

O repertório traz apenas uma música alheia, a deliciosa Lua No Céu de Janeiro, de Luis Carlos Sá e Dery Nascimento. Não faltam momentos preciosos, como o delicado rock Versiidade, a incrível mistura de jazz, forró, balada e psicodelia O Amor Vai Brotar, a jazzy Astrologia, o rock Mudada, a balada jazz O Feminino e o rock na veia Astrologia.

Forró da Bela serve como interessante amostra dessa perspectiva mestiça da criação de Olivia, pois parte do ritmo nordestino rumo a um resultado que tem variações sutis de climas que remetem a rock, jazz e pop. E ressalte-se o poder das ótimas letras, nas quais temas como amor, vida e relacionamentos afetivos são destrinchados com lirismo, paixão e um quê visionário também. E tem a deliciosa Amores Líquidos, repleta de toques e insights bacanas.

Amor e Liberdade é um título que serve como uma boa pista das intenções de Olivia Gênesi enquanto artista, pois mescla a paixão de quem visivelmente gosta do que faz com a liberdade de mergulhar nas misturas que achar cabíveis. Este álbum pode não agradar a todos, mas certamente será muito apreciado por quem tem bom gosto e sensibilidade poética e musical.

Amores Líquidos(clipe)- Olivia Gênesi:

Fernanda Takai faz shows em SP para lançar seu novo DVD

Foto: Bruno Senna

Foto: Bruno Senna

Por Fabian Chacur

Fernanda Takai é daquelas artistas que adora trabalhar. Em 2017, ela não só lançou um novo CD com o Pato Fu, o adorável Música de Brinquedo 2, como também foi para a estrada divulgar o álbum (leia mais sobre este disco aqui). De quebra, ainda lançou um novo DVD solo, o excelente Na Medida do Impossível- Ao Vivo No Inhotim (leia a resenha aqui).

E é exatamente para divulgar esse trabalho individual que a cantora, compositora e musicista radicada há muito tempo em Minas Gerais volta a São Paulo após três meses. Os shows serão neste fim de semana no Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros (rua Paes Leme, nº 195- fone 0xx11-3095-9400), sendo sexta (19) e sábado (20) às 21h e domingo (21) às 18h, com ingressos custando de R$ 12,00 a R$ 40,00.

Acompanhada por Larissa Horta (baixo e vocais), Lenis Rino (bateria e vocais), Camila Lordy (teclados) e Tiago Borba (guitarra, violões e vocais), Fernanda dará uma geral no repertório do DVD, incluindo Seu Tipo, Quase Desatento, Doce Companhia, Fui Eu e I Don’t Want To Talk About It, canção do saudoso Danny Whiten (da banda Crazy Horse, conhecida por seu trabalho com Neil Young) que fez sucesso em gravações de Rod Stewart e Everything But The Girl. A releitura de Takai entrou na trilha da novela global O Outro Lado do Paraíso.

I Don’t Want To Talk About It– Fernanda Takai:

Cris Narchi mostra repertório eclético em show em Sampa

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Por Fabian Chacur

Nem sempre a vida segue o rumo que a gente imagina. Cris Narchi sabe bem disso. Durante muito tempo, seu objetivo de vida era se tornar jogadora de tênis profissional. Contusões acabaram a afastando desse objetivo quando os primeiros frutos começavam a surgir. Aí, veio a música. Com uma bela voz, ela mostra muito potencial, e fará um show em São Paulo nesta terça (19) às 21h no Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, nº 822- Ipiranga- fone 0xx11-3340-2000), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Para ajudar essa jovem intérprete, dois profissionais extremamente qualificados entraram em cena. Na direção geral do show, temos Luiz Carlos Maluly, produtor conhecido por seus trabalhos com RPM, Bruno & Marrone, Metrô e Daniel, entre outros. A direção musical, por sua vez, é de Marcos “Caixote” Pontes, maestro, produtor, compositor e músico que já trabalhou com Zezé Di Camargo & Luciano, Fafá de Belém e Roberta Miranda, só para citar alguns.

O repertório selecionado para esta apresentação é uma prova do ecletismo desta cantora, pois oferece ao ouvinte músicas de vários estilos e fases da música, entre as quais clássicos gravados por Cazuza (Brasil), Gonzaguinha (Sangrando), Cher (Believe), Guilherme Arantes (Meu Mundo e Nada Mais) e Simon & Garfunkel (Bridge Over Troubled Water). Tem também a inédita Sempre Só Você (Adriana Mezzadri). Cris Narchi será acompanhada por uma banda neste show.

Believe– Cris Narchi:

Lia Sophia traz convidados de muita classe em seu novo CD

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Por Fabian Chacur

Conhecida nacionalmente graças à inclusão de algumas de suas gravações em trilhas de novelas e séries globais, Lia Sophia está com filhote novo na área. Trata-se do álbum Não Me Provoca, o quinto de sua carreira, no qual assina oito das onze faixas (sendo uma delas versão). Como agradáveis surpresas para os fãs, temos as participações especiais de dois grandes nomes da MPB, Ney Matogrosso e Paulinho Moska.

Gravado em Belém e no Rio de Janeiro, o novo trabalho da cantora e compositora nascida na Guiana Francesa e radicada desde os 17 anos em Belém (PA) conta com a produção musical de Pedro Luis, com direção artística a cargo dele, de Lia e também de Taísa Fernandes. A concepção musical da artista busca uma mistura das sonoridades da Amazônia com elementos sonoros mais universais, caindo em uma fusão original e com letras sobre temas atuais e significativos.

Ney marca presença em Ela, que também traz na guitarra Félix Robatto. Por sua vez, Moska não só canta com Lia como também toca o ronroco, um instrumento de origem andina que entrou na gravação por sugestão do próprio músico. Outro destaque do disco é Teu (Tuyo), versão da música de Rodrigo Amarantes que abre a série Narcos, da Netflix.

Teaser do novo CD de Lia Sophia:

Claudette Soares nos encanta com seu CD Canção de Amor

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Por Fabian Chacur

Claudette Soares iniciou a carreira ainda criança, na década de 1950. Carioca, ajudou de forma decisiva na divulgação da bossa nova em São Paulo nos anos 1960, interpretando canções do gênero ainda fresquinhas, recém-lançadas. Com o tempo, firmou-se como grande intérprete de música romântica. E, mesmo com mais de 60 anos de carreira, ainda se mostra inquieta e ativa. Canção de Amor, seu novo CD, lançado pela Kuarup, é encantador.

Inspirada no livro A Noite do Meu Bem, de Ruy Castro, a simpática e talentosa cantora mergulha no universo do samba-canção, gênero que só agora ela abraça. A razão: quando essa intensa vertente da música brasileira viveu o seu auge, na década de 1950, ela ainda era muito, digamos assim, novinha para encarar as letras dessas composições, que falam de forma forte e poética sobre as idas e vindas do amor.

O repertório traz 21 músicas, algumas delas agrupadas em pot-pourrys, que dão uma geral não só no auge do samba-canção, entre o fim dos anos 1940 e o início dos anos 1960, como também nos traz algumas amostras da produção posterior do gênero, dos anos 1970, 1980 e 1990. A seleção nos oferece obras de nomes como Maysa, Dolores Duran, Tom Jobim, Chico Buarque, João Donato e Cristóvão Bastos. São canções nunca menos do que excepcionais.

A moldura instrumental oferecida a Claudette pelo arranjador e pianista Alexandre Vianna é concisa e repleta de bom gosto, no melhor esquema piano-baixo acústico-sopros. O bom gosto do produtor, o jornalista Thiago Marques Luiz, que virou um especialista em resgatar de forma luxuosa grandes nomes da nossa música esquecidos pelas gravadoras multinacionais, mais uma vez nos oferece um produto daqueles para se ouvir de joelhos, tamanha a qualidade.

Toda essa estrutura proporciona à intérprete de hits como De Tanto Amor o campo necessário para brilhar, e é exatamente isso o que ela faz. Suas interpretações mesclam sensualidade, classe e uma capacidade de extrair o máximo de canções já excelentes em sua essência.

Impressionante como Claudette esbanja vitalidade, categoria e total controle de sua voz nestas gravações. Prova de que se mantém na ativa, acima de tudo, por prazer, por amar aquilo que faz. E faz bem.

O álbum já começa a mil, com o pot-pourry A Noite do Meu Bem/Foi a Noite/Fim de Noite, e vai até o fim arrancando arrepios, suspiros e, porque não, lágrimas dos ouvintes. Saia do Caminho/Molambo, Tatuagem, Tola Foi Você, Meu Mundo Caiu/Resposta/Ouça e Resposta ao Tempo são momentos bem elogiáveis que fazem com que nos sintamos sentados em um barzinho, no clima proposto por esse rico repertório.

Coroa esse álbum incrível a sua capa, nitidamente inspirada naquelas dos discos clássicos daquele período, além da embalagem digipack, encarte com as letras e fotos belíssimas. Canção de Amor é mais uma prova concreta de que precisamos respeitar e cultuar com carinho e respeito os artistas veteranos, pois eles frequentemente ainda tem muito a nos oferecer, especialmente em um cenário musical tão pobre como o que nos é apresentados pelos grandes meios de comunicação.

Tatuagem– Claudette Soares:

Monique Kessous volta a SP e mostra repertório delicioso

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Por Fabian Chacur

Há mais de dez anos na estrada, Monique Kessous vem cativando um público significativo graças a sua mistura de folk, pop e MPB, com direito a canções deliciosamente melódicas e bem interpretadas. Após um ano, ela volta à cidade para nos mostrar mais uma vez o repertório de seu mais recente álbum, Dentro de Mim Cabe o Mundo. O show rola nesta quarta-feira (5) às 21h no Teatro Viradalata (rua Apinajé, nº 1.387- Perdizes- fone 0xx11-3868-2535), com ingressos custando R$ 25,00.

A cantora, compositora e musicista carioca de 33 anos tem em seu currículo outros dois álbuns, além do mais recente: Com Essa Cor (2008) e Monique Kessous (2010). Em 2011, ela ganhou o Prêmio Multishow na categoria Artista Revelação. Seis de suas músicas foram incluídas em trilhas de novelas globais, sendo a mais recente Eu Sem Você, que embala cenas da atração das 19h da emissora carioca, Pega Pega.

O repertório do show trará faixas do mais recente trabalho e também dos anteriores, com direito a canções como Frio, Calma Aí e Levo Minha Vida Assim. Ela também já teve parcerias com astros como Ney Matogrosso. Leia mais sobre Mondo Pop com Monique Kessous aqui.

Eu Sem Você (clipe)- Monique Kessous:

Fafá de Belém mostra o novo CD e hits no Rio de Janeiro

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Por Fabian Chacur

Há 40 anos na estrada, Fafá de Belém não se cansa de experimentar novos formatos musicais e estilísticos, o que certamente ajuda a entender o porque ela se mantém firme no coração do público. Ela mostra nesta quinta-feira (29) às 21h no Rio de Janeiro, no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160- Shopping VillageMall- Barra da Tijuca- fone 0xx21-3431-000) o show Do Tamanho Certo Para o Meu Sorriso, mesmo título de seu novo álbum. Os ingressos custam de R$ 60,00 a R$ 180,00.

A parte visual e de direção cênica do show ficou a cargo do badalado Paulo Borges, e traz projeções de imagens ilustrativas da carreira da estrela paraense e também duas trocas de figurino. Ela define o roteiro como uma viagem em torno de sua trajetória de vida. A direção musical é de Manoel e Felipe Cordeiro, pai e filho, ambos paraenses, que por sinal terão seu momento solo no espetáculo, com duas instrumentais.

Para quem não conhece, Manoel é um dos reis da guitarrada, um dos gêneros mais criativos e populares oriundos do Pará, enquanto seu filho Felipe se firma como um dos nomes mais promissores da atual MPB, com direito a parcerias com caras do porte de Arnaldo Antunes e Zeca Baleiro e hits como a irresistível É Tarja Preta. Vale o registro: serão apenas eles dois no palco, acompanhando a conterrânea.

O repertório do show traz músicas do CD Do Tamanho Certo Para o Meu Sorriso, lançado pela gravadora Joia Moderna, do DJ Zé Pedro, entre os quais Ao Por do Sol, Asfalto Amarelo, O Gosto da Vida e Meu Coração é Brega, além de alguns dos maiores sucessos de sua carreira, entre os quais Abandonada e Bilhete são presenças garantidas no show dessa grande cantora, dona do sorriso mais contagiante desta terra.

Asfalto Amarelo– Fafá de Belém:

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