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Renato Teixeira e Fagner nos oferecem o singelo Naturezas

renato teixeira e fagner capa 400x

Por Fabian Chacur

Renato Teixeira e Raimundo Fagner são da geração de músicos brasileiros que invadiram as paradas de sucesso na década de 1970 com trabalhos consistentes e sempre preocupados com a qualidade de letras e melodias. Amigos há muito tempo, estreitaram sua relação nos últimos anos, valendo-se dos recursos tecnológicos para, mesmo de longe, escreverem várias canções em parceria. Tinha tudo para dar em um disco em dupla, e deu mesmo, Naturezas, que a gravadora Kuarup disponibiliza nas plataformas digitais e em uma belíssima edição em CD.

O álbum conta com 10 faixas, sendo oito delas parcerias inéditas dos dois feitas especialmente para o projeto. Um hit marcante de cada um completa o repertório. Tocando em Frente, inspirada composição de Teixeira e Almir Sater, traz também a participação deste último na releitura, que ficou muito bonita. Da seara de Fagner, temos Mucuripe, clássico escrito com o saudoso Belchior. As duas abrem o disco, como que abrindo o caminho para as novidades. Uma ideia bem interessante.

O trabalho foi gravado em São Paulo no estúdio da gravadora Kuarup, que curiosamente fica em um imóvel no qual Renato Teixeira morou, na década de 1970, e onde compôs sua canção mais conhecida, Romaria. Entre os músicos que participaram das gravações, vale destacar o grande Natan Marques, guitarrista e violonista que atuou com Elis Regina e Simone.

O clima básico de Naturezas é bem singelo e tranquilo, enveredando por caminhos sempre presentes nas obras de Renato Teixeira e Raimundo Fagner, com ênfase no lado folk-rural. As vozes dos dois se encaixaram muito bem, com cada um fazendo seus solos de forma bem competente. A tendência de interpretações mais contidas do artista cearense dos últimos tempos se mantém por aqui.

Além de Tocando em Frente, Almir Sater também está presente em Para o Nosso Amor Amém, um dos pontos altos do disco, ao lado de Arte e Poesia, Eu Comigo Mesmo e Rastros da Paixão. Eu Só Quero Ser Feliz tem um terceiro parceiro, o grande Antonio Adolfo, autor da melodia original que acabou recebendo letra de Fagner e Teixeira.

A bela capa de Naturezas foi o último trabalho com finalidade discográfica do saudoso e icônico Elifas Andreato, que nos deixou em março deste ano. O álbum certamente irá agradar e muito os fãs mais fiéis, apostando em simplicidade, lirismo e sutilezas nos arranjos. Uma reunião prazerosa de dois grandes amigos que rendeu belos frutos.

Para o Nosso Amor Amém– Renato Teixeira, Fagner e Almir Sater:

Fagner canta os seus grandes sucessos em show único no RJ

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Por Fabian Chacur

Em um meio conhecido por devorar nomes e mais nomes, comemorar mais de 40 anos de estrada não é para qualquer um. Ainda mais se o artista em questão consegue se manter relevante e capaz de atrair grandes plateias a suas apresentações. Esse é o caso de Raimundo Fagner, que dá uma geral em seus hits em show único no Rio nesta sexta-feira (18) às 21h no Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 Shopping VillageMall- Barra da Tijuca- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos de R$ 50,00 a R$ 200,00.

Este talentoso cantor, compositor e músico cearense tornou-se conhecido do grande público a partir da década de 1970. Com um vozeirão de timbre peculiar, ele aos poucos foi cativando um fã-clube fiel graças a uma mistura potente de rock, folk e música nordestina com direito a muita paixão e poesia. A partir do estouro de Revelação, lá pelos idos de 1979, abriu de vez as portas para a grande mídia, tornando-se figura fácil em trilhas de novela.

Nos anos 1980 e 1990, consolidou-se de vez como artista popular, conseguindo conciliar um repertório assumidamente romântico com qualidade estética. Dessa forma, tornou-se um dos artistas mais populares do país, sempre presente nas programações de rádio.

Franco e direto, Fagner sempre chamou a atenção pela personalidade forte, dotado de uma inteligência rara. Em seu novo show, ele viaja nessas décadas de carreira, incluindo maravilhas do porte de Mucuripe, Revelação, Borbulhas de Amor e Fanatismo, só para citar algumas.

Revelação (ao vivo)- Fagner:

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