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Fernanda Takai dá um banho de sutileza em seu novo DVD

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Por Fabian Chacur

Em 2007, Fernanda Takai iniciou uma carreira-solo paralela à do grupo que a consagrou nacionalmente, o Pato Fu. Essa trajetória chega agora ao seu quinto lançamento, o DVD/CD (vendidos juntos, em embalagem digipack) Na Medida do Impossível- Ao Vivo No Inhotim (Deck). Trata-se de um trabalho no qual a sutileza, o bom gosto e o talento da cantora radicada há décadas em Minas Gerais se apresentam de forma superlativa.

O trabalho foi gravado ao vivo no Inhotim, um misto mágico e cativante de parque e galeria de arte ao ar livre situado em Brumadinho (MG) no dia 3 de setembro de 2016. Além da dona da festa no vocal principal e violão (e usando um belo vestido), temos Larissa Horta (baixo e vocais), Lenis Rino (bateria, MPC e vocais), Lulu Camargo (teclados e gaita) e Tiago Borba (guitarra, violão e vocais), um time afiado que se presta às várias sonoridades empregadas durante o espetáculo.

O repertório do DVD traz 18 faixas, sendo 11 das 13 canções incluídas em Na Medida do Impossível (CD de estúdio lançado em 2014), três de trabalhos anteriores e três novidades em seu repertório,

São elas De Onde Vens (que ela gravou em 2014 para o álbum-tributo a Nelson Motta, Nelson 70), Nada Para Mim (do marido e parceiro de Pato Fu John Ulhôa e gravada originalmente por Ana Carolina em 1999) e I Don’t Want To Talk About It (do saudoso Danny Whitten, do grupo Crazy Horse, sucesso em gravações de Rod Stewart e Everything But The Girl) e Fui Eu (hit de José Augusto nos anos 1980).

O CD, por sua vez, conta com 14 faixas, sendo 12 iguais às do DVD e duas gravações de estúdio de Nada Pra Mim e I Don’t Want To Talk About It. Ainda no DVD, surgem duas versões de Partida, uma ao vivo que aparece nos extras junto com um making of de 6m37 de duração, e outra ilustrada por um clipe gravado nos domínios do Inhotim.

O curioso é que o show foi gravado à noite, com uma iluminação que dá uma ambientação de “festa à luz de velas”. Desta forma, o cenário natural fica em segundo plano, podendo ser confundido com um registro em teatro ou local fechado. A atmosfera de encantamento não é prejudicada por essa opção, que, ao contrário, não banaliza a natureza presente. E para quem deseja ver melhor o local, basta conferir o clipe da envolvente Partida, que cumpre essa função com eficiência.

O show flui com muita felicidade, com um repertório que se divide entre canções folk, pop, rock, eletrônica e um pouco de samba/bossa nova aqui e ali. Tudo isso pontuado pela voz doce de Fernanda, que com sua presença de palco delicada e simpática cativa o público e cria um clima de empatia sem grandes dificuldades.

Sem prejudicar a trajetória do Pato Fu, a carreira solo de sua talentosa cantora segue como uma boa forma de Takai externar sonoridades e canções que não caberiam tão bem na banda, podendo assim ampliar seus horizontes musicais. Boa sacada.

Partida (clipe)- Fernanda Takai:

Monique Kessous volta a SP e mostra repertório delicioso

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Por Fabian Chacur

Há mais de dez anos na estrada, Monique Kessous vem cativando um público significativo graças a sua mistura de folk, pop e MPB, com direito a canções deliciosamente melódicas e bem interpretadas. Após um ano, ela volta à cidade para nos mostrar mais uma vez o repertório de seu mais recente álbum, Dentro de Mim Cabe o Mundo. O show rola nesta quarta-feira (5) às 21h no Teatro Viradalata (rua Apinajé, nº 1.387- Perdizes- fone 0xx11-3868-2535), com ingressos custando R$ 25,00.

A cantora, compositora e musicista carioca de 33 anos tem em seu currículo outros dois álbuns, além do mais recente: Com Essa Cor (2008) e Monique Kessous (2010). Em 2011, ela ganhou o Prêmio Multishow na categoria Artista Revelação. Seis de suas músicas foram incluídas em trilhas de novelas globais, sendo a mais recente Eu Sem Você, que embala cenas da atração das 19h da emissora carioca, Pega Pega.

O repertório do show trará faixas do mais recente trabalho e também dos anteriores, com direito a canções como Frio, Calma Aí e Levo Minha Vida Assim. Ela também já teve parcerias com astros como Ney Matogrosso. Leia mais sobre Mondo Pop com Monique Kessous aqui.

Eu Sem Você (clipe)- Monique Kessous:

Duo S.E.T.I. lança novo single e promete álbum para breve

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Por Fabian Chacur

Dois anos após o lançamento de seu ótimo EP Êxtase (2015, leia a resenha de Mondo Pop aqui), o duo de synth pop/dream pop S.E.T.I. nos traz um novo single. Trata-se de O Ilusionista, música que serve como uma saborosa amostra do seu próximo trabalho, previsto para sair ainda em 2017.

A faixa O Ilusionista foi gravada em São Paulo como parte do projeto Original’s Studio da Levi’s, que selecionou 8 bandas paulistas e 8 bandas cariocas para gravaram em um estúdio montado especialmente para esse fim. O grupo também participou do evento Casa Levi’s, realizado em São Paulo em abril de 2017, escolhido por votação na internet.

A faixa tem um clima bem urbano, viajante e etéreo, com direito a uma melodia pop e belos vocais. Na estrada desde 2012, integram o S.E.T.I. Roberta Artiolli (voz e synths) e Bruno Romani (baixo e guitarra). A letra de O Ilusionista é definida pela cantora de forma bem clara: “Parece zelo, parece preocupação, parece cuidado mas na verdade é opressão da mulher. ‘O Ilusionista’ aponta para o machismo velado que “caras de bem” praticam o tempo todo”.

Com influências bem digeridas de bandas bacanas como Depeche Mode, A-ha, Massive Attack, Portishead e Garbage, entre outras, o grupo tem como nome uma sigla cujo significado é “search for extraterrestrial intelligence” (busca por inteligência extraterrestre). Bruno explica a intenção desse batismo: “A sigla representa bem o nosso interesse por aparatos tecnológicos e a busca por um tipo de som moderno”.

Ouçao single O Ilusionista AQUI.

Benjamin(ao vivo)-S.E.T.I. :

Good Vibes é 1ª faixa autoral da cantora pop Luisa Sonza

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Por Fabian Chacur

Mais de três milhões de visualizações. Eis o resultado, durante apenas uma semana no Youtube, do clipe de Good Vibes, primeira música autoral da cantora e compositora gaúcha Luisa Sonza. O single marca a estreia da loirinha de 18 anos na gravadora Universal Music, e também está fazendo ótima performance no Spotify. “Estou muito feliz, esperei muito por isso, é surreal para mim, fico emocionada só de falar”, revela, em entrevista a Mondo Pop.

Embora muito novinha, Luisa já tem um currículo respeitável. Oriunda da cidade gaúcha de Tuparendi, ela brinca, dizendo que canta desde que nasceu. E aos 7 anos, recebeu o convite para integrar uma banda, na qual ficou durante muito tempo e com a qual fazia apresentações para públicos de até 5 mil pessoas. “Cantava Beatles, Abba, música sertaneja, música gaúcha de raiz. Sou muito das antigas”, comenta.

Sua fama se espalhou a partir do momento em que passou a postar vídeos no Youtube com releituras acústicas de hits alheios. Com milhões de acessos, cativou até famosos como o youtuber Whindersson Nunes e Luan Santana, que gravaram vídeos com ela. “Gosto de estar perto das pessoas, e o Youtube me aproximou delas. Fico muito feliz com tudo que o Youtube me proporcionou, e não acho que perdi minha privacidade por causa disso”, avalia.

Good Vibes foi composta em um período de seis meses. A gravação foi produzida pela dupla Umberto Tavares e Mãozinha, que assinam os hits de inúmeros artistas pop brasileiros atuais. “Trabalhar com o Umberto foi uma honra, eu me senti muito segura com ele, que me ajudou a ter uma pegada mais pop, a parte eletrônica veio dele, pois eu estava acostumada a gravar de forma acústica”, comenta.

O clipe do single teve como cenário a paradisíaca Fernando de Noronha. “A ideia desde o início foi ter uma praia como cenário, e escolhi Fernando de Noronha porque considero um lugar com ótimas vibrações, com pessoas legais, tinha tudo a ver com a música”.

Nem é preciso dizer que as comparações com Anitta, principal estrela no segmento pop brasileiro atual, já começaram. Ela não liga. “Acho a Anitta uma artista incrível, falo muito com ela, somos amigas. É uma honra ser comparada a ela logo em meu primeiro single autoral”.

No dia 7 de julho, já está programado o lançamento de um novo single autoral, com a música Olhos Castanhos. Por enquanto, não há previsão de um lançamento a curto ou médio prazo de um álbum completo, sendo a perspectiva mais clara a de lançar um EP no final deste ano ou no começo de 2018. Convidados podem pintar, mas Luisa prefere manter segredo. Ela iniciou uma turnê em maio, com shows nos quais canta músicas autorais e covers de seus ídolos.

Good Vibes– Luisa Sonza:

Farufyno mostra o seu samba rock turbinado em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Anda com baixo astral, mora em São Paulo e quer ir a um show para mandar o mau humor para a casa do cacete? Uma dica certeira é ir na próxima quinta-feira (8) às 21h30 no Sesc Pompeia- Comedoria (rua Célia, nº 93- Pompeia), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00. Estará em cena o grupo Farufyno, que há 15 anos cumpre a nobre missão de sacudir os esqueletos com seu som swingado e pra cima.

Integram o grupo paulistano os músicos Marcelo Kuba (voz e violão), Rodrigo Pirituba (percussão), Mario Souza Lima (baixo) e Flávio Ferreira (guitarra). O seu som é basicamente samba rock, aquela incandescente mistura de samba, funk, rock, pop e MPB que bota fogo nas pistas de dança tupiniquins desde a década de 1960, criada por feras do porte de Jorge Benjor, Erasmo Carlos, Originais do Samba e Marku Ribas.

No repertório deste show, o quarteto promete dar uma geral em seu repertório e também apresentar algumas surpresas. Entre outras, o público poderá conferir as contagiantes Elroy O Office-boy, Várzea, Concentração, Parte Dela, Cajaíba, Parei na Sua e O Bicho Pega.

Elroy o Office-boy– Farufyno:

Alexandre Grooves volta com o álbum Multi e show em SP

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Por Fabian Chacur

Foram seis longos anos afastado da música, período usado para cuidar de uma lesão nas cordas vocais. Felizmente, deu tudo certo, e o cantor, compositor e músico paulistano Alexandre Grooves está de volta. E com força total. Ele está lançando o seu segundo álbum, Multi, e mostrará o repertório dele em show no dia 18 (quinta) às 22h30 no Bourbon Street (rua dos Chanés, nº 127- Moema- fone 0xx11-5095-6100), com ingressos a R$ 50,00 (quem comprar antecipadamente ainda leva o CD na faixa).

O envolvimento de Grooves com a música teve início quando ele tinha apenas sete anos e começou a ter aulas de piano e contrabaixo na escola Clam, do Zimbo Trio. Ele fez parte das bandas de Mauricio Manieri, Seu Jorge, Claudio Zoli e Jair Oliveira, além de integrar os grupos Funk Como Le Gusta, Grooveria e Paumandado. Em 2007, iniciou a carreira solo com o elogiado álbum Amanhã Eu Não Vou Trabalhar, que teve participações de Céu, Seu Jorge e Mauricio Manieri e recebeu muitos elogios por parte da crítica especializada.

Ele abriu o show da cantora britânica KT Tunstall na Via Funchal, em 2008, e também fez uma turnê pelos EUA no ano seguinte. Canjas ilustres de feras do porte de Wilson Simoninha, Luciana Mello, Jair Oliveira, Max de Castro, Milton Guedes e Gabriel Moura, além dos nomes já citados anteriormente, ocorreram em vários de seus shows.

Multi contou com produção arranjos e composições a cargo do próprio artista. A exceção no aspecto autoral é Ska, dos Paralamas do Sucesso, que com Alexandre ganhou um andamento mais jazzy e um frescor simplesmente incrível. Em termos vocais, fica nítido que ele está completamente curado, pois o timbre está melhor do que nunca, adequando-se feito luva às levadas que variam de faixa para faixa, com direito a bem deglutidas influências de Lenine, Djavan, Stevie Wonder e Gilberto Gil, entre muitos outros.

São dez faixas, que envolvem o ouvinte tanto pelos grooves como por suas ótimas letras, abordando temas essenciais como amor, tolerância, convivência pacífica entre os seres humanos e coisas assim. É Tudo Gente, Garota da Capa, Pra Viver Só Com Você e Respeite-me são destaques, mas Multi traz como principais méritos o equilíbrio e a excelência de seu repertório, que motivam o ouvinte a repetir a audição de novo, de novo e de novo. Show de bola!!! E a apresentação da versão em CD é impecável. Ouça em streaming aqui.

Garota da Capa– Alexandre Grooves:

Pedro Batistélla capricha bem no formato físico em 1º álbum

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Por Fabian Chacur

Em uma época na qual muita gente opta por não lançar seus trabalhos no formato físico, Pedro Batistélla navega na contramão e nos oferece Lúcido, seu primeiro álbum, no formato CD. Com direito a embalagem digipack, encarte com letras e informações sobre as gravações e tudo o que o fã mais minucioso tem direito. “Amo o formato físico, sou muito ligado a essa parte visual do CD, das fichas técnicas, era importante nesse momento da minha carreira fazer um disco físico”, justifica.

Com distribuição a cargo da Tratore e também disponível nas plataformas digitais, o trabalho de estreia deste cantor e compositor nascido em Bebedouro (SP) e desde 2010 radicado em São Paulo (SP) selecionou as 8 faixas do disco em um universo de 40 composições. “É um disco mais orgânico e muito pessoal, o meu cartão de visitas; é muito sentimental, com melancolia, mas com um pouco de esperança, uma espécie de pop orquestral”, define o artista.

Um dos destaques do álbum, extremamente bem produzido e com uma sonoridade consistente que reporta à chamada nova MPB, pop internacional, r&b e até jazz, fica por conta da parceria com Roberta Campos na faixa Recomeçar de Vez, na qual ela também marca presença cantando. “Demoramos um oito meses para finalizar essa parceria. Ela adorou a melodia que eu mandei e fizemos essa parceria; ela tem uma emoção muito verdadeira em sua voz e trabalho”.

O disco poderia ter tido uma participação mais do que especial, a da estrela americana de r&b Macy Gray, mas isso não teve como ser concretizado por questões burocráticas e financeiras, segundo Pedro. “Conheci ela em 2014 no backstage de um show aqui no Brasil, e em agosto de 2015, fiquei dois dias no estúdio com a Macy, durante as gravações do CD The Way-Deluxe Version; ela me mandou depois uma carta com três páginas me incentivando”.

No momento, Batistélla prepara o show de divulgação do disco, adaptando-o para os palcos. “O estúdio é um ambiente controlado, enquanto o ao vivo é novidade para mim, pois já fiz shows, mas não com o meu trabalho autoral”, explica. Além da canção gravada com Roberta Campos, ele também está divulgando Todo Dia nessa fase inicial de lançamento do CD. “Acho que é uma canção mais solar, mas adequada para abrir a divulgação do álbum”, justifica.

Recomeçar de Vez– Pedro Batistélla e Roberta Campos:

Gustavo Macacko apresenta o repertório de 1º DVD no Rio

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Por Fabian Chacur

Nascido em Goiânia, registrado em Minas Gerais, capixaba de coração e radicado atualmente no Rio de Janeiro, Gustavo Macacko vem conseguindo destaque entre os expoentes da chamada nova MPB. Ele está lançando o seu primeiro DVD, Macacko Ao Vivo, e mostra o seu repertório com show no Rio neste sábado (29) a partir das 22h no Circo Voador (rua dos Arcos, s/nº- Lapa- Rio de Janeiro- fone 0xx21- 2533-0354), com ingressos a R$ 40,00 e R$ 80,00. Na programação, também teremos o ótimo Bahia, com participação especial de Zé Geraldo.

Gustavo Macacko lançou seu 1º CD, Macaco, Chiquinho e o Cavalo, em 2010. Depois, viria Despontando Para o Anonimato (2014). Ele já fez parcerias com artistas como Gabriel O Pensador, Otto, Julia Bosco, Leo Lichote e Emerson Leal. Em seu currículo, seis turnês europeias, com passagens pelo mitológico Festival de Montreux, na Suíça, e Tomada da Bastilha, na França, e shows na Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.

Macacko Ao Vivo foi feito com o conceito de “filme musical”, mesclando gravações feitas em seus shows e depoimentos dando uma geral em sua carreira. Além de músicas de seus dois CDs, o repertório também traz as inéditas Trova a Troá, Bicho Grilo e Chico e Patty. Em seu trabalho, podem ser sentidas influências de Belchior, Sérgio Sampaio, Arnaldo Antunes, Arnaldo Baptista, Blitz e mesmo do cronista Rubem Braga.

Chico e Patty– Gustavo Macacko:

Nico Rezende viaja com classe pelo repertório de Chet Baker

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Por Fabian Chacur

Nico Rezende tem várias afinidades com o saudoso cantor e trompetista americano Chet Baker (1929-1988). Ambos começaram como músicos, inserindo o canto em suas trajetórias logo a seguir, com sucesso. Outra característica: a pinta de galã. Sorte que Nico não seguiu outra marca do jazzista, o forte envolvimento com as drogas e bebidas e uma vida desregrada que o destruiu durante as duas últimas décadas de sua breve vida. Firme, forte e em plena forma, o músico brasileiro lança Nico Rezende Canta Chet Baker, belíssimo DVD com repertório de Baker.

Chet Baker viveu o auge de sua trajetória musical durante a década de 1950 e parte da de 1960. Seu trabalho seguia a linha do cool jazz, também chamado de West Coast pelo fato de ter sido predominante no oeste americano nos anos 1950. Músico refinado, elogiado até por feras como Charlie Parker, que o ajudou no início de sua carreira, ele começou a brilhar como cantor com o álbum Chet Baker Sings (1954).

Compositor não muito frequente, ele se valia bastante do repertório de standards da música americana, aquela coleção maravilhosa de composições assinadas por nomes como Cole Porter, George & Ira Gershwin, Sammy Cahn, Richard Rodgers & Lorenz Hart, Johnny Mercer e outros do mesmo altíssimo gabarito. A seleção de repertório feita por Nico enveredou por esse caminho, sendo que 8 das 17 faixas marcam presença no clássico Chet Baker Sings.

Para acompanha-lo nesta bela viagem musical, Nico, que se incumbiu dos vocais e do piano, convidou os excelentes Guilherme Dias Gomes (trompete), Fernando Clark (guitarra), Alex Rocha (contrabaixo acústico) e André Tandeta. A gravação foi feita durante o show que o quinteto realizou em Niterói (RJ), como parte do Tudo Blues Festival, no dia 5 de junho de 2016, no Teatro do Centro Artes UFF.

O timbre e o estilo de cantar de Nico se encaixaram feito luva neste repertório, e o entrosamento entre ele e os músicos de sua banda rendeu performances impecáveis, sempre abrindo espaços na hora certa para os improvisos e tratando com todo o carinho cada canção.

O registro visual, em tons mais escuros, cria um clima de casa noturna americana, como se estivéssemos nos EUA durante a década de 1950, ouvindo os reis do cool jazz. E o comandante da festa se mostra um ótimo mestre de cerimônias, com direito a uma bela interação com a plateia na parte inicial da música You’d Be So Nice To Come Home To.

Quando às 17 músicas incluídas no DVD, louvemos maravilhas como But Not For Me, Time After Time, Let’s Get Lost, You Don’t Know What Love is, There Will Never Be Another You, My Funny Valentine, As Time Goes By e That Old Feeling, canções que provam com veemência que o que é bom, é para sempre, não tem data nem época. Atemporais até a medula!

Nico Rezende Canta Chet Baker é uma bela forma que o cantor, compositor e músico nascido em São Paulo em 13 de outubro de 1961 e radicado há anos no Rio escolheu para comemorar os 30 anos do lançamento de seu primeiro álbum solo, autointitulado, do qual o hit Esquece e Vem saiu rumo às paradas de sucesso de todo o mundo. Ele também atuou como músico e arranjador para artistas do porte de Ritchie, Lulu Santos, Marina Lima, Roberto Carlos e Gal Costa.

There Will Never Be Another You– Nico Rezende:

Julia Vargas/Ney Matogrosso, juntos em uma nova gravação

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Por Fabian Chacur

Na semana passada, mais precisamente na quarta-feira de cinzas (1º/3), a cantora Julia Vargas gravou um dueto com ninguém menos do que Ney Matogrosso. A parceria se deu em função da canção Pedra Dura (Ivo Vargas e André Vargas), que será um dos destaques do próximo álbum da intérprete, intitulado Pop Banana, previsto para chegar ao mercado musical no início de abril via Biscoito Fino.

Julia afirma que convidou Ney, entre outras razões, pelo fato de dois trabalhos recentes do ex-vocalista dos Secos & Molhados, os ótimos Vagabundo (2004- gravado em parceria com Pedro Luis e a Parede) e Atento Aos Sinais (2013), terem sido boas influências para Pop Banana. Vale lembrar que Alceu Valença e Ivan Lins são outros dois grandes nomes da MPB que já avalizaram o trabalho de Julia.

Samba Jambo, o primeiro single extraído do segundo álbum da cantora, que ela define como de “pop brasuca”, já está disponível em diversas plataformas digitais. Em sua discografia, Julia Vargas conta com o CD Julia Vargas (2012) e o CD/DVD Ao Vivo Em Niterói (2015). Com voz repleta de assinatura própria e muita criatividade, a moça pinta como um dos nomes a serem observados mais de perto na atual cena pop.

Samba Jambo– Julia Vargas:

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