E=MC2, novo álbum de Mariah Carey, saiu fazendo bastante barulho. Em apenas uma semana, vendeu 463 mil cópias nos EUA, não só estreando diretamente na ponta da parada de lá, como também sendo o CD que melhores números obteve em sua semana inaugural em 2008, até agora. Quer mais? Superar até a primeira semana de The Emancipation Of Mimi, de 2005, que a recolocou no primeiro lugar dos charts após anos tumultuados no qual os fãs temeram até pela integridade física de sua cantora favorita. Já disponível no mercado nacional, via Universal, fica a pergunta: e o conteúdo artístico?
Desde o início de sua vitoriosa carreira, em 1990, a cantora e compositora americana se caracterizou como uma eficiente fusão de talento e tino comercial. Canta muito bem, é bonita e sabe se aproximar dos produtores certos para dar uma moldura comercial a seus álbuns. Este aqui procura manter a repaginada que The Emancipation Of Mimi equivaleu em sua trajetória, flertando de maneira explícita com a cena rhythm and blues moderna. Valendo-se de vários produtores, ela alterna canções mais balançadas com outras sensuais e também uma ou outra balada lembrando a fase soul pop dos anos iniciais.
Carey segurou as rédeas de seu vozeirão, usando-o com parcimônia. O resultado é um disco que, se às vezes soa meio padronizado, na maior parte do tempo agrada, com direito a picos positivos como Touch My Body, I’m That Chick, Love Story e, especialmente, a balada I Wish You Well, que encerra E=MC2. Aos 38 anos de idade, esta diva da canção pop se mostra em ótima forma, e mais relevante do que a maior parte das colegas de geração, o que não é pouco, para quem era tida como morta e enterrada em termos comerciais há menos de cinco anos.
Videoclipe de Touch My Body:
http://www.youtube.com/watch?v=CzxR8OH-fDQ
April 25, 2008 at 2:10 pm
E que título sugestivo. Seria uma capa de um “álbum inteligente”? Realmente, o R’nB não é o meu estilo favorito. O melhor que eu ouvi foi o “Raimbol”. Muito divertido.
Mas repetir o sucesso de “Mimi”, que conseguiu várias músicas no topo da parada ao mesmo tempo será um pouco mais difícil. Talvez não para ela.
Só que a Mariah vale pela simpatia que é.
Toca Mutantes!