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Paul McCartney e uma celebração em Nova York

por Fabian Chacur

Em 1965, os Beatles levaram mais de 50 mil pessoas ao Shea Stadium, em Nova York, um recorde inigualável para um concerto de rock, na época. O show virou um marco histórico da cultura pop.

O local foi fechado em 2008, com show de Billy Joel do qual Paul McCartney participou. Em setembro de 2009, o local renasceu após uma reforma com o novo nome Citi Field. Coube ao autor de Yesterday o pontapé inicial.

O registro do melhor ocorrido nos três shows, que reuniram a exata marca de 109.397 pessoas, acaba de sair no Brasil, com o título Good Evening New York City. O conteúdo é excelente.

O pacote, lançado pela Universal Music, contém um CD duplo e um DVD, ambos com o mesmo repertório. São aproximadamente três horas de música que simplesmente deixarão o fã abismado.

Como um cidadão com 67 anos na época da gravação pode esbanjar tanta energia? Cantar músicas gravadas há mais de 40 anos no mesmo tom? Dar um banho de carisma e jovialidade? Emocionar a plateia presente com total facilidade?

Não é para qualquer um. McCartney se desdobra em baixo, guitarra, violão e teclados, acompanhado pelo braço direito Paul Wix Wickens (teclados, com ele desde 1989) e pelos jovens e talentosos Rusty Anderson (guitarra, vocais), Brian Ray (guitarra, vocais) e Abe Laboriel Jr. (bateria, vocais).

Paul retribui a gentileza e traz Billy Joel para um belo duelo com ele em I Saw Her Standing There, no qual o cantor e compositor americano faz vocais e também toca piano. Mais um registro para os anais do rock and roll.

O repertório equivale a uma bela viagem pela carreira de Paul, com clássicos dos Beatles como Drive My Car, Let It Be, Eleanor Ribgy e Helter Skelter, hits da carreira solo como My Love, Let Me Roll It e Live And Let Die e outras.

O bacana é que as canções de discos mais recentes não só não destoam no meio de tantos clássicos como arrepiam do mesmo jeito.

Maravilhas como Only Mama Knows e Dance Tonight, do recente Almost Full (2007) são bons exemplos. Ou mesmo duas do projeto Fireman, as vibrantes Highway e Sing The Changes.

O DVD mostra que, apesar de ao vivo o astro contar com forte apoio visual (telões, iluminação) o que realmente emociona a multidão presente é o impacto que essas canções todas provocam em quem tem bom gosto.

Paul McCartney nasceu para ser um astro, e o palco é o seu habitat natural. Não é de se estranhar que esse Good Evening New York City chegue ao mercado já com o rótulo “clássico” nele. Merecidíssimo!

Destaques finais: I’m Down, dos Beatles, que no DVD tem cenas da performance atual mixadas com a dos Fab Four naquele longínquo 1965. Fantástico! E a capa do CD, simplesmente apoteótica e com cara de poster.

2 Comments

  1. ah..o ? Paul McCartney ? !!!!

    Estou aguardando ansiosamente a vinda dele para o Brasil.

    P.s: O projeto gráfico da capa é realmente lindo!

    Saudações Chacur!

  2. Tive a honra de ver três shows do Macca no Brasil, os dois realizados no Maracanã em 1990 e o realizado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, em 1993. Garanto que foram experiências emocionantes, o de São Paulo o meu favorito. Mas não ficarei nada triste se puder vê-lo de novo em 2010, se por ventura ele nos visitar. Um gênio e um gentleman na assepção das palavras. Saudações procê também, Chuler, e obrigado pela visita!

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