tiazinha.jpgO fechamento da maior cadeia de lojas de discos dos EUA, a Tower Records, não representou apenas a perda de uma excelente opção de compra e de um ponto de encontro para os fãs de música (já assisti a alguns ótimos pocket shows na Tower Records). Trata-se do fim de um sistema viciado cultivado pelas grandes gravadoras que consistia na venda de álbuns, divulgação dos mesmos nas FMs, etc.

Não comemoro o fim da Tower (ou de outras grandes lojas de CDs no mundo todo), muito pelo contrário, cresci frequentando estas lojas, olhando as capas, gastando muito com os álbuns que ajudaram na minha formação musical. No entanto, assim como aconteceu com os cinemas de rua (que eu também adorava), o ciclo das lojas como a Tower está acabando, sobrando espaço apenas para aquelas mais alternativas, focadas a um público específico.

As grandes lojas se vão, mas a música continua, até mais forte do que antes. Você não precisa mais comprar um álbum completo (como queriam as majors) para ouvir aquela canção que deseja, os novos artistas, quase sempre marginalizados pelas grandes gravadoras, agora têm um acesso muito mais fácil ao mercado através da Internet e das gravadoras independentes.

Isso sem falar na facilidade que se tem hoje para gravar um CD, até num PC doméstico, sem precisar se humilhar para um grande produtor coberto de arrogância, que mal dava ouvidos aos artistas iniciantes e só buscava o lucro fácil (lembrem-se até a talentosíssima Tiazinha já gravou numa major).

Será que precisamos mesmo lamentar tanto a morte daquele sistema perverso das majors? Não creio. Acho que é hora de comemorarmos o sucesso de serviços como o iTunes, e os nacionais, Trama Vitual, o Sonora, e o UOL Megastore. Ah, claro…não posso deixar de mencionar a revolução de blogs como MONDO POP, que tomaram o espaço das tendenciosas “revistas musicais”. E viva a música!