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Coletânea homenageia Dorival Caymmi

Por Fabian Chacur

No dia 30 de abril, o cantor, compositor e violonista baiano Dorival Caymmi (1914-2008) faria 100 anos de idade. Como forma de celebrar essa data histórica, a gravadora Universal Music lançará no dia 8 de abril, nos formatos físico e digital, a coletânea Dorival Caymmi-100 Anos. Trata-se de uma significativa e abrangente amostra da obra deste verdadeiro gênio da música popular brasileira.

A compilação traz interpretações do próprio homenageado, de seus filhos Nana, Dori e Danilo Caymmi e também de artistas como Elza Soares, Clara Nunes, Trio Irakitan, Ary Barrozo, Dick Farney e João Donato, entre outros. Também está presente Carmen Miranda, que ao gravar com sucesso O Que é Que a Baiana Tem?, em 1938, ajudou a alavancar a carreira de Caymmi, então já radicado no Rio como forma de ampliar seus horizontes profissionais.

Um diferencial deste trabalho fica por conta da inclusão das músicas Risque e Na Baixa do Sapateiro, ambas de autoria de Ary Barrozo, aqui mostrando que Dorival Caymmi também sabia como poucos reler canções alheias com categoria e assinatura própria. Ambas foram extraídas do álbum gravado em 1958 por Caymmi e Barrozo, no qual um regravou composições expressivas do outro, com resultado antológico.

Dorival Caymmi, apelidado de Buda Nagô em bela canção de Gilberto Gil, foi um dos pilares do que hoje se convencionou chamar de MPB, pois pode ser considerado um precursor da bossa nova, da releitura mais sofisticada das sonoridades regionais da música brasileira e também do uso mais poético e sutil do romantismo em canções nacionais. Voz marcante, violão certeiro e um songbook compacto e composto só por grandes músicas, esse mestre continua influenciando muita gente boa por aí.

Ouça o álbum Canções Praieiras (1954), com Dorival Caymmi:

Carlinhos Vergueiro relê Nelson Cavaquinho

Por Fabian Chacur

No ano em que se comemoram os 100 anos do nascimento do inesquecível Nelson Cavaquinho (1911-1986), várias homenagens bacanas estão sendo feitas ao autor de Folhas Secas e tantos outros clássicos da MPB.

A mais recente surge com o CD Carlinhos Vergueiro Interpreta Nelson Cavaquinho, lançado pela gravadora Biscoito Fino e no qual o cantor, compositor e músico Carlinhos Vergueiro relê algumas das composições do mestre, com participações especiais de Chico Buarque, Cristina Buarque, Wilson das Neves e Marcelinho Moreira.

Carlinhos tem conhecimento de causa para homenagear Nelson Cavaquinho, pois foi seu amigo e parceiro. Ele o conheceu quando tinha 17 anos, e teve a honra de fazer shows e dividir mesas de bar com o compositor carioca em inúmeras ocasiões.

Mais: ele produziu ao lado de Cristina Buarque o álbum Flores Em Vida, último trabalho de Nelson Cavaquinho, além de atuar na produção do curta metragem Nelson de Copo e Alma, de Ruy Solberg.

Como forma de marcar o lançamento do CD, Carlinhos Vergueiro fará dois shows em São Paulo nos próximos dias. Neste domingo (20), às 11h, com entrada gratuita, ele estará no teatro Arthur Rubinstein de A Hebraica (rua Hungria, 1.000 – fone 3818-8888)

Nesta terça-feira (22), o palco será o Tom Jazz (avenida Angélica, 2.331 – fone 4003-1212), com ingressos a R$ 35.

O repertório inclui pérolas do naipe de Palavras Malditas, Palhaço, Nome Sagrado, Luz Negra, Pranto de Poeta , Folhas Secas e Deus Não Me Esqueceu, entre outras.

Carlinhos será acompanhado por Italo Peron (violão e arranjos), Adriano Busko (bateria e percussão), Pratinha (flautas), Ildo Silva (cavaquinho) e Fábio Peron (bandolin).

Com 59 anos de idade, Carlinhos Vergueiro começou a se tornar conhecido do grande público nos anos 70, graças a músicas como Camisa Molhada (aquela do “fique de olho no apito”), Como Um Ladrão e Torresmo à Milanesa (esta em parceria com Adoniran Barbosa.

Além de ótimo cantor, compositor e violonista, com carreira irrepreensível, Carlinhos também é conhecido por sua simpatia, e por integrar o elenco do Polytheama, time de futebol de Chico Buarque.

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