Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

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Old Sock é Eric Clapton solto e despretensioso

Por Fabian Chacur

Depois de passar por fases não muito favoráveis em sua vida, Eric Clapton aparentemente sossegou neste novo século em termos pessoais. Casado desde 2002 e pai de três filhas, o mestre da guitarra investiu nos últimos 15 anos em bons projetos solo e em parcerias com craques do naipe de Steve Winwood, B.B.King e J.J.Cale.

Seu novo álbum individual, Old Sock, acaba de sair no Brasil via Universal Music, e é mais uma prova de como essa vida familiar mais tranquila aparentemente está influenciando de forma positiva em seu trabalho. Trata-se de um disco ensolarado, despretensioso e no qual seu talento surge com força.

O repertório do novo álbum não inclui nenhuma música assinada pelo cantor, compositor e guitarrista britânico. São 12 faixas, sendo 10 releituras de canções de artistas como J.J. Cale, Peter Tosh, Gary Moore, George & Ira Gershwin e Taj Mahal, e duas inéditas assinadas por seu guitarrista e braço direito nos últimos tempos, o guitarrista Doyle Bramhall II.

As canções de Doyle tem como coautores o coprodutor e técnico de som do álbum, Justin Stanley, e uma figura que andava meio sumida das manchetes: a cantora Nikka Costa. Sim, a filha do saudoso maestro Dom Costa (célebre por ter trabalhado com Frank Sinatra) que estourou nos anos 80, ainda criança, com a releitura de (Out Here) On My Own, gravada originalmente por Irene Cara para a trilha do filme Fama.

Após o estouro inicial, Nikka deu uma sumida mas voltou em 1989, e passou a gravar alguns discos de repercussão moderada. Ela hoje tem 41 anos e é casada com Justin Stanley, com o qual compõe músicas para diversos artistas, incluindo Eric Clapton. Nada mal para aquela menininha de voz ardida, mas bela. Aliás, ela também marca presença no álbum fazendo backing vocals (vocais de apoio).

As duas composições do trio Bramhall/Stanley/Nikka são os momentos mais pops do trabalho, o rockão Gotta Get Over (com participação discreta da grande Chaka Khan) e o delicioso reggae Every Little Thing. Nesta última, já que falei há pouco de crianças precoces, temos os vocais (na parte final da canção) de Julie, Ella e Sophie Clapton, filhas do roqueiro britânico.

O disco flui de forma gostosa e se divide entre reggaes, baladas folk e standards da música americana. Temos outras participações bacanas, além das já citadas. Taj Mahal, por exemplo, toca harmônica e banjo no seu reggae Further On Down The Road. J.J. Cale canta e toca guitarra na balada country de sua autoria Angel.

Paul McCartney retribuiu a participação de Clapton em seu Kisses On The Bottom e canta e toca baixo no maravilhoso standard All Of Me, que ganhou nova vida na versão da dupla. E tem também Steve Winwoond arrasando no órgão Hammond B3 na elegante e sutil releitura de Still Got The Blues, maior hit de Gary Moore.

Mas a grande estrela do álbum é mesmo o seu criador. Clapton está cantando como nunca, indo do rockão de Gotta Get Over à sutileza jazzística em Our Love Is Here To Stay e The Folks Who Live On The Hill, além do folk blues em Goodnight Irene e balada country em Born To Lose. E os solos de guitarra fluem delicados e repletos de emoção e amor.

Old Sock soa um pouco como aqueles discos lançados pelo astro britânico nos anos 70, como 461 Ocean Boulevard (1974) e Slowhand (1977). Trata-se do novo trabalho de um artista genial que se sente livre para cantar e tocar aquilo que quiser, sem desejar provar nada a ninguém e em plena maturidade de seus 68 anos bem vividos.

Ouça All Of Me, com Eric Clapton e Paul McCartney:

Antonio Adolfo cativa com Finas Misturas

Por Fabian Chacur

Antônio Adolfo é um dos grandes nomes da história da música brasileira. Como músico, arranjador, maestro, compositor, produtor e intérprete, entre outras atribuições, ele desde os anos 60 nos proporciona grandes obras. Finas Misturas, CD lançado pelo seu selo AAM Music e distribuído no Brasil pela SaladeSom Records, acrescenta novos elementos a um universo sonoro sempre rico e delicioso de se ouvir.

Na primeira fase de sua carreira, Adolfo tocou piano em grupos como o Trio 3-D, Samba a Cinco e A Brazuca, emplacando canções clássicas da MPB e bastante regravadas como Sá Marina, BR-3 e Juliana, entre outras, tendo como frequente parceiro o letrista Tibério Gaspar. Como forma de se aperfeiçoar, ele saiu do Brasil para estudar música nos anos 70.

Ao voltar, as gravadoras simplesmete o ignoraram, e o músico carioca resolveu apostar numa opção até então considerada maluca por muitos: a produção independente. Com o excelente álbum Feito Em Casa (1977), não só teve sucesso artístico e comercial como abriu as portas para a produção independente no Brasil, que rende belos frutos até hoje.

Em meados dos anos 80, passou a se dedicar a projetos educacionais na área musical, criando o Centro Musical Antônio Adolfo e lançando vários livros com esse intuito educativo. Mas nunca descuidou de seu lado artístico, gravando de tempos em tempos discos sempre pautados por uma excelência em termos técnicos e criativos.

Finas Misturas traz como mote um excitante diálogo entre o jazz e os ritmos brasileiros, com quatro composições de Adolfo e seis de nomes seminais do jazz como John Coltrane, Keith Jarrett, Bill Evans e Dizzy Gillespie. A quebra de barreiras, por sinal, sempre marcou o trabalho do pianista, que foge dos rótulos como o diabo da cruz.

O resultado é um álbum no qual fica difícil detectar onde está o jazz ou onde se encontra a música brasileira, pois a fusão deu uma liga simplesmente deliciosa e indivisível. Falando de forma mais direta, aqui não temos nem música brasileira, nem música americana, e sim música do mundo, do universo, da galáxia. Música da boa.

O bacana de Antônio Adolfo é que ele consegue ser um músico e compositor altamente sofisticado sem cair no tecnicismo, na chamada “música para músicos”, na qual harmonizações complicadas e solos intrincados só são mesmo apreciados pelos profissionais do ramo. Esse genial músico brasileiro consegue ser requintado sem deixar de ser acessível.

Esse fantástico Finas Misturas trará prazer tanto ao fã de música inventiva e criativa como àquele ouvinte humilde e sem conhecimento técnico que deseja apenas curtir música instrumental cativante, delicada, melódica e boa de se ouvir. Coisa difícil de se fazer, que só mesmo mestres como Antônio Adolfo tem a manha de tornar realidade.

Veja entrevista de Antônio Adolfo e trechos de Finas Misturas:

Filme traz inacreditável vida de Ginger Baker

Por Fabian Chacur

Que tal um documentário que abre com o personagem principal acertando uma certeira bengalada no nariz de seu respectivo diretor? É assim que tem início Beware Of Mr. Baker, que registra de forma brilhante e abrangente a trajetória de Ginger Baker,ex-integrante do Cream e considerado um dos melhores bateristas de todos os tempos. E também um ser humano inacreditável.

Jay Bulger, o diretor que tomou a porrada no nariz e sangrou de dar gosto, levou três anos para realizar o seu sonho. Ele passou três meses na casa de Baker, na África do Sul, período durante o qual teve a chance de conhecer a fundo seu personagem. Inicialmente, escreveu uma matéria para a Rolling Stone americana (leia aqui) publicada em agosto de 2009, quando o músico completava 70 anos. Depois, registrou as entrevistas com o músico em vídeo.

O documentário mergulha de cabeça na trajetória do baterista britânico nascido em 19 de agosto de 1939. Desde a infância, quando perdeu o pai aos 4 anos de idade durante a Segunda Guerra Mundial até os dias de hoje. Seu envolvimento com a música, as drogas, os relacionamentos afetivos, nada fica de fora.

Ginger Baker surge na tela como um indivíduo contraditório. Ora agressivo, ora afetivo, mas sempre controverso e capaz das maiores brigas, o que explica a duração sempre reduzida de seus projetos musicais. O Cream, por exemplo, considerado um dos grandes trios da história do rock (com Baker, Jack Bruce e Eric Clapton), durou apenas dois anos (1966 a 1968). O Blind Faith, menos ainda (nem um mísero ano).

A qualidade musical dessas diversas incursões, no entanto, sempre foi no mínimo interessante, e frequentemente seminal para a história da música. Os depoimentos de músicos do naipe de Bill Ward (Black Sabbath), Neil Peart (Rush), Johnny Rotten (Sex Pistols, PIL), Steve Winwood, Denny Laine (Wings), Stewart Copeland (The Police), Eric Clapton e Jack Bruce (Cream), entre outros, sustentam essa visão durante o documentário.

As entrevistas com seus familiares, incluindo quatro ex-mulheres, duas filhas e o filho Kofi (que também é baterista) servem como ilustração de seu temperamento difícil. Kofi acha que o pai não deveria ter tido filhos, enquanto uma das ex-esposas questiona se Ginger merece elogios por sempre ir em frente ou críticas por não ter capacidade de consolidar seus relacionamentos pessoais e profissionais, fugindo no fim das contas.

Além das excelentes entrevistas feitas especialmente para o filme, temos também belíssimas animações ilustrando vários momentos da vida do músico, incluindo alguns pornográficos e outros com mapas contextualizando suas várias viagens pelo mundo durante sua longa trajetória de vida. Ele morou na Inglaterra, Itália, Nigéria, EUA e África do Sul.

O título do filme teve como inspiração a placa que o ex-integrante do Cream colocou na entrada de sua casa na África do Sul (Beware Of Mr. Baker- cuidado com Mr. Baker). Durante a atração, temos acesso também a seu amor aos cavalos e cães, sua faceta como jogador de cricket e a relação sempre complicada com as drogas.

Jazzista, roqueiro, precursor do heavy metal e da world music, capaz de jogar no lixo milhões de dólares em diferentes épocas de sua vida, Ginger Baker é um personagem que nem o autor mais criativo conseguiria conceber, tal a sua complexidade como músico e ser humano.

Beware Of Mr. Baker foi exibido durante a edição 2013 do festival In-Edit de documentários musicais em São Paulo e é um dos melhores trabalhos nesse setor que já vi nos meus 51 anos de vida. E olha que sou um verdadeiro devorador de documentários musicais…

Duas notas finais: o produtor de Beware Of Mr. Baker é Fisher Stevens, que fez inúmeros trabalhos bacanas como ator, um deles na maravilhosa e extinta série televisiva Early Edition, além de ter namorado com Michelle Pfeifer nos anos 80, quando ela estava no auge. E em uma cena de arquivo, temos a chance de ver Mr.Baker cair sentado no palco, obviamente encharcado de drogas e quetais…

Veja o trailer de Beware Of Mr. Baker:

Agnetha Faltskog, ex-Abba, lançará disco solo

Por Fabian Chacur

Agnetha Faltskog, ex-integrante do grupo Abba, está de volta ao cenário pop. A cantora sueca acabou de lançar o single When You Really Loved Someone. A canção é a primeira a ser divulgada de seu novo álbum solo, intitulado A, que está previsto para chegar ao mercado musical no próximo dia 13.

Considerada a mais reclusa dos ex-integrantes do grupo sueco que conquistou as paradas de sucesso de todo o mundo nos anos 70 e 80 com hits como Dancing Queen, Fernando, Knowing Me Knowing You e tantos outros, a loirinha e mais jovem componente do quarteto (nasceu em 5 de abril de 1950) rejeitou o rótulo de eremita em entrevista concedida a uma TV australiana neste sábado (4).

Ela afirma que o fato de ter ficado muito exposta nos tempos de Abba a levou a desejar um maior afastamento da mídia, impulsionada principalmente por sua timidez. As comparações com a atriz hollywoodiana Greta Garbo não a agradam. A entrevista foi concedida a Rahni Sadler, no programa Sunday Night, da rede de TV Seven Network.

Na mesma entrevista, Agnetha respondeu pela milésima vez a inevitável pergunta: é possível um retorno do Abba, que nunca mais voltou à cena desde sua separação, ocorrida em 1982? Ao ouvir a questão, ela balançou a cabeça e deu a resposta que os integrantes do extinto quarteto sueco costumam dar, só que à sua moda.

“Não acho que o Abba deva voltar. Deveríamos deixar o Abba descansar, e apenas ouvir as suas canções”. O programa também trouxe uma entrevista, feita separadamente, com Bjorn Ulvaeus, não só ex-Abba como também ex-marido de Agnetha. As informações sobre essas entrevistas foram divulgadas no site americano da revista Billboard.

A marca o retorno da cantora sueca após nove anos longe do mercado fonográfico. Seu disco mais recente, My Colouring Book, é de 2004. O novo trabalho conta com a produção de Jorgen Elofsson, que já trabalhou com Britney Spears, Kelly Clarkson, Celine Dion e o grupo Weslife, e do arranjador e produtor Peter Nordahl.

Veja o clipe de When You Really Loved Someone, com Agnetha Faltskog:

The Next Day é David Bowie inspiradíssimo

Por Fabian Chacur

Demorei bastante para resenhar The Next Day, primeiro trabalho de inéditas de David Bowie após 10 longos anos nos quais se imaginava termos perdido de vez o Thin White Duke. O álbum está há mais de um mês nas lojas brasileiras, em bela edição de luxo com direito a 17 faixas, três a mais do que a versão comum.

E qual a razão de tanta demora? É que eu fiz questão de ouvir muito e muito o álbum antes de escrever sobre ele. E quer saber? Valeu a pena. Dessa forma, posso cravar, sem medo de errar, que The Next Day é não só um dos melhores trabalhos do genial cantor, compositor e músico britânico, como tem tudo para ser eleito o melhor lançamento de 2013. E quem diz isso é alguém que tem todos os álbuns do cara, os ouviu muito e não baba ovo para todos. Opinião de fã, sim, mas fã consciente dos altos e baixos de seu ídolo.

No Reino Unido, o álbum entrou direto no primeiro lugar. No disputado mercado americano, vendeu 85 mil cópias na semana de lançamento no fim de março e atingiu o segundo lugar, melhor posto já obtido por um álbum de David Bowie no mercado americano. Station To Station (1976- nº3) e Let’s Dance (1983- nº4) haviam sido os melhores resultados anteriores do roqueiro britânico. Os fãs estavam ávidos por novas músicas do autor de Heroes.

A boa expectativa criada pelos dois singles lançados previamente, a melancólica e tocante balada Where Are We Now? e o rockão The Stars (Are Out Tonight) se confirmou por completo. The Next Day é, acima de tudo, um álbum recheado de grandes canções.

O clima musical traz boas referências de sua produção do fim dos anos 70, especialmente do álbum Scary Monsters (1980), com uma poderosa fusão de climas misteriosos, guitarras nervosas, boas melodias e uma diversidade musical que foge da mesmice com grandes resultados. E a voz do astro continua incisiva e com aquele timbre inconfundível.

Os fãs da faceta mais pop de Bowie irão vibrar com as deliciosas Valentine’s Day e Dancing Out In Space, por exemplo. Os mais roqueiros se deliciarão com as vibrantes The Next Day, (You Will) Set The World On Fire e I’d Rather Be High, enquanto quem curte o lado soul do mestre irão se arrepiar com a belíssima You Feel So Lonely You Could Die.

A competência dos músicos participantes (entre os quais a baixista Gail Ann Dorsey, os guitarristas Earl Slick e Gerry Leonard e o baixista Tony Levin) e a produção do velho parceiro Tony Visconti dão ao álbum uma sonoridade ao mesmo tempo vintage e atualizada. Não, Bowie não está se repetindo, e sim aproveitando de forma inteligente elementos já usados por ele antes para criar novas canções relevantes.

A capa, que reaproveita de forma surpreendente a arte do clássico LP Heroes, aparece em belíssima embalagem digipack. Minha única restrição fica em relação ao encarte, com os créditos e letras em letras pequenas e diagramação que dificulta e muito a leitura. Afora isso, The Next Day é um clássico instantâneo que cresce a cada nova audição.

Ouça The Next Day, de David Bowie, na íntegra:

Beady Eye divulga capa de seu segundo álbum

Por Fabian Chacur

A Beady Eye, banda liderada pelo cantor Liam Gallagher, ex-Oasis, divulgou em seu site oficial a capa de seu segundo álbum, intitulado Be e previsto para chegar às lojas britânicas no dia 10 de junho. A imagem leva a assinatura do célebre fotógrafo londrino Harry Peccinotti, conhecido por seus trabalhos no ramo erótico.

Peccinotti tem em seu currículos os célebres calendários Pirelli de 1968 e 1969, disputados até hoje pelos fãs da arte fotográfica erótica. A bela mulher seminua que estampa a capa de Be, por sinal, é sua esposa, prova de que o fotógrafo não se importa em dividir a nudez de sua parceira com o mundo roqueiro.

Os primeiros shows de divulgação do novo trabalho dos roqueiros, que serão restritos a quem comprar o álbum no Reino Unido no esquema de pré-ordem, vão ser realizados no Ritz de Manchester (19/6), Camden Center de Londres (20/6) e ABC de Glasgow, Escócia (22/6). As datas do resto da turnê serão divulgados futuramente.

A produção de Be ficou a cargo de Dave Sitek (da banda TV on the Radio), que mereceu rasgados elogios por parte de Liam no site oficial do Beady Eye. Para o ex-cantor do Oasis, Sitek é um profissional aberto a novas ideias e que não se prende a regras. De quebra, ele ainda o considerou o melhor produtor com que trabalhou em toda a sua carreira.

O Beady Eye surgiu logo após o fim do Oasis, quando o irmão de Liam, Noel Gallagher, saiu fora para criar o Noel Gallagher’s High Flying Birds. O cantor se manteve ao lado dos remanescentes da última formação do célebre grupo britânico: os guitarristas Gem Archer e Andy Bell e o baterista Chris Sharrock (então considerado mero músico de apoio).

O primeiro álbum do Beady Eye, Different Gear, Still Speeding, saiu em fevereiro de 2011, e chegou ao terceiro lugar na parada britânica, incluindo o hit The Roller. No início de 2013, o baixista Jay Mehler, ex-Kasabian, somou-se ao time, substituindo Jeff Wootton.

Ouça The Roller, com o Beady Eye:

Brendan Benson tocará em SP em maio

Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs de power pop. O cantor, compositor e músico americano Brendan Benson fará shows no Brasil no mês de maio. Ele, que também é conhecido por integrar o grupo The Raconteurs ao lado de Jack White, tocará em quatro cidades brasileiras, incluindo São Paulo, onde se apresentará dia 22 de maio no Cine Joia.

Nascido em 14 de novembro de 1970, Brendan Benson estreou como artista solo no meio fonográfico em 1996, quando lançou o excelente álbum One Mississipi pela gravadora Virgin Records. Com músicas ótimas e fortemente influenciadas pelo power pop como Bird’s Eye View, I’m Blessed, Sittin’ Pretty e Crosseyed, o trabalho recebeu muitos elogios da crítica, mas vendeu pouco.

Nesse álbum, ele compôs sete músicas com outro expoente do power pop, Jason Falkner (ex-Jellyfish). Após se envolver em outros projetos, Benson retomou a carreira solo em 2002 com mais um trabalho altamente elogiável, o CD Lapalco, com direito a mais cinco músicas escritas por ele e Faulkner. Em 2005, sai outro álbum solo, The Alternative To Love.

Em 2006, a amizade com Jack White, então no White Stripes, acabou gerando uma nova banda, The Raconteurs, que lançou dois ótimos álbuns, Broken Boy Soldiers (2006) e Consolers Of The Lonely (2008), além do DVD Live At Montreux 2008 (lançado em 2012). A banda estaria, atualmente, preparando um terceiro álbum de estúdio.

Enquanto isso, Benson divulga o quarto álbum solo, What Kind Of World, lançado em 2012. Além de tocar no dia 22/5 no Cine Joia, em SP, com ingressos de R$ 60 a R$ 140 (fones 3231-3705 e 3131-1305 www.cinejoia.tv ), o artista americano se apresentará dia 18/5 em Goiânia, dia 22/5 em Presidente Prudente (SP) e dia 26/5 em Marília, sendo esses dois últimos shows gratuitos e integrantes da Virada Cultural Paulista.

Ouça Crosseyed, com Brendan Benson:

Filme sobre os Stone Roses estreia em maio

Por Fabian Chacur

Made Of Stone, documentário sobre uma das mais importantes bandas da história do rock inglês, os Stone Roses, já tem data para estrear. Segundo o site da revista americana Billboard, o filme dirigido por Shane Meadows (de This Is England e Dead Man’s Shoes) será exibido pela primeira vez no dia 30 de maio na cidade natal do quarteto, Manchester.

O documentário entrará no circuito comercial de cinema do Reino Unido no dia 5 de junho, sendo que a exibição em outros países ainda não possui data oficial de lançamento. A produção é da Picturehouse Entertainment, sendo que a produção mescla cenas da carreira da banda e entrevistas feitas especialmente para a ocasião.

Integrado em sua formação clássica por Ian Brown (vocal), John Squire (guitarra), Gary ‘Mani’ Mounfield (baixo) e Alan ‘Reni’ Wren (bateria), os Stone Roses surgiram na segunda metade dos anos 80, e se tornaram mitológicos após o lançamento de seu álbum de estreia, The Stone Roses (1989), um dos melhores discos da história do rock.

Sua mistura de psicodelismo, dance music, rock e pop ajudou a criar as bases do que viria a ser rotulado posteriormente como britpop, abrindo as portas para bandas como Oasis, Blur e tantas outras. Eles podem ser considerados os criadores dessa nova onda do rock inglês ao lado dos também seminais Happy Mondays.

O documentário abrange esse estouro inicial, os problemas dos seus integrantes com prisões, drogas e declarações polêmicas à imprensa e os problemas jurídicos entre gravadoras que deixaram o grupo fora dos estúdios até 1994, quando lançaram Secondo Coming, bom trabalho que no entanto obteve repercussão bem abaixo do que se esperava.

Após o fim em plena decadência, em 1996, os integrantes da banda tentaram outros projetos musicais, mas nada chegou sequer perto da excelência e do êxito do trabalho anterior. Muito se especulou sobre um possível retorno deles nesses anos todos, mas as rixas entre eles davam a entender que esse sonho dos fãs não se concretizaria nunca.

Até que, no início de 2012, os filhos de Manchester acertaram enfim os ponteiros e tocaram juntos de novo, iniciando uma turnê mundial em junho de 2012 em Barcelona e começaram a novamente encarar a estrada. No repertório, os sucessos que os consagraram, como I Wanna Be Adored, Waterfall, She Bangs The Drums e Made Of Stone, entre tantos outros.

Curiosamente, os Stone Roses nunca conseguiram muita coisa em termos de popularidade nos EUA, o que explica um pouco o porque até hoje o quarteto possui menos fama em termos mundiais do que bandas como o Oasis e o Blur. Os problemas com gravadoras certamente ajudaram nessa situação. Azar dos americanos…

Veja o trailer do documentário Made Of Stone, sobre os Stone Roses:

Competência é marca de novo CD do Bon Jovi

Por Fabian Chacur

Desde que tocou no Brasil pela primeira vez, no festival Hollywood Rock em janeiro de 1990, o Bon Jovi tem como marca lotar todos os shows que faz por aqui. E o que está previsto para ocorrer no dia 20 de setembro de 2013, no Rock in Rio, já está com os ingressos esgotados. E se realmente for confirmado um show em São Paulo no dia 21 de setembro, a casa estará cheia.

Qual a explicação para tamanho fenômeno de público? Acho que a palavra competência explica muita coisa. E é ela que dá o tom para o novo álbum da banda liderada pelo cantor, compositor e músico norte-americano Jon Bon Jovi. What About Now, que acaba de sair no Brasil via Universal Music, dá aos fãs do grupo de New Jersey o que eles querem.

Já ficaram para trás, e há muito, a pegada hard/heavy rock e os cabelos longos e esvoaçantes dos anos 80, quando a banda americana emplacou hits certeiros como You Give Love a Bad Name, Bad Medicine, Wanted Dead Or Alive e Livin’ on a Prayer. O som do grupo ganhou uma cara diferente nos últimos 15 anos, pelo menos.

As influências de folk, country, pop e rock básico, que sempre estiveram em seu DNA, cresceram e os levaram a um rumo mais compatível com uma versão light de Bruce Springsteen, John Mellencamp e Bob Dylan. Os fãs curtiram a nova cara do grupo, vide o fato de seus mais recentes álbuns (Lost Highway-2007, The Circle– 2009 e este What About Now) terem entrado na parada dos EUA direto no primeiro posto.

A nova obra é um mais do mesmo bem feito, com direito a rocks grandiosos como Because We Can, What About Now e Army Of One e baladas certeiras como Amen, The Fighter e Room At The End Of The World. A voz de Jon continua potente e com aquele timbre característico que lhe deu fama, enquanto a guitarra de Richie Sambora mantém presença discreta e precisa.

Se você odeia o Bon Jovi, não perca tempo, pois What About Now não tem nada que possa convencê-lo do contrário. E para o seguidor fiel, aqui há alimento sonoro suficiente para empurrá-lo rumo aos próximos shows da banda no Brasil. Isso é competência, algo que poucos grupos da sua geração tiveram para se manter no topo. Não é pouca coisa.

Ouça Army Of One, com o Bon Jovi:

Ouça The Fighter (live), com o Bon Jovi:

Ronnie Von terá 3 álbuns relançados em vinil

Por Fabian Chacur

A Polysom, fábrica brasileira de discos de vinil que foi reaberta em 2010, após alguns anos fora de ação, anunciou mais três títulos para a coleção Clássicos Em Vinil, na qual relançou no clássico formato bolachão álbuns importantes da música brasileira, como Cabeça Dinossauro (Titãs), A Tábua de Esmeraldas (Jorge Ben) e a discografia completa do grupo carioca Los Hermanos.

Desta vez, foram selecionados três títulos seminais da discografia do cantor e apresentador televisivo Ronnie Von. Os álbuns são Ronnie Von (1969), A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais (1969) e A Máquina Voadora (1970), todos lançados na época pela Polydor (hoje Universal Music).

Os três discos fazem parte da fase psicodélica da carreira de Ronnie, e eram disputados a tapa nos sebos da vida a preços proibitivos. Embora não tenham feito sucesso comercial na época, com o passar dos anos foram reavaliados e hoje são considerados clássicos do rock brasileiro.

Ronnie Von e A Máquina Voadora voltaram ao mercado nacional em 2007 no formato CD, junto com Ronnie Von (1966, que inclui Meu Bem, versão de Girl, dos Beatles), enquanto A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais estava fora de catálogo há mais de 40 anos.

Os relançamentos são no padrão de vinil de 180 gramas (o melhor, segundo os especialistas) e com capas luxuosas, ao custo médio de R$ 70 por cada exemplar, disponíveis nas melhores lojas do país (as que sobraram, evidentemente) e também pelo site da própria Polysom e outros sites que comercializam títulos em vinil.

Segundo a assessoria de imprensa da Polysom, em 2012 a fábrica produziu 24.120 exemplares no formato LP e 12 mil no formato compacto, números bem significativos na atual fase do mercado fonográfico brasileiro. Além dos nomes citados, artistas como Pitty, Maria Rita, Nação Zumbi e Fernanda Takai tiveram títulos lançados em vinil, nos últimos tempos.

Ouça Silvia: 20 Horas, Domingo, com Ronnie Von, do álbum Ronnie Von (1969):

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