Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

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Banda Maneva lança um novo DVD com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Após 10 anos de carreira como banda independente, a Maneva inicia uma parceria com a Universal Music. O primeiro fruto é o DVD/CD Ao Vivo em São Paulo, gravado no Espaço das Américas perante 6.800 fãs entusiásticos. O trabalho inclui seus sucessos e também oito canções inéditas. O lançamento em São Paulo ocorrerá nesta sexta (31) a partir das 22h com um show na Audio (avenida Francisco Matarazzo, nº 694- Água Branca- fone 0xx11-3862-8279), com ingressos custando R$ 30,00 (pista) e R$ 65,00 (mezanino).

Maneva é uma palavra de origem africana cujo significado é prazer. O time teve início em 2005 com Tales de Polli (vocal e guitarra) e Diego Andrade (percussão). Entraram posteriormente Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo) e Fabinho Araújo (bateria). Eles lançaram por conta própria os trabalhos Maneva (2006-CD), Tempo de Paz (2009-CD), Teu Chão (2012-CD), Maneva- 8 Anos ao Vivo (2013- DVD e CD), 5 Cabeças (2014-EP) e Somos Maneva (2015-CD).

“Um empresário nos mostrou que poderíamos ir ainda mais longe na carreira se tivéssemos um apoio maior, com uma estrutura mais forte, e a Universal é uma ótima parceria nesse sentido, pois tem um lugar de destaque em excelentes vitrines”, explica Tales sobre a decisão da banda de iniciar sua parceria com a Universal.

Desde o seu início, o objetivo da Maneva foi criar uma obra autoral personalizada e de qualidade artística e técnica. Tanto que, segundo Tales, o grupo investiu tudo o que ganhou até 2012 no próprio trabalho, como forma de consolidar o seu crescimento. Como filosofia, uma sonoridade ao mesmo tempo melódica, pop e próxima do reggae de raiz. “Sempre pregamos o amor ao próximo, e nunca buscamos o sucesso como nosso objetivo final, ele veio de forma natural”.

Ao Vivo Em São Paulo conta com diversas participações especiais. “O Armandinho, a Tatti Portella (do grupo Chimarruts) e o Zeider Pires (do grupo Planta & Raiz) são grandes influências, ouvimos muito os seus trabalhos, e eles foram muito atenciosos conosco. O Haikaiss e Oriente nos trouxeram a energia do rap, enquanto o Deko é um dos caras mais consistentes da nova geração do reggae”.

E já que o tema é o reggae brasileiro, Tales afirma que vê belas perspectivas para esse gênero musical no Brasil. “Acredito em uma nova explosão do reggae por aqui depois daquela fase boa de 2000 a 2005. Todos os grandes nomes estão vindo com novos trabalhos muito bons, e isso certamente ajudará nesse sentido”.

Uma das novidades do DVD/CD ao vivo é a presença de metais e cordas dando apoio à banda original, o que Tales pretende levar para os shows da turnê de divulgação. “Esse trabalho é uma celebração da boa música, dos bons sentimentos, e nosso projeto é ter a banda completa nos shows, com metais, teclados e tudo”

Saudades do Tempo (ao vivo)- Maneva:

Todd Rundgren lançará novo álbum com vários convidados

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Por Fabian Chacur

Todd Rundgren, um dos nomes com melhor currículo no cenário do rock mundial, lança um novo álbum em breve. Será no dia 12 de maio, com o título White Knight e nos formatos CD (com 15 faixas), LP de vinil (com 11 faixas) e digital (15 faixas). A gravadora será a Cleópatra Records, e infelizmente não há previsão de lançamento no Brasil. O bacana é que vários convidados ilustres marcarão presença.

Entre outros, teremos no novo álbum do cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista americano astros do porte de Daryl Hall (Chance For Us), Donald Fagen, do Steely Dan (Tin Foil Hat), Joe Satriani (Not a Drill), Joe Walsh (Sleep), Trent Reznor e Aticus Ros, do Nine Inch Nails (Deaf Ears), Bettye LaVette (em Naked & Afraid), a cantora Robyn (em That Could Be Me) e Rebop Rundgren, filho de Todd (em Wouldn’t You Like To Know). Ufa! Um elenco de primeira linha.

Vale lembrar que há menos de um ano, precisamente em 12 de agosto de 2016, Rundgren lançou o DVD/Blu-ray/CD (também inédito no Brasil) An Evening With Todd Rundgren Live At Ridgefield, gravado ao vivo em 15 de dezembro de 2015 em Ridgefield, Connecticut (EUA). O trabalho dá uma bela geral na obra do artista, com faixas da carreira-solo e de suas ex-bandas, a Nazz e a Utopia. No repertório, Hello It’s Me, I Saw The Light, Bang The Drum All Day e Love in Action, com 25 faixas nos formatos de vídeo e 18 no CD.

Nascido nos EUA em 22 de junho de 1948, Todd Rundgren tornou-se conhecido inicialmente como integrante da banda Nazz. Em 1970, iniciou a carreira-solo, que rendeu álbuns clássicos como Something/Anything? (1972) e hits como I Saw The Light, além de desenvolver carreira paralela com o grupo Utopia.

Ele produziu discos para artistas como Daryl Hall & John Oates, Grand Funk Railroad, Badfinger, XTC, Meat Loaf e New York Dolls, e participou de três turnês da All Starr Band, de Ringo Starr, com a qual esteve no Brasil em duas ocasiões (leia a resenha de um desses shows aqui).

Black And White (live)- Todd Rundgren:

O trio Stereo Bago Team (SP) realizará o seu 1º show no Rio

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Por Fabian Chacur

Nós Vamos Invadir a Sua Praia, dizia a célebre música do Ultraje a Rigor nos anos 1980. Agora, é a vez de um outro grupo paulistano realizar o mesmo projeto, que na prática significa começar a divulgar o seu trabalho na Cidade Maravilhosa. Trata-se do Stereo Bago Team, que toca no Rio no dia 26 (domingo), a partir das 17h, no Bar Caiçara (rua Dr. Sebastião de Aquino, nº 170- Ilha da Gigóia- Barra da Tijuca- Rio de Janeiro- fone 0xx21-2484-7983), com ingressos a R$ 20,00.

Com sete anos de estrada, o Stereo Bago Team conta com Yanick Melo (vocal e composições), Luciano Rocha (percussionista) e Fabinho Teixeira (guitarra). Eles lançaram no dia 10 de fevereiro pela via digital seu primeiro álbum, intitulado Aí Tem. A faixa-título conta com a participação especial do consagrado rapper Rappin Hood, e é a releitura de uma gravação feita há 30 anos pela banda paulistana Placa Luminosa.

O resgate faz todo o sentido se levarmos em conta que Yanick é filho do baixista daquela banda, Ari Nascimento, e também sobrinho do guitarrista deles, Ribah Nascimento. Para quem não se lembra, esse grupo fez muito sucesso nos anos 1980 com seu soul pop que gerou hits como Mais Uma Vez (Just To See Her) e Nosso Amor é Lindo, além de acompanhar em uma turnê o cantor Ney Matogrosso. Os dois músicos volta e meia participam dos shows do Stereo Bag Team.

Outro destaque do trabalho de estreia do trio paulista é a faixa Biotipo, que traz como convidado o vocalista Zeider Pires, da banda Planta & Raiz, uma das mais bem-sucedidas do reggae nacional. Vale lembrar que o Stereo Bago Team faz uma mistura de reggae, rock, dub, hip hop e maracatu, com elementos pop aqui e ali. Uma fórmula musical que tem tudo para conquistar um bom espaço na praia musical do Rio, que costuma curtir e muito esse tipo de som.

Biotipo– Stereo Bago Team e Zeider:

Biquini Cavadão faz um show em SP para lançar novo álbum

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Por Fabian Chacur

Com seu novo álbum, As Voltas Que o Mundo Dá, o Biquini Cavadão realiza um antigo sonho, que era ser produzido por Liminha, um dos grandes nomes do rock e do pop brasileiro de todos os tempos. A banda carioca traz a turnê de lançamento deste trabalho a São Paulo para um único show no dia 23 de março (quinta-feira) às 21h no Teatro Bradesco (rua Palestra Itália, nº 500- 3º andar- loja 263- Pompéia-SP- call center 4003-1212), com ingressos custando de R$ 40,00 a R$ 200,00.

Integrado por Bruno Gouveia (vocal), Carlos Coelho (guitarra e violão), Miguel Flores da Cunha (teclados) e Álvaro Birita (bateria), o Biquini Cavadão só tem palavras elogiosas para definir sua parceria com Liminha, que já trabalhou com Paralamas do Sucesso, Titãs, Gilberto Gil e uma infinidade de outros nomes importantes da nossa música. “Liminha foi um intensivão que fizemos, uma aula de rock nacional e uma injeção ânimo e ideias”, diz Miguel.

As Voltas que o Mundo Dá traz 12 faixas inéditas, com direito a parcerias com os americanos Eric Silver (Um Minuto Com Você) e Beth Hart (A Saudade é o Museu do Amor) e o neozelandês Simon Spire (Para Sempre Seu Maior Amor). Além de produzir, Liminha também toca baixo, guitarra, violão, bandolim e loops no álbum, cuja turnê de divulgação chegará ao Rio de Janeiro no dia 8 de abril, na Fundição Progresso.

Um Rio Sempre Beija o Mar– Biquini Cavadão:

Hall & Oates/Tears For Fears em turnê conjunta nos EUA

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Por Fabian Chacur

Uma das turnês do ano acaba de ser anunciada. Ao menos, para os fãs do rock/pop dos anos 1980 e que curtem boa música. A programação reunirá dois dos maiores duos de todos os tempos. São eles Daryl Hall & John Oates e Tears For Fears. Em princípio, serão 27 datas nos EUA e duas no Canadá. O início está previsto para o dia 4 de maio, em Tulsa Oklahoma, com o encerramento no dia 28 de julho, em Los Angeles. A abertura ficará a cargo de um show acústico do cantor e compositor americano Allen Stone.

Segundo declarações dadas à versão americana da revista Rolling Stone, Daryl Hall disse ser um grande fã do Tears For Fears, além de achar que pode ser o início de uma longa parceria entre os dois duos. Ambos tem em comum o fato de terem vivido o seu auge em termos de popularidade na década de 1980, com direito a shows lotados, milhões de discos vendidos e uma fila de hits nas paradas de sucesso de todo o planeta.

Quem levantou a lebre muito bem levantada foi o colega Carlos Eduardo Lima, do Rio: seriam duas belas pedidas para o Rock in Rio. Aliás, para qualquer empresário que desejasse trazer ao país dois nomes com muito sucesso por aqui. E vale lembrar que Hall & Oates nunca fizeram shows no Brasil, ao contrário do Tears For Fears, que esteve por aqui em 1990, no segundo Hollywood Rock, e também lá pelos idos de 1996, dessa feita sem Curt Smith.

Na ativa desde 1972, com algumas idas e vindas, a dupla americana Daryl Hall & John Oates se consagrou dentro do estilo que eles próprios definiram como “Rock ‘N’ Soul”, uma mistura caprichada de rock, funk, soul, pop e mais. Em seu currículo, uma penca de canções maravilhosas, tipo She’s Gone, I Can’t Go For That (No Can Do), Say It Isn’t So, Change Of Season, Out Of Touch e Private Eyes, só para citar algumas. A voz de Daryl é uma das mais belas do cenário pop.

Por sua vez, o duo britânico integrado por Roland Orzabal e Curt Smith está na estrada desde 1981, e se tornou conhecido mundialmente graças ao seu fantástico segundo álbum, Songs For The Big Chair (1985). Com seu som denso, com fortes elementos de tecnopop e até tempero progressivo no meio, conseguiram provar que é possível unir forte apelo comercial a uma qualidade artística enorme, em canções como Shout e Everybody Wants To Rule The World.

E aí, produtores de shows brasileiros, quem se habilita a trazer essas feras pra cá?

Change Of Season(live)- Daryl Hall & John Oates:

Vespas Mandarinas traz boas parcerias em seu novo álbum

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Por Fabian Chacur

Daqui Pro Futuro, segundo álbum do grupo paulistano Vespas Mandarinas, já tem data para chegar ao mercado. Será a partir do dia 10 de março, quando o trabalho será disponibilizado em formato digital nas principais plataformas disponíveis. Depois, também teremos o disco nos formatos CD, LP de vinil e, acredite, fita K7! Um dos apelos interessantes fica por conta de diversas parcerias bacanas da banda com músicos famosos.

A ótima faixa-título, por exemplo, com forte influência do tecnopop dos anos 1980 e já com clipe disponível, conta com Samuel Rosa, do Skank, nos vocais, e Leoni na coautoria. Edgard Scandurra, do Ira!, marca presença em diversas faixas com sua guitarra diferenciada. Ex-integrante da banda O Rappa, Marcelo Yuka é um dos autores das músicas Fica Comigo e Que Esse Dia Seja Meu.

Hoje um duo formado por Thadeu Meneghini e Chuck Hipolitho, o grupo Vespas Mandarinas traz outro parceiro importante em seu novo álbum. Trata-se de Adalberto Rabelo, que trabalha com eles desde sempre e é o coautor de 11 das 14 faixas do disco. Destacado na cena indie brasileira, Fabio Cascadura assina junto com os integrantes da banda Lambe-lambe. A expectativa em torno de Daqui Pro Futuro é muito grande.

Daqui Pro Futuro– Vespas Mandarinas:

Hyldon apresenta inspiração e boas canções em novo CD

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Por Fabian Chacur

Hyldon integra a santíssima trindade da soul music brasileira ao lado de Tim Maia e Cassiano, com quem, por sinal, trabalhou antes de assumir sua carreira-solo em tempo integral, lá pelos idos de 1975. Naquele ano, lançou o fantástico Na Rua Na Chuva Na Fazenda, um dos melhores álbuns de qualquer gênero musical já lançados por aqui. Mais de 40 anos depois, ei-lo esbanjando inspiração em seu 12º trabalho, o delicioso As Coisas Simples da Vida (Deck), comparável com aquela estreia incrível.

Nascido em 17 de abril de 1951 na Bahia e radicado no Rio desde os 7 anos de idade, Hyldon sabe como poucos compor aquele tipo de canção ao mesmo tempo swingada, intensa e envolvente, com letras bacanas falando de amor, natureza, família e outros temas com os quais todos podem se identificar. Com uma voz deliciosa e mais do que adequada ao estilo soul-funk-pop, ele sabe como fazer música acessível e com alto grau de sofisticação. Coisa de mestre.

Bastante ativo nos últimos anos e sem se mostrar disposto a descansar em cima dos preciosos louros do passado, Hyldon volta ao universo das canções inéditas após o elogiado Romances Urbanos (2013), no qual trouxe parcerias com Zeca Baleiro, Arnaldo Antunes, Jorge Vercillo, Mano Brown e Dexter, entre outros. Neste, ele é o autor de todas as dez canções, sendo cinco sozinho e as outras cinco com parceiros como Alex Malheiros e Luiz Otávio.

A principal virtude de As Coisas Simples da Vida é a sua fluência e concisão. Não há aqui um único acorde, um único verso, uma única canção sobrando. Dá para se ouvir de ponta a ponta com o mesmo prazer. Além disso, não se mantém em um único andamento, indo do soul swingado ao mais romântico, com direito a bossa, funk de verdade e até rock. Os arranjos de metais são simplesmente impecáveis, e os vocais andam pela mesma estrada.

A faixa que dá nome ao álbum é tão boa como seus hits clássicos, aquelas maravilhosas As Dores do Mundo, Na Rua Na Chuva Na Fazenda (Casinha de Sapê) e Na Sombra de Uma Árvore. Tem uma levada soul swingada com cara de anos 70 e meio jazzística. Depois do Inverno traz a veia soul mais tradicional, enquanto Música Bonita, com direito a quatro vocalistas solo (Hyldon, Guinho Tavares, Arthur de Palla e Márcio Pombo), envolve com sua melodia, seu violão no centro e um refrão daqueles que nascem clássicos.

A ala mais agitada do repertório traz o funkão Um Trem Pra Bangu, a bossa-soul Sábado Passado, o funk a la Tim Maia Papai e Mamãe e o rock no melhor estilo Erasmo Carlos Todo Mundo é Dono da Rua. As baladas O Raio do Amor, Nosso Lar é Onde o Amor Morar e Não Molhe os Olhos completam o repertório de forma consistente e inspirada.

Em outros tempos, As Coisas Simples da Vida teria pelo menos umas três músicas estourando nas programações das rádios e venderia muito. Como isso não parece ser muito fácil de se concretizar atualmente, ao menos este álbum serve como prova de que Hyldon continua em plena forma aos 65 anos de idade, com a voz intacta e inspirado para nos oferecer novidades quentes. Ignore a indiferença da mídia e mergulhe neste trabalho de cabeça!

Obs.: o único ponto a ser lamentado neste CD é o fato de o encarte não trazer as ótimas letras das canções, o que ajudaria a tornar perfeita a ótima embalagem digipack e as fotos bacanas das gravações. O formato físico não pode prescindir desse tipo de informação, ainda mais se levarmos em conta a poesia e as belas mensagens das letras de Hyldon.

As Coisas Mais Simples da Vida– Hyldon:

Bronca do pai no filhinho gera bruxinha totalmente do bem

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Por Fabian Chacur

Pode uma bronca descabida de um pai em seu filho por causa de uma brincadeira gerar, posteriormente. um projeto que começa a encantar crianças e adultos em todo o Brasil? Pois foi essa a sementinha que permitiu a criação de Bruxinha Catarina, lançado em DVD com distribuição da Universal Music.

Criado pelo advogado Paulo Roberto Maluna com o apoio do Cafundó Estúdio Criativo e da Elephant Produções, o DVD traz 14 músicas ilustradas por clipes com um divertido elenco de personagens liderados pela Bruxinha Catarina, uma bruxinha bonita e do bem que só anda de patinete e que curte brincar com todos.

Saiba tudo sobre essa promissora criação em entrevista concedida a Mondo Pop por Paulo Roberto Maluna via e-mail:

Mondo Pop- O projeto de Bruxinha Catarina era inicialmente ser apenas um DVD para os seus filhos. Como surgiu essa ideia, de suas brincadeiras com eles? E o personagem Bruxinha Catarina, como foi criado?
Paulo Roberto Maluna
– Num certo dia, estressado com algumas situações da minha profissão de advogado, retornava do trabalho com meu filho mais velho, Matheus, que vinha brincando de Harry Potter no banco de trás do carro. Incomodado com o barulho de sua brincadeira, dei-lhe uma bronca dizendo-lhe que parasse com aquilo,já que ele já tinha 8 anos e que sabia que mágica não existia. Ele me olhou pelo retrovisor e disse que mesmo sabendo que aquilo tudo não existia de verdade, ele gostava porque era criança e brincar de faz-de-conta lhe deixava feliz.
Na mesma hora eu voltei à razão e pedi perdão a ele tentando convencê-lo que eu só havia feito aquilo pois estava estressado com o trabalho e que não tinha nada a ver com ele.
Chegando em casa, pensando naquela bronca descabida do carro, sentei em frente ao computador e comecei a tentar me desculpar de uma forma mais jeitosa, ou seja, com coisas que ele gostava. Foi ai que criei a primeira música. No dia seguinte, fui logo tratando de contar pra ele e para os irmãos a novidade. Para minha surpresa todos gostaram da canção. Na noite seguinte, mais uma vez à frente do computador, escrevi outras músicas e criei a história de três irmãos (meus três filhos, Matheus, Lucas e Natália), que descobriram, juntamente com seu cachorro Pinguinho, que no fundo do quintal da casa onde moram há um portal mágico que leva para um lugar chamado Vale Encantado. Nesse vale existe uma linda bruxinha de nome Catarina, que não usa vassourinha, só voa de patinete, tem um chapéu pontudo e uma varinha de confete. Usa vestidinho colorido e suas palavrinhas encantadas são: com licença, por favor e muito obrigada.
Foi dessa forma que surgiu a ideia da Bruxinha Catarina. Sem pretensão de torna-la um produto comercial, mas sim uma singela forma de um pedido de desculpas de um pai arrependido para um filho amado.

Mondo Pop- Quando você apresentou o projeto à produtora Cafundó, ele já tinha esse formato de 14 músicas ou essa cara foi se desenvolvendo a partir do envolvimento entre vocês, criador e produtoras (Cafundó e Elephant)?
Paulo Roberto Maluna
– Quando procurei o estúdio Cafundó já tinha muito mais de 14 músicas, porém cheguei meio envergonhado em mostrar o que havia feito. Mas como meus filhos gostaram das músicas e da história, tomei coragem e contei o que eu queria. Inicialmente meu objetivo era produzir um DVD de animação para eles. De repente, quem sabe lá na frente, em um de seus aniversários, passar num telão como forma de homenageá-los e deixa-los orgulhosos do pai que fez um DVD deles, para eles. O estúdio viu potencial e começamos a amadurecer juntos o projeto. Então, criei o meu próprio estúdio (MALUNA Produções, que é a junção das iniciais dos meus três filhos) e comecei a estudar um pouco mais sobre o que estava propondo como meta pessoal, parei de advogar inclusive para me dedicar ao projeto. A chegada do Junior Rios (Elephant Produções) no projeto foi um presente de Deus. Além de nos tornarmos grandes parceiros de trabalho, viramos grandes amigos. Tenho a honra de ter um amigo tão especial quanto esse cara.

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Mondo Pop- O estilo dos desenhos de Bruxinha Catarina tem um estilo meio retrô e vintage. Isso foi proposital?
Paulo Roberto Maluna
– Quando decidi por em prática o projeto tinha uma ideia bem delineada de como queria as personagens, mas não sabia se cairia no gosto da criançada.
Foi então que me ocorreu uma ideia simples, porém pontual para resolver essa situação. Pedi autorização na escola dos meus filhos para que as crianças na faixa etária de até 8 anos fizessem alguns desenhos de como eles imaginavam que seria uma bruxinha do bem que voasse de patinete. Afinal, o projeto é para criança e nada mais justo de deixa-los no comando. Os elementos que eles trouxeram foram ao encontro do meu pensamento. Ocorre, entretanto, que não sou desenhista e explicar para os profissionais a forma que eu imaginava, mesmo com todos aqueles elementos materializados foi desafiador. A partir dos primeiros desenhos, a equipe encaixou o trabalho e o que eu pedia, era como se entrassem em meu pensamento e visualizassem minhas ideias.

Mondo Pop- A utilização das expressões “com licença”, “por favor” e “muito obrigado” como mágicas foi uma sacada bem interessante. Quando você pensou nisso? Trata-se de inspiração da cultura oriental? De onde veio a ideia?
Paulo Roberto Maluna
– Quando criei a primeira música e a história, as palavras “mágicas” já foram incorporadas nos encantos da Catarina, uma bruxinha do bem cuja maior vocação é ajudar a todos que precisem de auxilio.
Tais palavras mágicas, também, sempre fizeram parte de forma lúdica do vocabulário dos meus filhos. Sempre tive como objetivo para eles uma educação pautada no respeito e valores, um legado que recebi da minha mãe, avó e tias e sempre passei a diante como norte a ser seguido em suas vidas.

Mondo Pop- Atualmente, as crianças estão cada vez mais envolvidas com videogames, internet e alta tecnologia. O seu projeto é bem mais lúdico e educacional. Como as crianças tem reagido a Bruxinha Catarina?
Paulo Roberto Maluna
– Tivemos uma experiência maravilhosa de um parque itinerante em uma rede de shoppings com bases/atividades pensadas exclusivamente com brincadeiras lúdicas. Não que eu não ache importante a tecnologia. Muito pelo contrário. Uma atividade que temos é uma caixa holográfica, onde a pessoa entra (criança ou adulto), e através de um programa de computador é confeccionado o seu próprio holograma para celular ou tablet. Porém, quando idealizei o parque, e fiquei algumas madrugadas acordado pensando em sua dinâmica, tentei buscar algo que foi a essência do nascimento do projeto, ou seja, um momento de pai/mãe e filho. Olho no olho, rir com a alegria dos pequenos, um momento de descontração no qual os adultos voltam a ser criança para brincar com seus filhos. Então no parque tem bases que retratam a personalidade das personagens do projeto no qual, por exemplo, no centro esportivo do Lucas, o pai/mãe joga minigolfe com a criança. Torce quando eles conseguem, pedalando em uma bicicleta, acender a varinha de confete da bruxinha. Plantam a sementinha mágica no ateliê da Natália e após aprenderem o ciclo de germinação da planta e falar as palavrinhas mágicas da bruxinha, brota de dentro do vaso uma linda flor. Brincam de experimentos científicos no laboratório do Matheus. Confeccionam juntos instrumentos musicais com materiais reciclados no palco da banda da Dona Cigarra. Assistem um vídeo na autoescola do Vale encantado onde aprendem regras básicas de transito, saem em um percurso dentro do Vale com um jipe elétrico e, ao final, ganham a carteirinha de habilitação do Vale Encantado. Além de outras atividades onde os pais participam com seus filhos. Para minha grata surpresa, presenciei algumas vezes crianças de até 12 anos curtindo o parque e as personagens. Inclusive muitos adultos paravam para tirar fotos com a Bruxinha Catarina, Matheus, Lucas, Natália, Ratinho Encrenqueiro, e o cachorro Pinguinho. Emocionei-me quando vi uma senhora de mais de 80 anos sentada em uma cadeira de rodas chamando as personagens e perguntando se podia tirar uma foto com eles também.

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Mondo Pop- Em termos musicais, Bruxinha Catarina é bem eclético, com música pop, rock, reggae, forró e baladas. Essa versatilidade era buscada desde o início ou acabou ficando assim?
Paulo Roberto Maluna
– Isso foi a nossa meta para contemplar um maior número de crianças, pais, mães, avós, padrinhos, madrinhas, tios, tias, enfim, deixar agradável para os ouvidos e gostos de crianças de todas as idades, desde as de 0 até as de 100 anos.

Mondo Pop- Como foi que surgiu a Universal Music nesse projeto, e como essa parceria está sendo realizada? Distribuição, divulgação? Dê-me mais detalhes, por favor.
Paulo Roberto Maluna
– Mandei o material para a Universal pelo sac da empresa e após 30 dias entraram em contato com o estúdio Cafundó. Então eles me ligaram avisando. Confesso que fiquei meio desconfiado, não acreditando muito, vez que a forma que utilizei para apresentar meu produto não foi a mais convencional. Porém foi a única que apareceu na oportunidade. Hoje a Universal Músic tem os direitos de distribuição e divulgação dos clipes do DVD vol. I, por um período contratual de 8 anos, além dos próximos trabalhos a serem desenvolvidos nesse formato.

Mondo Pop- Como se trata de um projeto um pouco diferente do habitual, como você está fazendo a divulgação deste DVD? Usam “faixas de trabalho”? Tentam participação em programas de TV?
Paulo Roberto Maluna
– Sem sombra de dúvidas a parceria com a Universal está dando mais visibilidade à marca. Estamos elaborando, juntamente com a Universal e escritórios especializados em marketing, algumas estratégias e ações de divulgação que serão lançadas em breve nas redes sociais e em pontos estratégicos tais como lojas, escolas, shoppings, e programas de TV. Por ser um DVD com músicas bem ecléticas, não pensamos em uma música específica de trabalho. O que tenho em mente é a alegria de cada um com a música que mais goste. Isso me deixa extremamente lisonjeado. Saber que em algum lugar tem uma criança cantando uma música que fiz para meus filhos e, imaginar que essa canção possa se perpetuar para outras gerações, é algo extremamente gratificante.

Mondo Pop- Vários desses projetos destinados ao público infantil acabam ganhando desdobramentos, do tipo show ao vivo, produtos para licenciamento (brinquedos, camisetas etc). Como está Bruxinha Catarina nesse sentido?
Paulo Roberto Maluna
– Atualmente a Bruxinha Catarina tem o DVD, e o parque itinerante, que voltará a circular pelo Brasil a partir do segundo trimestre de 2017.
Estamos formalizando algumas parcerias para fortalecer a marca e expandi-la. Nossa meta é tornar a marca Bruxinha Catarina um referencial no mercado infantil, não apenas com o objetivo de entreter, mas também de divertir e ensinar, além de proporcionar momentos de felicidades nas famílias.
Obviamente que as coisas, com a visibilidade que a marca está ganhando, começam a acontecer e o resultado financeiro será uma consequência natural do processo. Mas chegar em casa e partilhar com meus filhos um momento especial de nosso sonho, seja uma entrevista, uma nota em um jornal, site ou qualquer outro tipo de veiculação, e ver os olhos deles brilhando é algo que dá uma satisfação inenarrável.

Mondo Pop- A Bruxinha Catarina é uma bruxa que subverte o conceito que normalmente gira em torno desse tipo de criatura. Como surgiu essa ideia?
Paulo Roberto Maluna
– Hoje, com o fenômeno de vendas chamado Harry Potter, esse “conceito” já não é tão arraigado no pensamento das pessoas. Não bastasse isso, as feições da personagem, suas características psicológicas e suas palavrinhas mágicas, aliadas a sua roupa colorida e divertida, bem como a novidade que ela não voa de vassourinha só de patinete, é um convite lúdico para toda família conhecer a história dessa pequena bruxinha.
Quando pensei em me desculpar com meu filho mais velho da bronca do carro, não hesitei em contextualizar a bronca com o que ele me falou: “Eu sei que não existe de verdade, mas brincar de faz-de-conta me deixa feliz”. Foi aí que surgiu a ideia da pequena bruxinha. Hoje, quando paro pra criar alguma coisa, eles estão sempre perto de mim e são as primeiras pessoas a me darem o parecer.
Tenho uma peça escrita que começará a circular nos teatros de todo o Brasil, e quando terminei de escrever o texto, fiz uma noite de colchão na sala. Coloquei os três deitados, rezamos como todas as noites, e ao invés de ler uma história, tratei de ler o texto. Tinha hora que chorávamos de tanto rir com as piadinhas da peça.
Poder ter sido agraciado por Deus com a dádiva de ter esses três professores (Matheus, Lucas e Natália) em minha vida é algo que vou agradecer para toda a eternidade. Ter a oportunidade de passar mais tempo com eles, acompanhando seus respectivos desenvolvimentos, criando com eles e para eles histórias do nosso cotidiano dentro do Vale Encantado da nossa pequena bruxinha é algo que extrapola o termo trabalho tornando-o realmente uma brincadeira. Só posso agradecer sempre por eles terem resgatado a criança que existia adormecida dentro de mim e terem me inspirado na criação dessa história divertida.

Mondo Pop- Qual faixa etária é o alvo principal de Bruxinha Catarina

Paulo Roberto Maluna-Crianças de até 6 anos.

Bruxinha Catarina– Bruxinha Catarina (clipe):

Diana Krall anuncia sua turnê e o álbum Turn Up The Quiet

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Por Fabian Chacur

Boas novidades para os fãs de Diana Krall. Deve sair no dia 5 de maio pelo selo Verve Records, hoje vinculado à Universal Music, o novo trabalho da cantora, compositora e pianista canadense, Turn Up The Quiet. O álbum será divulgado por extensa turnê mundial, prevista para durar de 2017 a 2018 e com o primeiro show marcado para 2 de junho, em Minneapolis, nos EUA. Ainda não foram divulgadas apresentações no Brasil.

A agenda da esposa de Elvis Costello vai ficar lotada em breve. Na América do Norte, já estão programados 32 datas, de junho a agosto. No dia 10 de setembro, terá início o braço europeu da turnê, com um show na Dinamarca e 25 outras apresentações em diversos países europeus. Como a tour está sendo divulgada como 2017/2018, os fãs brasileiros provavelmente terão uma boa surpresa nos próximos meses. Vale ficar com os dedos cruzados e na expectativa.

Turn Up The Quiet marca a volta de Diana ao universo do jazz e dos standards (o venerado Great American Songbook) após um período dedicada ao pop autoral. A produção do álbum ficou a cargo de um antigo parceiro, o premiado produtor Tommy LiPuma, com quem ela trabalhou pela primeira vez em 1995, no álbum Only Trust Your Heart. Ele atuou com astros do porte de George Benson, Paul McCartney, Barbra Streisand, Miles Davis e Natalie Cole, entre muitos outros.

The Look Of Love (live)- Diana Krall:

Mustache & Os Apaches/Rats são as atrações do RNR-Rio

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Por Fabian Chacur

Entrando em seu quarto ano de existência, o projeto Rio Novo Rock (RNR) esbanja vitalidade e se firma como um espaço bacana para as bandas da nova geração do rock brasileiro. Já passaram por lá os cariocas Dônica, Medulla, Hover, Ventre e Planar, além de gente talentosa de outros estados como Far From Alaska (RN), Vespas Mandarinas (SP) e Selvagens à Procura de Lei (CE). Nesta quinta-feira (9), a partir das 20h, teremos os cariocas da Rats (FOTO) e os paulistas da Mustache & Os Apaches.

Os shows, que serão realizados no Rio de Janeiro, terão como palco o Imperator- Centro Cultural João Nogueira (rua Dias da Cruz, nº 170- Méier- fone 0xx21- 2597-3897), sendo que os ingressos custam R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira). Fazem parte da programação as apresentações da DJ Priscila Dau, que recebeu elogios até do badalado crítico musical Jamari França, e o VJ Miguel Bandeira. Para mais informações, o novo site do evento pode ser acessado aqui.

Com quatro anos de estrada e um compacto e dois álbuns no currículo, sendo o mais recente Time Is Monkey (2015), a Mustache & Os Apaches se inspirou nas jugbands americanas, e é formada por Jack Rubens (voz, guitarra, bandolim, mochofone), Lumineiro (voz, washbord, bateria), Pedro Pastoriz (voz, guitarra, violão, bandolim, banjo), Axel Flag (voz, viola e percussão) e Tomas Oliveira. Eles já mostraram sua mistura de jazz, folk e outras sonoridades animadas e dançantes por todo o Brasil e também exterior, onde já fizeram 20 shows.

Por sua vez, a banda carioca Rats lançou em 2016 o seu álbum de estreia, Por Terra, Céu e Mar, e fazem uma mistura de irish punk, folk, rock e punk. Seu som enérgico é conduzido por Kito Vilela, Fernando Oliveira, Fernando Gajo, Bruno Pavio e Rodrigo Barba. A produção de seu álbum de estreia ficou a cargo de Jimmy London, do grupo Matanza.

Time Is Monkey- Mustache & Os Apaches (CD em streaming):

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