Por Fabian Chacur

No dia 18 de setembro de 1970, Jimi Hendrix deixou o mundo físico para ser eternizado como um dos maiores nomes da história do rock e da música em geral. Viveu apenas 27 anos, mas soube aproveitá-los como poucos.

Jimi Hendrix é sempre lembrado em primeiro lugar como guitarrista. E não por acaso. A criatividade de sua execução, os efeitos especiais que ajudou a firmar, os sons que criou com o instrumento, tudo isso ajudou a mudar o rock, e ajudou na gênese de vários estilos, entre os quais o heavy metal.

Mas ele não era “apenas” um guitarrista iluminado. Adoro a sua voz vigorosa, poderosa, de timbre forte e destemido. Ele cantava muito, como suas interpretações de Hey Joe, Little Wing e Voodoo Chile (Slight Return) ilustram bem.

Também compunha com grande categoria, vide obras-primas como Little Wing, Foxy Lady, Spanish Castle Magic, Wait Until Tomorrow, Dolly Dagger e Voodoo Chile, só para citar algumas.

De quebra, ainda era capaz de pegar composições alheias e dar a elas versões brilhantes, como All Along The Watchtower (Bob Dylan), Hey Joe (vários a gravaram, como Johnny Halliday, ninguém como ele) e Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (dos Beatles).

Hendrix nos deixou álbuns antológicos, entre os quais meus favoritos são o maravilhoso Axis: Bold As Love e Electric Ladyland. Quatro décadas após sua morte prematura, ainda há material inédito dele sendo lançado.

Tremo só de pensar se ele ainda estivesse vivo. Quanta coisa boa ele teria criado, nesses anos todos… Não era para ser. Mas seu legado é imenso e nunca será esquecido. Música boa é para sempre. Descanse em paz, mestre!