Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: CD (page 4 of 18)

Caetano e filhos lançam o seu CD/DVD Ofertório em Sampa

imagem_release_1286667-400x

Por Fabian Chacur

Ofertório é o título de uma canção de Caetano Veloso lançada originalmente em 1997 que foi escolhida como o título do DVD/CD que o genial cantor, compositor e músico baiano gravou ao vivo com os filhos Moreno, Zeca e Tom. Esse trabalho será lançado nacionalmente em shows em São Paulo nos dias 25 e 26 de maio (sexta e sábado) às 22h30 no Espaço das Américas (rua Tagipuru, nº 795-Barra Funda- fone 0xx11-2027-0777), com ingressos de R$ 70,00 a R$ 380,00.

O show dá prosseguimento à turnê intitulada Caetano Moreno Zeca Tom Veloso, iniciada no Rio em outubro de 2017 e que deu origem a Ofertório. No palco, temos apenas o autor de Sampa e seus três filhos, sendo que o patriarca toca violão e canta, enquanto o resto da prole também canta e investe em violões e outros instrumentos.

O repertório traz clássicos de Caetano, como O Seu Amor, O Leãozinho, A Tua Presença Morena e Reconvexo, canções conhecidas de autoria de Moreno como Um Passo à Frente e How Beautiful Could a Being Be e também músicas de autoria de Zeca e Tom, com direito a algumas inéditas escritas pelos quatro autores.

Em texto promocional, Caetano justifica o projeto: “Há muito tempo tenho vontade de fazer música junto a meus filhos publicamente. Desde a infância de cada um deles gosto de ficar perto. Cada um é um. Sempre cantei para eles dormirem. Moreno e Zeca gostavam. Tom me pedia para parar de cantar. Indo por caminhos diferentes, todos se aproximaram da música a partir de um momento da vida. Quero cantar com eles pelo que isso representa de celebração e alegria, sem dar importância ao sentido social da herança”.

O Seu Amor (ao vivo)- Caetano, Moreno, Zeca e Tom:

David Crosby e seu Sky Trails, mais um desses CDs incríveis

david crosby sky trails capa-400x

Por Fabian Chacur

David Crosby é um dos grandes gênios do nosso amado rock. Não satisfeito em ter integrado algumas das mais importantes bandas de todos os tempos, The Byrds e Crosby, Stills & Nash/Crosby, Stills, Nash & Young, o cara ainda possui uma carreira solo das mais elogiáveis, e que anda bem produtiva nos últimos anos. Seu mais recente CD é o maravilhoso Sky Trails, que saiu cerca de um ano após outra maravilha, Lighthouse (2016- leia a resenha aqui).

Em sua trajetória musical, este brilhante cantor, compositor e músico americano que caminha para completar 77 anos de idade conseguiu criar uma sonoridade própria que mistura com desenvoltura rock, folk, country e jazz. Sabe harmonizar vozes como ninguém, tem uma voz belíssima, compõe com assinatura inconfundível e toca muito bem guitarra e, principalmente, violão.

Sky Trails guarda boas semelhanças com o trabalho da banda CPR, e não é para menos. O braço direito de Crosby durante todo o álbum é exatamente um de seus parceiros naquele trio, o filho tecladista e compositor James Raymond, sendo que em uma faixa, o incisivo rock midtempo Sell Me a Diamond, o terceiro integrante da banda, o guitarrista Jeff Pevar, marca presença com seus solos intensos.

O CPR lançou dois discos de estúdio e dois ao vivo entre 1998 e 2001, e nos oferecia uma mescla de jazz-rock e folk envolvente. E esse é basicamente o clima deste trabalho. A abertura fica por conta de uma composição solo de Raymond, a deliciosa e delicadamente funkeada She’s Got To Be Somewhere, com um jeitão de Steely Dan e muito swing.

Sky Trails, a faixa que dá nome ao disco, é uma parceria de Crosby com a talentosa cantora, compositora e guitarrista americana Bekka Stevens, dobradinha que já havia rendido uma faixa antes, no álbum Lighthouse, a incrível By The Light Of Common Day. A nova colaboração nos mostra o belo encaixa das vozes dos dois, em uma melodia delicada e de rara beleza, capaz de cativar o ouvinte logo nos seus primeiros segundos.

Parceria de Crosby com Michael McDonald (ex-Doobie Brothers, que não participou da gravação), Before Tomorow Falls On Love é uma bonita balada com piano em destaque no acompanhamento. Here It’s Almost Sunset aposta em clima mais acústico. Capitol investe em jazz rock, em um momento um pouco mais swingado.

De autoria de Joni Mitchell e lançada originalmente no álbum da estrela canadense Hejira (1976), Amelia mereceu uma releitura próxima do registro da autora, e não foi escolhida por acaso, pois sua letra segue a linha das viagens internas e externas propostas a rigor em todas as faixas do álbum, como as delicadas Somebody Home e Curved Air.

Uma marca registrada do CD é a participação destacada dos sopros em vários momentos, comandados pelo experiente Steve Tavaglione. Mais uma vez Crosby se concentra nos vocais, tocando seu violão endiabrado apenas na bela Home Free, que encerra o álbum. Sky Trails transmite paz de espírito, boas energias e muita emoção ao ouvinte, mostrando que, sim, a vida pode seguir em frente e nos surpreender positivamente. David Crosby é a prova concreta disso.

Sky Trails- David Crosby (ouça em streaming):

Anna Ratto relê composições alheias no ótimo CD Tantas

Annaratto@NANAMORAES.50805c-400x

Por Fabian Chacur

Desde que lançou seu primeiro álbum de fato, Do Zero (2006), a cantora, compositora e musicista carioca Anna Ratto (conhecida até 2009 como Anna Luisa) batalha para se consolidar no competitivo cenário musical brasileiro com sua bela e delicada voz e um som próximo do que se rotulou como nova MPB. Com seu quinto CD, Tantas, lançado pela gravadora Biscoito Fino, ela investe essencialmente em canções alheias, e se dá bem.

Após Anna Ratto Ao Vivo (2015), a artista inicia um novo ciclo de sua trajetória ao lado de novos parceiros, os produtores Jr.Tostoi e Marcelo Vig. O fato de os dois atuarem com desenvoltura entre o rock e a MPB deu a ela os instrumentos para fazer um disco no qual a mistura entre esses dois gêneros musicais se apresenta delicada, criativa e com nuances capazes de proporcionar uma identidade própria.

O repertório do álbum traz apenas uma canção autoral, Frevolenta, parceria com Jam da Silva. As outras nove levam a assinatura de nomes talentosos das novas gerações da MPB, como Rodrigo Maranhão, Bruna Caram, Duda Brack e Caio Prado. Temos também Aviéntame, do excepcional grupo mexicano de indie rock mexicano Café Tacvba.

A voz doce, delicada e bem treinada de Anna se mostra bastante adequada para dar uma unidade ao álbum, que nos oferece samba com timbres roqueiros (Pode Me Chamar), levadas pop africanas eletrônicas mescladas ao nordeste brasileiro (Frevolenta), puro funk rock (Inemurchecível), balada blues com tempero rocker (Dom) e até uma espécie de valsa com teor erudito e arranjo idem (Ana Luisa).

Tantas esbanja bom gosto, detalhismo, doçura, uma pimentinha aqui e ali e versatilidade rítmica, tudo amarrado pelo vocal de Anna, cujo timbre nos lembra Marisa Monte, Roberta Sá e Gal Costa, mas sem nunca soar como cópia. É uma questão de semelhança de timbre, nada além disso, que ela certamente ignora, pois desenvolve bem seu próprio rumo. Eis um disco maduro, estiloso e cativante.

Pode Me Chamar– Anna Ratto:

Carlinhos do Cavaco de volta com novo CD e show em SP

Carlinhos do Cavaco - Foto Paulo Palado 2018 -400x

Por Fabian Chacur

Durante uma década, Carlinhos do Cavaco deixou o mundo da música para se dedicar a outras atividades. Para felicidade dos fãs do melhor samba, este excelente cantor, compositor e músico paulistano da Vila Maria está de volta. E com tudo, pois acaba de lançar o seu terceiro CD, Meu Nome é Cavaco. Ele mostra o repertório do novo trabalho com show nesta terça (1º/5), ás 18h no Sesc Bom Retiro (Alameda Nothmann, nº 185- fone 0xx11-3332-3600), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00.

Carlinhos do Cavaco lançou o seu primeiro CD, autointitulado, em 1997. Depois, firmou-se no cenário musical paulistano, participou de festivais e shows diversos e lançou, em 2008, seu segundo álbum, o elogiado Mensagem de Bamba, com participações especiais de Wilson Moreira, Nei Lopes e o Quinteto em Branco e Preto. Sua sonoridade investe nas várias vertentes do samba tradicional, como partido alto, samba de terreiro, maxixe, gafieira e batucada.

A direção musical do show está a cargo do antigo parceiro e grande nome do samba e choro paulistano Edmilson Capelupi, que também se incumbirá do violão. Eis o time que estará em cena ao lado dos dois:

Sexteto de Cordas: Ricardo Takahashi (violino); Gerson de Souza (violino), Flávio Gerardini (violino), Aléx Ximenes (violino), Fábio Tagliaferri (viola) e Sergio Schereiber (violoncelo)

Banda: Jonas Dantas (teclados), Olivinho Filho (acordeon), contrabaixo (Nino Almeida), Edu Peixe (bateria), Chanel Rigolon (cavaco, banjo e bandolim), Conrado (trombone), Rodrigo y Castro (flauta), Gerson da Banda, Balto da Silva, Douglas Conceição e Nego Tom (percussão)

Vocal: Tamires Uchôa e Rafael Raspada

Nesse Pagode Eu Vou– Carlinhos do Cavaco:

Saída de Emergência mostra o seu rock nervoso e setentista

saida de emergencia nova velha era capa-400x

Por Fabian Chacur

Na década de 1970, existia uma linhagem de rock que apostava em guitarras ardidas, andamentos compassados e letras rebeldes. Entre outros, seguiam essa postura sonora, de forma frequente ou eventual, T.Rex, Free, Made In Brazil, Tutti Frutti, Rolling Stones e Raul Seixas. Na atual geração do rock brazuca, temos uma boa banda seguidora desta assinatura rocker. É a Saída de Emergência, que acaba de lançar seu 2º CD, o ótimo Nova Velha Era.

Na estrada desde 2010, o grupo paulistano tem como líder o vocalista, guitarrista e compositor Dino Chaves. Estão a seu lado Leandro de Castro (guitarra), Lelo Carvalho (baixo) e Loks Rasmussen (bateria, este também conhecido por integrar a excelente banda Pop Javali). Neste novo CD, eles contam com a participação especialíssima dos solos do endiabrado guitarrista Rick Ferreira, conhecido por seu trabalho com Raul Seixas e Erasmo Carlos, entre inúmeros outros.

Também marcam presença no trabalho, que sucede O Importante é o Principal (2011, que marcou a estreia discográfica do quarteto), os experientes Petch Calazans (órgão Hammond), Bruno Oliveira (backing vocals) e Thiago Espírito Santo (baixo). As gravações tiveram como cenário o Estúdio Mosh (SP), um dos mais modernos e famosos do Brasil.

Com uma voz poderosa e agressiva, Dino solta o verbo em letras contestadoras que abordam temas sociais, políticos e existenciais sem muitas papas na língua. O ritmo mescla o rock and roll com doses bacanas de blues, sempre com execução competente, sem rebuscamento excessivo nem simplismo banalizante. E o principal: com muita energia e ya-yas pra fora.

Entre as 14 faixas que integram o álbum, destacam-se Salve-se Quem Puder, Subestimação, Roupa Suja, Nova Era, Eu Sou Brasileiro e Velório de Indigente, mas no geral o repertório é bem equilibrado. E a capa, encarte e apresentação gráfica e visual do CD são simplesmente espetaculares, uma verdadeira obra de arte. Se a sua praia é o chamado rock na veia, este CD pode ser receitado sem nenhum risco de efeitos colaterais.

Século XXI– Saída de Emergência:

O DVD/CD póstumo do genial Luiz Melodia sairá em maio

luiz melodia-400x

Por Fabian Chacur

Luiz Melodia nos deixou em um triste 4 de agosto de 2017. Ele não teve tempo de ver concretizado um último projeto, que deverá chegar ao mercado musical físico e virtual em maio. Trata-se de Zerima ao Vivo, CD e DVD (também com versão digital) que será lançado pela Universal Music. Uma amostra desse trabalho já está disponível nas principais plataformas digitais, a deliciosa inédita Felicidade Agora.

A nova canção, romântica e swingada, é uma excelente composição do saudoso artista em parceria com Ricardo Augusto e Paulinho Andrade. Nela, a voz de Melodia se mostra mais envolvente do que nunca, com um arranjo atemporal que deveria tocar em todas as rádios possíveis e imagináveis, ao menos aquelas nas quais os quesitos qualidade artística e musical falassem mais alto.

O novo trabalho de Luiz Melodia foi gravado ao vivo em show realizado no dia 29 de junho de 2016 no Teatro da UFF, em Niterói (RJ). A direção ficou a cargo do experiente Jodele Larcher, especialista no comando de shows musicais, e mescla hits e releituras de composições alheias com músicas de seu último CD de estúdio, Zerima (2015). Entre outras, temos Dores de Amores, Zerima, Congênito, Maracangalha (dueto com seu filho, Mahal Reis), Ébano, Magrelinha, Estádio Holly Estácio e Parei Olhei.

Felicidade Agora– Luiz Melodia:

John Williams lançará um CD com seus clássicos do cinema

John-Williams-A-Life-In-Music-400x

Por Fabian Chacur

Que tal um álbum com dez dos principais temas de filmes clássicos como Star Wars, Tubarão, E.T., Jurassic Park e Harry Potter, com novas gravações a cargo da London Symphony Orchestra? Pois este CD já tem data pré-determinada para chegar às lojas (e também às plataformas digitais): 4 de maio, através da Universal Music. O autor de todas essas verdadeiras maravilhas sonoras é o genial John Williams, um dos maiores compositores de trilhas de todos os tempos.

Com 86 anos de idade, o americano John Williams completou 60 anos como autor de temas para cinema e TV. Como forma de comemorar, ele lança este novo álbum, que tem como título A Life in Music, no qual a London Symphony Orchestra (LSO) foi regida pelo maestro Gavin Greenaway. A versão para cello do tema de A Lista de Schindler é inédita, um atrativo para colecionadores.

Outro momento comemorativo este ano será uma apresentação da LSO no mitológico Royal Albert Hall, de Londres, com regência a cargo de Williams, algo que não ocorre há 22 anos por ali. Parceiro constante de Steven Spielberg, o compositor americano é considerado uma verdadeira lenda no meio musical e cinematográfico, tendo em seu currículo 5 Oscars, 24 Grammys, 4 Globos de Ouro e 5 Emmys, só para não esticar demais o assunto.

Saiba o repertório completo de A Life in Music:

1. Main Title – From Star Wars
2. Theme – From Jurassic Park
3. Hedwig’s Theme – From Harry Potter And The Sorcerer’s Stone
4. The Raiders March – From Raiders Of The Lost Ark
5. Flying Theme – From E.T.
6. Theme – From Schindler’s List
7. The Flight To Neverland – From Hook
8. Hymn To The Fallen – From Saving Private Ryan
9. Shark Theme – From Jaws
10. Williams: Superman March – From Superman

Making of sobre o álbum A Life in Music:

Glau Piva lança álbum com as músicas de Caetano Júnior

glau piva caetano junior capa 400x

Por Fabian Chacur

O escritor, compositor e pianista Caetano Júnior escolheu uma forma bastante peculiar de desenvolver a sua carreira musical. Ao invés de interpretar ele próprio as suas canções, faz parcerias com cantoras, que se incumbem dessa missão. O primeiro álbum nesse formato teve Larissa Cavalcanti no papel de intérprete, Pele Morena e Azul- Larissa Cavalcanti Canta Caetano Júnior (2015- leia entrevista com ela aqui). O segundo acaba de sair: Novo Rumo- Glau Piva Canta Caetano Júnior, com distribuição da Tratore.

O cenário sonoro, desta vez, soa um pouco diferente. No CD anterior, o repertório tinha como base a MPB, especialmente samba e música nordestina. Como a cantora, compositora e musicista paulista Glau Piva, envereda por um lado mais pop-rock com tempero MPB, sendo Novo Rumo um título bem apropriado. Com sete trabalhos anteriores, nos quais também explorou seu lado compositora, a artista desta vez dedicou-se exclusivamente a suas facetas de cantora e musicista.

Mais uma vez a produção ficou a cargo do talentoso e experiente Alexandre Fontanetti, conhecido por seu trabalho com Rita Lee e inúmeros outros artistas e que também se incumbe de tocar guitarra, da mixagem e da engenharia de gravação. No elenco, músicos do porte de Thadeu Romano, Ubaldo Versolato, Gerson Tatini e o genial Mario Manga (do Premê), este último responsável por dois belíssimos arranjos de cordas. Glau toca violão, cavaquinho e guitarra, enquanto Caetano se incumbe de piano acústico e teclados.

O repertório de 13 composições de Caetano Júnior envereda por um pop-rock bem próximo da MPB, com direito a letras líricas e românticas, melodias delicadas e boas variações rítmicas. O clima ora soa como o dos tempos iniciais do rock brasileiro, ora como do pop-rock dos anos 80 em sua vertente baixos teores. Com voz suave e bem colocada, Glau se incumbe com eficiência da função de “porta-voz” do compositor, especialmente em faixas como Novo Dia, Nuvem Branca, Serenata e Entre Meias Palavras, Soluços. Uma boa parceria. E fica a curiosidade para saber como será o próximo trabalho deste inquieto Caetano Júnior.

Saiba mais sobre o álbum Novo Rumo, de Glau Piva e Caetano Junior:

A trilha de Star Wars-The Last Jedi sai em CD em nosso país

star wars the last jedi cd cover-400x

Por Fabian Chacur

Para quem é fã de trilhas de filmes e do formato físico, uma ótima notícia. A Universal Music acaba de lançar no Brasil em CD o álbum com o score (trilha sonora instrumental e incidental) de Star Wars- The Last Jedi (Stars Wars- Os Últimos Jedi), novo capítulo da franquia que se iniciou em 1977. O autor é o mesmo dos capítulos anteriores, o genial e consagrado compositor, maestro e pianista americano John Williams.

O repertório de temas instrumentais do novo Star Wars traz um total de 20 faixas, todas com aquele clima quase erudito que marca o trabalho de Williams. Entre outros, destacam-se os temas Main Title And Scape (com 7m25 e uma variação do tema do filme que deu origem à saga), The Rebellion Is Reborn (com 3m59) e The Fathiers (2m42). Trabalho orquestral impecável e ótimo de se ouvir.

Nascido em 8 de fevereiro de 1932, John Williams iniciou sua carreira no meio musical na década de 1950, trabalhando em estúdios e junto com o maestro Henri Mancini. Nos anos 1960, tornou-se conhecido ao assinar as trilhas de séries de TV como Perdidos no Espaço e Terra de Gigantes, entre outras. Em 1971, ganhou o primeiro dos cinco Oscars que faturou até hoje com a trilha para a versão cinematográfica do espetáculo teatral Um Violinista no Telhado.

Em 1974, iniciou uma parceria com o cineasta Steven Spielberg que rendeu trabalhos antológicos como as trilhas de Tubarão (1975), Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), ET- O Extraterrestre (1983) e das sagas Indiana Jones e Jurassic Park. No seu incrível currículo, também constam 24 troféus Grammy e 4 Globos de Ouro.

Star Wars- The Last Jedi- ouça a trilha em streaming:

Sarah McKenzie mergulha no jazz tradicional em novo CD

sarah mckenzie-400x

Por Fabian Chacur

É muito bom ouvir música transgressiva de qualidade, na qual o artista busca investir em rumos inusitados para gerar a criação de algo novo e expressivo. No entanto, também é excelente poder curtir um tipo de criação que soe extremamente familiar, embora tenha bastante talento e bom gosto envolvido na sua elaboração. A australiana Sarah McKenzie se encaixa feito luva no segundo exemplo, como prova com veemência seu quarto CD, Paris In The Rain, que acaba de sair no Brasil via Universal Music. Um banho de bom gosto e adorável dèja vú.

Com 28 anos de idade, esta bela loirinha tem forte formação acadêmica em artes, com direito a graduação na West Australian Academy Of Performing Arts (onde Hugh Jackman e Lisa McCune, entre outros, se graduaram também) e a célebre Berklee College Of Music americana. De quebra, participou como backing vocalist da turnê Call Me Irresponsible, do astro Michael Bublé, e fez apresentações em grandes festivais, entre os quais o de Montreux, na Suíça.

Ela lançou dois álbuns na Austrália, Don’t Tempt Me (2011) e Close Your Eyes (2012), até que foi contratada pelo célebre selo jazzístico Impulse! (hoje pertencente ao conglomerado Universal Music), no qual estreou com o CD We Could Be Lovers (2015). A produção do novo trabalho ficou a cargo e Jay Newland e Brian Bacchus, este último conhecido por atuar com Norah Jones e Gregory Porter, entre outros.

Ao contrário de outras estrelas recentes ligadas ao jazz, como Norah Jones, Sarah McKenzie não flerta com sonoridades distantes do gênero musical que decidiu abraçar. Paris In The Rain não traz elementos de rock, música eletrônica, soul ou rap, concentrando-se em uma musicalidade ligada à tradição dos standards americanos, repleta de elegância, melodias apuradas e arranjos sempre repletos de sutilezas extremamente agradáveis de serem apreciadas.

O repertório de 13 canções se divide entre clássicos do porte de Tea For Two (Vincente Youmans/Irving Caesar), Day In Day Out (Rube Bloom/Johnny Mercer), Triste (do nosso Tom Jobim) e I’m Old Fashioned (Jerome Kern/Johnny Mercer) e cinco ótimas composições da própria McKenzie, entre as quais a faixa-título do CD, One Jealous Moon e a instrumental Road Chops.

Com uma voz suave e melodiosa e uma execução segura e fluente no piano, ela é acompanhada por músicos talentosos e virtuosos, entre os quais o violonista brasileiro Romero Lubambo, que marca presença com estilo em Triste e In The Name Of Love (Kenny Rankin/Levitt Estelle). Vale lembrar que todos os belíssimos arranjos das músicas foram assinadas pela própria Sarah, o que dá uma ideia do porte de seu talento.

Paris In The Rain não equivale a uma revolução no cenário jazzístico e tem aquele tempero de “já ouvi isso e sei onde”, mas é delicioso de se ouvir, ainda mais em um tempo no qual o marketing parece dar as cartas em detrimento da consistência musical. Aqui, quem manda são as melodias, as harmonias, a emoção. Vale lembrar que a artista esteve em agosto no Brasil, participando da inauguração do Blue Note Rio.

Paris In The Rain– Sarah McKenzie:

Older posts Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑