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The Rolling Stones lançarão a nova versão de vídeo de turnê

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Por Fabian Chacur

Pelo andar da carruagem, os fãs de classic rock irão ter de vender um rim ou fazer algum outro tipo de sacrifício similar, se desejarem manter suas coleções atualizadas. O novo lançamento do setor a ser anunciado é Voodoo Lounge Uncut, nova versão, ampliada, restaurada e remasterizada de um vídeo lançado pelos Rolling Stones que registra um show da antológica turnê que divulgou o excelente CD Voodoo Lounge (1994).

O lançamento, feito em parceria pela Universal Music e a Eagle Vision, chegará ao mercado mundial em 16 de novembro em diversos formatos: DVD, blu-ray, DVD+2 CDs, blu-ray+2 CDs, vinil triplo vermelho, vídeo digital, áudio digital e HD digital. Uma edição limitada da versão em vinil trará uma camiseta exclusiva. A má notícia fica para os fãs brasileiros: a Universal Music deve lançar por aqui apenas a versão em DVD.

Gravado em 25 de novembro de 1994 no estádio Joe Robbie, em Miami, o show integrou a turnê de lançamento de Voodoo Lounge, um dos melhores álbuns da carreira do grupo. Foram 134 shows por seis continentes e vistos por aproximadamente 6,5 milhões de pessoas.

Duas efemérides: foi a primeira tour sem o baixista Bill Wyman, que saiu da banda em 1993, e a primeira que passou pelo Brasil, com três shows em São Paulo (27, 28 e 30 de janeiro de 1995, no estádio do Pacaembu) e dois no Rio (2 e 4 de fevereiro de 1995, no estádio do Maracanã).

O repertório traz 27 músicas, sendo quatro delas de Voodoo Lounge, e o show conta com as participações especiais de Bo Diddley, Sheryl Crow e Robert Cray. Temos dez faixas adicionais em relação ao lançamento anterior em vídeo. Como bônus, foram incluídas cinco performances realizadas em um show da mesma turnê, realizado no Giants Stadium, de New Jersey, com músicas que não foram apresentadas em Miami.

Veja o trailer do vídeo aqui .

RELAÇÃO DAS MÚSICAS

1. Whoopi Goldberg Intro
2. Not Fade Away
3. Tumbling Dice
4. You Got Me Rocking
5. Rocks Off*
6. Sparks Will Fly*
7. Live With Me*
8. (I Can’t Get No) Satisfaction
9. Beast Of Burden*
10. Angie
11. Dead Flowers*
12. Sweet Virginia
13. Doo Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker)*
14. It’s All Over Now
15. Stop Breakin’ Down Blues
16. Who Do You Love?
17. I Go Wild*
18. Miss You
19. Honky Tonk Women
20. Before They Make Me Run*
21. The Worst
22. Sympathy For The Devil
23. Monkey Man*
24. Street Fighting Man*
25. Start Me Up
26. It’s Only Rock’n’Roll (But I Like It)
27. Brown Sugar
28. Jumpin’ Jack Flash

BONUS DAS PERFORMANCES NO GIANTS STADIUM, EM NEW JERSEY (só em video):

1. Shattered
2. Out Of Tears
3. All Down The Line
4. I Can’t Get Next To You
5. Happy

Veja parte do show de New Jersey da turnê 1994/1995:

Alice Cooper grava CD duplo ao vivo no Olympia de Paris

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Por Fabian Chacur

Alice Cooper completou 70 anos recentemente, e parece que não deseja diminuir o ritmo de sua bem-sucedida carreira no rock and roll. Ele anuncia para o dia 31 deste mês o lançamento de A Paranormal Evening At The Olympia Paris, álbum gravado ao vivo que chegará ao Brasil no formato CD duplo via Shinigami Records, sendo que a gravadora europeia Ear Music também o lançará no exterior como LP duplo de vinil, com um disco branco e outro vermelho.

O trabalho foi registrado no último show da turnê que divulgou o mais recente trabalho de estúdio do astro do rock, o elogiado Paranormal (2017), realizado no dia 7 de dezembro do ano passado no lendário Olympia, teatro parisiense inaugurado em 1893 e no qual se apresentaram The Beatles, Édith Piaf, Black Sabbath, Janis Joplin, Elis Regina, Amália Rodrigues e outros mitos da história da música.

O consagrado rock and roller foi acompanhado por sua afiadíssima banda, composta por Nita Strauss (guitarra), Tommy Henriksen (guitarra), Ryan Roxiel (guitarra), Chuck Garric (baixo) e Glen Sobel (bateria). No repertório, músicas como Poison (ouça aqui), No More Mr. Nice Guy, Ballad Of Dwight Fry, Pain, Woman Of Mass Destruction e a recente Paranoiac Personality (do CD Paranormal).

Ballad Of Dwight Fry (live)- Alice Cooper:

The Who tem álbum duplo ao vivo lançado no Brasil em CD

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Por Fabian Chacur

Excelente notícia para os fãs do melhor classic rock e também do formato físico musical. A Universal Music acaba de lançar no Brasil, no formato CD duplo e também nas plataformas digitais, o álbum Live At The Fillmore East 1968, do The Who, que no exterior possui uma terceira versão, a de LP de vinil triplo. Este trabalho nunca havia saído pela via oficial anteriormente.

Esse flagra da formação clássica da célebre banda britânica ocorreu no histórico Fillmore East, situado em Nova York, mais precisamente no Lower East Side de Manhattan. Dois shows foram realizados naquele final de semana, mas só o do dia 6 de abril de 1968, o segundo deles, teve registro na íntegra. A restauração de áudio e mixagem ficou a cargo do hoje renomado engenheiro de som Bob Pridden, que na época era um dos roadies do quarteto inglês.

O repertório de 14 faixas traz músicas dos álbuns lançados pelo The Who até então (o mais recente era The Who Sell Out, de dezembro de 1967) com alguns covers bem bacanas, como C’mon Everybody (Eddie Cochran) e Fortune Teller (Allen Toussaint). A versão longa de My Generation, que a partir dali se tornaria um cavalo de batalha clássico do grupo, também merece destaque, e encerra o álbum.

TRACKLIST- Live At Fillmore East 1968:

Disco 1

1. Summertime Blues

2. Fortune Teller

3. Tattoo

4. Little Billy

5. I Can’t Explain

6. Happy Jack

7. Relax

8. I’m A Boy

9. A Quick One

10. My Way

11. C’mon Everybody

12. Shakin’ All Over

13. Boris The Spider

Disco 2

1. My Generation

My Way/C’mon Everybody– The Who:

Disco ao vivo do Led Zeppelin será relançado em setembro

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Por Fabian Chacur

Outro lançamento muito bacana relacionado ao rock chegará ao mercado musical no dia 7 de setembro, mesma data prevista para Egypt Station, de Paul McCartney. Trata-se de uma versão remasterizada do álbum The Songs Remain The Same, lançado originalmente em 1976 e trilha sonora do filme homônimo do Led Zeppelin. Esse trabalho será disponibilizado em vários formatos, e sairá em um dia histórico para o seminal quarteto britânico.

Em 7 de setembro de 1968, ocorreu a primeira apresentação ao vivo da então novíssima banda do guitarrista Jimmy Page, que tinha a seu lado os então ainda desconhecidos John Paul Jones (baixo e teclados), Robert Plant (vocal) e John Bonham (bateria). Naquela ocasião, o time usou o nome The New Yardbirds, surgindo das cinzas da histórica banda Yardbirds, que revelou Eric Clapton, Jeff Beck e o próprio Page.

Pouco tempo depois, o quarteto passaria a se chamar Led Zeppelin, uma sugestão que teria sido dada por Keith Moon, baterista do The Who. A trajetória dessa incrível banda todos sabem como foi, com direito a milhões de discos vendidos em todo o mundo, a criação de um estilo próprio fundindo heavy/hard rock, folk music, progressivo, soul, pop e ainda mais, e shows lotados e antológicos, tornando-se uma das lendas da história do que hoje é denominado de classic rock.

O filme The Song Remains The Same (que foi exibido na época no Brasil com o peculiar título Rock É Rock Mesmo) tem como material base gravações feitas durante os três superlotados shows que o Zeppelin fez em julho de 1973 no histórico Madison Square Garden, em Nova York. A versão remasterizada da trilha que sairá no dia 7 de setembro segue a reedição de 2007, que trouxe como atrativo seis faixas-bônus em relação ao lançamento original de 1976.

Ainda não foram confirmadas quais versões do relançamento deste álbum serão disponibilizadas no Brasil, o que a gravadora Warner promete fazer em breve. O pacote mais caro e aparentemente mais atraente para o fã mais fanático é o Super Deluxe Boxed Set, que trará o filme completo e a trilha pela primeira vez em um mesmo pacote. A versão em vinil com direito a 4 lps trará uma mudança na sequência original de faixas para permitir que os 29 minutos de Dazed And Confused estivessem na íntegra em um único lado de vinil.

The Song Remains The Same- The Rain Song (live)- Led Zeppelin:

Paul McCartney mostra belas novidades para todos os fãs

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Por Fabian Chacur

Dois dias após completar 76 anos de idade, Paul McCartney mostra que dormir nos louros das glórias passadas não faz parte do seu modo de viver. Ele não só anunciou que lançará no dia 7 de setembro Egypt Station, seu primeiro álbum de inéditas desde New (2013), como também disponibilizou para audição duas das 14 músicas que estarão nesse trabalho, a balada I Don’t Know (ouça aqui) e o rock na veia Come On To Me.

Uma primeira curiosidade surge na capa do álbum, que também foi divulgada. Criada a partir de desenho feito pelo próprio artista, ela lembra um pouco a de Gone Troppo, lançada em 1982 por um certo George Harrison. Será mera coincidência? Tire suas próprias conclusões.

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Voltando ao mais importante que é o conteúdo artístico, o ex-Beatle explicou, em declaração divulgada pela gravadora na qual lança atualmente seus trabalhos, a Universal Music, como concebeu o novo trabalho:

“Gostei das palavras Egypt Station. Elas me lembram dos discos em vinis que costumávamos fazer… Egypt Station começa em uma estação na primeira música e a cada nova faixa visitamos uma nova estação. Foi essa a ideia que seguimos para criar cada faixa do disco a partir disso. Acho que ela veio de um sonho, mesmo lugar de onde as músicas surgem”.

Macca gravou seu novo disco em estúdios localizados em Londres, Los Angeles e Sussex. A produção ficou a cargo do badalado Greg Kurstin, que assinou trabalhos de Adele, Beck e Foo Fighters, sendo que uma faixa ficou a cargo de Ryan Tedder, líder da banda One Republic. Come On To Me é um rockão contagiante e muito inspirado, enquanto I Don’t Know é uma deliciosa balada com pitada roqueira. Belas amostras.

Também foram divulgados os títulos de mais três canções: a acústica Happy With You, a pacifista People Want Peace e uma que promete e muito, com seus quase sete minutos de duração, Despite Repeated Warnings, que parece seguir uma pegada mais experimental. McCartney fez um show surpresa no dia 9 de junho em um pequeno pub de Liverpool, o Philharmonic Pub, no qual tocou uma das inéditas e mais alguns hits. Que chegue logo o sete de setembro!

Come On To Me– Paul McCartney:

David Crosby e seu Sky Trails, mais um desses CDs incríveis

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Por Fabian Chacur

David Crosby é um dos grandes gênios do nosso amado rock. Não satisfeito em ter integrado algumas das mais importantes bandas de todos os tempos, The Byrds e Crosby, Stills & Nash/Crosby, Stills, Nash & Young, o cara ainda possui uma carreira solo das mais elogiáveis, e que anda bem produtiva nos últimos anos. Seu mais recente CD é o maravilhoso Sky Trails, que saiu cerca de um ano após outra maravilha, Lighthouse (2016- leia a resenha aqui).

Em sua trajetória musical, este brilhante cantor, compositor e músico americano que caminha para completar 77 anos de idade conseguiu criar uma sonoridade própria que mistura com desenvoltura rock, folk, country e jazz. Sabe harmonizar vozes como ninguém, tem uma voz belíssima, compõe com assinatura inconfundível e toca muito bem guitarra e, principalmente, violão.

Sky Trails guarda boas semelhanças com o trabalho da banda CPR, e não é para menos. O braço direito de Crosby durante todo o álbum é exatamente um de seus parceiros naquele trio, o filho tecladista e compositor James Raymond, sendo que em uma faixa, o incisivo rock midtempo Sell Me a Diamond, o terceiro integrante da banda, o guitarrista Jeff Pevar, marca presença com seus solos intensos.

O CPR lançou dois discos de estúdio e dois ao vivo entre 1998 e 2001, e nos oferecia uma mescla de jazz-rock e folk envolvente. E esse é basicamente o clima deste trabalho. A abertura fica por conta de uma composição solo de Raymond, a deliciosa e delicadamente funkeada She’s Got To Be Somewhere, com um jeitão de Steely Dan e muito swing.

Sky Trails, a faixa que dá nome ao disco, é uma parceria de Crosby com a talentosa cantora, compositora e guitarrista americana Bekka Stevens, dobradinha que já havia rendido uma faixa antes, no álbum Lighthouse, a incrível By The Light Of Common Day. A nova colaboração nos mostra o belo encaixa das vozes dos dois, em uma melodia delicada e de rara beleza, capaz de cativar o ouvinte logo nos seus primeiros segundos.

Parceria de Crosby com Michael McDonald (ex-Doobie Brothers, que não participou da gravação), Before Tomorow Falls On Love é uma bonita balada com piano em destaque no acompanhamento. Here It’s Almost Sunset aposta em clima mais acústico. Capitol investe em jazz rock, em um momento um pouco mais swingado.

De autoria de Joni Mitchell e lançada originalmente no álbum da estrela canadense Hejira (1976), Amelia mereceu uma releitura próxima do registro da autora, e não foi escolhida por acaso, pois sua letra segue a linha das viagens internas e externas propostas a rigor em todas as faixas do álbum, como as delicadas Somebody Home e Curved Air.

Uma marca registrada do CD é a participação destacada dos sopros em vários momentos, comandados pelo experiente Steve Tavaglione. Mais uma vez Crosby se concentra nos vocais, tocando seu violão endiabrado apenas na bela Home Free, que encerra o álbum. Sky Trails transmite paz de espírito, boas energias e muita emoção ao ouvinte, mostrando que, sim, a vida pode seguir em frente e nos surpreender positivamente. David Crosby é a prova concreta disso.

Sky Trails- David Crosby (ouça em streaming):

ChangesTwoBowie:relançado em CD após mais de 30 anos

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Por Fabian Chacur

Em 1981, chegou às lojas brasileiras a coletânea ChangesTwoBowie. Naquele momento, era uma rara oportunidade de se conferir alguns dos maiores hits de David Bowie, pois seus álbuns da fase RCA estavam fora de catálogo e custavam uma fortuna nos sebos da vida. Essa compilação chegou a sair em CD nos EUA em 1985, mas logo saiu de cena. Para felicidade dos colecionadores, esse disco acaba de voltar ao mercado nacional em versão remasterizada pela Warner, nos formatos CD e digital. No exterior, também está disponível em LP de vinil.

Esta coletânea saiu como um complemento para ChangesOneBowie (1976). Ao contrário do que normalmente ocorre nesses casos, ela não se atém ao período posterior ao lançamento do volume 1, trazendo dez faixas abrangendo material de Hunky Dory (1971) até Scary Monsters (And Super Creeps) (1980). Seu grande atrativo na época era o raro single John I’m Only Dancing (Again), espécie de releitura disco gravada em 1975 do single John I’m Only Dancing (1972).

Além dessa faixa, que originalmente saiu em single em 1979 e depois foi incluída em outras compilações, o diferencial bacana desta compilação é a incrível capa, cuja foto foi feita pelo célebre Greg Gorman, ainda na ativa até hoje e conhecido por seus cliques de celebridades do mundo da música e do cinema como Jimi Hendrix, Elton John, Grace Jones, Richard Gere e inúmeros outros, desde o final da década de 1960.

Vale lembrar outra curiosidade envolvendo esta compilação. Quando o selo Rykodisc fez em 1990 o relançamento da discografia de Bowie de 1969 a 1980, optou por não incluir no pacote as coletâneas ChangesOneBowie e ChangesTwoBowie, criando uma nova compilação intitulada ChangesBowie (que saiu na época no Brasil em LP de vinil duplo pela EMI). Acho muito provável que fãs mais fieis de Bowie comprem essa nova edição de ChangesTwoBowie pela memória afetiva, capa e boa seleção de faixas, mas existem diversas outras coletâneas mais indicadas para quem quiser se iniciar na obra desse gênio do rock.

Conheça o repertório de ChangesTwoBowie:

Aladdin Sane (1913-1938-197?)
Oh! You Pretty Things
Starman
1984
Ashes To Ashes*
Sound And Vision
Fashion
Wild Is The Wind
John, I’m Only Dancing (Again) 1975
D.J.

Johnny I’m Only Dancing (Again)– David Bowie:

Lindsey Buckingham sai mais uma vez do Fleetwood Mac

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Por Fabian Chacur

A notícia surgiu nesta segunda (9) como uma verdadeira bomba no site da edição americana da revista Rolling Stone, e acabou sendo confirmada pelo site oficial do Fleetwood Mac pouco depois. O guitarrista, cantor e compositor Lindsey Buckingham não faz mais parte da banda. Ele será substituído por dois outros músicos de grife, o cantor, compositor e guitarrista neozelandês Neil Finn, da banda Crowded House, e o americano Mike Campbell, guitarrista integrante de Tom Petty & The Heartbreakers. Uma mudança repleta de detalhes e curiosidades.

A matéria da RS afirma que Buckingham teria sido demitido pelo grupo após um desentendimento entre ele e os outros integrantes em relação à próxima turnê do time. O comunicado oficial da banda afirmou o seguinte: “Estamos felizes em recepcionar o talento musical de Mike Campbell e Neil Finn na família Mac; Com eles, estaremos apresentando todos os nossos hits que os fãs amam e também iremos surpreender o público com algumas músicas do nosso histórico catálogo de músicas. O FM sempre tem tido uma evolução criativa”.

O comunicado prossegue assim: “Olhamos para a frente para honrar esse espírito em nossa próxima turnê; Fizemos uma jam session com Mike e Neil e a química entre nós funcionou e fez a banda sentir que temos a combinação correta para seguir adiante, com algo novo ainda que contenha o inconfundível som do FM”. Quem assinou o texto foi Mick Fleetwood, fundador da banda em 1967 e o seu comandante desde então, responsável pela decisões referentes a eles.

A turnê ainda não tem datas definidas, o que ocorrerá em breve. Em sua conta no Twitter, Neil Finn confirmou a entrada no FM não muito após a divulgação da novidade. Por sua vez, Lindsey Buckingham ainda não fez até o momento nenhum comentário em seu site oficial, que por sinal está desatualizado, sem nenhum post referente a 2018.

O último show completo de Lindsey com o FM ocorreu em julho de 2017, sendo que em janeiro deste ano ele tocou com a banda em um pocket show. O repertório do show da nova encarnação do grupo deve mesclar grandes sucessos com lados B de seu vasto repertório, o que poderá incluir, por exemplo, canções da fase blues que marcou os anos iniciais desse time rocker.

O cantor, compositor e guitarrista americano Lindsey Buckingham entrou no Fleetwood Mac em 1975, junto com sua então namorada Stevie Nicks. Ao lado dos britânicos Mick Fleetwood (bateria), John McVie (baixo) e Christine McVie (teclados e vocal), integrou a formação clássica da banda, que estourou em termos mundiais com álbuns como Fleetwood Mac (1975), Rumours (1977) e Mirage (1982).

Em 1987, após o lançamento do CD Tango In The Night, Buckingham saiu da banda, para a qual retornou uma década depois, com o lançamento do álbum ao vivo The Dance (1997). Ele sempre se mostrou o integrante mais ousado e inovador do time, dando um tempero mais rocker ao pop-rock perfeito desenvolvido pelo quinteto.

Lindsey Buckingham iniciou uma carreira-solo quando ainda estava no Fleetwood Mac, em 1981, e tem no currículo seis CDs individuais gravados em estúdio, além de DVDs gravados ao vivo. Seu primeiro LP, Buckingham Nicks, gravado em parceria com Stevie Nicks antes de ambos entrarem no FM, saiu EM 1973. Em 2017, ele lançou Lindsey Buckingham Christine McVie, CD em dupla com a colega de FM Christine McVie, trabalho que foi divulgado com alguns shows (leia a resenha de Mondo Pop aqui).

Não é a primeira vez que um músico ilustre entra na vaga de Mr. Buckingham. Em 1995, o cantor e compositor Dave Mason, conhecido por ter integrado a banda Traffic nas décadas de 1960 e 1970, esteve no Fleetwood Mac, gravando com eles o álbum Time, um bom disco que, no entanto, tornou-se o maior fracasso comercial da história da banda. E seus novos substitutos tem belos currículos.

Neil Finn esteve em duas bandas de sucesso, a Split Enz e especialmente a Crowded House, que nos anos 1980 e 1990 conseguiu ótima repercussão nas paradas de diversos países graças a canções como Don’t Dream It’s Over, Better Be Home Soon, Weather With You, Chocolate Cake e It’s Only Natural, entre outras. Ele também gravou discos solo e em dupla com o talentoso irmão Tim Finn.

Por sua vez, Mike Campbell é um dos guitarristas mais respeitados no meio do rock mundial. Era o braço direito de Tom Petty nos Heartbreakers, e paralelamente atuou em projetos com nomes do porte de Don Henley (dos Eagles), Stevie Nicks (ele participou de discos-solo da cantora e também compôs com ela), Bob Dylan, Roy Orbison, Johnny Cash e inúmeros outros. Ou seja, a expectativa em torno dessa nova encarnação do FM é grande. E podem ter certeza de que Lindsey Buckingham nos oferecerá novos trabalhos bem bacanas sem eles.

Go Your Own Way– Fleetwood Mac:

The Beatles in India: filme vai ser lançado ainda este ano

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Por Fabian Chacur

Em fevereiro de 1968, os Beatles viajaram para Rishikesh, na Índia, com o intuito de estudar meditação transcendental com o guru local Maharishi Mahesh Yogi, que eles haviam conhecido em uma viagem do indiano pela Inglaterra no ano anterior. Essa curiosa passagem da trajetória da banda britânica é o tema do documentário The Beatles in India, que segundo informações da revista britânica Uncut, deve ser lançada mundialmente por volta de outubro.

Paul Saltzman é um fotógrafo e cineasta canadense que tinha 23 anos quando teve a oportunidade de conhecer os Beatles na Índia, por absoluta coincidência. Convidado a conviver com eles naquela experiência, fez fotos e filmagens que registaram aquele momento de redescoberta do quarteto britânico. Seu documentário dá uma geral na viagem, e mostra os registros e também as músicas que, compostas lá, acabariam integrando o célebre Álbum Branco (cujo título de fato é simplesmente The Beatles), lançado naquele mesmo 1968.

Com mais de 300 filmes no currículo, entre documentários e dramas, Paul Saltzman tem em seu currículo o badalado Prom Night In Mississipi (2008), e também integra projetos humanitários. Uma exposição permanente de suas fotos dos Beatles na Índia tem como local um espaço no John Lennon Airport, em Liverpool, Inglaterra. Ele lançou dois livros com reproduções de suas célebres fotos, The Beatles in Rishikesh (2000) e The Beatles in India (2006), este último em edição limitada.

Dear Prudence (c/cenas do grupo na Índia)- The Beatles:

Sticky Fingers é relido ao vivo com maestria pelos Stones

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Por Fabian Chacur

Em 2006, quando iria iniciar as gravações de um show dos Rolling Stones para o que viria a ser o documentário Shine a Light (2008), o diretor Martin Scorsese entrou em pânico. Ao contrário do que poderia imaginar, ele não teve acesso prévio ao set list que a banda iria tocar, e dessa forma teve de improvisar seu trabalho. Isso é a cara do grupo liderado por Mick Jagger e Keith Richards, que sempre atuou no melhor estilo “bagunça organizada”. E foi dessa forma que eles gravaram Sticky Fingers Live At The Fonda Theater, DVD que integra a série Rolling Stones From The Vault.

Mas como assim “bagunça organizada?”, você deve estar se perguntando. Afinal de contas, estamos falando de uma banda que se mantém na ativa há mais de 50 anos, sempre com muito sucesso e uma infraestrutura digna de uma verdadeira transnacional roqueira. Se a organização existe, e sem dúvidas explica essa manutenção no topo do cenário rocker mundial, eles sempre tiveram um tempero rebelde, do tipo “vamos fazer do nosso jeito e dane-se o resto”.

Este trabalho é o exemplo mais concreto dessa postura das “Pedras Rolantes”. Eles se propuseram pela primeira vez em sua carreira a tocar ao vivo na íntegra o repertório de um de seus álbuns, mais especificamente o mitológico Sticky Fingers (1971). Para muita gente o melhor disco da ótima discografia do grupo britânico, trata-se de um marco na trajetória deles, quando ficou claro que os caras tinham se consolidado de vez no meio rocker.

Entre outras efemérides bacanas, conseguiu a inédita para eles façanha (que depois repetiriam várias vezes) de atingir o primeiro lugar nos EUA e no Reino Unido; estreou com força total o símbolo da língua que se tornou sua marca registrada. Deu o pontapé inicial na trajetória da sua própria gravadora, a RS Records, que tornou Jagger e Richards ainda mais ricos, e por aí vai. Um clássico supremo do rock and roll.

Só que, ao contrário da grande maioria dos outros grupos e artistas que se propuseram a apresentar trabalhos na íntegra, os Stones se recusaram a tocar ao vivo o repertório de Sticky Fingers na mesma ordem do registro de estúdio. Brown Sugar, por exemplo, que abre o LP, é a 11ª música a ser tocada no show. Dead Flowers, a 9ª do trabalho de estúdio, foi a 3ª no set list do show. E por aí vai… O mais engraçado: a abertura fica por conta de Start Me Up, que nem integra o trabalho em foco, sendo faixa de Tattoo You (1981).

Eles fizeram o seguinte: abriram o show com Start Me Up, em seguida tocaram as dez faixas de Sticky Fingers em seguida (mas sem a sequência do álbum original) e fecharam o show com um cover, Rock Me Baby, do amigo e ídolo B.B.King (que havia falecido seis dias antes da gravação deste DVD) e a empolgante Jumpin’ Jack Flash. Nos extras, temos três bônus: All Down The Line (do álbum Exile On Main Street, de 1972), When The Whip Comes Down (de Some Girls, de 1978) e um cover matador, I Can’t Turn You Loose, de Otis Redding, que na verdade encerrou o show, e sabe-se lá porque ficou aqui, nos bônus.

Ou seja, eles tocaram o álbum em pauta inteirinho, mas do jeito deles, e com direito a canções adicionais. E é aí que entra a organização da bagunça. As performances de Jagger e sua turma (os três colegas de banda mais sete impecáveis músicos de apoio, gerando uma espécie de “Orquestra Rolling Stones”) são simplesmente arrebatadoras. Pelo fato de o show ter sido realizado em um teatro bem menor do que os estádios onde normalmente atuam, criou-se um clima de maior proximidade e intimidade com a plateia, com ótimo resultado.

As performances dos quatro Stones são um capítulo à parte. Jagger, na época com 72 anos de idade, entrega ao público energia e carisma dignas de alguém com uns 30, se tanto, e com direito a uma voz impecável, especialmente nos momentos mais lentos. Keith Richards cativa com seu jeitão de “pirata do Caribe”, sendo bem ladeado por Ronnie Wood, tal qual dois pistoleiros do Velho Oeste. E o vigor e a precisão do baterista Charlie Watts equivalem à arma secreta menos secreta do rock, tal a sua qualidade e consistência. Um dínamo humano.

Se algumas faixas de Sticky Fingers nunca saíram do set list dos shows da banda britânica desde que foram lançadas, como Brown Sugar e Wild Horses, outras foram tocadas em raras ocasiões, casos das maravilhosas Moonlight Mile, Dead Flowers, Sway, Sister Morphine e You Gotta Move. E é muito legal ver alguns closes na plateia, com pessoas cantando as letras dessas músicas junto, de cor e salteado.

Dificilmente os Rolling Stones repetirão esse show. Portanto, Sticky Fingers Live At The Fonda Theatre (teatro localizado em Hollywood, Los Angeles) é não só um registro único e histórico desta performance realizada em 20 de maio de 2015, como certamente a prova de que esse grupo consegue se manter na estrada dignamente. De forma bagunçada, sim, mas com organização suficiente para que a essência desse trabalho incrível se mantenha acesa e deslumbrante.

Brown Sugar (live ath the Fonda Theater-2015)- The Rolling Stones:

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