Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: classic rock (page 5 of 8)

Bob Dylan lança a introspectiva e bela balada I Contain Multitudes

Bob Dylan Performa at Hyde Park - London

Por Fabian Chacur

Os fãs de Bob Dylan com saudades de canções inéditas escritas pelo grande astro do rock não podem reclamar. Após o lançamento há alguns dias de Murder Most Foul (ouça aqui), com seus pungentes 17 minutos de duração, agora é disponibilizada I Contain Multitudes, que também surge de forma impressiva e arrancando elogios por parte da crítica especializada.

Bem mais compacta do que a anterior (tem pouco mais de 4 minutos) mas com o mesmo clima reflexivo predominando, temos aqui o autor de Blowin’ In The Wind e tantos outros clássicos mais inspirado do que nunca.

Ele inicia com os belos e profundos versos “today, tomorrow and yesterday, too, the flowers are dyin’ like all things do” (“hoje, amanhã e ontem, as flores estão morrendo, como todas as coisas fazem”, em tradução livre).

Influenciada pelo saudoso poeta Walt Whitman, a balada mostra o cantor com uma interpretação contida e bem segura, e a letra traz citações referentes aos Rolling Stones, Edgar Allan Poe e Frank Sinatra.

A parte final traz os versos “I have no apologies to make” (“não tenho desculpas a pedir”, em tradução livre). No geral, a canção tem alguma afinidade com a clássica Ring Them Bells, do álbum Oh Mercy (1989).

O álbum mais recente de Bob Dylan incluindo apenas composições próprias, Tempest, saiu em 2012. Desde então, o icônico cantor, compositor e músico americano nos proporcionou três álbuns com releituras de standards da música americana- Shadows In The Night (2015), Fallen Angels (2016) e Triplicate (2017, este um álbum triplo), todos bem-sucedidos em termos comerciais.

Ainda não se sabe se essas duas novas faixas de Bob Dylan são a amostra de um novo álbum à caminho ou se encerram em si mesmas. A primeira opção parece a mais provável, mas só saberemos no decorrer dos próximos capítulos.

Vale lembrar que ele sempre foi uma figura enigmática, de decisões nem sempre previsíveis. Seja como for, ou amostras, ou faixas avulsas, possuem seu forte e poderoso DNA, o que não é pouco para alguém rumo a completar 79 anos de idade no próximo dia 24 de maio. Que venha mais!

I Contain Multitudes– Bob Dylan:

Jeff Beck e Johnny Depp lançam releitura de hit de John Lennon

jeff beck johnny depp single 400x

Por Fabian Chacur

Acaba de ser disponibilizado nas plataformas digitais o single Isolation. A música, clássica composição de John Lennon incluída no icônico álbum John Lennon/Plastic Ono Band (1970), foi relida de forma personalizada pelo lendário guitarrista britânico Jeff Beck e o não menos consagrado ator e também cantor e músico americano Johnny Depp. Eles já haviam apresentado essa canção, juntos e ao vivo, em setembro de 2019, durante a edição do Crossroads Guitar Festival, de Eric Clapton, realizada no Texas, EUA (ouça aqui).

“Johnny e eu trabalhamos juntos há algum tempo e gravamos essa faixa durante nosso tempo no estúdio no ano passado. Não esperávamos lançá-la tão cedo, mas, considerando todos os dias difíceis e o verdadeiro ‘isolamento’ que as pessoas enfrentam nesses tempos difíceis, decidimos que agora é o momento certo para deixar todos ouvirem”, diz Beck em comunicado à imprensa.

Isolation traz Jeff e Johnny acompanhados por Ronda Smith (baixo) e o cultuado Vinnie Colaiuta (bateria). Para quem estranhar Johnny Depp na música, vale lembrar que ele canta e toca guitarra, e integra há cinco anos o supergrupo Hollywood Vampires ao lado de Alice Cooper e Joe Perry (do Aerosmith), que lançou os álbuns Hollywood Vampires (2015) e Rise (2019). Ele também participou de trabalhos do Oasis, Marilyn Manson e Stone Temple Pilots.

Isolation (lyric video)- Jeff Beck e Johnny Depp:

Changesnowbowie é o novo lançamento digital do Bowie

changesnowbowie 400x

Por Fabian Chacur

No dia 8 de janeiro de 1997, como forma de celebrar os 50 anos completados naquela data por David Bowie, a BBC de Londres transmitiu um programa especial. Nesta atração, o astro do rock foi entrevistado por Mary Anne Hobbs, e também tivemos mensagens celebrando a data e questões formuladas por Scott Walker, Damon Albarn, Bono e Robert Smith. O conteúdo musical dessa atração agora está disponível, via Warner Music, nas plataformas digitais, com o título Changesowbowie, sem versão física prevista por enquanto.

As nove faixas tocadas naquela atração da BBC foram gravadas e mixadas previamente, em novembro de 1996, em Nova York, mais precisamente no Looking Glass Studio. Nelas, Bowie é acompanhado por Gail Ann Dorsey (baixo e vocais), Reeves Gabrels (guitarra e voz) e Mark Plati (teclados e programações). Esta seria a banda, acrescida de outros músicos, que o acompanharia em 1997 em bem-sucedida turnê que passou pelo Brasil.

O repertório investe em clássicos de seu repertório como Aladdin Sane e The Man Who Sold The World, o célebre cover de White Light / White Heat (do Velvet Underground) incluído em seus shows desde os anos 1970, e duas surpresas. São elas Shopping For Girls, do álbum Tin Machine II (1991), da banda alternativa de Bowie, a Tin Machine, e Repetition (do álbum Lodger, de 1979), que ganhou uma nova versão e um novo clipe em 1997.

Eis as faixas de Changesnowbowie:

-The Man Who Sold The World
-Aladdin Sane
-White Light / White Heat
-Shopping For Girls
-Lady Stardust
-The Supermen
-Repetition
-Andy Warhol
-Quicksand

Repetition ’97 (clipe)- David Bowie:

The Doobie Brothers releem dois grandes álbuns com classe

the doobie brothers capa cd-400x

Por Fabian Chacur

Em junho deste ano, celebrei por aqui o anúncio do lançamento de Live From The Beacon Theater, álbum duplo lançado pela Warner Music no Brasil nos formatos digitais e físico (CD duplo). Você pode ler todos os detalhes em termos de informação aqui. Agora, após ter tido a oportunidade de ouvir esse trabalho de forma muito atenta, chegou a hora da resenha desse lançamento histórico de uma das grandes bandas do rock americano.

Comecemos pela formação que se incumbiu da gravação deste trabalho, registro de shows realizados nos dias 15 e 16 de novembro de 2018 no Beacon Theater, em Nova York. Hoje, os Doobie Brothers são um trio, composto pelos fundadores Tom Johnston (guitarra e vocal) e Patrick Simmons (guitarra e vocal, o único que nunca saiu da banda) e mais John McFee (guitarra, pedal steel, dobro, violino, cello, harmônica, banjo e vocais, ufa!), que esteve no time entre 1979 e 1982 e retornou de vez em 1993.

Para darem suporte a eles, temos um timaço liderado pelo tecladista Bill Payne, considerado um dos grandes músicos no setor. Ele integrou nos anos 1970 e 1980 a badalada banda Little Feat, e também gravou com Bryan Adams, Stevie Nicks, Bob Seger, Pink Floyd, Toto, James Taylor e Bonnie Raitt. Aliás, Payne pilotou os teclados dos Doobies nos dois álbuns de estúdio reproduzidos ao vivo aqui, ou seja, ninguém mais qualificado para essa importante missão do que ele.

O elenco de músicos também traz Marc Russo (saxofone), Ed Toth (bateria), John Cowan (baixo e vocais) e Marc Quinones (percussão e vocais). Foram adicionados especialmente para os shows do Beacon Theater os músicos Roger Rosenberg (saxofone) e Michael Leonhart (trompete), que aliados a Marc Russo geraram um naipe de metais afiadíssimo.

Com dez músicos em cena, o grupo americano seguiu uma diretriz das mais interessantes: manteve a estrutura básica dos arranjos originais das canções, acrescentando algumas passagens de metais inéditas e abrindo espaços para solos e improvisos. Como a qualidade dos profissionais envolvidos é imensa, o resultado se mostra delicioso, tendo tudo para satisfazer tanto os fãs mais fieis como aqueles que ainda não conheciam essas canções.

Ao contrário de algumas bandas contemporâneas deles, os Doobie Brothers sempre tiveram a capacidade de criar não só singles matadores, como Listen To The Music, Rockin’ Down The Highway, China Grove e Long Train Runnin’, mas também de gravar álbuns consistentes e nos quais você não encontra uma única faixa fraca daquelas feitas apenas para “encher linguiça”.

Dessa forma, a missão de tocar Toulouse Street (1972) e The Captain And Me (1973) mostra-se das mais deliciosas, pois além de muito boas, as músicas também formam uma amostra preciosa da amplitude da sonoridade desta banda seminal.Se os singles citados trazem como marca a energia roqueira e os riffs de guitarra (com um toque latino em Long Train Runnin’), outras facetas surgem nas faixas que fazem companhia a elas.

O blues, por exemplo, marca presença em Don’t Start Me To Talkin’ e Dark Eyed Cajun Woman. O folk com tons saudosistas e emocionais surge em Toulouse Street e Clear As The Driven Snow. O hard rock pesadão surge em Disciple, Evil Woman e Without You, a levada shuffle marca a deliciosa Ukiah, a leveza mais pop em Natural Thing e o folk progressivo na intensa The Captain And Me.

Das 23 músicas apresentadas, 11 são de Tom Johnston, 6 de Patrick Simmons, uma é assinada por cinco integrantes da banda na época (Without You) e cinco são covers, como o rock gospel Jesus Is Just Alright (de Arthur Reynolds e gravada em 1969 pelos Byrds), Don’t Start Me To Talkin’ (do bluesman Sonny Boy Williamson) e Cotton Mouth (composição da dupla Seals & Crofts, conhecida pelos hits Summer Breese e Diamond Girl)

Se o entrosamento da banda conta muito para esse resultado brilhante, os pontos altos ficam por conta de seus protagonistas. Com 70 anos de idade completados em 2018, Tom Johnston impressiona por sua vitalidade. Seu vozeirão continua intacto, assim como seus riffs e solos de guitarra e uma presença de palco confiante e cativante. A delicadeza do dedilhado na guitarra e violão de Patrick Simmons, assim como sua voz mais suave, também estão intactos, assim como a versatilidade de John McFee.

Após tocar os dois álbuns na íntegra, os Doobies nos oferecem um bis com três músicas: Take Me In Your Arms (Rock Me), cover da Motown que eles emplacaram nas paradas de sucesso em 1975, e a envolvente canção folk-country Black Water, que atingiu o primeiro lugar na parada de singles americana naquele mesmo 1975. Para finalizar a festa, tocaram novamente Listen To The Music, para levar a plateia à loucura.

Os Doobie Brothers nunca tocaram no Brasil, em seus quase 50 anos de estrada. Com o vigor e a qualidade que permanecem firmes em sua fase atual, certamente atrairiam um público bacana se enfim nos visitassem.

Rockin’ Down The Highway (live)- The Doobie Brothers:

Yes lança álbum duplo 50 Live em formatos físico e digital no Brasil

yes capa cd 2019-400x

Por Fabian Chacur

Como forma de celebrar seus 50 anos de carreira, o Yes está lançando nesta sexta (2) no Brasil via Warner Music, em CD duplo e nas plataformas digitais, o álbum Yes 50 Live. Gravado ao vivo basicamente durante show realizado na Filadélfia (EUA), o trabalho inclui faixas de dez de seus álbuns de estúdio, com ênfase na fase mais progressiva de sua trajetória, deixando de lado o repertório desenvolvido nos anos 1980 e 1990 ao lado do guitarrista sul-africano Trevor Rabin.

A atual formação do Yes inclui Steve Howe (guitarra), Geoff Downes (teclados), Alan White (bateria), Billy Sherwood (baixo), Jon Davison (vocal) e Jay Schellen (bateria). O álbum traz as participações especiais de ex-integrantes como os tecladistas Tony Kaye (em Yours Is No Disgrace, Roundabout e Starship Trooper) e Patrick Moraz (em Soon) e também Tom Brislin (teclados) e Trevor Horn (vocal).

O set list traz a versão completa da longa e maravilhosa Close To The Edge, faixa-título do fantástico álbum da banda lançado em 1972 e um de seus melhores, e também clássicos como Roundabout, Soon e Yours Is No Disgrace.

Com capa mais uma vez trazendo desenho do genial Roger Dean, o álbum é bem interessante, mas não dá para negar que é no mínimo esquisito ouvir um disco do Yes sem a presença do cantor Jon Anderson, fora desde 2008, e, principalmente, do saudoso baixista e fundador do grupo, Chris Squire (1948-2015).

Vale lembrar que, repetindo situação já ocorrida em outros períodos da história dessa seminal banda de rock progressivo, há desde 2016 uma outra formação na ativa com ex-integrantes do time. Trata-se de Anderson, Rabin And Wakeman, que reúne Jon Anderson, Trevor Rabin e Rick Wakeman, sendo que este último prometeu novos shows do trio para 2020.

Eis as faixas de Yes 50 Live:

Disco um

Close To The Edge
-The Solid Time Of Change
-Total Mass Retain
-I Get Up I Get Down
-Seasons Of Man

Nine Voices (Longwalker)
Sweet Dreams
Madrigal
We Can Fly From Here, Part 1
Soon
Awaken

Disco dois

Parallels
Excerpt From The Ancient
Yours Is No Disgrace
Excerpt From Georgia’s Song And Mood For A Day
Roundabout
Starship Trooper
a. Life Seeker
b. Disillusion
c. Wurm

Ouça Yes 50 Live em streaming:

Rolling Stones reeditam o seu histórico Rock And Roll Circus

rolling stones rock and roll circus

Por Fabian Chacur

Nos últimos anos, os fãs dos Rolling Stones tem necessitado de uma condição financeira privilegiada para manter sua coleção de itens referentes à banda devidamente atualizada. Agora, chega a vez de The Rolling Stones Rock And Roll Circus, que a ABKO Films e ABKO Music, em parceria com a Universal Music, lançará em breve em versão 4K Dolby Vision. Serão disponibilizadas as versões Deluxe Edition (incorporando Blu-ray – DVD, 2 CDs e um livro com 44 páginas), LP triplo, CD duplo e digital. No Brasil, o único item relativo aos formatos físicos a ser lançado será o DVD, com os outros limitados às plataformas digitais.

Nessa verdadeira enxurrada de produtos referentes à banda de Mick Jagger e Keith Richards, Rock And Roll Circus é um dos mais importantes. Gravado em dezembro de 1968 com o objetivo de ser um especial de TV, ficou nos arquivos durante quase 30 anos, sendo lançado de forma oficial em áudio e vídeo apenas em 1996. O show trazia um cenário relembrando o de um circo cinematográfico, com o grupo britânico recebendo diversos convidados especiais.

Além de ter marcado a última performance de Brian Jones com a banda que ajudou a fundar, o show traz outras atrações históricas, como o Dirty Mac, supergrupo formado para esta apresentação que traz “apenas” John Lennon (guitarra e vocal), Eric Clapton (guitarra), Keith Richards (baixo) e Mitch Mitchell (bateria, do Jimi Hendrix Experience). Eles tocam uma versão endiabrada de Yer Blues, que os Beatles haviam lançado há pouco no Álbum Branco. Também estão presentes The Who, Jethro Tull, Marianne Faithfull, Yoko Ono e Taj Mahal.

Se a versão em condições técnicas revitalizadas já é uma bela pedida, o fato de termos inúmeras faixas-bônus em áudio equivale ao ponto mais cobiçado pelos colecionadores, nesta nova edição de Rock And Roll Circus. O Dirty Mac, por exemplo, toca nada menos do que Revolution, além de uma jam session. A versão anterior em CD era simples, vale lembrar. O filme foi dirigido por Michael Lindsay-Hog, o mesmo do filme Let It Be, dos Beatles, cujas gravações estavam sendo iniciadas naquela mesma época.

The Rolling Stones Rock and Roll Circus (4K FILM)

O FILME

Song For Jeffrey – Jethro Tull

A Quick One While He’s Away – The Who

Ain’t That A Lot Of Love – Taj Mahal

Something Better – Marianne Faithfull

Yer Blues – The Dirty Mac

Whole Lotta Yoko – Yoko Ono & Ivry Gitlis, and The Dirty Mac

Jumpin’ Jack Flash – The Rolling Stones

Parachute Woman – The Rolling Stones

No Expectations – The Rolling Stones

You Can’t Always Get What You Want – The Rolling Stones

Sympathy for the Devil – The Rolling Stones

Salt Of The Earth – The Rolling Stones

EXTRAS

Widescreen Feature, Aspect Ratio: 16:9 (65 min)

Entrevista Pete Townshend, Aspect Ratio: 4×3 (18 min)

The Dirty Mac:

‘Yer Blues’ Tk2 Quad Split, Aspect Ratio: 4×3 (5:43)

Taj Mahal:

-Checkin’ Up On My Baby, Aspect Ratio: 4×3 (5:37)

-Leaving Trunk, Aspect Ratio: 4×3 (6:20)

-Corinna, Aspect Ratio: 4×3 (3:49)

Julius Katchen:

-de Falla: Ritual Fire Dance, Aspect Ratio: 4×3 (6:30)

-Mozart: Sonata In C Major-1st Movement, Aspect Ratio: 4×3 (2:27)

Mick & The Tiger/ Luna & The Tiger, Ratio: 4×3 (1:35)

Bill Wyman & The Clowns, Aspect Ratio: 4×3 (2:00)

Lennon, Jagger, & Yoko backstage, Aspect Ratio: 4×3 (45sec)

COMENTÁRIOS DAS FAIXAS DO FILME:

Life Under The Big Top (Artistas) Apresentando: Mick Jagger, Ian Anderson, Taj Mahal, Yoko Ono, Bill Wyman, Keith Richards (65 min)

Framing The Show (Diretor & Diretor de Fotografia) Apresentando: Michael Lindsay Hogg, Tony Richmond (65 min)

Musings (artistas, escritor, fãs que estiveram na gravação) Apresentando: Marianne Faithfull, David Dalton, David Stark (50 min)

The Rolling Stones Rock and Roll Circus Edição de Áudio Ampliada

1. Mick Jagger’s Introduction Of Rock And Roll Circus – Mick Jagger

2. Entry Of The Gladiators – Circus Band

3. Mick Jagger’s Introduction Of Jethro Tull – Mick Jagger

4. Song For Jeffrey – Jethro Tull

5. Keith Richards’ Introduction Of The Who – Keith Richards

6. A Quick One While He’s Away – The Who

7. Over The Waves – Circus Band

8. Ain’t That A Lot Of Love – Taj Mahal

9. Charlie Watts’ Introduction Of Marianne Faithfull – Charlie Watts

10. Something Better – Marianne Faithfull

11. Mick Jagger’s and John Lennon’s Introduction Of The Dirty Mac

12. Yer Blues – The Dirty Mac

13. Whole Lotta Yoko – Yoko Ono & Ivry Gitlis with The Dirty Mac

14. John Lennon’s Introduction Of The Rolling Stones + Jumpin’ Jack Flash – The Rolling Stones

15. Parachute Woman – The Rolling Stones

16. No Expectations – The Rolling Stones

17. You Can’t Always Get What You Want – The Rolling Stones

18. Sympathy for the Devil – The Rolling Stones

19. Salt Of The Earth – The Rolling Stones

FAIXAS-BÔNUS

20. Checkin’ Up On My Baby – Taj Mahal

21. Leaving Trunk – Taj Mahal

22. Corinna – Taj Mahal

23. Revolution (rehearsal) – The Dirty Mac

24. Warmup Jam – The Dirty Mac

25. Yer Blues (take 2) – The Dirty Mac

26. Brian Jones’ Introduction of Julius Katchen – Brian Jones

27. de Falla: Ritual Fire Dance – Julius Katchen

28. Mozart: Sonata In C Major-1st Movement – Julius Katchen

Yer Blues- The Dirty Mac (John Lennon+):

Manifesto (1979), o álbum que iniciou nova fase do Roxy Music

roxy music manifesto capa-400x

Por Fabian Chacur

Em 1979, o Roxy Music completava três anos longe de cena. Seu último álbum de estúdio até então, Siren (1975), foi divulgado por uma turnê que rendeu o esplêndido álbum ao vivo Viva! (1976). Depois, o silêncio. Portanto, não faltou alegria aos inúmeros fãs da banda britânica quando Manifesto chegou às lojas em março daquele ano. Um retorno à altura de um grupo que já havia feito muita coisa boa em seu produtivo primeiro período na ativa.

Concebido pelo estudante de artes Bryan Ferry, seu cantor e principal compositor, o Roxy Music trouxe em seu DNA o espírito da experimentação pop. Ou seja, a criação de um som aberto a fusões e misturas com várias tendências do rock, como o básico, o progressivo, o psicodélico, o hard etc e também o rhythm and blues, o soul, o funk, a música eletrônica, o jazz e os standards americanos. Tudo com uma classe e um refinamento extremo, mas sem fugir exageradamente do perfil pop. O famoso conceito dos “biscoitos finos para as massas” do brasileiro Oswald de Andrade se encaixa feito luva para definir o resultado dessa simbiose roqueira.

O núcleo básico do grupo traz, além de Ferry, Andy Mackay (sax e oboé) e Phil Manzanera (guitarra), com Paul Thompson (bateria) completando o time fixo. Brian Eno (teclados e efeitos sonoros) participou dos dois primeiros álbuns, mas acabou trombando com o líder da banda, e saiu fora rumo a uma carreira solo incrível e também para se tornar um consagrado produtores musical.

Com o então jovem tecladista Eddie Jobson no posto de Eno, o Roxy Music gravou mais três álbuns de estúdio e um ao vivo entre 1973 e 1976, firmando-se no cenário rocker, especialmente o britânico e o europeu. Além de uma musicalidade própria inovadora e cativante, o Roxy trazia como marcas o visual fashion de seus integrantes e a classe de Bryan Ferry como cantor, influenciado pelos crooners de jazz e pelos intérpretes da ala mais soft do soul.

Durante os três anos que o Roxy ficou fora de cena, Bryan Ferry lançou mais três álbuns solo (ele já tinha gravado outros dois paralelamente ao trabalho com a banda). Quando ele resolveu se reunir novamente com Manzanera, Mackay e Thompson, trouxe como ponto de partida a sonoridade de duas músicas de Siren (1975), as sacudidas Love Is The Drug e Both Ends Burning. Vivíamos o auge da era da disco music, e o grupo inglês soube se valer de sua influência sem cair em oportunismo ou mero pastiche. Deu super certo.

Nessa linha pra cima, Angel Eyes e Dance Away foram as faixas que impulsionaram o álbum rumo às primeiras posições das paradas de sucesso internacionais. Também dançante, mas com uma batida mais sensual, Ain’t That Soul ajuda a manter o baile animado, assim como os pop-rocks Cry Cry Cry e My Little Girl.

Com uma introdução instrumental hipnótica de influência oriental de 2,5 minutos, Manifesto é uma faixa título absurda de boa em seus mais de 5 minutos de duração total, uma espécie de carta de intenções do que seria o álbum, uma escolha perfeita para abrir um disco tão icônico.

Trash, um rock nervoso com leve pegada punk, mostra a capacidade da banda de pegar um som que estava em voga naquele momento e transformá-lo em algo totalmente diferente. Com belos riffs de guitarra, a rock-soul Still Falls The Rain tem um clima que lembra o do álbum Siren. O clima introspectivo e levemente progressivo marca Stronger Through The Years , com direito a belos solos dos músicos. E o LP é encerrado por uma balada delicada e viajante, Spin Me Round. O início perfeito de um período mágico na carreira dessa banda.

Mais curiosidades e considerações sobre Manifesto:

*** Manifesto foi o álbum do Roxy Music a atingir o posto mais alto na parada americana, o número 23, mas não o mais bem vendido. Avalon (1982), embora só tenha chegado ao número 53, com o decorrer dos anos acabou ultrapassando a marca de um milhão de cópias vendidas por lá, recebendo o prêmio de disco de platina por isso.

*** A versão inicial de Angel Eyes tinha uma levada de power pop. Na hora de lançar o single, o grupo e a gravadora optaram por investir em uma regravação com levada disco, que ganhou rapidamente o público. Dessa forma, apenas a tiragem inicial de Manifesto traz Angel Eyes no estilo rocker, sendo substituída nas tiragens posteriores pela disco version. Isso também ocorreu com Dance Away, embora neste caso as diferenças entre as gravações sejam mais sutis.

*** Vocês devem ter notado que não citei o nome de baixistas nesta matéria até o presente instante. É que o Roxy Music teve como marca, em sua carreira, o fato de ter tido inúmeros músicos entrando e saindo, nesse posto. Em Manifesto, cuidaram dessa função Gary Tibbs e Alan Spenner. Outros baixistas que tocaram com o Roxy, durante sua carreira: Rick Willis, John Wetton (depois, famoso com o grupo Asia), Sal Maida, John Gustafson, John Porter, Rick Kenton e Graham Simpson (ufa!).

*** Manifesto foi gravado em estúdios ingleses e americanos. A parte ianque do álbum conta com a participação de músicos bem legais, entre os quais Rick Marotta (bateria), Steve Ferrone (bateria), Richard Tee (piano), Melissa Manchester (vocais) e Luther Vandross (vocais). A participação dos dois outros bateristas não foi por acaso: Paul Thompson não curtia a parte mais dançante dessa fase do Roxy, e saiu do grupo após a turnê de divulgação deste álbum.

*** Quem marca presença no álbum, tocando teclados, é o cantor, compositor e multi-instrumentista britânico Paul Carrack. Então ainda desconhecido, ele faria muito sucesso nas décadas de 1980 e 1990 integrando como vocalista os grupos Squeeze e Mike+The Mechanics. É dele a voz principal de hits incríveis desses grupos como Tempted e Over My Shoulders, só para citar dois deles.

*** As capas dos discos do Roxy sempre foram comparáveis às de revistas de moda, por serem muito sofisticadas e incluírem modelos famosas. A de Siren, por exemplo, trouxe no papel de uma sereia ninguém menos do que Jerry Hall, que depois seria durante anos a esposa de Mick Jagger. Quem ajudava na criação era um amigo de Ferry, o fashion designer Antony Price. No caso de Manifesto, temos uma festa com direito a muitos modelos, serpentina e confetes.

*** Saiu em 2008, inclusive no Brasil (pela extinta ST2) Live In America, CD gravado ao vivo durante a turnê de lançamento de Manifesto. O registro ocorreu em um show realizado no dia 12 de abril de 1979 no Rainbow Music Hall, em Denver, Colorado (EUA). São 13 faixas, sendo 6 delas do álbum que estavam divulgando. Muito, mas muito bom mesmo, com os quatro (Ferry, Manzanera, Mackay e Thompson) apoiados por Gary Tibbs (baixo) e David Skinner (teclados).

Ouça Manifesto na integra, em streaming:

Rolling Stones lançam registro de show de 1997 em vários formatos

bridges to bremen the rolling stones capa

Por Fabian Chacur

E prossegue a série de lançamentos de registros de shows dos Rolling Stones durante sua extensa e bem-sucedida carreira com quase 60 anos de estrada. Desta vez, teremos Bridges To Bremen, que a Universal Music, em parceria com a Eagle Music, promete colocar no mercado mundial de áudio e vídeo no próximo dia 21 de junho. No Brasil, o produto será disponibilizado apenas em DVD e digital (áudio e vídeo), mas no exterior teremos também Blu-ray, DVD+2 CDs, Blu-ray+2 CDs e vinil triplo.

Bridges To Bremen flagra a banda de Mick Jagger e Keith Richards em Bremen, na Alemanha, em show da turnê durante a qual o grupo britânico divulgava o seu então mais recente álbum, Bridges To Babylon (1997). Foi a primeira turnê deles a incluir o recurso de um pequeno palco no meio da plateia, no qual, durante uma pequena parte do espetáculo, os músicos apresentavam algumas músicas em clima mais intimista (obviamente para quem estivesse lá perto, pois os shows eram sempre realizados em estádios e ginásios). Por volta de 40 mil pessoas estavam naquele show, em particular.

Entre 1997 e 1998, os Stones fizeram 97 shows em quatro continentes, atraindo mais de 4.5 milhões de fãs. No repertório, seus grandes clássicos e também algumas faixas de Bridges To Babylon, como Flip The Switch, Anybody Seen My Baby? e Thief In The Night. Em cada apresentação, era feita uma consulta prévia via internet para que o público escolhesse uma faixa exclusiva a ser adicionada no show. Memory Motel venceu, no caso de Bremen. Nos bônus de DVD e Blu-ray, foram incluídas quatro performances de um show em Chicago (EUA).

O conteúdo de vídeo e áudio de Bridges To Bremen foi restaurado, remixado e remasterizado. Antes desse lançamento, a Universal Music promete para o dia 19 deste mês Honk, nova coletânea com 36 faixas lançadas originalmente entre 1971 e 2010, e uma Deluxe Edition do CD Blue & Lonesome, trazendo como bônus 10 faixas gravadas ao vivo em estádios ao redor do planeta.

CONTEÚDO De BRIDGES TO BREMEN

DVD e Blu Ray

(I Can’t Get No) Satisfaction
Let’s Spend The Night Together
Flip The Switch
Gimme Shelter
Anybody Seen My Baby?
Paint It Black
Saint Of Me
Out Of Control
Memory Motel
Miss You
Thief In The Night
Wanna Hold You
It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)
You Got Me Rocking
Like A Rolling Stone
Sympathy For The Devil
Tumbling Dice
Honky Tonk Women
Start Me Up
Jumpin’ Jack Flash
You Can’t Always Get What You Want
Brown Sugar

BRIDGES TO CHICAGO

BONUS PERFORMANCES

Rock And A Hard Place
Under My Thumb
All About You
Let It Bleed

CD DUPLO E LP DE VINIL TRIPLO

(I Can’t Get No) Satisfaction

Let’s Spend The Night Together

Flip The Switch

Gimme Shelter

Anybody Seen My Baby?

Paint It Black

Saint Of Me

Out Of Control

Memory Motel

Miss You

Thief In The Night

Wanna Hold You

It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)

You Got Me Rocking

Like A Rolling Stone

Sympathy For The Devil

Tumbling Dice

Honky Tonk Women

Start Me Up

Jumpin’ Jack Flash

You Can’t Always Get What You Want

Brown Sugar

Veja o trailer de Bridges To Bremen:

The Doors tem edição deluxe do CD Waiting For The Sun

the doors waiting for the sun-400x

Por Fabian Chacur

Lançado originalmente há 50 anos, Waiting For The Sun é o terceiro álbum dos Doors, e marca a primeira vez em que o quarteto americano atingiu o posto máximo da parada americana de álbuns. Como forma de celebrar a efeméride, a Rhino/Warner está lançando no exterior uma deluxe edition incluindo um LP de vinil de 180 gramas e dois CDs que no Brasil só poderão ser conferidos nas plataformas digitais.

O pacote nos oferece uma versão remasterizada do álbum original, inéditas versões brutas das faixas do álbum e gravações ao vivo de show realizado em Copenhague, Dinamarca, em 17 de setembro de 1968. O trabalho foi realizado e supervisionado pelo produtor e engenheiro de som Bruce Botnick, que se incumbiu dessas tarefas na versão original. Ele explica, em texto promocional, a importância das rough mixes (versões brutas), que ele encontrou em seus arquivos:

“eu prefiro algumas dessas rough mixes para as finais, pois elas representam todos os elementos e vocais de fundo adicionais, diferentes sensibilidades sobre os equilíbrios e algumas irregularidades intangíveis, que são bastante atraentes e revigorantes”.

Waiting For The Sun, o álbum, marcou o auge da popularidade do grupo de Jim Morrison e Ray Manzarek em termos comerciais, impulsionada por Hello I Love You, que atingiu o primeiro lugar na parada. Spanish Caravan, The Unknown Soldier e Five To One são outros momentos que se eternizaram nas mentes dos fãs de todo o mundo. Não figura entre os meus favoritos da banda, mas é dos mais respeitáveis.

Conheça as faixas incluídas na deluxe edition:

Disc One (CD):

1.Hello, I Love You
2.Love Street
3.Not To Touch The Earth
4.Summer’s Almost Gone
5.Wintertime Love
6.The Unknown Soldier
7.Spanish Caravan
8.My Wild Love
9.We Could Be So Good Together
10.Yes, The River Knows
11.Five To One

Disc Two (Todas as faixas são inéditas)

Rough Mixes
1.Hello, I Love You
2.Summer’s Almost Gone
3.Yes, The River Knows
4.Spanish Caravan
5.Love Street
6.Wintertime Love
7.Not To Touch The Earth
8.Five To One
9.My Wild Love

Live In Copenhagen
10.The WASP (Texas Radio And The Big Beat)
11.Hello, I Love You
12.Back Door Man
13.Five To One
14.The Unknown Soldier

180g LP (Remastered Original Stereo Mix)

Lado 1
1.Hello, I Love You
2.Love Street
3.Not To Touch The Earth
4.Summer’s Almost Gone
5.Wintertime Love
6.The Unknown Soldier

Lado 2
1.Spanish Caravan
2.My Wild Love
3.We Could Be So Good Together
4. Yes, The River Knows
5.Five To One

Hello I Love You– The Doors:

Phil Collins reúne parcerias e colaborações em uma box set

phil collins plays well with others-400x

Por Fabian Chacur

Se há uma marca registrada de Phil Collins, é a capacidade que ele tem de sempre se disponibilizar para participar de projetos musicais de seus amigos, artistas nos quais ele acredite e com os quais curta passar horas em estúdio e/ou nos palcos da vida. São incontáveis as parcerias feitas por ele nesses anos todos. Uma bela amostragem desse material está sendo lançado pela Warner na box set com quatro CDs Plays Well With Others, que no Brasil estará disponível apenas no formato digital.

Além de um dos artistas mais populares e talentosos da história do rock, Phil Collins também ganhou o público e os colegas por sua simpatia. Eis o texto, incluído no encarte desta compilação, com o qual ele explica tudo:

“Alguns diriam que eu vivi uma vida encantada. Eu fiz o que eu mais queria e ganhei bem por fazer algo que faria de graça: tocar bateria. Durante este tempo, eu toquei com a maioria dos meus ídolos, muitos tornaram-se amigos íntimos. Nestes 4 CDs, você encontrará apenas alguns desses momentos. Agradeço aos artistas por me deixarem colocar estes projetos juntos, não foi uma tarefa fácil! Com amor, PC”

A caixa retrospectiva reúne 59 faixas gravadas entre 1969 e 2011, nas quais Collins aparece como baterista, produtor, cantor, compositor etc. Ele mostra seu incrível ecletismo ao atuar ao lado de artistas e grupos bem diferentes entre si, como Flaming Youth, Brand X, Brian Eno, Tommy Bolin, John Cale, Robert Plant, Philip Bailey, Chaka Khan, Tears For Fears, Laura Pausini e George Martin, entre (muitos) outros.

Os CDs são organizados por períodos de tempo. O primeiro traz faixas um pouco mais experimentais, enquanto o segundo e o terceiro conta com momentos um pouco mais pops, embora bastante diversificados entre si. O quarto disco é reservado a performances ao vivo.

Segundo o texto que divulga o lançamento, a bela ilustração utilizada na capa do projeto surgiu da ideia do baterista Chester Thompson, grande amigo de Collins e presente nas turnês do Genesis durante décadas. Thompson quis homenagear o amigo, e mandou fazer para ele uma camiseta com aquela charge descoladíssima e a frase Plays Well With Others (toca bem com outros músicos, em uma tradução livre). Alguém tem alguma dúvida em relação a isso?

Eis a relação das faixas da box set:

DISCO UM: 1969 – 1982

1.‘Guide Me Orion’ – Flaming Youth
2.‘Knights (Reprise)’ – Peter Banks
3.‘Don’t You Feel It’ – Eugene Wallace
4.‘I Can’t Remember, But Yes’ – Argent
5.‘Over Fire Island’ – Brian Eno
6.‘Savannah Woman’ – Tommy Bolin
7.‘Pablo Picasso’ – John Cale
8.‘Nuclear Burn’ – Brand X
9.‘No-One Receiving’ – Brian Eno
10.‘Home’ – Rod Argent
11.‘M386’ – Brian Eno
12.‘And So To F’ – Brand X
13.‘North Star’ – Robert Fripp
14.‘Sweet Little Mystery’ – John Martyn
15.‘Intruder’ – Peter Gabriel
16.‘I Know There’s Something Going On’ – Frida
17.‘Pledge Pin’ – Robert Plant
18.‘Lead Me To The Water’ – Gary Brooker

DISCO DOIS: 1982 – 1991

19.‘In The Mood’ – Robert Plant
20.‘Island Dreamer’ – Al Di Meola
21.‘Puss ‘n’ Boots’ – Adam Ant
22.‘Walking On The Chinese Wall’ – Philip Bailey
23.‘Do They Know It’s Christmas (Feed The World)’ – Band Aid
24.‘Just Like A Prisoner’ – Eric Clapton
25.‘Because Of You’ – Philip Bailey
26.‘Watching The World’ – Chaka Khan
27.‘No One Is To Blame’ (Phil Collins version) – Howard Jones
28.‘If Leaving Me Is Easy’ – The Isley Brothers
29.‘Angry’ – Paul McCartney
30.‘Loco In Acapulco’ – Four Tops
31.‘Walking On Air’ – Stephen Bishop
32.‘Hall Light’ – Stephen Bishop
33.‘Woman In Chains’ – Tears For Fears
34.‘Burn Down The Mission’ – Phil Collins

DISCO TRÊS: 1991 – 2011

35.‘No Son Of Mine’ – Genesis
36.‘Could’ve Been Me’ – John Martyn
37.‘Hero’ – David Crosby
38.‘Ways To Cry’ – John Martyn
39.‘I’ve Been Trying’ – Phil Collins
40.‘Do Nothing ‘Till You Hear From Me’ – Quincy Jones
41.‘Why Can’t It Wait Til Morning’ – Fourplay
42.‘Suzanne’ – John Martyn
43.‘Looking For An Angel’ – Laura Pausini
44.‘Golden Slumbers / Carry That Weight / The End’ – George Martin
45.‘In The Air Tonite’ – Lil’ Kim featuring Phil Collins
46.‘Welcome’ – Phil Collins
47.‘Can’t Turn Back The Years’ – John Martyn

DISCO QUATRO: LIVE 1981 – 2002

48.‘In The Air Tonight’ (Live At The Secret Policeman’s Other Ball) – Phil Collins
49.‘While My Guitar Gently Weeps’ – George Harrison
50.‘You Win Again’ – The Bee Gees
51.‘There’ll Be Some Changes Made’ – Phil Collins and Tony Bennett
52.‘Stormy Weather’ – Phil Collins and Quincy Jones
53.‘Chips And Salsa’ – The Phil Collins Big Band
54.‘Birdland’ – Phil Collins with The Buddy Rich Big Band
55.‘Pick Up The Pieces’ (Live At The Montreux Jazz Festival 1998) – The Phil Collins Big Band
56.‘Layla’ (Live At Party At The Palace, 3 June 2002) – Eric Clapton
57.‘Why’ (Live at Party At The Palace, 3 June 2002) – Annie Lennox
58.‘Everything I Do (I Do It For You)’ (Live at Party At The Palace, 3 June 2002) – Bryan Adams
59.‘With A Little Help From My Friends’ (Live at Party At The Palace, 3 June 2002) – Joe Cocker

Burn Down The Mission– Phil Collins:

Older posts Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑