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Tag: julho 2016 (page 1 of 2)

Nuno Mindelis faz show grátis em evento na Granja Vianna

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Por Fabian Chacur

Uma bela pedida neste fim de semana para quem é de São Paulo é ver o show gratuito que o cantor, compositor e guitarrista Nuno Mindelis fará neste domingo (31) às 15h no palco Praça das Árvores do The Square Open Mall (situado no quilômetro 22 da Raposo Tavares- fone 0xx11-2898-9595). A apresentação faz parte da programação do 5º Festival de Inverno Granja Vianna, em local arborizado e com direito a parquinho para crianças.

O músico angolano radicado no Brasil há 40 anos iniciou sua carreira discográfica em 1990 com o lançamento do LP Blues & Derivados. A partir daquele momento, rapidamente se consolidou como um dos grandes nomes do blues no Brasil, com direito a shows concorridos e a parcerias históricas, como a que o uniu ao duo Double Trouble (que acompanhou o lendário Stevie Ray Vaughan) nos ótimos CDs Texas Bound (1996) e Blues On The Outside (1999).

Em seu mais recente álbum, Angels & Clowns, Mindelis faz parceria com outro nome importante do blues americano, o cantor e guitarrista Duke Robillard, com quem inclusive fez shows em várias ocasiões. Além de tocar guitarra com maestria, o bluesman também canta com desenvoltura e compõe bem, além de selecionar com categoria as músicas alheias que relê. Em 2005, lançou o CD Outros Nunos, no qual explorou sonoridades diferentes das que habitualmente se vale.

Iniciado no dia 24 de junho e programado para se estender até o dia 21 de agosto, sempre de sexta a domingo, o 5º Festival de Inverno Granja Vianna oferece ao público shows grátis de blues, rock, pop, soul e jazz.

Nesta sexta (29), por exemplo, teremos por lá os ótimos cantores Ivan Marcio (blues) e Sel Lins (jazz, blues e soul). No sábado (30), será a vez da banda tributo Kiss Destroyer. Saiba mais sobre as próximas atrações do evento aqui. Para quem quiser ir de ônibus, há linhas que saem do terminal Butantã do metrô que passam em frente ao local.

Funky Mama – Nuno Mindelis(ao vivo):

Ouça o CD Texas Bound em streaming:

Ouça o CD Blues On The Outside em streaming:

Zé Guilherme homenageia um lendário Orlando Silva em CD

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Por Fabian Chacur

O cantor Orlando Silva (1915-1978) foi provavelmente o primeiro grande ídolo popular da nossa música. Não por acaso, recebeu o apelido de O Cantor das Multidões, graças ao sucesso que suas interpretações intensas ganharam por parte do público. O cearense radicado em São Paulo Zé Guilherme resolveu homenageá-lo com um CD cujo repertório será apresentado nesta sexta-feira (29) em São Paulo no Bistrô Esmeralda (rua Esmeralda, nº 29- Aclimação- fone 0xx11-95850-0040), com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Com distribuição da Tratore, o CD Abre a Janela- Zé Guilherme Canta Orlando Silva traz canções importantes do repertório do saudoso intérprete relidas de forma personalizada e com arranjos caprichados. “Resgatar e reler a obra desse artista que foi, desde a minha infância, o combustível para meu desejo de ser cantor, faz desse um momento ímpar na minha carreira. Minha principal diversão era ouvir no rádio a voz majestosa e brejeira do cantor, considerado a maior voz masculina do Brasil”, afirma o artista ao justificar seu belo projeto.

Em seu show, Zé Guilherme interpretará clássicos do porte de A Jardineira, Dama do Cabaré, Aos Pés da Cruz, Lábios Que Beijei, Preconceito, O Homem Sem Mulher Não Vale Nada e Alegria, entre outros. A seu lado, estarão os músicos Cezinha Oliveira (violão e direção musical), Adriano Busko (percussão) e Pratinha Saraiva (flauta).

Alegria– Zé Guilherme:

Preconceito– Zé Guilherme:

Pela Primeira Vez– Zé Guilherme:

Pure McCartney: bela viagem pela obra de um gênio musical

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Por Fabian Chacur

Coletâneas costumam ser encaradas de forma não muito positiva por críticos e fãs mais radicais de música. O argumento é sempre o mesmo: seria uma forma de apresentar uma obra de forma fatiada, com escolhas nem sempre justificáveis e frequentemente mostrando um retrato nada fiel do artista enfocado. Questão de opinião. Para mim, coletâneas são, quando bem feitas e bem planejadas, belas obras de entrada para obras musicais. Eis a função que Pure McCartney, álbum duplo que acaba de sair no Brasil, pode cumprir em relação ao trabalho de Paul McCartney.

Pure McCartney pode ser encontrado no exterior em três formatos: o mesmo CD duplo com 39 faixas, uma caixa com 4 CDs (contendo 67 faixas) e vinil quádruplo com 41 faixas. Todas essas alternativas seguem o mesmo conceito, conforme explica texto escrito pelo próprio Macca no encarte que acompanha os lançamentos: “uma coleção de minhas gravações tendo em mente nada além de ser algo divertido para se ouvir, ou talvez para ser ouvida em uma longa viagem de carro, ou em um evento em casa ou ainda uma festa com amigos”. Simples assim.

Dessa forma, fica fácil entender o porque vários sucessos marcantes ficaram de fora, preteridos em alguns casos por músicas não tão conhecidas. O repertório cobre toda a carreira solo do ex-beatle, indo desde 1970 até 2014. Para aquele fã que tem tudo do artista, só cinco itens mais interessantes: os remixes de Ebony And Ivory, Say Say Say, Here Today e Wanderlust, e a belíssima Hope For The Future, lançada em 2014 para a trilha do vídeo game Destiny e disponível anteriormente apenas no exterior em um single de 12 polegadas de vinil.

O repertório não foi ordenado de forma cronológica, o que nos proporciona saborosas idas e vidas por fases bem distintas do trabalho do artista. A curiosidade fica por conta de a primeira e a última faixa em todos os formatos serem as mesmas e oriundas do primeiro álbum solo do astro britânico, McCartney (1970), respectivamente Maybe I’m Amazed e Junk. Isso não deve ser obra do acaso…

As músicas contidas nesta compilação reforçam um sonho que muitos fãs do autor de Yesterday gostariam de realizar: ter a chance de ver um de seus shows só com material da carreira-solo, sem canções dos Beatles. Nada contra o repertório maravilhoso dos Fab Four, mas é que McCartney tem tantas músicas boas de 1970 para cá que seria bem bacana poder ouvir ao vivo uma Heart Of The Country, por exemplo, ao invés da milésima interpretação de Hey Jude.

Ouvir Pure McCartney é uma bela oportunidade de se curtir a incrível versatilidade de um grande talento. Power ballad em Maybe I’m Amazed, disco music em Coming Up, soul-jazz em Arrow Through Me, folk puro em Junk, pop delicioso em Listen To What The Man Said, rock na veia em Jet, rock eletrônico em Save Us, lirismo puro em Here Today

A variedade de estilos é incrível, sempre com grande qualidade técnica e artística. E acredite: com o material que sobrou, mesmo se levarmos em conta a caixa com quatro CDs, ainda restou material bom o suficiente para justificar pelo menos umas quatro compilações do mesmo gênero, sem repetir faixas e com a mesma força.

O único problema para o neófito que se meter a ouvir Pure McCartney é acabar se viciando no som do cara, e por tabela sair atrás de toda a sua obra. É disco pra burro!!! Mas pode ter certeza de que vale a pena colecionar. Tipo do vício sem contraindicações. E reforço o ponto: ótimo para desancar quem acha que o trabalho solo de Paul McCartney não está a altura do que ele fez nos Beatles. Não? Pense outra vez!

Arrow Through Me– Wings:

Dear Boy– Paul McCartney:

Hope For The Future– Paul McCartney:

Evento Pocket! no Rio vai ter um show da cantora Gottsha

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Por Fabian Chacur

Surge uma nova opção para quem quer curtir uma happy hour em um horário um pouco mais tardio (a partir das 20h), com direito a trilha sonora de lounge music ao fundo na altura ideal para se conversar, cardápio descolado de comidas e drinks especiais e, para coroar a noite, um pocket show. É o Pockett!, que estreia no Rio de Janeiro nesta terça-feira (26) no Galeria Café (rua Teixeira de Melo, nº 31- Ipanema-RJ- fone 0xx21-2523-8250), com entrada a R$ 60,00. O evento será realizado de forma quinzenal, e terá na estreia para o público show com Gottsha.

O criador de Pockett! é o advogado e roteirista Homero Mendes, que se uniu ao ator mineiro Davi de Carvalho, conhecido por atuação em atrações globais, e o roteirista carioca Fausto Galvão, que também começa a despontar na área (os três estão na foto que ilustra este post), para viabilizar o projeto. O DJ escalado é o experiente Andrei Yurievitch. De quebra, também teremos a exibição em vídeo da obra de um artista plástico, a pocket obra, que nesta edição será Efrain Almeida.

A cantora Gottsha se tornou conhecida do grande público a partir de 1994, com o estouro da música No One To Answer. Desde então, firmou-se como diva das pistas de dança, e não demorou a ampliar seus horizontes, atuando como atriz em atrações globais como Celebridade e Senhora do Destino, musicais teatrais como Beatles Num Céu Com Diamantes e Xanadu e dublando diversos desenhos animados. Sua presença no palco é marcante e pra cima.

No One To Answer– Gottsha:

Break Out– Gottsha:

Pitty lança registro de turnê e inova com formato de vídeo

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Por Fabian Chacur

Pitty inova com seu novo lançamento. O vídeo Turnê Sete Vidas Ao Vivo já está disponível desde o último dia 13 no formato digital. O arquivo está sendo oferecido no formato Full HD, em resolução superior à da versão física, que chegará às lojas no próximo dia 25 (segunda-feira). A plataforma criada pela gravadora Deck e pela Loja Comunicação possibilita que o vídeo adquirido pela via virtual possa ser visto em computadores, smartphones e tablets.

Quem quiser adquirir o vídeo digital pode fazê-lo aqui. O show custa R$ 19,90, sendo que quem desejar adquirir também o making of pagará R$24,90 pela dobradinha. O DVD físico, cuja pré-venda já está sendo feita no mesmo link mostrado acima, tem o preço sugerido de R$34,90.

Em termos de conteúdo, são duas partes distintas. A primeira traz um show na íntegra, gravado na Áudio Club em São Paulo e com 86 minutos de duração. O repertório inclui músicas do mais recente trabalho de estúdio da roqueira baiana, Sete Vidas, entre as quais Serpente, a faixa título e Um Leão, e hits de seus mais de dez anos de carreira, como Máscara, Me Adora e Equalize, em performances vibrantes.

A segunda parte é Dê Um Rolê, documentário dirigido por Otávio Souza com 54 minutos de duração que traz registros da turnê de Sete Vidas Brasil afora. Contém cenas dos shows, bastidores, entrevistas com os músicos e público, flagrantes bacanas etc. O destaque fica por conta da música Dê Um Rolê, releitura do clássico dos Novos Baianos e faixa de trabalho do novo lançamento. Curiosidade: só foi tocada uma vez na tour, justamente no show do Áudio Club.

Dê um Rolê (ao vivo)- Pitty:

Veja o trailer do DVD:

Bruna Viola lança seu 1º DVD e se firma na música sertaneja

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Por Fabian Chacur

Em 2009, Bruna Viola apareceu em cena da novela global Paraíso. Desde então, a carreira dessa cantora e violeira de Cuiabá (MT) só tem progredido. Após o sucesso de seu primeiro álbum pela Universal Music, Sem Fronteiras (2015) (leia mais sobre ele aqui ), a garota de 23 anos nos apresenta o seu primeiro DVD, Melodias do Sertão, também lançado em CD (com diferente sequência de faixas, sendo cinco a menos do que no DVD, que tem 20, contra 14 do CD). Simpática e articulada, ela falou com Mondo Pop sobre a fase atual da carreira, seus show nos EUA em maio etc.

MONDO POP- Como você avalia essa sua primeira turnê pelos EUA, com shows por cidades como Orlando, Everett e Newark? E como foi a reação do público em relação à sua música?
Bruna Viola
– Foi uma experiência única, maravilhosa, do público ao contratante. Tanto que querem me levar de novo para lá no ano que vem. Confesso que tive medo, mas vi que o público de lá sente falta dos “modão”, tinham sede para ouvir esse tipo de música. Foram seis shows, um mais emocionante do que o outro, teve muito choro de saudade. E fui muito bem recebida, eles são bem rígidos com horários por lá, mas gostei muito, teve muita emoção.

MONDO POP- Você gravou o DVD no Villa Country, em São Paulo. Fale um pouco sobre o porque da escolha desse espaço para o registro, e também de como foi essa experiência.
Bruna Viola
– A recepção do público no Villa Country foi acima do esperado. Estava todo mundo “traiado”, de chapéu. É uma mega casa sertanejona, o lugar ideal para gravar um DVD, e São Paulo é central para tudo. Vieram fãs do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais… E todos tiveram toda a paciência do mundo durante as gravações.

MONDO POP- Qual era a sua ideia em termos musicais, quando planejou a gravação deste DVD?
Bruna Viola
– Minha ideia é que o DVD tivesse a mesma pegada do CD Sem Fronteiras, com músicas de raiz e também o meu lado romântico aparecendo. Gosto de outros estilos musicais, mas o sertanejo de raiz está sempre em primeiro lugar para mim.

MONDO POP- Como surgiu a ideia de regravar Tô Fazendo Falta, que fez muito sucesso com a cantora Joanna nos anos 1990?
Bruna Viola
– Eu queria regravar uma música marcante que não fosse sertaneja, e o Cesar Menotti me sugeriu Tô Fazendo Falta. Essa música marcou uma época, e procurei dar a minha cara a ela.

MONDO POP- E já que você falou no Cesar Menotti, ele e seu parceiro Fabiano participaram do DVD, eles que já haviam marcado presença no Sem Fronteiras. Como surgiu essa parceria entre vocês?
Bruna Viola
– Conheço o Cesar Menotti desde que eu tinha 13 anos de idade e fui ver um show dele. A amizade nasceu ali mesmo. Ele fez Se Você Voltar para o CD Sem Fronteiras. No DVD, a gente canta ao vivo essa música e também Rio de Lágrimas (Rio de Piracicaba) (n.da r.: esta última incluída só no DVD).

MONDO POP- No seu site oficial, você cita como suas cantoras favoritas Shakira, Paula Toller e Sandy, todas fora do universo sertanejo. Você sente influências delas no seu trabalho?
Bruna Viola
– Essas três cantoras me influenciaram e me influenciam muito, pois minha viola caipira é toda modernizada. Sou bem eclética, quero criar uma digital diferente, só minha. E elas são influência para mim também como pessoas, por suas posturas de vida.

MONDO POP- Dois de seus ídolos na música de raiz foram homenageados no DVD, não é mesmo?
Bruna Viola
– Sim. Gravei um pot-pourry com as músicas Pagode em Brasília, Moradia e Chora Viola, do Tião Carreiro, que é meu ídolo. A música Moradia é a minha favorita de todas, eu a cantei na novela Paraíso e já a havia regravado duas vezes. E também homenageei a Inezita Barroso ao regravar a música Moda da Pinga (Marvada Pinga).

MONDO POP- Como você encara o atual cenário da música sertaneja em relação às mulheres?
Bruna Viola
– O momento está muito bom para a mulherada no sertanejo, cada uma com o seu estilo. Quem começou isso lá atrás foi a Inezita Barroso, pois antes dela só tinham homens. A presença feminina foi crescendo aos poucos, com as Galvão e tantas outras. Pode ter tido um pouco de preconceito antes, mas hoje a mulherada está dominando.

Você Não Sabe (Quero Ver) (ao vivo)- Bruna Viola:

Flor Matogrossense (ao vivo)- Bruna Viola:

Se Você Voltar (clipe)- Bruna Viola c/Cesar Menotti & Fabiano:

Festa com bandas americanas embala o centro de São Paulo

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Por Fabian Chacur

Os fãs do atual indie rock americano tem um belo programa para este domingo (17) a partir das 15h em São Paulo. Na Praça Dom José Gaspar e nos bares Mandibula e Paribar, situados no centro histórico da capital paulistana, teremos festas descoladas e as apresentações ao vivo das bandas indies americanas Surfer Blood(foto), Wild Nothing e Ryley Walker. A programação é gratuita e aberta ao público, e é patrocinada pela Beam Suntory, fabricante do bourbon Jim Beam, no mercado há 220 anos.

O Jim Beam Festival terá no seu palco principal duas bandas quentes do cenário indie ianque atual. A Surfer Blood surgiu em 2009, e atualmente conta com John Paul Pitts (vocal e guitarra), Mike McCleary (guitarra e vocais), Lindsey Mills (baixo e vocais) e Tyler Schwarz (bateria). Eles tem três CDs no currículo, sendo o mais recente 1000 Palms (2015), e fazem um rock com influências de surf music, rock e anos 1960.

Por sua vez, a Wild Nothing é liderada por Jack Tatum nos vocais e guitarra, tendo a seu lado Nathan Goodman (guitarra), Jeff Haley (baixo), Matt Kallman (teclados) e Jeremiah Johnson (bateria). Sua sonoridade detona influências do indie rock dos anos 1980, com hits bacanas como Paradise e uma postura pop sem cair no banal. Life Of Pause (2016) é seu CD mais recente.

No palco do espaço Mandíbula da festa, o cantor, compositor e músico Ryley Walker dará as cartas. Nascido em Illinois em 21 de julho de 1989, ele é outro com três álbuns no currículo, com direito ao elogiado Land Of Plenty (2015).Seu estilo guarda aproximação com o bittersweet rock dos anos 1970, e traz músicas bacanas como Primrose Green.

Além dos shows, o evento contará com versões compactas de festas badaladas da cidade. Nem é preciso dizer que teremos também vários drinks que utilizam o Jim Beam como base. A ideia é aproveitar o espaço central da cidade de uma forma descolada e divertida, com direito a uma trilha sonora repleta de boas músicas.

I Can’t Explain- Surfer Blood:

Primrose Green- Ryley Walker:

Paradise- Wild Nothing:

Far From Alaska é atração de show do Dia do Rock no Rio

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Por Fabian Chacur

13 de julho foi nomeado o Dia do Rock por causa da realização naquela data, em 1985, do Live Aid, um dos maiores shows beneficentes da história. Como forma de celebrar essa efeméride, será realizado nesta quarta (13) às 19h no Rio um show com as bandas Far From Alaska, Stereophant e Hover. O local é o Imperator- Centro Cultural João Nogueira (rua Dias da Cruz, nº 170- Meier- RJ- fone 0xx21-2597-3897), com ingressos a R$ 30,00 (meia) e R$ 60,00 (inteira).

Formada em 2012 por Emmily Barreto (vocal), Rafael Brasil (guitarra), Cris Botanelli (teclados), Edu Figueira (baixo) e Lauro Kirsch (bateria) na cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, a Far From Alaska rapidamente se tornou conhecida nacionalmente, graças a um rock multifacetado, pesado e difícil de ser rotulado. Eles participaram dos festivais Planeta Terra (2012) e Lollapalooza (2015), e ganharam em 2016 o prêmio de artista revelação no Midem, principal feira da indústria musical, realizada em Cannes, na França.

Seu álbum de estreia, ModeHuman, saiu em 2014 pela gravadora DeckDisc, e lhes rendeu muitos elogios e repercussão das melhores entre o público roqueiro. Faixas como Dino Vs Dino, Thievery e About Knifes são boas provas de seu som potente e personalizado. Destaca-se o carisma da vocalista Emmily Barreto.

Natural da cidade de Mendes (RJ) e atualmente radicado na Cidade Maravilhosa, o grupo Stereophant teve sua música O Tempo entre as mais tocadas na rádio Cidade. Toda Glória da Derrota é outra faixa bem conhecida. Por sua vez, a banda Hover é de Petrópolis (RJ), e lançou seu álbum de estreia, Never Trust The Weather, lançado em maio.

O evento também terá a exibição do documentário em curta-metragem Dois Leões e Outros Bichos, de Luciano Cian, que mostra a trajetória dos irmãos bateristas Lucas e Zózimo Leão, que tocam nas ruas. Completam as atrações a DJ Priscila Dau e o VJ Miguel Bandeira, sendo que também teremos uma feira rock com produtos relacionados ao gênero musical sendo vendidos a preços convidativos.

Dino Vs Dino– Far From Alaska:

Thievery– Far From Alaska:

Toda Glória da Derrota– Stereophant:

Never Trust The Weather (CD em streaming)- Hover:

Monique Kessous mostra seu novo álbum com show em SP

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Por Fabian Chacur

Foram seis longos anos de espera para um novo álbum de Monique Kessous. Mas valeu a pena. Dentro de Mim Cabe o Mundo mostra as novidades quentes da cantora, compositora e musicista carioca, que já teve cinco músicas incluídas em trilhas de novelas globais. Ela mostra o novo filhotinho fonográfico e também músicas da carreira em show em São Paulo nesta terça-feira (12) no Teatro Porto Seguro (alameda Barão de Piracicaba, nº 740- Campos Elíseos-SP- fone 0xx11-3226-7310), com ingressos custando de R$ 30,00 a R$ 80,00.

Dentro de Mim Cabe o Mundo é o terceiro CD da carreira de Monique. Anteriormente, ela nos proporcionou os elogiados Com Essa Cor (2008) e Monique Kessous (2010). Cinco de suas canções entraram nas trilhas de atrações globais. Foram elas Com Essa Cor (Ciranda de Pedra, 2009), Pitangueira (2010, Paraíso), Coração (Cordel Encantado, 2011), Calma Aí (Sangue Bom, 2013) e Volte Pra Mim (2014, Geração Brasil).

Em seu novo álbum, a jovem cantora esbanja delicadeza, sensibilidade e uma diversidade sonora dentro desta suavidade. Além de canções de sua autoria, várias em parceria com o irmão Denny, como Aonde Eu For e A Lei é Deixar Fluir, temos também obras de Paulinho Moska (Por Causa do Seu Pensamento), do uruguaios Kevin Johansen (O Círculo, com versão de Moska) e a parceria da cantora com Chico Cesar, Meu Papo é Reto, que no CD tem participação especial de Ney Matogrosso.

No show, Monique cantará e tocará violão, synths, guitarra e programação, e terá a seu lado uma banda composta por Denny Kessous (guitarra, teclados e vocais), João Arruda (guitarra e vocais), Bicudo (bateria e vocais) e Vini Lobo (baixo, synths e voais). Além das canções do novo CD, o repertório também trará sucessos dos anteriores.

Meu Papo é Reto (clipe)- Monique Kessous e Ney Matogrosso:

Ouça o CD Dentro de Mim Cabe o Mundo em streaming:

Frio– Monique Kessous:

Nem gripe consegue impedir o lindo show de Luiz Melodia

VIRADA CULTURAL 2014

Por Fabian Chacur

Artista é um ser humano igual a mim e a você. Fica alegre, triste, tem problemas de saúde, precisa encarar perdas… Só que a profissão exige deles um algo mais, devido ao frequente contato com o público, sempre esperando o melhor deles. Como bem demonstrou Luiz Melodia na fria noite deste sábado (9) no Teatro Municipal Elza Muneratto, na cidade de Jaú (SP). Com gripe e tudo, fez uma belíssima apresentação, como parte do 25º Festival de Inverno de Jahu. Quem viu, não se esquecerá.

Acompanhado pelo fiel escudeiro Renato Piau, que toca com ele há mais de 30 anos e é seu parceiro em diversas composições, Melodia entrou em cena às 20h42. O show, acústico, tinha Piau ao violão (de cordas de aço e eventualmente de nylon) e o vozeirão desse grande cantor, compositor e músico carioca de 65 anos. Logo no início, comentou sobre o fato de estar na cidade de seu grande amigo, o ex-jogador de futebol Afonsinho, ex-Botafogo e outros grandes clubes nos anos 1970.

Mostrando clássicos de seu repertório e também relendo pérolas de outros grandes autores da MPB, o astro esbanjou maturidade, jogo de cintura e presença cênica. Logo abriu aos expectadores seus problemas de saúde, que o deixaram de molho por uns dias. Como forma de se resguardar um pouco, saiu de cena por alguns minutos por volta dos 40 minutos de show, hora em que Renato Piau cantou, voz e violão, suas ótimas canções Blues do Piauí e Catira, Catira.

Com muito bom humor, Melodia conseguiu arrancar reações entusiásticas por parte das 600 pessoas que lotaram o espaço municipal da cidade situada no interior do estado de São Paulo. Ele guardou para a parte final do show uma trinca matadora de hits, integrada por Estácio Holly Estácio, Pérola Negra e Juventude Transviada. O final, às 21h57, arrancou aplausos entusiásticos por parte de todos. E ficou a dúvida no ar: será que rolaria um bis?

Afinal de contas, Luiz não estava a plenos pulmões. Mas o profissionalismo e o respeito ao público prevaleceu. E o duo Melô-Piau nos ofereceu versões intensas de Cara a Cara (parceria deles) e Negro Gato, versão de Getúlio Cortes e celebrizada nos tempos da Jovem Guarda que o artista oriundo do bairro do Estácio, no Rio, incorporou com categoria ao seu repertório. O final, às 22h08, foi impecável. Luiz Melodia é um ser humano como eu e você, só que tem um talento artístico que é dom de Deus, mesmo. E muito amor à profissão.

Estácio Holly Estácio– Luiz Melodia:

Negro Gato (ao vivo)- Luiz Melodia:

Juventude Transviada– Luiz Melodia:

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