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The Rolling Stones anunciam Angry e Hackney Diamonds

the rollings tones hackney 400x

Por Fabian Chacur

Esta véspera de feriado no Brasil veio com uma ótima surpresa para os fãs de classic rock. Já está disponível nas plataformas digitais Angry, o 1º single a ser divulgado do aguardadíssimo álbum Hackney Diamonds, que marca o retorno dos Rolling Stones ao universo dos trabalhos só de composições inéditas após 18 anos de A Bigger Bang (de 2005).

Hackney Diamonds está programado para sair em diversos formatos no dia 20 de outubro via Universal Music. Serão 12 novas composições, gravadas em diversos estúdios localizados nos EUA, Londres e Nassau (nas Bahamas). O trabalho terá provavelmente a participação especial de ninguém menos do que Paul McCartney e Ringo Starr, o que será confirmado em breve.

O álbum também marca a primeira colaboração da agora sessentona banda com o produtor e músico Andrew Watt, conhecido por seus trabalhos ao lado de Pearl Jam, Iggy Pop e Elton John, e ganhador de um Grammy como melhor produtor do ano em 2021

Angry, o single, é o que se poderia esperar de uma música para abrir a divulgação de um álbum dessa banda icônica. Trata-se de um rock básico, com riffs certeiros e andamento compassado na melhor tradição de Mick Jagger e Keith Richards. Na segunda audição você já está cantando o refrão junto com eles. Tipo da canção feita para ninguém ficar bravo…

O clipe é muito divertido. Dirigido por François Rousselet, tem como estrela a bela atriz norte-americana Sydney Sweeney, conhecida por seus trabalhos em séries como The White Lotus, Euphoria e The Handmaid’s Tale. Ela incorpora uma roqueira vestida a caráter e passeando pelas ruas em um carrão conversível olhando versões animadas de antigos outdoors com imagens dos Stones dos anos 1960 pra cá.

Angry (clipe)- The Rolling Stones:

Mick Jagger: 80 anos dos lábios mais famosos do rock and roll

rolling stones logo-400x

Por Fabian Chacur

Em 1970, o designer britânico John Pasche criou um símbolo que se tornou um dos ícones mais famosos e facilmente identificáveis de todos os tempos. Esse logo surgiu para representar uma então já mundialmente famosa banda de rock, baseando-se em uma das marcas registradas de seu integrante mais destacado. E esse cidadão, um certo Mick Jagger, completou 80 anos de idade nesta quarta-feira (26) com símbolo da eterna juventude.

O cantor, músico e compositor que criou os Rolling Stones junto com o também icônico Keith Richards em 1962 equivale a uma verdadeira façanha ambulante. Afinal de contas, não são muitos os profissionais que podem se gabar de se manter relevantes e cultuado por milhões de pessoas durante seis longas décadas, onde milhares de artistas e grupos surgiram e sumiram de cena como que por passe de mágica.

Jagger se tornou o template do vocalista de banda de rock, com sua presença de palco energética, carismática e repleta de cumplicidade com as plateias. Tive a honra de ver os três shows dos Stones em janeiro de 1995 no Hollywood Rock em São Paulo, no estádio do Pacaembu, e fiquei impressionado com a capacidade do cidadão em verdadeiramente reger as plateias. Poder que ele mantém até os dias de hoje.

Grande cantor e performer, ele também possui no currículo a coautoria de alguns dos maiores clássicos do rock and roll, maravilhas do porte de (I Can’t Get No) Satisfaction, Jumpin’ Jack Flash, Start Me Up, Brown Sugar, Miss You, The Last Time e Street Fighting Man, entre dezenas de outros.

Como todos sabem (ou deveriam saber), só talento artístico não possibilita uma permanência tão grande, e Mick Jagger soube usar seu tino para os negócios como forma de se manter firme na cena cultural, além de multiplicar sua fortuna. E sua sacada de gênio ocorreu quando ele e Richards resolveram criar a Rolling Stones Records (RS Records) em 1970.

De forma inteligente, a RS Records criou como padrão assinar contratos de parceria com grandes gravadoras que se incumbiriam da prensagem, divulgação e distribuição dos discos que lançariam. Mas o pulo do gato era sempre realizar compromissos com prazo pré-determinado, sendo que, quando encerrados, Jagger e Richards levavam consigo todo o acervo que tivessem criado em cada período.

Dessa forma, e também graças ao sucesso dos álbuns e singles que lançaram, os Stones enriqueceram ainda mais a cada novo contrato de distribuição, tendo passado por Atlantic, EMI, Sony/CBS, Virgin e Universal Music. Sempre com direito a relançamentos e reaproveitamento de material antigo de modo inteligente e lucrativo. Mick virou o real Tio Patinhas do rock.

Jagger também soube manter a sua forma física, o que lhe permite até hoje esbanjar energia nos palcos, com poucos e raros momentos de problemas de saúde. Até as marcas do tempo aparentes em seu corpo se mostram verdadeiras provas de um vencedor que soube enfrentar os inúmeros desafios apresentados aos artistas para se manterem na crista das ondas.

O cantor dos Rolling Stones também desenvolve uma carreira solo que, se não teve tanto sucesso como a de sua banda, ainda assim mostrou que ele poderia sobreviver dignamente dessa forma, se quisesse. Mas é fato que Jagger e Richards amam esse tal de rock and roll e amam fazer isso juntos, tanto que vem aí um novo álbum da banda, mesmo após a perda do baterista Charlie Watts. E novos shows. Yeah, yeah, yeah, wow!

Brown Sugar– The Rolling Stones:

The Rolling Stones lançam mais um trabalho gravado ao vivo

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Por Fabian Chacur

Nos últimos anos, os Rolling Stones estão lançando uma extensa série de registros ao vivo da banda em várias fases de sua longa carreira. Agora, chegou a vez de Grrr Live!, disponível nas plataformas digitais e também em vários formatos físicos: LP triplo em vinil preto, LP triplo em vinil branco (exclusivo Indies), LP triplo em vinil vermelho (exclusivo d2c), CD duplo, DVD + CD duplo, BluRay + CD duplo (saiba mais aqui). As versões Blu-ray e digital têm som com Dolby Atmos.

Grrr Live! foi gravado durante a turnê 50 & Counting Tour, que entre 2012 e 2013 celebrou os 50 anos de estrada do grupo liderado por Mick Jagger e Keith Richards. O registro predominante neste lançamento ocorreu em 15 de dezembro de 2012 nos EUA em Newark, New Jersey. Essa apresentação teve transmissão na época em pay-per-view, mas agora temos uma nova versão reeditada e com áudio remixado.

Um dos principais atrativos fica por conta das participações especiais de estrelas da música como Bruce Springsteen, The Black Keys, Gary Clarke, John Mayer, Lady Gaga e o ex-guitarrista dos Stones, Mick Taylor.

Eis as faixas de GRR Live!:

CD 1

Get Off Of My Cloud
The Last Time
It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)
Paint It Black
Gimme Shelter (with Lady Gaga)
Wild Horses
Going Down (with John Mayer and Gary Clark Jr)
Dead Flowers
Who Do You Love? (with The Black Keys)
Doom And Gloom
One More Shot
Miss You
Honky Tonk Women
Band Introductions

CD2

Before They Make Me Run
Happy
Midnight Rambler (with Mick Taylor)
Start Me Up
Tumbling Dice (with Bruce Springsteen)
Brown Sugar
Sympathy For the Devil
You Can’t Always Get What You Want
Jumpin’ Jack Flash
(I Can’t Get No) Satisfaction

Wild Horses (live)- The Rolling Stones:

Marianne Faithfull tem álbum de 2002 relançado com bônus

marianne faithfull album 400x

Por Fabian Chacur

Em 2002, a cantora e compositora britânica Marianne Faithfull resolveu se aproximar das novas gerações com o álbum Kissin Time, nos quais colaborou com nomes como Billy Corgan (do Smashing Pumpkins), Jarvis Cocker (do Pulp), Dave Stewart (do Eurythmics), Beck e Jon Brion. Este álbum acaba de ser relançado em uma nova versão luxuosa, disponível nas plataformas digitais e, no exterior, em formatos físicos como vinil e CD (saiba mais aqui).

Além de versões remasterizadas do conteúdo original do álbum lançado em 2002, temos também demos e faixas inéditas, entre as quais a hipnótica e sensacional The World Between, que está sendo divulgada por um visualiser que você pode conferir no fim deste post.

Marianne Faithfull nasceu em 29 de dezembro de 1946, e estreou com sucesso na cena musical de Londres em 1964 ao lançar o single As Tears Go By, composição de Mick Jagger e Keith Richards que os Rolling Stones só regravariam no ano seguinte. Entre 1966 e 1970, por sinal, ela protagonizou um badalado romance com o cantor que inspirou várias canções.

Graças a um forte envolvimento com drogas, a estrela pop sofreu com enormes problemas de saúde, que inclusive afetaram as suas cordas vocais, tornando sua voz mais áspera e grave. Mesmo assim, ela conseguiu não só dar a volta por cima como lançar em 1979 um álbum hoje considerado clássico, Broken English, firmando-se com um trabalho sólido.

Eis as faixas da nova edição de Kissin Time:

1. Sex with Strangers (feat. Beck)
2. The Pleasure Song
3. Like Being Born (feat. Beck)
4. I’m On Fire (feat. Billy Corgan)
5. Wherever I Go (feat. Billy Corgan)
6. Song for Nico (feat. Dave Stewart)
7. Sliding Through Life On Charm (feat. Jarvis Cocker)
8. Love & Money
9. Nobody’s Fault (feat. Beck)
10. Kissin Time (feat. Blur)
11. Something Good (feat. Billy Corgan)
12. Sex with Strangers (Sly & Robbie Sex Ref Mix)*
13. The Pleasure Song (Rough Mix)*
14. Kissin Time (Jacknife Lee / The Freelance Hellraiser Remix)*
15. Sex with Strangers (Sly & Robbie Dub Mix)*
16. The World Between (Church Sessions Version)*
17. The Pleasure Song (Church Sessions Version)*
18. If You Don’t Touch Yourself (Church Sessions Version)*

*= incluídas apenas na versão em CD

The World Between (visualizer)- Marianne Faithfull:

Mick Jagger lança a canção-tema de série da Apple TV+

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Por Fabian Chacur

Enquanto prepara novidades com os Rolling Stones para breve, Mick Jagger nos oferece um novo single solo. Trata-se de Strange Game, canção com ecos dos anos 1960 e também do hit setentista The Passenger, de Iggy Pop. A música é o tema principal da série televisiva Slow Horses, que estreou esta semana exclusivamente no canal de streaming Apple TV+, estrelada pelo consagrado ator britânico Gary Oldman.

O vocalista dos Rolling Stones escreveu essa música (que também lembra a fase inicial do grupo nos anos 1960) em parceria com o compositor e músico Daniel Pemberton, conhecido por criar trilhas para filmes como The Counselor (de Ridley Scott), Steve Jobs (de Danny Boyle) e The Man From UNCLE (de Guy Ritchie), entre muitos outros, e também para séries e filmes concebidos para TV. Saiba mais sobre a série aqui.

Strange Game (clipe)- Mick Jagger:

Marku Ribas em entrevista histórica feita em 2009

marku ribas

Por Fabian Chacur.

Há entrevistas que marcam a vida de quem a realizou. E esta, feita por mim em 2009 para o site do projeto Conexão Vivo, certamente foi uma delas. Entrevista que tinha tudo para ter dado errado. Para começo de conversa, eu conhecia quase nada sobre o artista em questão, o grande Marku Ribas. Lógico que, antes da conversa que tive com ele, ocorrida onde ele morava na época, no bairro de Pinheiros, eu havia feito minha lição de casa e tinha a precisa noção do tamanho artístico do cara. Mas, ainda assim, não foi fácil.

Ele me recebeu com gentileza, mas mantendo uma certa distância, digamos assim. Como habitualmente faço nessas circunstâncias, fui cauteloso, tentando aos poucos conquistar a confiança do meu entrevistado. Ele acendeu um cigarro da erva preferida de Bob Marley (eu declinei, mas aceitei democraticamente que ele o consumisse) e foi aos poucos falando. E falando. E falando. Resultado: fiquei horas ao lado desse mestre. E aprendi muita coisa.

Como pesquisei e não encontrei esse texto na internet, resolvi republicá-lo aqui em Mondo Pop, até como homenagem a esse grande cantor, compositor e multi-instrumentista mineiro. E vale o registro: fiquei muito feliz ao perceber que, no fim desse longo papo, eu o havia conquistado. Que ele esteja em um lugar bem melhor do que esse aqui!

Entrevista Marku Ribas (1947-2013)

Um barranqueiro da gota

Conexão Vivo, por Fabian Chacur

Marku Ribas lança novo DVD e continua inquieto e criativo, aos 61 anos de idade e 47 de carreira, como você poderá conferir em entrevista exclusiva.

Após mais de três horas passadas em seu apartamento em São Paulo, período no qual tive a oportunidade de fazer uma entrevista e também de conferir momentos importantes e raros de sua obra em DVD, fiz uma última pergunta ao cantor, compositor, músico e ator Marku Ribas: o que é música, para você? A resposta veio de bate pronto, com uma única palavra: “vida!” E viver é algo que esse artista mineiro sabe fazer como poucos.

Nascido em 19 de maio de 1947 na cidade de Pirapora (MG), próximo às barrancas do rio São Francisco, ele se desdobrou em uma carreira das mais prolíficas. Em termos musicais, gravou o primeiro disco ainda em 1967, e desde então, tornou-se referência e influência para artistas do naipe de João Bosco, Tunai, Ed Motta e inúmeros outros. Suas composições foram gravadas por Alcione, Paula Lima, João Donato, Elza Soares, Jair Rodrigues etc. Morou em Paris e no Caribe, e tem sempre grande público em seus shows pelo Brasil e exterior.

No cinema, estreou em 1970 logo em um filme do influente cineasta francês Robert Bresson, Quatre Nuits D’um Reveur, e encarnou papéis como os de Luis Carlos Prestes e Carlos Marighella. Recentemente, fez sucesso como crooner da banda que toca no delicioso filme Chega de Saudade, de Laís Bodanski, ao lado de Elza Soares. Ele acaba de lançar o DVD Toca Brasil, gravado ao vivo em São Paulo, e se desdobra para realizar diversos outros projetos. Em extensa e reveladora entrevista exclusiva a Conexão Vivo, Marku fala do DVD, da carreira, dos planos, projetos……

CONEXÃO VIVO- Para começar, fale um pouco sobre o DVD Toca Brasil, como esse trabalho foi concebido, e a importância dele em sua trajetória artística. O mesmo está saindo pela via independente, não é isso? O que te fez buscar esse caminho?
MARKU RIBAS
– Quando percebi, no tempo em que gravei na Philips (hoje, Universal Music), que de 100% gerado pelo disco ficavam apenas 14% no país para gerenciar tudo que eles queriam fazer aqui, ganhavam um dinheirão, desperdiçavam até um certo ponto e o resto ia para as matrizes, vi que não poderia continuar nessa. O que ocorre? É preciso equacionar bem, como se faz na música, na arte, onde você escolhe acordes, divide os tempos, tira verso, põe verso. Teu companheiro dá palpites, troca um acorde e outro, até gravar. É uma elaboração, como se faz uma correção de texto. E na parte financeira para uma produção de disco, cinema ou teatro, é a mesma coisa que se tem de levar em conta, para se fazer isso de forma mais justa. Com esse evento do Itaú Cultural, que tem na sua iniciativa social e artística fenomenalmente uma posição de cidadã, porque usa recursos do sistema financeiro que não são poucos, objetivando a evolução da arte, eles propiciam realizar um evento que vale dinheiro, porque quando você coloca cinco câmeras, uma grua com câmera elevada que capta imagens especiais, cenografia, pessoal do som muito competente, isso tudo engrandece o espetáculo. E num ambiente calmo, gentil, tranqüilo. Tinham até um adesivo fluorescente verde colocado no chão do palco para me guiar quando eu precisava entrar em cena no escuro para colocar um instrumento. O som saiu muito bom, dividimos muito as opiniões de timbre e volumes.

CONEXÃO VIVO- E como ocorreu a parte comercial do produto DVD, como ele está sendo comercializado, e como funcionam as porcentagens para cada um dos envolvidos?
MARKU RIBAS
– Proporcionando toda essa infraestrutura, o banco quase te obriga a encontrar um selo para sair com o DVD, pois é a grande oportunidade de lançar músicas, no meu caso quase todas inéditas. Aí, me associei à Mais Brasil, de Belo Horizonte, são os companheiros da Cria Cultura, que tem uma estrutura muito boa e criaram a editora para edições musicais e o selo Mais Brasil para o lançamento de DVDs e CDs. E temos a distribuição feita pela Tratore. Estamos atualmente no Top 20 de vendagens de DVDs, na internet. Agora estamos entrando na fase de divulgar o produto nos programas de tevê, na mídia em geral. Tocam nele o maestro Tiquinho, no trombone, o Bruninho Buarque (que toca com a Céu e o grupo Barbatuques) na percussão e o gaúcho Xandelle na guitarra. O DVD é muito autêntico, cara-a-cara, assino tudo embaixo. As músicas traduzem tudo. Eu tive de assumir 50% para mim como autor, músico, minha personalidade, meu nome, sou autor das músicas, arranjador etc. Dei 20% para o Eduardo BID, que é o produtor, e 30% para a Cria, para conseguir viabilizar o projeto.

CONEXÃO VIVO- Recentemente saiu uma coletânea intitulada Zamba Ben, com uma seleção de suas músicas. Como você a avalia? Encara como uma boa iniciação para quem não conhece a sua obra?
MARKU RIBAS
– Essa compilação foi lançada pelo selo Dubas Música, que é do Ronaldo Bastos, um grande letrista que fez coisas com o Milton Nascimento, Beto Guedes. O Ed Motta, admirável músico e meu amigo, bolou essa coletânea, escolheu as músicas, fizeram a remasterização, pagaram os direitos às editoras direitinho, valorizaram na nossa negociação. Ed é humilde, diz que se surpreendeu comigo ao me ver tocar ao vivo em Londres e Nova York. Aí, foi atrás do meu trabalho. Eles pegaram músicas boas que soam atuais. Escrevi para o encarte do CD informações sobre cada faixa, e também sobre a minha vida e carreira. Se eu fosse você, iria procurar essa coletânea, mesmo, pois é muito boa!

CONEXÃO VIVO- Você teve algumas experiências ao lado do Mick Jagger, dos Rolling Stones, inclusive gravando com essa banda. Como rolou essa história toda? É verdade que você não recebeu um tostão por ter gravado com eles?
MARKU RIBAS
– Conheci o Mick Jagger em 1968, quando ele foi jantar em um restaurante no Rio de Janeiro onde eu estava, e conversamos. Anos depois, em 1984, eu trabalhava em um musical do Oscar Castro Neves, e me avisaram que estavam fazendo no hotel Copacabana Palace a seleção para participar de um videoclipe do Mick Jagger para a música Just Another Night, do disco solo dele She’s The Boss (1985). Acabei sendo escolhido para viver o baterista no clipe, dirigido pelo cineasta Julien Temple. O percussionista Café, que tocou com o Djavan, também participa. Aí, o Mick perguntou se eu estaria na Europa no ano seguinte, e por coincidência, eu iria para Paris naquele período. Ele me convidou para gravar com os Rolling Stones. Fui para Paris com a peça do Oscar, com 62 integrantes. Aí, ele mandou um carro de luxo me buscar, e fui com o Mário, um amigo meu que tocou comigo no grupo Batuki, gravar. Participei da faixa Back To Zero, do CD Dirty Work (1986), toquei tambor marroquino de pele de peixe e cerâmica e uma cuíca de boca. A gravação ocorreu no estúdio da EMI em Paris. Não cobrei dinheiro, não, pois tinha um monte de burocracia para poder receber. Foi uma cortesia que fiz para eles. Hoje, teria cobrado, e até mais caro. (risos) Não tem o crédito no disco, o que me deixou magoado, acho que isso é pior do que não ter recebido.

CONEXÃO VIVO- Seus shows são sempre muito elogiados, e não se restringem a um único formato. Como você os planeja?
MARKU RIBAS
– Procuro adequar o meu show aos espaços onde toco, e é a partir daí que escolho como será a formação. O violão você precisa tocar sentado, já a guitarra é em pé. Quando toco de pé, posso me dedicar mais à parte de coreografia, de dança. Tenho o show que você pode pagar, desde um trio, quarteto, eu sozinho, tenho versatilidade para me adaptar aos mais diversos tipos de situação.

CONEXÃO VIVO- Você tem um projeto musical envolvendo músicos muito conhecidos e em vias de ser concretizado. Fale um pouco sobre ele, e quando o mesmo será viabilizado.
MARKU RIBAS
– Esse projeto é gravar um CD com João Donato no piano, Maurício Einhorn na gaita e o Raul de Souza no trombone. O projeto chama-se Croas e Loas e em função dele visitaremos oito cidades. A utilização de lei de incentivo já está aprovada, e o patrocinador para viabilizar tudo também está a caminho, acho que isso será concretizado em breve.

CONEXÃO VIVO- Você tem participado do Conexão Vivo. Como avalia esse projeto, e qual a importância do mesmo os artistas?
MARKU RIBAS
– O intercâmbio promovido pelo Conexão Vivo entre artistas novos e veteranos renova todo o contexto, não só o conhecimento, a oportunidade de fazer novos amigos, como o lado cênico e artístico de cada um sendo explicitado, a contextualização de cada um, pois não dá para comparar artistas, cada um tem o seu caminho, suas características próprias. E você ainda ganha um novo público com esse tipo de evento.

CONEXÃO VIVO- Sua participação no filme Chega de Saudade, da Lais Bodanski, foi muito elogiada. Qual a importância do mesmo em sua trajetória como músico e ator, e como foi trabalhar ao lado de Elza Soares, que já gravou músicas suas?
MARKU RIBAS
– A Elza é uma entidade, uma mulher brasileira que deve ser muito respeitada por toda a sua história, o seu favelismo. Uma mãe solteira na favela, negra, com um marido bêbado que lhe batia todos os dias, e aí ela se rebela contra tudo isso, até conhecer Garrincha, a quem ela ajudou muito financeiramente e como mulher, ao contrário das críticas injustas que recebeu na época. É uma cantora de personalidade forte, como o foram Monsueto, Noite Ilustrada, aqueles negões que cantam de um jeito diferente, que não dá para ser igual, cantam de forma rascante e que trazia toda aquela revolta natural do sofrimento que vivenciaram. Quando o Ary Barrozo perguntou em um programa de rádio de que planeta a Elza vinha, ela respondeu que era do planeta fome! (risos). Respeito muito ela, admiro-a como artista, suas posições e atitudes. Esse filme nos aproximou mais ainda. A Laís sempre foi muito gentil conosco, nos dirigiu muito bem. Gostei de fazer o filme, cuja trilha sonora ganhou como a melhor do cinema brasileiro em 2008.

CONEXÃO VIVO- Sua primeira experiência em cinema foi em Paris, e logo com um diretor famoso, o Robert Bresson. Como isso ocorreu?
MARKU RIBAS
– Morei em Paris entre 1970 e 1971. O Bresson tem uma importância fundamental, inovou para que uma indústria de cinema, sendo mais autêntica, pudesse ser mais barata, mais objetivamente construída, tirou aquelas câmeras pesadíssimas de Hollywood, aquela estrutura enorme, e fez a câmera na mão, o cinema mais objetivo, caminhando com o ator pelas ruas, sentindo a sensibilidade cara-a-cara, entrando nos becos. Esse filme analisa quatro noites de sofrimento sobre o amor, uma senhorita linda que se apaixona por alguém que irá voltar dali a um ano no mesmo lugar, na mesma praça e no mesmo horário. Durante quatro noites, ela está lá, mas ele não vem. Ocorre algo surpreendente na quarta noite, e ela, sozinha, é percebida por um pintor sensível, francês, estudante de pintura, que vê nela uma musa, se aproxima, a vê melancólica e conversa com ela. Aí, entra a cena de eu e o meu grupo na época, o Batuki, do qual fazia parte o Mário (o mesmo que foi comigo na gravação com os Rolling Stones em 1985), tocando dentro de um barco que descia o rio Sena. O casal fica absorvido pela música, vem em direção ao cais, e a música virou uma protagonista no roteiro. No mesmo ano, fiz outro filme por lá com o cineasta Jean-Mark Tibaut, Revolucion, no qual representei o Luis Carlos Prestes.

CONEXÃO VIVO- Aliás, é verdade que a trilha sonora desse filme nunca foi lançada, e que você tem as fitas masters da mesma?
MARKU RIBAS
– É verdade. As músicas foram gravadas em 1970 no estúdio do Michel Magne, que ficava a 19 quilômetros de Paris, na estrada de Lyon, chamava Chateau de Rouville. Está na minha mão, estou esperando negociações para poder lançá-lo com prensagem, remasterização, capa nova, divulgação, isso tudo.

CONEXÃO VIVO- Você teve outras experiências interessantes em termos de cinema. Fale sobre elas, e também qual é a importância para você de atuar como ator.
MARKU RIBAS
– Vivi o papel do Carlos Marighella no filme Batismo de Sangue, do Helvécio Ratton, ao lado de Caio Blatt, Ângelo Antonio, Cássio Gabus Mendes, Daniel de Oliveira, uma turma boa. Gosto muito de cinema. No momento, gravo participação no filme do Fábio Barreto, Lula, O Filho do Brasil, vivendo um sindicalista aposentado que era uma espécie de consciência do movimento. Será uma participação curta, mas contextualizada, ele vigiava e pegava no pé dos caras, para manter a coisa longe do peleguismo. A cena é gravada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Acho fundamental a documentação da história do Brasil, dessa coisa da Ditadura, da “Redentora”, para que nunca mais ocorra algo assim neste País, e esses filmes sobre nossa história tem esse papel.

CONEXÃO VIVO- Por sinal, uma das razões pelas quais você saiu do país no final dos anos 60 foi a Ditadura Militar, não é isso?
MARKU RIBAS
– É verdade. Fui preso no dia 27 de outubro de 1968 no Leblon, no Rio de Janeiro, pelo Exército Brasileiro. Uma experiência injusta. Eu fazia críticas em músicas como Alerta Geral, que na época chamava-se Canto Certo e que foi gravada pela Alcione em 1978, no seu LP Alerta Geral, que depois virou também nome do programa de televisão que ela apresentou na Rede Globo. Eles proibiram de forma absurda porque não havia conteúdo para ser proibido, era apenas uma sátira musical, uma crítica inteligente e bem-humorada. Outra música que me causou problemas foi a Nunca Vi, com os versos “nunca vi país democrata ter tanto rei, tanto rei, tanto rei, rei do rock, do samba, da bola, enquanto isso, outra criança chora, e o palácio anuncia outro rei”. Vivi na França e também quatro anos no Caribe.

CONEXÃO VIVO- Fale um pouco sobre a sua forma de atuar, como ator.
MARKU RIBAS
– Procuro incorporar o personagem que faço, sair da pessoa que você conhece, e aí, você não me vê mais, você vê o personagem lá. Tenho feito vários projetos, como um ditador de república das bananas em Uma Nova Bandeira Para a Nação, do jovem cineasta Paulo Marcelo Tavares do Valle, da Faap. A escola do cinema no Brasil é muito boa, temos um cabedal desde Humberto Mauro, aproveitamos bem as lições dos irmãos Lumiére e desenvolveu-se o Brasil do cinema competente, porque em outras áreas não somos, mesmo.

CONEXÃO VIVO- A sua formação como músico é riquíssima em termos culturais e de intercâmbios. Dá para fazer um pequeno resumo de tudo isso?
MARKU RIBAS
– A surpresa do chamado original, atávico, autóctone, que são sinônimos do mesmo sentimento, as pessoas que tem cultura própria onde nasceram, já ali. As manifestações folclóricas, a música erudita, eu tive a sorte de presenciar tudo isso com o meu pai, meu avô, meu bisavô, que era mouro. Meu pai, como médico, tinha muito interesse pela vida. Ele gostava de cantar coisas de Caruso, Carlos Gardel, Vicente Celestino, Orlando Silva, fazia serenatas nas horas vagas. Captei a diversidade das coisas, até do cantochão, da música nas igrejas, a confluência indígena, com influência negras e com o meu avô materno português. Sou barranqueiro da gota, como existem os cariocas da gema, os paulistanos etc. Represento uma cultura do rio São Francisco que tem semelhanças de espectro com o Rio Vermelho da China, o Rio Nilo da África, o Mississipi americano, são sentimentos iguais em lugares díspares, mas com uma vivência muito igual de depender da pescaria, da chuva, do sol, da enchente.

CONEXÃO VIVO- E como isso tudo foi se desenvolvendo? Você sente influências de outros artistas no seu trabalho e do seu trabalho no dos outros?
MARKU RIBAS
– Faço sons com as mãos, no rosto, na testa, na bochecha, desde que era criança, alguma coisa eu aprendi com a minha mãe. Uma verdadeira sinfonia corporal. Aí, descobri o gutural, os sons onomatopaicos que traduzem não palavras ou línguas, mas sentimentos. Fui incorporando isso tudo enquanto ouvia grandes violonistas como Dilermando Reis, Manoel da Conceição, Baden Powell, Manoel da Conceição Mão de Vaca, Rosinha de Valença, Paulinho Nogueira, e um gênio da minha região, o Deoclécio, que morreu cedo tragicamente e que fazia cada “aranha” nos acordes que a gente não tinha a menor noção do que era, grande guitarrista e violonista. Sou parceiro de Erasmo Carlos, Walter Queiróz, João Donato, Djalma Correa. Tenho essa noção do violão cheio, violão magnífico, que se toca em todas as regiões do instrumento. Sou ainda um aprendiz de tudo, sim, mas tenho o bom senso e a sensibilidade de ter colocado alguns craques no jogo, como o baixista Artur Maia, o violonista Romero Lubambo, o tecladista Jotinha Moraes, que começaram tocando e gravando comigo. Vejo influências minhas em Eduardo Dussek, João Bosco, Tunai, Ed Motta e João Donato, entre outros.

CONEXÃO VIVO- Marku, sua história de vida é riquíssima. Já pensou em escrever uma biografia contando tudo isso?
MARKU RIBAS
– Boa pergunta. Já estou fazendo isso, uma autobiografia que intitulei Marku Por Marco Antonio, e para a qual vou procurar patrocínio, editora etc. Para quem não sabe, meu nome de batismo é Marco Antonio Ribas. Criei o personagem Marku para homenagear a tribo Cariri Macu, da minha região, onde tem um sítio arqueológico de 2.500 anos com resquícios históricos da vivência dessa tribo indígena na barranca do Rio São Francisco, no Norte de Minas Gerais, entre Pirapora e Buritizeiros. Já escrevi contando coisas que ocorreram comigo entre o meu nascimento em 1947 até 1977. Acho que depois farei um segundo volume, contando todo o resto. Nasci em um 19 de maio com eclipse total do sol, que tem toda uma influência cósmica, elétrica, na espiritualidade, também. Vou contar histórias nesse livro que farão muita gente cair de costas (risos). Por exemplo, como era quando eu cheguei em São Paulo em 1967 e gravei logo de cara um LP pela Continental. Eu namorava a passadeira e lavadeira para livrar a passagem e a lavagem de roupa. (risos) Ia às cinco da manhã às rádios para fazer a divulgação do disco, que na época era chamada de “caitituagem”. Também estou escrevendo outro livro, Moemas e Moemas, que será de poemas sobre amor, a vida etc.

CONEXÃO VIVO- Você tem um problema com o Marcelo D2 em relação a direitos autorais e conexos. A quantas vai essa história?
MARKU RIBAS
– O Marcelo D2 está usando a minha gravação de Zamba Ben não como um sampler, simplesmente, como ele declara no disco A Procura da Batida Perfeita, mas como um plágio. Ele usa a minha música o tempo todo na dele. A Maldição do Samba é o Zamba Ben lá dentro, o meu violão, o baixo do Cláudio Bertrami, o som dos músicos que participaram dessa minha gravação. Todo mundo está lá, e não recebem direitos conexos, e nem eu, como autor. Ele não me pediu autorização, a editora Arlequim comeu mosca, também. Está em litígio na justiça, mas está demorando, três anos já se passaram. Ele gostou tanto que já colocou essa música em três discos dele, virou o carro-chefe dele. Zamba Ben é um avanço, uma porrada, música criativamente brasileira para dançar, com contexto internacional que não fosse batuque ou samba, somente.

Zamba Ben– Marku Ribas:

Mick Jagger lança um belo single em dobradinha com Dave Grohl

mick jagger dave grohl single

Por Fabian Chacur

Muita gente tem escrito canções tendo como tema o isolamento social exigido pelo combate ao novo coronavírus. Uma das melhores acaba de ser disponibilizada nas plataformas digitais, e tem assinatura nobre. Trata-se de Easy Sleazy, canção assinada por Mick Jagger que o vocalista dos Rolling Stones canta e toca guitarra tendo o apoio de Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters) nos vocais, guitarra, baixo e bateria. O resultado é uma faixa bastante energética, na melhor tradição dos Rolling Stones e com uma letra muito inteligente.

Sobre sua motivação, Jagger falou o seguinte, em comunicado enviado à imprensa: “É uma música que escrevi sobre como sair do lockdown, com um certo otimismo, que é muito necessário. Obrigado a Dave Grohl por pular na bateria, baixo e guitarra, foi muito divertido trabalhar com você. Espero que todos gostem de Eazy Sleazy”.

Por sua vez, Dave Grohl ressaltou a importância da parceria para o seu já extenso currículo: “É difícil colocar em palavras o que foi a experiência de gravar essa música com Sir Mick, o que isso significa para mim. Está além de um sonho tornado realidade. Bem, quando eu pensei que a vida não poderia ficar mais louca … achamos a música do verão, sem dúvida!”.

Easy Sleasy (clipe)- Mick Jagger e Dave Grohl:

Goats Head Soup, dos Rolling Stones, volta em vários formatos

goats head soup the rolling stones 400x

Por Fabian Chacur

Mais um álbum dos Rolling Stones ganhará uma reedição luxuosa e repleta de formatos. Desta vez, o escolhido foi Goats Head Soup (1973), que na época atingiu o topo da parada americana e teve como faixa mais conhecida a célebre balada Angie, que no formato single também liderou os charts nos EUA. O lançamento ocorrerá no dia 4 de setembro nas plataformas digitais e em diversas configurações físicas, sendo que no Brasil a loja virtual da Universal Music (no link aqui) venderá as versões CD duplo deluxe, LP simples de vinil e fita-cassete simples.

Goats Head Soup teve suas 10 faixas originais devidamente remasterizadas. O segundo CD da edição deluxe oferece dez faixas que se dividem entre versões alternativas, outtakes e três inéditas: Criss Cross (já disponível nas plataformas digitais), Scarlett (com participações especiais de Jimmy Page e Rick Grech-das bandas Family e Blind Faith) e All The Rage.

A caixa com três CDs e um Blu-ray traz um terceiro CD intitulado Brussels Affair, gravado ao vivo em outubro de 1973 na Bélgica durante a turnê de lançamento de Goats Head Soup, com 15 faixas. O Blu-ray traz o álbum original em versão de áudio 5.1 e três clipes feitos para divulgar na época as músicas Dancing With Mr. D, Silver Train e Angie.

Como se não fosse o bastante, essa box set com três CDs e um Blu-ray ainda traz, de quebra, um livro de 120 páginas com fotos bacanas e textos analíticos dos críticos Ian McCann, Nick Kent e Daryl Easlea e quatro pôsteres reproduzindo os cartazes de shows da turnê que divulgou aquele álbum, hoje clássico.

Os fãs de vinil encontrarão versões de Goats Head Soup em LP simples, LP duplo, LP duplo com capa alternativa e vinil transparente e uma caixa com 4 LPs. Os formatos não disponíveis na loja brasileira da Universal Music podem ser adquiridas no site oficial da banda.

CONFIRA AS FAIXAS DOS PRINCIPAIS FORMATOS

CD SIMPLES

1. Dancing With Mr D

2. 100 Years Ago

3. Coming Down Again

4. Doo Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker)

5. Angie

6. Silver Train

7. Hide Your Love

8. Winter

9. Can You Hear The Music

10. Star Star

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2CD DELUXE

CD 1

1. Dancing With Mr D

2. 100 Years Ago

3. Coming Down Again

4. Doo Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker)

5. Angie

6. Silver Train

7. Hide Your Love

8. Winter

9. Can You Hear The Music

10. Star Star

CD 2
Rarities & Alternative Mixes

1. Scarlet

2. All The Rage

3. Criss Cross

4. 100 Years Ago (Piano Demo)

5. Dancing With Mr D (Instrumental)

6. Heartbreaker (Instrumental)

7. Hide Your Love (Alternative Mix)

8. Dancing With Mr D (Glyn Johns 1973 Mix)

9. Doo Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker) – (Glyn Johns 1973 Mix)

10. Silver Train (Glyn Johns 1973 Mix)

BOX SET 3 CDS + BLU-RAY

AS FAIXAS DOS DOIS 1ºs CDs SÃO AS MESMAS DA EDIÇÃO DELUXE

CD 3 – Brussels Affair – Live 1973

1. Brown Sugar

2. Gimme Shelter

3. Happy

4. Tumbling Dice

5. Star Star

6. Dancing With Mr D

7. Doo Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker)

8. Angie

9. You Can’t Always Get What You Want

10. Midnight Rambler

11. Honky Tonk Women

12. All Down The Line

13. Rip This Joint

14. Jumpin’ Jack Flash

15. Street Fighting Man

BLU-RAY (com 10 faixas só de áudio e três com áudio e vídeo)

Dolby Atmos, 96kHz/24 bit high resolution stereo, and 96 kHz/24 bit DTS-HD Master Audio 5.1

1. Dancing With Mr D

2. 100 Years Ago

3. Coming Down Again

4. Doo Doo Doo Doo Doo (Heartbreaker)

5. Angie

6. Silver Train

7. Hide Your Love

8. Winter

9. Can You Hear The Music

10. Star Star

+ Original videoclipes: Dancing With Mr D, Silver Train e Angie

Ouça Criss Cross, dos Rolling Stones:

The Rolling Stones a mil por hora mesmo durante uma pandemia

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Por Fabian Chacur

Para uma banda com inacreditáveis 58 anos de vida, os Rolling Stones estão esbanjando energia. Após sua marcante participação no festival virtual One World Together At Home no último dia 18, no qual fizeram uma inesquecível performance com o clássico You Can’t Always Get What You Want (veja aqui), a banda disponibilizou nesta quinta (23) o clipe de uma canção inédita. Das boas, por sinal.

Trata-se de Living in a Ghost Town. A música foi composta e teve suas bases gravadas em 2019, mas Mick Jagger e sua turma alteraram a letra e a finalizaram no isolamento, de forma remota ou coisa que o valha. O clipe mescla cenas do quarteto em estúdio registradas em preto e branco mescladas com outras coloridas flagradas nas cidades vazias devido à quarentena gerada pelo novo coronavírus, algumas delas aceleradas, com belo resultado.

A letra traz como principais versos “I’m a ghost, living in a ghost town” (sou um fantasma vivendo em uma cidade fantasma, em tradução livre), refletindo de forma crua o sentimento das pessoas nesses dias tão estranhos e irreais que estamos vivenciando nessas semanas recheadas de distopia e surrealismo do mal. Com levada em andamento médio (nem balada, nem acelerada) e em tom menor, traz eco de canções como Miss You e Harlem Shuffle, com direito a um solo de gaita por parte de Mick Jagger (cantando melhor do que nunca).

Trata-se da primeira faixa inédita da banda desde 2012, quando lançaram a coletânea Grrr!, na qual incluíram as então novas Doom And Gloom e One More Shot. O último trabalho só de inéditas é A Bigger Band (2005), enquanto o mais recente é o álbum de covers Blue & Lonesome (2016).

Os Stones deveriam iniciar no dia 5 de maio sua turnê No Filter 2020, que se estenderia até o dia 9 de julho e passaria pelos EUA e Canadá, com prováveis datas por outros países na sequência. Os shows foram adiados por causa da pandemia, ainda sem nova agenda divulgada. A banda também estava preparando um novo álbum, cujo lançamento também ainda não está devidamente programado. Mas a amostra entusiasma.

Living in a Ghost Town (clipe)- The Rolling Stones:

Rolling Stones reeditam o seu histórico Rock And Roll Circus

rolling stones rock and roll circus

Por Fabian Chacur

Nos últimos anos, os fãs dos Rolling Stones tem necessitado de uma condição financeira privilegiada para manter sua coleção de itens referentes à banda devidamente atualizada. Agora, chega a vez de The Rolling Stones Rock And Roll Circus, que a ABKO Films e ABKO Music, em parceria com a Universal Music, lançará em breve em versão 4K Dolby Vision. Serão disponibilizadas as versões Deluxe Edition (incorporando Blu-ray – DVD, 2 CDs e um livro com 44 páginas), LP triplo, CD duplo e digital. No Brasil, o único item relativo aos formatos físicos a ser lançado será o DVD, com os outros limitados às plataformas digitais.

Nessa verdadeira enxurrada de produtos referentes à banda de Mick Jagger e Keith Richards, Rock And Roll Circus é um dos mais importantes. Gravado em dezembro de 1968 com o objetivo de ser um especial de TV, ficou nos arquivos durante quase 30 anos, sendo lançado de forma oficial em áudio e vídeo apenas em 1996. O show trazia um cenário relembrando o de um circo cinematográfico, com o grupo britânico recebendo diversos convidados especiais.

Além de ter marcado a última performance de Brian Jones com a banda que ajudou a fundar, o show traz outras atrações históricas, como o Dirty Mac, supergrupo formado para esta apresentação que traz “apenas” John Lennon (guitarra e vocal), Eric Clapton (guitarra), Keith Richards (baixo) e Mitch Mitchell (bateria, do Jimi Hendrix Experience). Eles tocam uma versão endiabrada de Yer Blues, que os Beatles haviam lançado há pouco no Álbum Branco. Também estão presentes The Who, Jethro Tull, Marianne Faithfull, Yoko Ono e Taj Mahal.

Se a versão em condições técnicas revitalizadas já é uma bela pedida, o fato de termos inúmeras faixas-bônus em áudio equivale ao ponto mais cobiçado pelos colecionadores, nesta nova edição de Rock And Roll Circus. O Dirty Mac, por exemplo, toca nada menos do que Revolution, além de uma jam session. A versão anterior em CD era simples, vale lembrar. O filme foi dirigido por Michael Lindsay-Hog, o mesmo do filme Let It Be, dos Beatles, cujas gravações estavam sendo iniciadas naquela mesma época.

The Rolling Stones Rock and Roll Circus (4K FILM)

O FILME

Song For Jeffrey – Jethro Tull

A Quick One While He’s Away – The Who

Ain’t That A Lot Of Love – Taj Mahal

Something Better – Marianne Faithfull

Yer Blues – The Dirty Mac

Whole Lotta Yoko – Yoko Ono & Ivry Gitlis, and The Dirty Mac

Jumpin’ Jack Flash – The Rolling Stones

Parachute Woman – The Rolling Stones

No Expectations – The Rolling Stones

You Can’t Always Get What You Want – The Rolling Stones

Sympathy for the Devil – The Rolling Stones

Salt Of The Earth – The Rolling Stones

EXTRAS

Widescreen Feature, Aspect Ratio: 16:9 (65 min)

Entrevista Pete Townshend, Aspect Ratio: 4×3 (18 min)

The Dirty Mac:

‘Yer Blues’ Tk2 Quad Split, Aspect Ratio: 4×3 (5:43)

Taj Mahal:

-Checkin’ Up On My Baby, Aspect Ratio: 4×3 (5:37)

-Leaving Trunk, Aspect Ratio: 4×3 (6:20)

-Corinna, Aspect Ratio: 4×3 (3:49)

Julius Katchen:

-de Falla: Ritual Fire Dance, Aspect Ratio: 4×3 (6:30)

-Mozart: Sonata In C Major-1st Movement, Aspect Ratio: 4×3 (2:27)

Mick & The Tiger/ Luna & The Tiger, Ratio: 4×3 (1:35)

Bill Wyman & The Clowns, Aspect Ratio: 4×3 (2:00)

Lennon, Jagger, & Yoko backstage, Aspect Ratio: 4×3 (45sec)

COMENTÁRIOS DAS FAIXAS DO FILME:

Life Under The Big Top (Artistas) Apresentando: Mick Jagger, Ian Anderson, Taj Mahal, Yoko Ono, Bill Wyman, Keith Richards (65 min)

Framing The Show (Diretor & Diretor de Fotografia) Apresentando: Michael Lindsay Hogg, Tony Richmond (65 min)

Musings (artistas, escritor, fãs que estiveram na gravação) Apresentando: Marianne Faithfull, David Dalton, David Stark (50 min)

The Rolling Stones Rock and Roll Circus Edição de Áudio Ampliada

1. Mick Jagger’s Introduction Of Rock And Roll Circus – Mick Jagger

2. Entry Of The Gladiators – Circus Band

3. Mick Jagger’s Introduction Of Jethro Tull – Mick Jagger

4. Song For Jeffrey – Jethro Tull

5. Keith Richards’ Introduction Of The Who – Keith Richards

6. A Quick One While He’s Away – The Who

7. Over The Waves – Circus Band

8. Ain’t That A Lot Of Love – Taj Mahal

9. Charlie Watts’ Introduction Of Marianne Faithfull – Charlie Watts

10. Something Better – Marianne Faithfull

11. Mick Jagger’s and John Lennon’s Introduction Of The Dirty Mac

12. Yer Blues – The Dirty Mac

13. Whole Lotta Yoko – Yoko Ono & Ivry Gitlis with The Dirty Mac

14. John Lennon’s Introduction Of The Rolling Stones + Jumpin’ Jack Flash – The Rolling Stones

15. Parachute Woman – The Rolling Stones

16. No Expectations – The Rolling Stones

17. You Can’t Always Get What You Want – The Rolling Stones

18. Sympathy for the Devil – The Rolling Stones

19. Salt Of The Earth – The Rolling Stones

FAIXAS-BÔNUS

20. Checkin’ Up On My Baby – Taj Mahal

21. Leaving Trunk – Taj Mahal

22. Corinna – Taj Mahal

23. Revolution (rehearsal) – The Dirty Mac

24. Warmup Jam – The Dirty Mac

25. Yer Blues (take 2) – The Dirty Mac

26. Brian Jones’ Introduction of Julius Katchen – Brian Jones

27. de Falla: Ritual Fire Dance – Julius Katchen

28. Mozart: Sonata In C Major-1st Movement – Julius Katchen

Yer Blues- The Dirty Mac (John Lennon+):

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