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Juanes faz sua estreia em palcos brasileiros

Por Fabian Chacur

Juanes, um dos artistas de origem latina mais importantes da música pop contemporânea, finalmente fez seu primeiro show no Brasil. A apresentação, no entanto, ocorreu apenas para convidados (na verdade, grandes felizardos) na noite desta quarta-feira (27) no Teatro Geo, em São Paulo.

O cantor, compositor e músico colombiano esbanjou simpatia, carisma e muito talento em um show feito para iniciar a divulgação por aqui de seu novo lançamento, o DVD e CD MTV Unplugged, lançado no Brasil pela Universal Music e que traz releituras de 11 de seus maiores sucessos e três faixas inéditas (La Señal, Azul e Todo En Mi Vida Eres Tu).

Acompanhado por quatro músicos de sua banda (violão, teclados, baixo e percussão), Juanes cantou e tocou por aproximadamente uma hora, mostrando com categoria sua mistura de ritmos colombianos, rock e pop, com pitadas de jazz/blues aqui e ali. O show contou com a participação de Paula Fernandes, que interpretou o dueto que gravou com o astro latino, Hoy Me Voy, e dois de seus sucessos, entre os quais Pássaro de Fogo.

Antes, o cantor que está na estrada há mais de 20 anos concedeu uma entrevista coletiva à imprensa brasileira. Ele falou, por exemplo, da importância de ter sido produzido e dirigido musicalmente neste novo trabalho pelo lendário músico Juan Luis Guerra, oriundo da República Dominicana e conhecido no Brasil pela música Burbujas de Amor (Borbulhas de Amor, na versão de Raimundo Fagner).

“Conheci ele há oito anos, e há muito queríamos atuar juntos, mas só agora conseguimos conciliar nossas agendas. Trabalhar com Juan Luis Guerra foi um aprendizado, uma experiência incrível, aprendi muito com sua sobriedade. Gostaria que ele tivesse cantado no CD, também, mas ele se dedicou tanto a escrever os arranjos e a orientar os músicos que não teve tempo para isso”.

Hino pela paz encerra o CD/DVD

Guerra só aparece no palco para reger os músicos na música que encerra o repertório do CD/DVD, Odio Por Amor, por sinal a mais contundente e contagiante do trabalho, com sua mensagem de paz e a participação de um coral de 32 vozes.

“Compus Odio Por Amor há cinco anos e já a havia gravada em estúdio, mas essa música ganhou nova vida neste trabalho, é um canto pela paz, pela vida, e ficou com o seu arranjo ideal, cresceu muito”, comenta.

MTV Unplugged também conta com a participação do cantor e compositor espanhol Joaquín Sabina, na música inédita Azul. “O Sabina é um grande poeta, um grande letrista, gravar com ele foi um sonho realizado”.

Curiosamente, Juanes iniciou sua carreira como integrante da banda de heavy metal Ekhymosis, que esteve em cena do fim dos anos 80 ao fim dos 90. Ele relembra como se deu sua mudança de estilo musical.

“Quando criança, eu ouvia basicamente a música popular colombiana. Aos 13 anos, apaixonei-me pelo rock, e integrei a Ekhymosis durante oito anos. Aí, vi que seria importante misturar os dois mundos, o do rock e o da música do meu país, não poderia renunciar às minhas origens”.

Para quem não teve a sorte de ver seu show em São Paulo, uma boa notícia. Juanes iniciará uma turnê mundial em setembro, e pretende voltar ao Brasil em fevereiro ou março de 2013, desta vez para shows abertos ao público em geral. Ele disse que já havia sido convidado para tocar aqui, em um festival em 2011, mas não teve como aceitar devido à agenda lotada.

Em seus 13 anos de carreira solo, Juanes vendeu mais de 12 milhões de discos, além de ter ganho um Grammy da categoria principal e 17 Grammy Latinos. Ele considera MTV Unplugged um momento muito especial em sua trajetória.

“Este disco equivale a um resumo dos meus 13 anos de carreira, mostrando um pouco do que virá, também. Quero fazer novas experiências no futuro, tocar um pouco mais de rock, gravar em inglês e português, arriscar-me um pouco mais. Também quero estreitar meus laços com o público brasileiro e o de outros países, adoro esse intercâmbio”.

Veja La Paga, com Juanes, na versão incluída em MTV Unplugged:

Três anos sem o genial Michael Jackson

Por Fabian Chacur

Normalmente eu só me ocupo de efemérides referentes a datas redondas, tipo cinco, dez, vinte anos etc. Mas a morte de Michael Jackson aos 50 anos de idade me pareceu um fato tão irreal que não dá para deixar passar esses três anos sem o Rei do Pop. Não mesmo. Então, lá vou eu.

Como nossa diferença de idade era muito pequena (ele nasceu em 1958, eu, em 1961), tive a oportunidade de acompanhar sua carreira em tempo real, e virar seu fã logo com seu primeiro sucesso, I Want You Back, gravada com o Jackson 5.

Durante esses anos todos, sua figura foi onipresente no meio musical que eu acompanhei. Primeiro como o garoto prodígio que cantava com a técnica e a emotividade de um adulto. Melhor até! I’ll Be There, Ben, I Wanna Be Where You Are,Happy, Got To Be There, ABC..

Depois, como aquele adolescente cuja voz ia mudando de timbre, sem perder a beleza e a originalidade. As músicas One Day In Your Life e Dancing Machine são as primeiras que surgem em minha mente como trilha sonora para esse momento.

Aí, em 1978, entra em cena o MJ adulto, arrebentando em Shake Your Body (Down To The Ground) e Blame It On The Boogie, já com os Jacksons (nova encarnação do Jackson 5) e no ano seguinte com Rock With You, Don’t Stop Til You Get Enough, Working Day And Night e Girlfriend, de seu primeiro disco solo adulto, o magnífico Off The Wall.

Jà havia completado meus 21 anos quando surgiu Thriller (1982), álbum fenomenal que em 1985 ainda insistia em se manter emplacando hits nas paradas, entre as quais a faixa título, Billie Jean, I Wanna Be Startin’ Somethin’, The Girl Is Mine, Beat It, Human Nature

Em 1987, ainda iniciante no cenário do jornalismo musical, tive a honra de participar da festa de lançamento (na extinta Up And Down, na rua Pamplona, em São Paulo) do álbum Bad, quando tivemos a oportunidade de ouvir em primeira mão faixas como Bad, The Way You Make Me Feel, Man In The Mirror, Dirty Diana, Smooth Criminal… Escrevi uma revista especial sobre Michael e esse disco para a editora Imprima.

Quando o astro fez dois shows históricos no estádio do Morumbi, em outubro de 1993, na turnê que divulgou o álbum Dangerous (1991) eu estava lá, com direito a visitar os camarins do Rei do Pop (sem ele dentro, obviamente…), ficar de plantão na frente do hotel Mofarrej, na alameda Santos, onde ele ficou hospedado, e a entrevistar o garoto que um carro da comitiva dele atropelou e que acabou sendo visitado pelo autor de Billie Jean.

Ou seja, cada passo de Michael Jackson era acompanhado por mim no decorrer dos anos. No dia de sua cerimônia fúnebre, em 6 de julho de 2009, lá estava eu ao vivo, ao lado da apresentadora Luciana Liviero, fazendo comentários sobre Michael na TV Record.

Fica difícil acreditar que esse irmãozinho se foi. Um cara que conseguiu algo difícil: unir fãs de todos os países, raças, origens, classes sociais, sexos etc em torno de sua música, que foi, é e será a trilha sonora da vida de todos nós. Olhe por nós, Rei do Pop, esteja onde estiver, e more para sempre em nossos corações, pois we wanna rock with you forever!

Veja o clipe de Rock With You, com Michael Jackson:

Cantoras homenageiam Guilherme Arantes

Por Fabian Chacur

Em 2011, nove bandas de Salvador (BA), entre as quais Maglore, Setembro e Neologia, homenagearam Guilherme Arantes ao gravar o álbum A Cara e o Coração, no qual releram as músicas de dois importantes álbuns do cantor, compositor e músico paulistano, A Cara e a Coragem (1978) e Coração Paulista (1980).

Agora, é a vez de vinte cantoras de diversas gerações fazer seu tributo a um dos grandes nomes da história da nossa música pop.

O resultado é A Voz da Mulher Na Obra de Guilherme Arantes, lançamento que o selo Joia Moderna, do DJ Zé Pedro, deve lançar no formato físico até o fim de maio. Mas o trabalho já está disponível em mídia digital na loja virtual de música iTunes.

Entre outras, estão presentes no álbum Zizi Possi, Vanessa da Mata, Fafá de Belém, Ângela RoRo, Verônica Ferriani, Mariana Aydar e Célia, em releituras inéditas de composições escritas por Guilherme e gravadas originalmente nos anos 70 e 80 do século passado.

Veja a relação das faixas de A Voz da Mulher Na Obra de Guilherme Arantes:

1Meu Mundo e Nada Mais (1976) – Zizi Possi
2 Brincar de Viver (1983) – Cida Moreira
3 Cuide-se Bem (1976) – Vanessa da Mata
4Planeta Água (1981) – Fafá de Belém
5Êxtase (1979) – Adyel Silva
6O Melhor Vai Começar (1982) – Marcia Castro
7Amanhã (1977) – Ângela RoRo
8Pedacinhos (1983) – Tiê
9Loucas Horas (1986) – Verônica Sabino
10Muito Diferente (1989) – Verônica Ferriani
11Cheia de Charme (1985) – Silvia Machete
12Águas Passadas (1976) – Mariana Aydar
13Primaveras e Verões (1989) – Vânia Bastos
14Aprendendo a Jogar (1980) – Maria Alcina
15O Amor Nascer (1981) – Célia
16Só Deus É Quem Sabe (1980) – Luciana Alves
17Despertar do Amor (1985) – Leila Pinheiro
18Toda Vã Filosofia (1988) – Fhernanda Fernandes
19Canção de Amor (1987) – Daniela Procópio
20Vivendo com Medo (1980) – Marya Bravo

O genial Elton John faz 65 anos; e que gênio!

Por Fabian Chacur

O dia 25 de março é realmente muito especial para a história da música, especialmente o ocorrido no ano de 1947. Nele, nasceu na Inglaterra Reginald Kenneth Dwight, mais conhecido como Elton John.

Cantor, compositor e músico de primeiríssimo gabarito, Elton é um gênio, e não faltam argumentos para fundamentar tal afirmação.

Para começo de conversa, trata-se de um dos mais bem-preparados músicos no universo da música pop, com direito a formação erudita e tudo. Isso fica evidente para quem analisar seus discos com cuidado, pois as influências clássicas sempre se fazem presentes.

Toda essa bagagem foi ampliada quando o cara tomou contato com o rock and roll e o pop, e poucos compositores conseguiram misturar esses universos com tanta felicidade como ele.

Além de excelente tecladista e compositor, Elton é também um cantor excepcional, capaz de encarar rocks, funks, standards, country, soul e pop com rara personalidade e originalidade. Pastiche não é com ele!

Embora tenha vivido sua fase áurea entre 1970 e 1976, o mestre nunca deixou de nos oferecer obras legais nessas suas cinco décadas de carreira. Atrevo-me a dizer que ele tem, no mínimo, umas cem músicas excelentes, do tipo cinco estrelas, algo que poucos nomes por aí podem se gabar de ter.

Entre 1970 e 1976, período desse auge citado acima, ele lançou incríveis 12 álbuns, e me atrevo a dizer que rigorosamente todos são no mínimo bons ou ótimos. E olha que ele era pressionado a gravar toda hora e passou por uma idolatria por parte do público em todo o mundo.

Um bom exemplo: Captain Fantastic And The Dirt Brown Cowboy (1975) foi o primeiro álbum a estrear na parada americana direto no primeiro lugar. O segundo foi Rock Of The Westies (1976), do próprio Elton. Hoje, esse fato é banal, mas na época, ninguém havia conseguido tal façanha.

Outro: dá para imaginar que Skyline Pigeon, provavelmente seu maior hit no Brasil nos anos 70, só tenha feito sucesso por aqui? Mas é fato. A música saiu em uma versão com cravo no primeiro álbum do artista, em 1969 (Empty Sky).

Foi uma despretensiosa regravação, relegada ao lado B de compacto no exterior, que estourou por aqui, ao entrar na trilha sonora de uma novela global. E a música é linda! Ou seja, o cara tinha tantos hits potenciais que alguns até passavam batidos por aí…

A partir daí, alternou boas e más fases, mas nunca deixou de lotar todos os espaços onde tocou. Concordo que alguns de seus hits dos anos 80/90 são meio malas, tipo Nikita, Little Jeannie e Sacrifice, mas para cada uma dessas, ele tem no mínimo umas 20 irrepreensíveis.

E vale lembrar: ao vivo, Elton é simplesmente brilhante, conseguindo unir energia, carisma e um repertório sempre impecável. Nunca vou me esquecer do excepcional show que vi dele aqui em São Paulo em novembro de 1995, com mais de duas horas de duração e com uma música boa atrás da outra. Só sucessos!

Quando cheguei em casa, vi que ele poderia ter feito outro espetáculo, com a mesma duração e a mesma excelência em termos de set list, sem repetir uma única música e só se valendo de hits. Quantos artistas por aí poderiam fazer isso? Paul McCartney, Stevie Wonder e mais uma meia dúzia de outros.

Álbuns como Elton John (1970), Don’t Shoot Me I’m Only The Piano Player (1973), Goodbye Yellow Brick Road (1973), Captain Fantastic And The Dirt Brown Cowboy (1975) e Rock Of The Westies (1975) são apenas alguns de seus grandes álbuns, e merecem ser conferidos hoje, agora, já!

E o melhor: aos 65 anos, Sir Elton John continua na ativa, fazendo ótimos shows e lançando discos bacanas, como o que gravou ao lado de Leon Russell, por exemplo, The Union (2010). E vem mais coisas boas por aí, podem esperar.

Chega de papo! Ouça a seguir quatro das centenas de músicas desse cara que me proporciona tanto prazer desde que eu tinha meus 10 anos de idade. E parabéns, Tia Elton, você é demais!

Saturday Night’s Alright For Fighting:

Skyline Pigeon:

Rocket Man:

The Greatest Discovery:

Whitney Houston tem 3 CDs entre os 10 mais

Por Fabian Chacur

Após sua inesperada e trágica morte há quase duas semanas, Whitney Houston voltou com força total às paradas de sucesso. O interesse por seu trabalho cresceu tanto que gerou um fato único.

Antes desta última semana, nunca uma cantora havia conseguido emplacar três albuns ao mesmo tempo entre os 10 mais vendidos na parada americana, segundo a revista Billboard. Pois Whitney conseguiu quebrar essa escrita.

Durante a semana encerrada no dia 26 de fevereiro, a intérprete americana vendeu mais de 320 mil cópias de seus álbuns. Três deles ficaram entre os 10 mais vendidos.

São eles a coletânea dupla Whitney: The Greatest Hits (2000), no segundo posto com 174 mil exemplares vendidos, a trilha sonora The Bodyguard (1993), no sexto lugar com 47 mil cópias vendidas, e seu trabalho de estreia, Whitney Houston (1985), no nono posto com 30 mil cópias vendidas.

A última vez que um artista conseguiu essa façanha ocorreu no longínquo mês de julho de 1968, quando a dupla Simon & Garfunkel emplacou Bookends, a trilha do filme The Graduate e o álbum Parsley Sage Rosemary And Time entre os dez mais.

Os Beatles, o trio Peter Paul And Mary e o grupo Herb Alpert & Tijuhana Brass foram os outros a conseguir tal façanha, sendo que este último é o recordista, tendo emplacado quatro álbuns ao mesmo tempo entre os 10 mais vendidos.

Veja o clipe de How Will I Know, de Whitney Houston:

Saiba qual o melhor CD de Whitney Houston

Por Fabian Chacur

Praticamente ninguém discute que Whitney Houston (1963-2012) tinha uma das mais belas e bem treinadas vozes da história da música pop. Não é de se estranhar que tenha feito tanto sucesso.

No entanto, o jornalista Thales de Menezes, em matéria feita para a Folha de S.Paulo, levantou uma lebre bastante pertinente: a discografia da cantora americana não é das melhores.

Planejada desde o início de sua carreira solo para ser uma campeã de vendagens, Whitney não tinha muita liberdade para escolher o material que gravava. Resultado: seus álbuns de carreira são, sem exceção, bastante irregulares, sempre graças à presença de várias canções excessivamente formatadas para o sucesso.

Dessa forma, o melhor veículo para se apreciar sua voz maravilhosa são mesmo as coletâneas. Para ser mais preciso, The Best So Far, lançada em 2007 no Brasil pela Som Livre em parceria com a Sony.

Curiosamente, esta compilação não saiu no mercado americano, estando disponível no Reino Unido com o título The Ultimate Collection.

Nos EUA, a única coletânea disponível é The Greatest Hits, lançada em 2000 no formato CD duplo. No entanto, esse álbum não é nada recomendável, pois várias das canções mais balançadas aparecem em versões remix bem inferiores às originais, além de incluir algumas inéditas não muito bacanas.

The Best So Far tem como grande mérito a concisão. Traz 18 faixas que representam bem o que de melhor Whitney gravou entre 1985 e 2000, e nas versões originais.

No setor baladas, temos I Will Always Love You, I Have Nothing, Greatest Love Of All, Saving All My Love For You, Where Do Broken Hearts Go e Exhale (Shoop Shoop) como destaques.

O lado mais sacudido da obra da estrela surge em I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me), I’m Every Woman, How Will I Know, I’m Your Baby Tonight e It’s Not Right But It’s Okay, entre outras.

O CD pode ser ouvido de ponta a ponta e mostra como, mesmo em um contexto de música pop feita para vender muito, a cantora soube brilhar em termos artísticos.

Um pequeno problema, porém: como saiu em 2007 e a Som Livre ama tirar rapidamente seus produtos de catálogo, The Best So Far praticamente sumiu das lojas, tanto físicas quanto virtuais. Mas vale a pena ir atrás, pois se trata da melhor amostra do que de melhor essa fantástica intérprete gravou em sua carreira.

Curiosidades:

1) As melodias das baladas Greatest Love Of All e Didn’t Almost Have It All são muito semelhantes entre si. A explicação é simples: são do mesmo autor, Michael Masser, que também assina outro hit de Whitney, Saving All My Love For You. Essa, felizmente, é bem diferente das duas citadas… Apesar do autoplágio, as duas baladas são lindas.

2)I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me) e How Will I Know, que estouraram nos anos 80, são de autoria do então casal George Merrill e Shannon Rubicam. Eles ofereceram mais uma música de sua autoria à garota, que a recusou. Então, a dupla resolveu gravá-la por conta própria, usando o nome Boy Meets Girl. Sucesso. A canção, Waiting For a Star To Fall atingiu o top 5 nos EUA em 1988. O álbum com essa música, Reel Life, é uma aula de pop radiofônico bem feito.

3) A coletânea inclui dois duetos de Whitney com outras estrelas pop: When You Believe, com Mariah Carey (tema do desenho de longa metragem da Disney O Príncipe do Egito, de 1998) e If I Told You That, com George Michael (de 2000).

4) So Emotional tem como um de seus autores Billy Steinberg, um hitmaker de primeira linha. Também são dele Like a Virgin (Madonna), True Colors (Cyndi Lauper), Eternal Flame (Bangles), Alone (Heart) e I Drove All Night (Roy Orbison).

5) Em seu DVD Live At Union Chapel London (2004), David Byrne (ex-líder do grupo Talking Heads) surpreendeu seus fãs ao regravar um sucesso de Whitney Houston, I Wanna Dance With Somebody (To Love Me). Ficou bem legal!

Ouça I Have Nothing, com Whitney Houston:

Morre a diva pop/soul Whitney Houston

Por Fabian Chacur

O mundo da música pop recebeu há pouco uma notícia barra pesadíssima, às vésperas de mais uma cerimônia de entrega do Grammy, o Oscar desse setor entre aquilo que chamamos de arte.

Morreu por volta das 21h50 da noite deste sábado (11), no horário de Brasília, a cantora Whitney Houston. Seu corpo foi encontrado no quarto de um hotel em Beverly Hills, na California. A cantora tinha 48 anos de idade.

Ainda não se sabe qual a causa de sua prematura morte, que foi divulgada por volta de uma hora após ter ocorrido. O cadáver da intérprete norte-americana teria sido encontrado por sua empresária.

Nascida em 9 de agosto de 1963 em Newark, Nova Jersey, Whitney Houston era filha de outra grande cantora, a intérprete gospel e pop Cissy Houston, e prima da eterna diva Dionne Warwick.

Sua carreira profissional começou de forma gradativa, quando ela era ainda uma adolescente, participando de discos da mãe e de outros nomes. Sua primeira gravação como solista ocorreu em 1978 na música Life’s a Party, faixa-título do álbum da Michael Zager Orchestra, mais conhecida por seu megahit disco Let’s All Chant.

Whitney recebeu convites de Michael Zager e de diversos outros produtores para assinar um contrato como artista solo, mas a mãe preferiu esperar por uma proposta melhor, que acabou ocorrendo em 1983.

Naquele ano, o consagrado executivo Clive Davis ficou maravilhado com o potencial da jovem cantora e resolveu levá-la para a Arista Records (selo cujo acervo hoje pertence à Sony Music).

Sem pressa, Davis montou uma equipe repleta de nomes importantes da música pop naquele momento, entre os quais Jermaine Jackson, Kashif e Narada Michael Walden, e não poupou esforços para que aquele lançamento fosse bombástico. E foi.

Whitney Houston (1985), o tal álbum, esteve por 14 semanas não consecutivas no topo da parada americana, além de emplacar três singles no número 1 nessa categoria: Saving All My Love For You, How Will I Know e Greatest Love Of All.

A partir daí, a cantora viveu anos de ouro até 1996, emplacando três álbuns solo e 11 singles entre os mais vendidos. Sua participação na trilha do filme O Guarda-Costas (The Bodyguard, 1992), com as músicas I Have Nothing, I’m Every Woman e I Will Always Love You levaram o álbum a vender mais de 10 milhões de cópias nos EUA e ficar durante 20 semanas no primeiro lugar.

A cantora também estrelou esse filme ao lado de Kevin Costner, e participou de dois outros filmes de sucesso logo a seguir, Waiting To Exhale (Falando de Amor, 1995) e The Preacher’s Wife (1996), nos quais também gravou músicas para as respectivas trilhas sonoras.

Em 1992, no entanto, ela se casou com o ex-integrante do grupo New Edition e artista solo de rhythm and blues, Bobby Brown. O parceiro, com quem ficou oficialmente durante 15 anos, é acusado de introduzi-la no mundo das drogas, além de agredi-la por diversas vezes e ter ficado em cana durante um bom tempo.

A partir do lançamento do álbum My Love Is Your Love (1998), sua carreira perdeu o embalo, com discos de vendas bem inferiores aos dos bons tempos sendo lançados.

Quando lançou I Look To You (2009), CD que entrou direto na primeira posição da parada americana, Whitney ensaiou um retorno triunfal, mas pouco depois se viu que isso infelizmente não iria ocorrer.

No ano seguinte, o que tinha como objetivo ser uma turnê para reconquistar os milhões de fãs dos bons tempos acabou se tornando um dos momentos mais constrangedores da história do pop, com vídeos mostrando Whitney desafinando de forma terrível e inimaginável bombando no Youtube.

Whitney Houston morre na antevéspera do Grammy Awards 2012, ela que em sua carreira conseguiu seis estatuetas, além de inúmeros outros prêmios durante sua carreira.

Se frequentemente interpretava canções excessivamente melosas, quando acertava a mão a intérprete dava banhos de interpretação e swing, graças a uma voz poderosa e afinadíssima. Era uma legítima diva dos anos 80/90, e certamente deixará saudades nos quatro cantos do mundo.

Curiosidades sobre duas canções da trilha de O Guarda Costas: I Will Always Love You é de autoria da cantora country Dolly Parton, e foi gravada originalmente nos anos 70. Por sua vez, I’m Every Woman fez sucesso inicialmente na voz de Chaka Khan em 1978, com vocais de apoio de uma ainda adolescente Whitney. A veterana retribuiu o favor na releitura de Whitney.

Ouça Life’s a Party – Michael Zager Band, com Whitney e Cissy Houston nos vocais:

Ouça I’m Every Woman, com Whitney Houston:

Ouça I Will Always Love You, com Whitney Houston:

Faixa inédita do Abba sairá em abril

Por Fabian Chacur

Os fãs do grupo Abba podem esfregar as mãos. Uma faixa inédita da banda sueca será a atração do relançamento do álbum The Visitors, previsto para chegar ao mercado no dia 23 de abril.

A canção intitula-se From a Twinkling Star To a Passing Angel, e equivale ao principal atrativo do relançamento no formato Deluxe Edition de The Visitors, que também incluirá mais faixas-bônus e um DVD.

Lançado originalmente em 30 de novembro de 1981, este foi o último álbum de estúdio lançado pelo lendário grupo sueco antes de sua separação, que ocorreria um ano depois.

O trabalho tem como marca um flerte do quarteto com as sonoridades eletrônicas que predominavam no pop da época, e inclui como destaques as faixas The Visitors (Crakin’ Up), When All Is Said And Done e One Of Us.

Apesar das inovações e de seu bom conteúdo artístico, The Visitors teve repercussão abaixo da dos trabalhos anteriores de Agnetha, Benny, Bjorn e Frida, atingindo apenas a posição de número 29 nos EUA, por exemplo.

Ouça The Visitors (Crakin’ Up), com o Abba:

Adele agora tenta ultrapassar Whitney Houston

Por Fabian Chacur

Adele, como se previa, conseguiu desempatar a disputa com a trilha do filme Titanic, e nesta semana consegue completar sua 17ª semana não-consecutiva no primeiro posto da parada de sucessos americana.

Agora, seu segundo álbum, 21, é o trabalho com a maior permanência no topo das paradas desde outra trilha sonora, a do filme The Bodyguard (O Guarda-Costas), que fez a festa nos anos de 1992 e 1993, ficando 20 semanas no primeiro lugar.

E temos uma bela curiosidade aqui. Se em Titanic o destaque era uma faixa com a canadense Celine Dion, no caso de The Bodyguard tivemos outra diva da canção pop como chamariz, a americana Whitney Houston.

21 vendeu esta semana 95 mil cópias, enquanto o álbum que está agora no segundo posto, Kidz Bop 21, viu comercializadas 59 mil cópias.

Segundo os analistas da Billboard americana, não se sabe se Adele conseguirá emplacar mais semanas no topo, pois a disputa nas próximas semanas promete ser mais intensa. Vamos ver no que vai dar.

De quebra, o single Set Fire The Rain também chegou ao primeiro lugar entre os mais vendidos nos EUA, repetindo a façanha realizada por duas outras faixas de 21, Rolling In The Deep e Someone Like You. A canção conseguiu nesta semana 185 mil downloads legalizados e pagos.

Veja versão ao vivo de Set Fire The Rain, de Adele:

Título do novo CD de Madonna gera polêmica

Por Fabian Chacur

Nem bem divulgou o nome de seu 12º álbum de estúdio, o primeiro em quatro anos, Madonna vê surgir uma nova polêmica, a enésima em seus mais de 30 anos de carreira.

Em entrevista concedida a Graham Norton à rádio britânica BBC 1, a cantora e compositora disse que o novo trabalho terá como título MDNA, com lançamento previsto para o dia 12 de março.

Embora seja apenas uma abreviação do nome da estrela pop, a organização antidrogas Cannabis Skunk Sense condenou o fato de o título ser semelhante ao da droga MDMA, também conhecida por ecstasy.

“Foi uma escolha infeliz”, afirmou ao tabloide britânico The Sun a porta-voz dessa organização, Lucy Dawe.

A versão na íntegra do primeiro single a ser extraído de MDNA, Gimme All Your Luvin’, será lançada oficialmente no fim do mês, e conta com as participações das estrelinhas pop Nick Minaj e Mia.

No dia 5 de fevereiro, Madonna será a atração do show do intervalo da edição 2012 do Super Bowl, a maior competição esportiva dos EUA, e a que consegue os maiores índices de audiência na TV.

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