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Crikka Amorim lança novo EP com show no Rio de Janeiro

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Por Fabian Chacur

Cantora, compositora, guitarrista, arranjadora, produtora musical e diretora vocal, Crikka Amorim é o que podemos definir como uma profissional versátil e experiente. Com 30 anos de carreira, ela acaba de lançar um novo EP, Corações Plugados. A artista mostra o repertório deste novo trabalho com um show no Rio de Janeiro neste sábado (1º/10) às 19h30 no Centro de Referência da Música Carioca (rua Conde de Bonfim, nº 824- Tijuca- fone 0xx21-3238-3831), com ingressos a R$ 10,00 (meia) e R$ 20,00 (inteira).

Corações Plugados, também disponível no formato físico, traz seis faixas, entre composições autorais e releituras de obras de outros autores. A faixa-título, de Crikka e Elisa Queiróz, é um dos destaques, ao lado de Intimidade (Zélia Duncan) e Ou Bola Ou Búlica (João Bosco e Aldyr Blanc). Anteriormente, a artista conseguiu boa repercussão com o CD Pirataria- Crikka Amorim Canta Rita Lee (2007), todo em cima do repertório da eterna rainha do rock brasileiro.

No show deste sábado, Crikka terá a seu lado Fabiano Salek (percussão e bateria), Didier Fernan (baixo) e Nito Lima (guitarra). Com uma postura e acento tipicamente roqueiros, ela no entanto não deixa de lado outras influências bacanas, como samba, pop, MPB e romantismo, valendo-se de sua voz segura e repleta de personalidade.

Intimidade– Crikka Amorim:

Caixa traz a melhor época da carreira da incrível Rita Lee

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Por Fabian Chacur

Em suas cinco décadas de carreira musical, Rita Lee nos proporcionou um acervo de primeira linha, repleto de discos bacanas e canções que entraram no inconsciente coletivo do brasileiro. Como forma de celebrar essa trajetória brilhante, a Universal Music está lançando a caixa Rita Lee, que traz 20 CDs de carreira e uma coletânea com raridades. Embora traga algumas imperfeições inaceitáveis, contém material artístico riquíssimo.

Vamos aos principais problemas existentes neste lançamento. Logo de cara, chama a atenção a inexistência de um livreto dando uma geral na carreira de Rita, ou ao menos textos incluídos em cada CD que cumprissem essa tarefa. Toda caixa retrospectiva decente possui esse tipo de conteúdo. A própria Universal lançou uma há pouco de Zeca Pagodinho com um livreto bem simpático. Por que a maior roqueira brasileira não merecia algo do gênero? Bola fora!

Dois dos CDs vem com problemas inaceitáveis. Rita Lee e Roberto de Carvalho (1982) omite a faixa Brasil Com S, que conta com a participação especial de João Gilberto. A edição anterior no formato digital, lançada em 1995, incluía a faixa. O engraçado é que o encarte traz reprodução do original do vinil, com a letra e a ficha técnica dessa gravação. Fica a pergunta: o que levou a gravadora a omitir tal música?

A resposta mais simples é por incluir a participação do “Mala dos Malas”, que mantém há anos seu trabalho registrado originalmente pela EMI fora de catálogo, graças a uma disputa judicial que parece não acabar nunca. Aparentemente, a Universal ficou com medo do bossa novista pegar no pé deles. Teria sido uma autocensura? Seja como for, o CD ficou incompleto, e a edição de 1995 da EMI virou raridade.

O segundo CD problemático entra na raia do bizarro. A faixa 4 da nova edição do CD 3001 deveria incluir Erva Venenosa, mas na verdade nos oferece, acredite se quiser, Por Enquanto, com Cassia Eller. Tudo bem, as duas eram amigas, a saudosa intérprete até participou do Acústico MTV de Rita, mas pera lá…. Essa realmente foi de doer.

Esses problemas tornam, então, essa caixa um abacaxi caro? Não exatamente. A começar pelo fato de trazer todos os discos de carreira lançados por ela como artista solo ou com o Tutti Frutti entre 1970 e 1990. Ou seja, o filé mignon de sua carreira. O essencial de sua produção musical está aqui, em versões remasterizadas com bons encartes contendo, letras, fichas técnicas e tudo o mais.

Outro ponto alto é a coletânea Pérolas, que traz 13 faixas que não entraram nos álbuns de carreira da Titia Rita, lançadas originalmente em trilhas de novela, tributos a outros artistas, trilhas de filmes e compactos. Algumas são clássicos incríveis, como Lá Vou Eu, Ambição, Arrombou a Festa, Fonte da Juventude e Felicidade. Seria justo se, daqui a algum tempo, fosse lançada de forma avulsa.

Além dos 16 trabalhos lançados entre 1970 e 1990 e a coletânea, temos aqui quatro discos escolhidos de forma aleatória: os medianos de estúdio Santa Rita de Sampa (1997) e 3001 (2000) e os bem bacanas ao vivo Acústico MTV (1998) e MTV Ao Vivo (2004).

Quem comprar a caixa precisará ter os discos a seguir para completar a discografia de Rita Lee (sem contar sua fase nos Mutantes): Rita Lee Em Bossa ‘N’ Roll (1991), Rita Lee (1993), A Marca da Zorra (1995, ao vivo), Aqui Ali Em Qualquer Lugar (2001), Balacobaco (2003), Multishow Ao Vivo (2009) e Reza (2012). Mas o melhor está mesmo nela.

Ouvir esses álbuns na sequência equivale a uma viagem no tempo. Build Up (1970) e Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida (1972) ainda a ligam muito aos Mutantes. Atrás do Porto Tem Uma Cidade (1974) a flagra rumo a uma nova sonoridade, menos psicodélica e malucona e mais associada ao rock and roll a la Rolling Stones, só que do jeito dela. A voz encorpa, o som fica mais direto.

Fruto Proibido (1975), Entradas e Bandeiras (1976) e Babilônia (1978) a firmam ao lado do Tutti Frutti como a grande roqueira brasileira, repleta de clássico como Ovelha Negra, Jardins da Babilônia, Agora é Moda, Coisas da Vida e tantos outros. De quebra, em 1977, um histórico ao vivo ao lado de Gilberto Gil, o vibrante Refestança.

Sem o Tutti Frutti de Luis Carlini e assumindo a parceria com Roberto de Carvalho, Rita mergulha na mistura do rock com o pop em uma sequência de cinco álbuns clássicos e que venderam milhões de cópias entre 1979 (ano de Mania de Você, Chega Mais, Doce Vampiro) e 1983. São muitos hits, como Lança Perfume, Baila Comigo, Desculpe o Auê, Flagra, On The Rocks….Só dava ela nas paradas de sucesso.

Rita Lee e Roberto de Carvalho (1985), dos hits Vírus do Amor e Vítima, investiu em uma sonoridade new romantic-new wave, enquanto os discos seguintes (Flerte Fatal-1987, Zona Zen-1988 e Rita Lee e Roberto de Carvalho-1990) misturavam uma tentativa de retomar os tempos de muito sucesso com explorações mais ousadas ou foras do padrões. Bons discos muito detonados pelos críticos na época e que envelheceram com dignidade.

Rita Lee, a caixa, merecia uma versão revisitada, corrigindo seus problemas. Seja como for, traz o auge dessa grande cantora, compositora e musicista paulistana, um talento que transcendeu classificações e rótulos ao criar uma sonoridade própria repleta de alto astral, romantismo e irreverência, cristalizadas em belas canções.

Fonte da Juventude– Rita Lee:

Ambição– Rita Lee:

Lá Vou Eu– Rita Lee:

Vírus do Amor– Rita Lee:

Mutante– Rita Lee:

Caixa com álbuns clássicos do grupo Mutantes sai em breve

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Por Fabian Chacur

Está prevista para sair no dia 29 de julho uma caixa dedicada a um dos grupos mais importantes da história do rock brasileiro, os Mutantes. A compilação reúne os álbuns lançados pela banda em sua fase áurea, entre 1968 e 1972, mais o póstumo Tecnicolor (gravado em 1970 mas lançado apenas em 1999) e uma coletânea contendo raridades e colaborações do grupo com outros artistas.

Os discos de carreira incluídos no pacote são Os Mutantes (1968), Mutantes (1969), A Divina Comédia Ou Ando Meio Desligado (1970), Jardim Elétrico (1971) e Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets (1972). Tecnicolor só saiu em 1999 e foi gravado na Europa em 1970.

A coletânea Mande Um Abraço Pra Velha, criada especialmente para integrar esta caixa, mescla gravações raras lançadas em compactos de vinil a colaborações da banda com artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. As faixas são: Domingo no Parque, Canção Pra Inglês Ver/Chiquita Bacana, Ando Meio Desligado (versão compacto), The Rain The Park And Other Things, Cinderella Rockfella, Glória Ao Rei Dos Confins do Além, Baby, Saudosismo, Marcianita, A Voz do Morto, Lady Madonna, Mande Um Abraço Pra Velha e Ando Meio Desligado.

Ouça Mande Um Abraço Pra Velha, com os Mutantes:

Rita Lee disponibiliza músicas gratuitamente

Por Fabian Chacur

A nova versão do site oficial de Rita Lee (www.ritalee.com) oferece aos fãs do melhor rock and roll um verdadeiro tesouro.

No endereço http://www.ritalee.com/?page_id=761, você terá acesso aos 32 álbuns que a rainha do rock brasileiro gravou em carreira solo e com os Mutantes.

Exceto músicas que gravou especialmente para trilhas de novela e outros projetos de forma avulsa, tudo o que ela registrou nesses 43 anos de produtiva carreira se encontra lá.

Você clica na capa de cada álbum e tem a opção de escolher as músicas, que aparecem com a letra e a opção de audição na íntegra, no sistema streaming, ou seja, pode-se ouvir quantas vezes se quiser, mas não dá para baixar.

Enquanto isso, a cantora e compositora paulistana continua preparando dois novos CDs e fazendo shows da turnê ETC..

Os próximos serão em Curitiba (Teatro Positivo, dia 26), São Paulo (Teatro Bradesco, 1º e 2 de abril) e Buenos Aires (Teatro Gran Rex – 20 de maio).

Mondo Pop recomenda seis discos de Rita Lee para você começar a sua viagem gratuita e deliciosa por sua obra:

BUILD UP (1970)

Curioso primeiro trabalho solo de Rita que contém como destaques dois covers. Um é José, versão de Nara Leão para Joseph, de Georges Moustaki, na qual fica difícil acreditar que não é Fernanda Takai quem está cantando (ou a própria Nara!), e o outro, And I Love Her, dos Beatles, que fica mais rocker e experimental e vira And I Love Him.

Atrás do Porto Tem Uma Cidade (1974)

Inclui um dos maiores clássicos do rock nacional de todos os tempos, Mamãe Natureza, verdadeira profissão de fé na vida e no rock and roll repleto de energia e estilo. Seria um dos primeiros grandes petardos de Rita Lee a mostrar um estilo próprio e distante dos Mutantes que a revelaram de forma tão marcante. A partir daqui, ela era única.

Fruto Proibido (1975)

O que parecia ainda um monte de sementes sendo devidamente plantadas e regadas nos trabalhos anteriores virou, aqui, uma colheita repleta de riqueza musical. É um clássico atrás do outro, incluindo Ovelha Negra, Dançar Pra Não Dançar, Agora Só Falta Você e Esse Tal de Roque Enrow. Espetacular, presença constante nos melhores discos do rock brazuca.

Babilônia (1978)

Aqui, Rita se firma de vez como roqueira em petardos como Jardins da Babilônia, Miss Brasil 2000 e Que Loucura e vai ainda além nas balançadas Agora é Moda, Eu e Meu Gato (com fortes toques de Honky Cat, de Elton John, mas sem cair no mero plágio) e a deliciosamente pop Disco Voador. Começava a surgir um pop rock a brasileira. O meu favorito da Tia Rita.

Rita Lee (1979)

O poder pop de Tia Rita se manifesta na belíssima e latina Mania de Você (com fortes ecos de From The Beginning, de Emerson, Lake & Palmer), no reggae Maria Mole e no pop rock Chega Mais, enquanto o rockão marcou presença na sensacional Papai Me Empresta o Carro. E tem a balada pop e envolvente Doce Vampiro. Um marco do pop rock brazuca.

Rita Lee (1980)

Espécie de confirmação do formato do álbum anterior, tem como destaque a explosiva Lança Perfume, com seu timbre de teclados a la What a Fool Believes, dos Doobie Brothers, e um balanço e letra irresistíveis. Traz também o rockão Orra Meu, as latinas Baila Comigo e Caso Sério, a delicada Shangrilá… Nascia o pop rock nacional dos anos 80!

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