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Bruno Mog lança seu primeiro álbum com show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Com 33 anos de idade, Bruno Mog lança o seu primeiro álbum. Uma fase da vida em que outros artistas já teriam lançado diversos outros trabalhos. Este cantor, compositor e músico nascido em Lins (SP), criado na região do Portal do Paranapanema (PR) e radicado em São Paulo desde 2005, preferiu, no entanto, não precipitar as coisas. “Procurei me preparar bem e fazer isso apenas quando me senti preparado”, explica. Ele mostra o repertório do álbum e músicas de outros artistas em show neste sábado (2) às 15h na Casa Pompeia (avenida Pompéia, nª 681- Vila Pompeia- fone 0xx11- 2597-0681), com ingressos a R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira), sendo que ambos os valores incluem de brinde a versão física do trabalho.

A estrada de Bruno até chegar ao primeiro CD foi longa. Ele se interessou por música desde moleque, e contou com o apoio incondicional do pai. “Meu pai sempre me incentivou a estudar, me cobrou muito isso”. Em 2005, ele se mudou para São Paulo com o intuito de cursar a faculdade de artes cênicas, e não demorou a se envolver com o teatro, trabalhando em diversos espetáculos. Paralelamente, atuava com uma banda na qual incluía músicas de sua autoria.

Há três anos, sentiu que havia chegado a hora de arregaçar as mangas para criar seu primeiro álbum solo, e passou a se concentrar nisso. Como inspiração, ouviu Tim Maia, Skank, Paralamas do Sucesso, Cazuza, Los Hermanos e Elis Regina, entre outros. Desse mix, saíram características de suas composições, que trazem elementos de blues, MPB, folk e rock. “No Brasil, a gente tem o costume de ouvir de tudo, os gêneros se misturam, isso é muito bom”.

O resultado é um trabalho disponível nas plataformas digitais e também em formato físico com sete músicas, escolhidas a partir de um universo de 14. “Não sou um Guilherme Arantes, que diz compor uma música por dia. Escrevo conforme vêm a inspiração. Crio em cima de coisas do mundo, misturo experiências próprias com aquilo que observo e transformo em canções”, define.

O álbum, extremamente consistente e que se divide em climas blueseiros e momentos mais próximos do folk, foi finalizado no Canadá com o engenheiro de som João Thiré, conhecido por seu trabalho com a cantora Mart’nália.

O som de Bruno Mog conta com generosas intervenções de metais como trombone, trumpete e sax. “Uso muito os metais como se fossem a extensão da minha voz, uma segunda ou terceira voz, e tem a ver com os artistas de que mais gosto, que também se valem desse recurso musical de forma criativa”.

No show deste sábado (2), Bruno cantará e tocará guitarra, acompanhado por uma banda com direito a naipe de metais, backing vocals, guitarra, baixo e bateria. Além das músicas autorais do disco, entre as quais as ótimas Flores de Outono, Avoa, Hey Man e Só Quero Ser Feliz, também teremos releituras de canções alheias, entre as quais Todo Amor Que Houver Nessa Vida, de Cazuza, e outras de Tim Maia, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. “Mas não faço versões iguaizinhas, procuro colocar o meu toque pessoal nelas”, adverte.

Ouça Flores de Outono, de Bruno Mog:

Altemar Dutra Jr. dá uma prévia de novo CD com show em Sampa

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Por Fabian Chacur

Filho de peixe, peixinho é, não é mesmo? Bem, nem sempre. Tem alguns rebentos de grandes músicos e cantores que, infelizmente, não chegam nem mesmo aos pés do talento de seus genitores. Para felicidade geral de todos, Altemar Dutra Jr. não só possui muito talento, como conseguiu honrar o nome de seu pai, Altemar Dutra (1940-1983), um dos grandes cantores românticos do Brasil em todos os tempos. O intérprete está na fase final da preparação de seu novo álbum, O Melhor de Mim, e se apresenta em São Paulo nesta quarta-feira (30) às 21h no Teatro Itália (Avenida Ipiranga, nª 344- subsolo do Edifício Itália- fone 0xx11-3255-1979), com ingressos custando R$ 40,00 (meia) e R$ 80,00 (inteira).

Neste show, que terá a participação especial do cantor Alexandre Arez, Dutra Jr. mostrará em primeira mão algumas faixas que estarão em O Melhor de Mim. As músicas levam assinaturas nobres: Michael Sullivan, Paulo Massadas, Lincoln Olivetti, Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Benito di Paula, Isolda, Peninha, José Augusto e Antonio Marcos. Também será incluída no CD uma composições inédita do próprio intérprete, intitulada Pequenas Coisas da Vida.

O repertório ainda trará músicas dos trabalhos anteriores do cantor e compositor paulistano nascido em 16 de abril de 1969, entre as quais temos releituras preciosas dos hits de seu saudoso pai. Sentimental Demais, Risque, Contigo Aprendi, Que Queres Tu de Mim e Somos Iguais devem ser algumas delas. Ele estreou em disco em 1997 com Transparente, e desde então lançou outros quatro e um DVD, sem incluir o novo CD, em fase final de mixagem.

Ouça o CD Sentimental Nós Somos (2014), de Altemar Dutra Jr.:

Paulo Miklos celebra seus 60 anos com dois shows em SP

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Por Fabian Chacur

Nesta segunda-feira (21), Paulo Miklos completou 60 anos de idade. Como forma de celebrar essa bela efeméride com seus fãs paulistanos, o cantor, compositor e músico fará shows nesta sexta (25) às 18h e sábado (26) às 21h no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nª 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

A base para o repertório será o seu mais recente trabalho solo, A Gente Mora no Agora (2017), que inclui pelo menos um grande sucesso, Vou Te Encontrar, composição do ex-colega de Titãs Nando Reis que integrou com destaque a trilha sonora da novela global O Outro Lado do Paraíso. Também teremos composições escritas por ele em parceria com Emicida (A Lei Desse Troço), Guilherme Arantes (Estou Pronto) e Céu (Risco Azul).

Lógico que farão parte do set list canções de seus tempos de Titãs, e entre elas estão escaladas É Preciso Saber Viver (clássico de Roberto e Erasmo Carlos que a banda trouxe de volta às paradas nos anos 1990), Pra Dizer Adeus, Sonífera Ilha e Vossa Excelência, esta última lançada há mais de dez anos e mais atual do que nunca. Paulo, que cantará e tocará violão e guitarra, terá a seu lado Michelle Abu (bateria), Michelle Cordeiro (guitarra) e Otávio Carvalho (baixo).

Vou Te Encontrar (clipe)- Paulo Miklos:

Mutinho mostra as músicas de Meu Segredo no Bar Brahma

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Por Fabian Chacur

Mutinho está há mais de 50 anos na cena musical brasileira. Nesses anos todos, brilhou como baterista e compositor, tendo atuado ao lado de Toquinho, Vinicius de Moraes, Elis Regina, Nara Leão, Pery Ribeiro, Chico Buarque, Leny Andrade e outros. No entanto, ele só havia lançado um único disco próprio, um compacto duplo em 1977. Faltava um álbum completo. Não falta mais. Lançado pela gravadora Kuarup, Meu Segredo já está disponível nas plataformas digitais e em uma magistral versão em CD com direito a capa do mestre Elifas Andreato e encarte luxuoso. O show completo de lançamento em São Paulo será realizado nesta quarta-feira (9) às 21h no Bar Brahma (avenida São João, nª 677- Centro- fone 0xx11-2039-1251), com couvert artístico a R$ 30,00.

Meu Segredo teve um parto complicado, digamos assim, pois suas gravações foram realizadas durante longos cinco anos, com início em 2012 e finalização em 2017. Mas valeu a pena a espera. E convenhamos: para quem aguardava por essa realização desde a década de 1960, até que não demorou tanto assim… O repertório é totalmente autoral, mesclando composições inéditas e outras gravadas anteriormente, parcerias com Vinícius de Moraes, Toquinho, João Palmeiro, Carlos Chagas, Marcio Mutalupi e Luiz Carlos Seixas.

As sonoridades se alternam entre samba, marcha-rancho, bossa nova, valsa e latinidade, com direito a belas melodias e letras inteligentes e sensíveis. Temos as participações especiais da saudosa Miúcha e também de Toquinho e Georgiana de Moraes, esta última filha do inesquecível Poetinha.

Com concepção artística e produção artística de Wagner Amorosino, Bruno De La Rosa e Marcos Alma, o CD conta em seu elenco de músicos com feras do porte de Silvia Góes (piano), Fi Maróstica (baixo) e Alex Braga (violino), entre outros. Um dos destaques é a deliciosa faixa Turbilhão, hit na gravação de Toquinho & Vinícius em 1975 e muito bem relida aqui.

No show, Mutinho, baterista que assumiu seu lado vocalista neste CD, terá a seu lado Bruno De La Rosa (violão e voz), Wagner Amorosino (teclado) e Nicolo De Caro (percuteria). No show, as canções do CD e outras, entre as quais possivelmente outro hit de Toquinho & Vinícius que leva a sua assinatura, Escravo da Alegria. Como se não bastasse tanto currículo, Mutinho ainda é sobrinho do grande compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues. Aliás, seu nome de batismo é Lupicinio Morais Rodrigues, e também tem origem nos pampas gaúchos, nascido em Porto Alegre em 4 de fevereiro de 1941. Mas que baita pedigree, tchê!

Ouça Meu Segredo, de Mutinho, em streaming, na íntegra:

Barão Vermelho mostra um novo single com show no Circo Voador

Foto: Leo Aversa

Foto: Leo Aversa

Por Fabian Chacur

O Barão Vermelho sofreu dois fortes abalos nos últimos meses, com as saídas de Roberto Frejat (vocal e guitarra) e Rodrigo Santos (baixo e vocais). No entanto, a histórica banda carioca sacudiu a poeira, deu a volta por cima e se mantém mais na ativa do que nunca. Após a entrada de Rodrigo Suricato na vaga de Frejat, com Márcio Alencar assumindo a função de baixista, eles lançam um primeiro single inédito, o contagiante A Solidão Te Engole Vivo, que será mostrado em show para o público pela primeira vez nesta sexta (28) às 23h no Rio, no Circo Voador (avenida dos Arcos, s-nº- Lapa- fone 0xx21-2533-0354), com ingressos a R$ 60,00 (meia) e R$ 120,00 (inteira).

Em entrevista via fone a Mondo Pop, o guitarrista Fernando Magalhães, há mais de trinta anos no grupo ao lado dos fundadores Guto Goffi (bateria) e Maurício Barros (teclados) nos conta tudo sobre a fase atual da banda que ajudou a consolidar o rock no Brasil, e também sobre seus planos para o futuro.

MONDO POP- O que gerou as saídas de Roberto Frejat e Rodrigo Santos, e como o grupo as encarou?
FERNANDO MAGALHÃES
– O Frejat e o Rodrigo tem carreiras muito solidificadas. Ficou difícil se dedicar ao Barão e aos outros projetos que possuem, ao mesmo tempo. Para eles, no fim das contas, foi melhor sair. A saída do Frejat não foi nenhuma surpresa, víamos a carreira-solo dele consolidada, abriu para o Eric Clapton, tocou no Rock in Rio.

MONDO POP- E como está sendo seguir em frente, com esses dois belos desfalques?
FERNANDO MAGALHÃES
– Fico muito feliz de tocar no grupo. A entrada do Rodrigo Suricato nos deu uma nova energia, um gás muito grande, pois ele é muito fã do Barão, além de ser uma pessoa muito boa, maravilhosa. Logo no primeiro ensaio, tocamos 19 músicas de cara, sem ensaios anteriores, e ele sabia todas essas músicas, voz e guitarra! O cara tem muita intimidade com esse repertório, que todos na banda gostam muito de tocar. Isso nos ajudou bastante.

MONDO POP- Fale um pouco sobre A Solidão Te Engole Vivo, que é uma parceria sua com o Guto e o Maurício, como surgiu e como foi escolhida como o cartão de apresentações dessa nova fase do grupo.
FERNANDO MAGALHÃES
– Escolhemos essa música porque ela tem bem a cara do Barão, mas com elementos novos. Fala de amor, sem apontar na cara de ninguém, é de âmbito geral. O tema básico é o fato de que as pessoas fazem melhor as coisas juntos do que sozinhas, não tem uma conotação política. A letra foi escrita pelo Guto.

MONDO POP- E como sendo está esse processo de compor canções novas, nessa nova fase da banda?
FERNANDO MAGALHÃES
– A gente já vem compondo há algum tempo. Antes, gravamos algumas músicas antigas com o Suricato nos vocais, colocamos nas plataformas digitais e depois saímos para a estrada. O projeto de composições novas veio logo a seguir. O Barão sempre fez trabalhos diferentes em cada novo disco, e procuramos ver como seria esse novo momento do grupo. Estamos compondo os quatro, em várias formações.

MONDO POP- Vocês pretendem lançar em breve um novo álbum? Será em formato físico também?
FERNANDO MAGALHÃES
– Vamos lançar o disco em formato físico, é um produto maneiro de se ter na mão. Ainda iremos lançar mais um single antes do álbum completo, que deve sair no primeiro semestre de 2019.

MONDO POP- Como tem sido esse contato inicial com os fãs após a entrada do Suricato?
FERNANDO MAGALHÃES
– Para nós, é um grande desafio, um novo recomeço, mas que você recomeça não como se fosse um bebê. A reação do público ao Suricato está sendo muito boa, estamos nos divertindo muito. Tem gente conhecendo a banda agora. O documentário Por que a Gente é Assim? nos ajudou a ficar mais conhecidos pelas novas gerações, que estão demonstrando uma curiosidade muito grande pelo Barão. E o show sempre foi o nosso forte.

MONDO POP- Em 2017, você lançou um belo álbum em dupla com o Rodrigo Santos, o Efeito Borboleta (leia a resenha aqui). Como avalia a repercussão dele?
FERNANDO MAGALHÃES
– Tenho muito orgulho desse trabalho, mas acho que lançamos em uma época imprópria, quando as atenções estavam mais voltadas para a reformulação do Barão Vermelho.

A Solidão Te Engole Vivo (video)- Barão Vermelho:

Ritchie relê seus vários hits com requinte em show em São Paulo

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Por Fabian Chacur

A essa altura dos acontecimentos, pode-se se dizer, sem medo de errar, que Richard David Court é bem mais brasileiro do que inglês. Afinal de contas, o cantor, compositor e músico britânico de 66 anos viveu 46 deles na Terra Brasilis, incorporando à sua personalidade a simpatia e informalidade típicas dos nascidos aqui. Mas ele conserva marcas britânicas como a educação e o refinamento. É dessa forma chique e popular que ele se apresentará nesta sexta (21) às 21h30 em São Paulo no Tupi Or Not Tupi (rua Fidalga, nª 360- Vila Madalena- fone 0xx11-3813-7404), com ingressos a R$ 120,00.

A sofisticação começa não só pelas roupas elegantes vestidas pelo comandante da festa e seus parceiros, mas especialmente pela alta categoria desses músicos que integram a banda de apoio de Ritchie, batizada não por acaso de Black Tie. Integram o timaço os incríveis Mário Manga (cello e guitarra), Fernando Nunes (baixo), Tuco Marcondes (violão de aço), Fabio Tagliaferri (viola de arco) e Kuki Stolarski (bateria), músicos com currículos equivalentes a listas telefônicas.

O repertório fará um verdadeiro voo de coração pelos diversos hits de Ritchie nos anos 1980, sua época de maior popularidade, durante a qual era presença garantida em programas de TV populares. Com versões mais acústicas e requintadas, hits como Menina Veneno, Voo de Coração, Casanova, Pelo Interfone e Transas estão garantidos. Tomara que rolem também algumas das faixas do recente álbum Old Friends- The Songs Of Paul Simon (2016), no qual o cantor releu ao lado da Black Tie clássicos do grande Paul Simon com muita categoria.

Old Friends- Songs Of Paul Simon (ouça em streaming):

Tânia Grinberg e Fabio Madureira lançam CD com show em Sampa

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Por Fabian Chacur

Tânia Grinberg e Fabio Madureira se conheceram em 2013, quando participavam do curso de pós-graduação em canção popular da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Em 2015, deram início a um trabalho em dupla cujo primeiro fruto, o CD Gota Onde Nada o Peixe, acaba de sair. Um desses trabalhos mágicos, envolventes, que te capturam logo de cara, na primeira audição, de bate-pronto. Eles mostram suas canções em São Paulo neste sábado (15) às 21h no Teatro da Rotina (rua Augusta, nª 912- cj.12- Consolação- fone 0xx-3582-4479), com ingressos a R$ 20,00 e R$ 40,00.

Se a dupla ainda vive momentos iniciais, o currículo de seus integrantes é repleto de itens. Tânia é cantora, compositora, escritora, educadora e atriz. Integra o grupo Azdi, que investe em música judia. Lançou o livro Balada dos Bichos, e este ano, três anos depois, nos oferece um disco com músicas compostas a partir do livro. Por sua vez, Fábio, que canta, compõe e toca violão e percussão, é formado em música e estudou violão popular e clássico, além de ser professor de guitarra e violão. Toda essa experiência se refletiu na qualidade deste primeiro trabalho.

Definir as 11 faixas de Gota Onde Nada o Peixe é uma tarefa complicada, pois o duo mostra versatilidade, mostrando influências de folk, música de vanguarda, ritmos brasileiros e até mesmo rock progressivo, com um tempero psicodélico simplesmente irresistível. Cada canção equivale a uma nova viagem sensorial por mares nunca dantes apreciados. Participam do álbum gente talentosa do porte de Antonio Nóbrega, Alexandre Fontanetti, Guilherme Kastrup e Ari Colares, entre outros. Uma turma afiada, jogando em prol de cada canção.

Novelo, Dragão Dourado, Gota Onde Nada o Peixe, Toca o que Não Vê , Semente e Fluir, Florir são destaques de um trabalho no qual temos a voz límpida e extremamente bem colocada de Tânia, aliada ao violão delicado de Fabio. No show deste sábado, eles terão a participação de Priscila Brigante na percussão. Distribuído pela Tratore, o CD Gota Onde Nada o Peixe é um dos lançamentos mais bacanas de 2018, ideal para quem curte música inventiva e boa de se ouvir.

Gota Onde Nada o Peixe -Tânia Grinberg e Fabio Madureira:

Luiz Ayrão revisita seus hits e clássicos alheios em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Luiz Ayrão é um artista cujo currículo é dos mais responsáveis. Começou a ser conhecido no cenário musical como compositor, e nos anos 1970 tornou-se um dos grandes nomes da nossa música popular. Ele será a atração nesta sexta-feira (14) às 21h30 em São Paulo no Sesc Belenzinho- Comedoria (rua Padre Adelino, nª 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00. Ele será acompanhado pela banda Catedral do Samba, composta por seis músicos.

Nascido no Rio de Janeiro em 19 de janeiro de 1942, este cantor, compositor e músico tirou a sorte grande ao ter músicas como Nossa Canção e Ciúme de Você gravadas por ninguém menos do que Roberto Carlos, quando o Rei vivia o seu auge na era da Jovem Guarda, na segunda metade dos anos 1960. Tendo como marca o romantismo, ele passou a fazer sucesso com sua própria (e ótima, por sinal) voz nos anos 1970, graças a hits marcantes como Porta Aberta, Bola Dividida, Lencinho e Os Amantes, canções que provam ser ele um legítimo precursor do pagode romântico dos anos 1990.

No show em São Paulo, Ayrão dará uma geral em seus principais sucessos, e também abrirá espaços para composições alheias de nomes acima de quaisquer suspeitas em termos de qualidade, entre os quais Tim Maia, Ataulfo Alves, Noel Rosa e Dorival Caymmi. Entre uma canção e outra, ele, com sua simpatia e carisma, relembrará de passagens de sua extensa carreira envolvendo grandes nomes da MPB, episódios que descreveu em seu livro Meus Ídolos e Eu.

Bola Dividida– Luiz Ayrão:

Boca Livre mostra hits e algumas novidades ao vivo em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Há exatos 40 anos na estrada, o Boca Livre construiu uma trajetória impecável, consolidando-se como um dos grandes grupos vocais da história da nossa música. Para celebrar essas quatro décadas de estradas, o quarteto prepara um novo álbum de estúdio. Enquanto isso não ocorre, o público paulistano poderá conferir em primeira mão algumas das músicas que estarão nesse disco, assim como aqueles hits maravilhosos habituais. Será nesta sexta (30) e sábado (1º-12) às 21h30 no Tupi Or Not Tupi (Rua Fidalga, nº 360- Vila Madalena- fone 0xx11-3813-7404), com ingressos a R$ 140,00.

O primeiro álbum do Boca Livre, autointitulado, saiu em 1979 pela via independente, e logo tornou-se um fenômeno de vendagens, conseguindo tocar em rádios e os levar a apresentações em emissoras de TV. Isso, fazendo uma sonoridade própria, uma mistura de folk, country, MPB em suas várias tendências e muito mais, com direito a vocalizações simplesmente sublimes. Quem Tem a Viola, Toada, Mistérios, as músicas desse álbum tomaram rapidamente conta das paradas de sucesso. No peito e na raça.

Nesses anos todos, o quarteto se manteve sempre ativo. A atual formação é a sua mais constante, trazendo os fundadores Mauricio Maestro (baixo e vocal), Zé Renato (violão e vocal) e David Tygel (viola de dez cordas e vocal), e Lourenço Baeta (vocal), que entrou no time logo em 1980, substituindo Cláudio Nucci. Fernando Gama também esteve no grupo durante as décadas de 1990 e 2000, sendo que a atual escalação se mantém estável desde 2006.

Além dos hits, os citados e possivelmente Panis Et Circenses e Bicicleta, o Boca Livre também fará uma prévia de algumas faixas do próximo trabalho, que deverá ser intitulado Viola de Bem Querer, nome de uma das faixas que o integrarão. Também estarão no trabalho Vida da Minha Vida e Amor de Índio, esta última um clássico do repertório de Beto Guedes. Será o sucessor de seu mais recente CD, o elogiado Amizade (2013).

Quem Tem a Viola- Boca Livre:

Ednardo mostra seu disco mais famoso na íntegra ao vivo em SP

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Por Fabian Chacur

Ednardo lançou o seu álbum O Romance do Pavão Mysteriozo em 1974. O trabalho, elogiado pela crítica, estava passando batido pelo grande público quando, em 1976, uma de suas faixas, Pavão Mysteriozo, foi escolhida para a abertura da novela global Saramandaia. Pronto. O estouro enfim veio. E é o material deste LP, na íntegra, que o cantor, compositor e músico cearense irá mostrar neste sábado (1º-12) às 21h e domingo (2-12) às 18h no teatro do Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos de R$ 6,00 a R$ 20,00.

Nascido em Fortaleza (CE) em 17 de abril de 1945, Ednardo faz parte da mesma geração de Belchior, Fagner, Amelinha e outros nomes bacanas da música cearense. Apelidados de Pessoal do Ceará, surgiram no cenário universitário de sua cidade natal no início dos anos 1970. O Romance do Pavão Mysteriozo, seu primeiro disco solo, traz 12 músicas, a grande maioria de sua autoria. Pavão Mysteriozo tornou-se seu principal hit, com levada marcial, forte tempero nordestino e versos fortes como “não tenha sinhá donzela nossa sorte nessa guerra, eles são muitos mas não podem voar”.

O álbum traz outras canções marcantes, entre as quais Carneiro, Ausência (com participação especial de Amelinha, então ainda desconhecida), Varal, Dorothy Lamour e A Palo Seco, esta última do amigo e parceiro Belchior. O violeiro Manassés participou desse trabalho, e marcará presença nos shows que Ednardo fará no Sesc Belenzinho, ao lado do artista cearense e de uma banda afiada, pronta para todos os desafios sonoros.

Além de ter lançado mais de dez discos individuais, Ednardo também teve trabalhos feitos em parcerias com outros artistas, como o projeto Massafeira (1980) e o álbum Pessoal do Ceará (2002- com Amelinha e Belchior, álbum que saiu rapidamente de catálogo e é hoje uma bela raridade). Ele também compôs trilhas sonoras para cinema e teatro, e dirigiu um filme. Seu trabalho mais recente é o DVD 40 Anos de Canção, lançado em 2015.

O Romance do Pavão Mysteriozo- ouça em streaming:

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