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Axial comemora 10 anos com shows em SP

Por Fabian Chacur

O grupo Axial está comemorando dez anos de uma das mais interessantes trajetórias musicais no atual cenário da música pop brasileira. Como forma de comemorar essa efeméride bacana, o projeto realizará dois shows em São Paulo. O primeiro rola nesta quinta-feira (3) às 20h30 no Sesc Vila Mariana (rua Pelotas, 141- Vila Mariana), com ingressos a R$ 6 e R$ 12.

Capitaneado por Sandra Ximenez (vocais e teclados) e Felipe Julián (baixo e produção), o Axial foge de amarras conceituais e criativas como o capeta tenta se desvencilhar da cruz. Em termos musicais, sua sonoridade é incrível e viajante, fundindo com rara sensibilidade várias tendências da música brasileira, rock, jazz, música experimental, eletrônica, hip-hop, trip hop e o que mais pintar em seu caminho, valendo-se de bom gosto e sensibilidade.

A voz suave e encantadora de Sandra dá o norte à história toda, com Felipe e os outros músicos incorporados ao projeto se incumbindo de criar uma atmosfera ora dançante, ora hipnótica, ora sabe-se lá o que, pois o conceito deles é nos surpreender a cada novo acorde, a cada nova vocalização, a cada novo movimento. Como diriam nos anos 70, um verdadeiro barato.

Temos três álbuns na discografia do Axial, os ótimos Axial (2004), Senóide (2008) e Simbiose (2011), que podem ser baixados gratuitamente no site da banda ( www.axialvirtual.com/axial ) ou adquiridos em formato físico, com direito a embalagens bacanas e bastante criativas. Aliás, o grupo investe muito na diversidade de formatos para a sua música, sendo uma das pioneiras no Brasil da oferta gratuita de trabalhos na rede virtual.

Felipe, Sandra e sua turma já fizeram inúmeros shows na Europa, passando por França, República Checa e Alemanha e cativando fãs fieis por lá. Além disso, eles também apostam em projetos envolvendo trilha sonora ao vivo durante a exibição de clássicos do cinema como Drácula (Todd Browning) e parcerias com teatro e projetos de dança. Ou seja, trabalham muito e de forma ágil e imprevisível.

Além do show desta quinta (3), o Axial também se apresentará em Sampa City no dia 12 (sábado) às 21h na Funarte-Sala Guiomar Novaes (alameda Nothmann, 1.058-Campos Eliseos- www.funarte.gov.br). Vale a pena mergulhar de cabeça nas viagens psicodélicas, musicais e culturais desse grupo, que não se permite cair no rotineiro. Que venham mais dez, vinte, sei lá quantos anos nesse mesmo pique.

Veja o Axial em apresentação em Paris em 2013:

“Fazemos pop operático”, diz Piero do Il Volo

Por Fabian Chacur

O Il Volo tem suas raízes em um reality show musical realizado na Itália em 2009. Semanas após o encerramento da atração televisiva, Gianluca Ginobile, Ignazio Boschetto e Piero Barone resolveram criar um grupo vocal composto por três jovens tenores. O resultado não poderia ter sido melhor, e os garotos estouraram logo com seu primeiro CD, Il Volo (2010), gravado nos estúdios Abbey Road, em Londres, local eternizado pelos Beatles.

O álbum atingiu o 10º posto na parada americana, impulsionado pela participação do trio em abril de 2011 em um episódio do reality show American Idol, no qual cantaram o clássico da música italiana O Sole Mio. Além de fazerem vários shows com Barbra Streisand, eles lançaram em junho de 2013 We Are Love, álbum no qual contam com participações especiais de Placido Domingo e Eros Ramazzotti.

Em novembro, eles, cujas idades variam entre 18 e 20 anos, farão vários shows no Brasil, incluindo três em São Paulo, no Teatro Bradesco, mesmo lugar onde estiveram em maio de 2012, com boa repercussão. Leia abaixo a entrevista exclusiva realizada via telefone e concedida a MONDO POP por Piero Barone, o integrante de óculos do trio, cujo nome significa “o voo” em português.

MONDO POP – O Il Volo esteve no Brasil em 2012. Como foi para vocês a primeira visita, e como estão se preparando para esse retorno em novembro?
PIERO BARONE– O Brasil é muito grande, e foi maravilhoso ir até aí. Os shows tiveram os ingressos esgotados, e o público foi muito carinhoso conosco. Nossos fãs são o nosso poder, nos apoiam demais, e adoramos ter contato com eles após os shows. Podem esperar um show muito intenso e com novidades!

Piero, você conhece/gosta de algum artista brasileiro, e de alguma música brasileira em particular?
Amo todos os tipos de música. The Girl From Ipanema, amo essa música, ela é de Tom Jobim, não é isso? Adoro as músicas dele. Nosso desejo é aprender português para gravar alguma música dele em um trabalho futuro do nosso grupo.

Vocês gravaram seu primeiro CD nos estúdios Abbey Road, onde os Beatles registraram seus grandes clássicos. Como foi trabalhar em um lugar tão recheado de história? Vocês pensam um dia em gravar músicas dos Fab Four?
Abbey Road é um lugar histórico, você sente algo diferente no ar ao pisar lá. Emocionante mesmo! As músicas dos Beatles são intocáveis, não pensamos em regravar algumas delas atualmente, mas quem sabe no futuro?

O Il Volo está atualmente em plena turnê pelos EUA e depois se apresentará em vários países da América Central e do Sul. Como está sendo essa maratona de shows até o momento?
Serão mais de 50 shows, no total. É mesmo uma maratona dura e puxada, mas nós amamos o que fazemos, e é uma oportunidade de encontrarmos nossos fãs.

Em seu mais recente CD, We Are Love, vocês gravaram músicas de vários estilos musicais, Como vocês definem a música que fazem?
Gravamos músicas de vários gêneros musicais com uma abordagem clássica, com nossas vozes. A música do Aerosmith, por exemplo (I Don’t Want To Miss a ThingQuesto Amore, em versão para o italiano), ficou bem diferente da gravação deles, assim como nossa releitura para Beautiful Day, do U2. Pop operático é o que fazemos, músicas pop com abordagem clássica e música clássica com tempero pop.

Como foi gravar nesse seu mais recente álbum com artistas do gabarito de Placido Domingo e Eros Ramazzotti?
Foi emocionante gravar a canção Il Canto com Placido Domingo, arrepiante mesmo. Ele é um de nossos ídolos, e nos ensinou muito, foi um mestre para nós. Gravar a música Cosi com Eros foi muito divertido, ele nos deixou a vontade no estúdio.

Vocês fizeram recentemente shows ao lado de Barbra Streisand, que se confessou grande fã do trabalho do Il Volo. Fale um pouco sobre essa experiência.
Fizemos 10 shows com ela, uma das melhores experiências que já tivemos em nossa carreira. Ela é tudo de bom, foi uma verdadeira mãe para nós, aprendemos muito com ela. Gravamos junto com ela a música Smile, que saiu no DVD que ela lançou com o show que fez para a emissora de TV americana PBS.

Como foi participar em 2011 do American Idol, um dos programas de maior audiência não só nos EUA, como em termos mundiais? É uma das maiores vitrines para músicos no mundo!
Nossa vida mudou depois de participarmos do American Idol como convidados. Para você ter uma ideia, nosso primeiro álbum acabou atingindo o Top 10 da parada americana após cantarmos a música O Sole Mio lá. Nos ajudou muito em termos de divulgação.

Como tem sido a vida de vocês após esse estouro? Vocês também compõem músicas? Pretendem gravar composições próprias no futuro?
Para ser sincero, vivemos nos aviões da Alitalia (risos). Estamos trabalhando muito, mas nunca temos tédio em nossa carreira. Compomos, sim, mas para nos divertirmos, ainda é cedo para gravarmos nossas próprias canções. Mas no futuro, isso poderá acontecer.

IL VOLO EM SÃO PAULO– shows dias 6 (quarta-feira), 11 (segunda-feira) e 12 (terça-feira) de novembro, sempre às 21h, no Teatro Bradesco (rua Turiassu, nº2.100-3º piso do Bourbon Shopping – fone 4003-1212 www.teatrobradesco.com.br), com ingressos de R$ 70 a R$ 380.

Veja o clipe de O Sole Mio, com Il Volo:

Bob Mould tocará no Brasil em outubro

Por Fabian Chacur

Graças ao brother jornalista Daniel Vaughan, fiquei sabendo de uma belíssima notícia para os fãs do melhor rock and roll. Bob Mould (no meio, de gorro), ex-integrante das bandas Husker Du e Sugar e artista solo de carreira interessantíssima, tocará no Brasil em breve. Ele se apresentará em Sâo Paulo nos dias 4 e 5 de outubro no Sesc Pompeia e no dia 6 de outubro no Circo Voador.

Mould, que toca guitarra e canta, terá a seu lado Jason Narducy (baixo, da banda Verbow) e Jon Wurster (da banda Superchunk), mantendo o formato power trio que o notabilizou. Vale avisar que os ingressos ainda não estão à venda, mas que estarão em breve, e no Sesc Pompeia eles costumam sumir em pouquíssimo tempo. Fiquem de olho em http://www.sescsp.org.br/unidades/11_POMPEIA/#/content=programacao .

Nascido em 16 de outubro de 1960, Bob Mould criou o Husker Du em 1979 ao lado de Grant Hart (bateria e vocal, outro gênio do rock) e Greg Norton (baixo). O grupo partiu de um rock hardcore rumo a uma mistura com folk, pós-punk, punk, hard rock e até pop, sendo considerado um dos pais do que posteriormente se rotulou como grunge e influenciando bandas como Pixies e Nirvana, entre muitas outras.

Álbuns como Zen Arcade (1984), New Day Rising (1985) e o sublime Candy Apple Grey (1986) estão entre os melhores álbuns de rock gravados nos anos 80 e por tabela de todos os tempos. Infelizmente, a banda não conseguiu obter sucesso comercial, e brigas apimentadas entre seus integrantes levaram a um fim prematuro no ano de 1987. Inicialmente, Mould investiu em uma carreira solo de forma mais tranquila.

Entre 1991 e 1994, partiu para um novo power trio, o Sugar, e o álbum Copper Blue (1992) obteve boas vendagens e colocou o grupo na crista da onda. Infelizmente, outra separação surgiu rapidamente, mas Mould se manteve na ativa, com projetos variados e a carreira individual como prioridade. Os discos do Sugar foram relançados em 2012 no exterior, com direito a material extra e embalagem luxuosa. E ele participou do mais recente álbum do Foo Fighters, Wasting Light (2011).

O novo trio de Bob Mould irá tocar no Brasil músicas do Husker Du, Sugar e carreira solo, com ênfase em seu mais recente álbum individual, Silver Age (2012), que traz músicas bacanas como a impactante The Descent. Tipo do show que tem tudo para se tornar um dos grandes eventos roqueiros do ano no Brasil, ao menos para quem curte a cena indie e rock de verdade.

Veja o clipe de The Descent, com Bob Mould:

Ouça Dead Set On Destruction, com o Husker Du:

Yusuf Islam (ex-Cat Stevens) cantará no Brasil

Por Fabian Chacur

Nos anos 70, ele chegou a morar por aqui, mas nunca fez shows oficiais, apenas canjas informais. Desta vez, no entanto, o cara não só voltará a nos visitar como irá nos proporcionar três apresentações no Brasil. Estou falando de Yusuf Islam, que se tornou mundialmente conhecido com o nome artístico Cat Stevens.

O cantor, compositor e músico britânico cantará em São Paulo nos dias 16 (ás 22h) e 17 (às 20h) de novembro no Credicard Hall, enquanto no Rio, onde morou, no dia 20 de novembro, no Citibank Hall. Os ingressos começam a ser vendidos entre 24 e 30 de julho em pré-venda, e a partir do dia 31 de julho para o público em geral.

O preço dos ingressos vai de R$ 90 a R$ 950 em São Paulo, enquanto no Rio ficarão entre R$ 240 e R$ 920. Mais informações poderão ser obtidas através do fone 4003-5588 (de alcance nacional) ou então pelo site www.ticketsforfun.com.br .

Cat Stevens nasceu na Inglaterra no dia 21 de julho de 1948, ou seja, vai completar 65 anos de idade na próxima segunda-feira (21). Ele se tornou conhecido inicialmente em 1967 com as músicas I Love My Dog e Matthew And Son, com uma sonoridade folk levemente psicodélica e com arranjos de cordas.

Em 1968, a tuberculose o tirou de cena durante bons meses, durante os quais ele aprofundou sua espiritualidade e compôs mais de 40 músicas. Quando voltou, em 1970, seu trabalho se aproximou do então ascendente bittersweet rock, com ênfase em violões, letras confessionais e no tom grave e inconfundível de sua bela voz.

Durante os anos 70, emplacou hits como Father & Son, Wild World, Moonshadow, Oh Very Young, Peace Train e Morning Has Broken, assim como álbuns do naipe de Tea For The Tillerman (1970), Teaser And The Firecat (1971) e Catch Bull At Four (1972) que o tornaram um dos mais populares cantores/compositores daquele período.

Ao converter-se ao islamismo em 1977, ele gradualmente foi se afastando da música, até lançar em 1978 o álbum Back To Earth, saindo de cena musical em 1979 para se dedicar integralmente à nova fé. Esse estado de coisas iria perdurar até os anos 2000, quando, incentivado pelo filho, retomou aos poucos o gosto pela arte.

Em 1996, 28 longos anos após Back To Earth, ele lançou An Other Cup, agora se valendo do nome Yusuf, que adotou após a conversão. A sonoridade se mantinha fiel ao folk-pop-rock dos anos 70, assim como sua voz permanecia inconfundível, em hits como a bela Heaven/Where True Love Goes, comparável a seus antigos clássicos.

Após inúmeros shows e turnês, Yusuf mostrou que o retorno era mesmo para valer com um novo e também ótimo álbum, Roadsinger (2009), novamente bem recebido por público e críticos. Ótimos DVDs gravados ao vivo nos anos 70 e na nova fase ressaltaram a consistência artística desse retorno, misturando bem hits novos e antigos.

Ouça Where Do The Children Play, com Cat Stevens:

Ouça Heaven/Where True Love Goes, com Yusuf:

Loreena McKennitt fará show extra em SP

Por Fabian Chacur

A produtora de shows Time For Fun anunciou um show extra de Loreena McKennitt em São Paulo. A cantora, compositora e musicista canadense, que já tinha confirmada apresentação na cidade no dia 31 de outubro, também incluiu em sua agenda uma performance adicional no dia 30 do mesmo mês. Os shows serão realizados no Credicard Hall.

A estrela que disputa o mercado do chamado “pop celta” com Enya e o grupo Clannad também cantará no Brasil em Porto Alegre (dia 27/10- Teatro do Sesi) e Rio de Janeiro (dia 29/10- Citibank Hall). Os ingressos em SP custam entre R$ 150 e R$ 600. Mais informações sobre esses shows no site www.ticketsforfun e também no fone 4003-5588.

Será a primeira turnê dessa badalada artista no Brasil. Nascida em 17 de fevereiro de 1957 em Manitoba, no Canadá, Loreena McKennitt é descendente de escoceses e irlandeses, vindo daí a inspiração para a sua música, que procura unir fortes elementos da música folk desses países com pop, rock progressivo e outras sonoridades.

O primeiro álbum da cantora, compositora e multi-instrumentista, Elemental, saiu em 1985, mas foi a partir do lançamento de seu quarto trabalho, o elogiado The Visit (1991), que seu nome se tornou conhecido mundialmente, o que gerou turnês e milhões de discos vendidos.

Seu maior sucesso é a estupenda The Mummers’ Dance, que atingiu a posição de número 18 na parada americana e faz parte do álbum The Book Of Secrets (1997), outro campeão de vendas nesse setor musical. Até hoje, a estrela vendeu em torno de 14 milhões de discos em todo o planeta, e possui um fã-clube expressivo por aqui.

Em seu site oficial, Loreena McKennitt afirma estar ansiosa para tocar no Brasil, e terá a acompanha-la mais sete músicos, que se desdobrarão em instrumentos como gaita de fole, cello, hurdy gurdy, acordeon, alaúde, guitarra elétrica e percussão. Sua voz de timbre lírico e cativante é outro ponto alto dos shows.

Veja o clipe de The Mummers’ Dance, com Loreena McKennitt:

Matchbox Twenty tocará em SP e Curitiba

Por Fabian Chacur

A banda americana Matchbox Twenty acrescentou duas novas datas a sua futura passagem pelo Brasil, que inicialmente previa apenas um único show, no Rock in Rio (leia mais aqui), dia 20 de setembro, em noite que também incluirá o Bon Jovi e o Nickelback. Agora, o quarteto também irá tocar em São Paulo e Curitiba.

Na capital paulista, o grupo se apresentará no Espaço das Américas no dia 17 de setembro, sendo que os ingressos começarão a ser vendidos a partir do dia 17 de julho. Informações sobre os preços dos ingressos e de como adquiri-los poderão ser obtidas a partir dessa data no site www.livepass.com.br.

Em Curitiba, o Matchbox Twenty tocará no dia 18 de setembro no Master Hall local, e os bilhetes também começarão a ser comercializados a partir do dia 17, só que através do site www.diskingressos.com.br. Os dois shows fazem parte da programação Live Music Rocks, que também levará para outras cidades atrações do Rock in Rio.

Há 20 anos na estrada, o Matchbox Twenty estourou graças ao seu primeiro álbum, Yourself Or Someone Like You (1996), que vendeu mais de 10 milhões de cópias nos EUA e rendeu hits como Push e Real World. Oriundo da cidade de Orlando, no estado americano da Flórida, a banda faz uma inspirada mistura de rock, soul, country, folk e pop.

Sua escalação traz o vocalista Rob Thomas, o guitarrista Kyle Cook, o guitarrista, tecladista e baterista Paul Doucette e o baixista Brian Yale. Seu álbum mais recente, North (leia crítica aqui), os colocou pela primeira vez no primeiro lugar na parada da Billboard. Até hoje, eles já venderam mais de 30 milhões de discos em todo o mundo.

Veja o clipe de Push, com o Matchbox Twenty:

Herbie Hancock voltará ao Brasil em agosto

Por Fabian Chacur

Herbie Hancock, um dos nomes mais importantes da história do jazz, voltará ao Brasil em breve. O tecladista, maestro e arranjador americano vai tocar no Credicard Hall (SP) no dia 22/8 e no dia 24/8 no Citibank Hall (RJ). Também está prevista uma apresentação do artista no Festival MIMO, em Paraty (RJ).

Nascido em 12 de abril de 1940 nos EUA, Herbie Hancock traz como marca registrada a amplitude de sua visão musical, nunca se restringindo a um único estilo musical, embora sempre tenha tido como embasamento o jazz e a música erudita. Ele se tornou conhecido do grande público em meados dos anos 60.

De um lado, gravou discos solo que tornaram conhecidas na época músicas como Cantaloupe Island (relida com muito sucesso em 1993 com o título Cantaloup-Flip Fantasia pelo grupo US3) e Watermelon Man (sucesso também na gravação de Mongo Santamaria). Do outro, integrou o segundo quinteto de Miles Davis, que também incluía gênios como Ron Carter (baixo), Tony Williams (bateria) e Wayne Shorter (sax).

Nos anos 70, investiu com categoria em uma fusão de jazz e funk music no álbum The Headhunters (1973), que fez sucesso comercial e influenciou inúmeros músicos dos quatro cantos do mundo. Em 1983, lançou o álbum Future Shock, cuja faixa Rockit estourou nas paradas e marcou uma pioneira fusão de jazz, funk e rap, divulgada por um clipe sensacional.

Em sua estante de premiações, o músico americano ostenta 14 troféus Grammy, sendo um deles vencido na categoria álbum do ano com River: The Joni Letters, gravado em homenagem à cantora, compositora e musicista canadense Joni Mitchell. Seu álbum The Imagine Project (2010) contou com participações especiais de Jeff Beck, Seal, Dave Matthews, Chaka Khan e a brasileira Céu.

Hancock nos visitou várias vezes e sempre teceu grandes elogios à música brasileira, tendo tocado com Milton Nascimento e Céu, entre outros. Os ingressos para os shows em São Paulo custam de R$ 30a R$ 450, enquanto no Rio os preços variam de R$ 70 a R$ 400. Mais informações: 4003-5588 e www.ticketsforfun.com.br .

Veja o inovador clipe de Rockit, com Herbie Hancock:

Ringo Starr volta ao Brasil em outubro

Por Fabian Chacur

Ringo Starr parece ter gostado dos shows que fez no Brasil em 2011. Após o sucesso de sua primeira turnê por aqui, ele anuncia sua volta em 2013. Segundo a promotora Time For Fun, o ex-beatle tocará no dia 29 de outubro no Credicard Hall, em São Paulo, e no dia 31 de outubro no Teatro Positivo, em Curitiba. Preços dos ingressos e data de vendas serão anunciadas futuramente.

Os shows integram uma turnê pela América Latina que se extenderá novembro afora por vários países. Ringo e a atual encarnação de sua All Starr Band estão lançando um novo DVD, Ringo At The Ryman (UME), gravao ao vivo em Nashville no dia do aniversário do célebre baterista, 7 de julho de 2012, quando ele completou 72 anos de idade.

O roqueiro britânico também comemora o fato de que, no dia 12 de julho, será inaugurada no Museu do Grammy (situado em Los Angeles) a exposição Ringo: Peace & Love, primeiro evento desse gênero a ter como personagem principal um baterista. A mostra enfoca sua brilhante carreira como integrante dos Beatles e artista solo.

A escalação da All Starr Band atualmente inclui os músicos Steve Lukather (Toto), Gregg Rollie (Santana), Richard Page (Mr. Mister), Todd Rundgren (astro solo e líder da banda Utopia), Mark Rivera e Gregg Bissonette. Além de músicas do repertório de Ringo, o grupo toca sucessos das trajetórias de seus integrantes, o que gera um show composto apenas por hits.

Broken Wings (ao vivo), com a All Starr Band:

Africa (ao vivo), com a All Starr Band:

Brendan Benson tocará em SP em maio

Por Fabian Chacur

Boa notícia para os fãs de power pop. O cantor, compositor e músico americano Brendan Benson fará shows no Brasil no mês de maio. Ele, que também é conhecido por integrar o grupo The Raconteurs ao lado de Jack White, tocará em quatro cidades brasileiras, incluindo São Paulo, onde se apresentará dia 22 de maio no Cine Joia.

Nascido em 14 de novembro de 1970, Brendan Benson estreou como artista solo no meio fonográfico em 1996, quando lançou o excelente álbum One Mississipi pela gravadora Virgin Records. Com músicas ótimas e fortemente influenciadas pelo power pop como Bird’s Eye View, I’m Blessed, Sittin’ Pretty e Crosseyed, o trabalho recebeu muitos elogios da crítica, mas vendeu pouco.

Nesse álbum, ele compôs sete músicas com outro expoente do power pop, Jason Falkner (ex-Jellyfish). Após se envolver em outros projetos, Benson retomou a carreira solo em 2002 com mais um trabalho altamente elogiável, o CD Lapalco, com direito a mais cinco músicas escritas por ele e Faulkner. Em 2005, sai outro álbum solo, The Alternative To Love.

Em 2006, a amizade com Jack White, então no White Stripes, acabou gerando uma nova banda, The Raconteurs, que lançou dois ótimos álbuns, Broken Boy Soldiers (2006) e Consolers Of The Lonely (2008), além do DVD Live At Montreux 2008 (lançado em 2012). A banda estaria, atualmente, preparando um terceiro álbum de estúdio.

Enquanto isso, Benson divulga o quarto álbum solo, What Kind Of World, lançado em 2012. Além de tocar no dia 22/5 no Cine Joia, em SP, com ingressos de R$ 60 a R$ 140 (fones 3231-3705 e 3131-1305 www.cinejoia.tv ), o artista americano se apresentará dia 18/5 em Goiânia, dia 22/5 em Presidente Prudente (SP) e dia 26/5 em Marília, sendo esses dois últimos shows gratuitos e integrantes da Virada Cultural Paulista.

Ouça Crosseyed, com Brendan Benson:

Lollapalooza Brasil 2013- bandas bacanas

Por Fabian Chacur

Não, eu não vi todos os shows do Lollapalooza Brasil 2013. Ninguém conseguiu tal façanha, até pelo fato de que alguns deles ocorriam no mesmo horário, em palcos diferentes. Mesmo assim, deu para ver bastante coisa, e me divertir um bocado, embora o cansaço tenha surgido com força neste que vos tecla após a farra.

Dos três headliners, o Pearl Jam se mostrou o favorito dos fãs do rock and roll com pitadas de punk, folk e rock clássico. O show da banda, com mais de duas horas de duração, teve como marca muita gente cantando as músicas junto com eles, uma produção de palco simples e sem truques e o carisma do grande cantor que é Eddie Vedder. Tivemos direito a Even Flow, Alive e até mesmo uma releitura de Baba O’Riley, do The Who.

Muita gente curtiu os Black Keys com seu rock blueseiro básico, mas não sei se eles tem tanta bala na agulha para encerrar uma das noites de um evento tão grande. Faltam hits e principalmente um pouco mais de carisma para seus integrantes. Mas se trata de uma das bandas do momento. Ou seja, a escolha para headliner era inevitável.

Quanto aos americanos do The Killlers, você pode até não gostar do som deles (como eu), mas dará uma de tonto se não admitir que eles sabem como cativar uma plateia. Muita energia, rocks melódicos e de fácil assimilação, baladas aqui e ali e um vocalista carismático (Brandon Flowers), que não nega que é de Las Vegas, a capital mundial do entretenimento. Deram (e bem!) conta do recado.

Adoro o Franz Ferdinand. Já havia visto o grupo escocês na Via Funchal, e em um festival grandão o som nervoso, rápido e dançante dos caras se mostrou mais do que adequado. Alex Kapranos e sua gang provaram que são mesmo um dos melhores grupos que estouraram na primeira década deste século 21. Merecem continuar populares.

Na mesma praia, os britânicos Kaiser Chiefs também deram um banho de energia, com seu endiabrado vocalista Ricky Wilson correndo muito pelo palco e comandando os fãs, que dançaram sem parar ao som de hits como Everyday I Love You Less And Less (que letra divertida!) e a apoteótica I Predict a Riot.

Gostei muito do som chillout (uma mistura de rhythm and blues, soul, funk de verdade, música eletrônica e pop) do Toro Y Moi, projeto comandado pelo talentoso americano Chaz Bradley Bundick, que canta, toca teclados e compõe. Seu quarteto é caprichoso em termos de utilização de timbres vintage em seus instrumentos, e sabem fazer um som ao mesmo tempo dançante e bom de se ouvir. Ideal para locais fechados. Aposto neles.

E já que o papo é aposta, também não irei estranhar se a banda americana Passion Pit se der bem nos próximos anos. Suas canções pop swingadas e seu vocalista de voz em falsete e bem agradável, Michael Angelakos (ele também toca teclados aqui e ali) tem cara radiofônica, sem cair na cafonália ou nas fórmulas mais óbvias.

O show do veterano grupo americano Flaming Lips surpreendeu ao cair em uma levada progressiva estilo anos 70. Músicas esquisitas, clima viajandão e o vocalista Wayne Coine incorporando um personagem no melhor estilo “hippie doidão”, com direito a segurar uma boneca imitando um bebê nas mãos e pedindo para as pessoas acenarem para um avião que passava no céu durante seu show. Meu Deus…

Quanto ao folk rock fofinho do Of Monsters And Men, já escrevi sobre eles aqui no blog, com direito a entrevista. Mas fica o registro de um show muito gostoso e simples no qual a voz da cantora Nana me pegou de jeito, com seu carisma tímido e um timbre que leva jeito de que irá cativar muitos fãs por aí.

Deixei para o final a impressionante performance da banda sueca The Hives, que eu também já tinha visto antes, na Via Funchal, também. O carisma e a performance alucinada do vocalista Howlin’ Pelle Almquist figura entre os momentos mais energéticos do evento. Mesmo quem não conhecia as músicas da banda pulou ao som delas, tal a entrega deles no intuito de cativar os fãs do Pearl Jam, que tocariam no mesmo palco logo a seguir.

Pelle provou que nem sempre você precisa só de hits para conquistar um público que não está lá especialmente para te ver. Isso, embora eles tenham alguns sucessos no repertório, entre eles a sensacional I Hate To Say I Told You So. Rock garageiro, básico, sem firulas e com muita personalidade, ideal para festivais roqueiros.

Veja o show do The Hives na íntegra, no Lollapalooza Brasil 2013:

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