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Porque eu adoro o Steve Winwood-parte 1

Por Fabian Chacur

 

No dia 12 de maio do ano passado, um dos maiores nomes da história do rock fez 60 anos. Ele foi menos celebrado do que deveria. Então, inicio aqui uma nova série de matérias para tentar dizer o porque este cantor, compositor e multi-instrumentista britânico merece muita, mas muita badalação, mesmo. Comecemos pelo fato de que, com apenas 16 anos de idade, ele era um dos nomes mais elogiados do cenário inglês, como vocalista, guitarrista-solo e tecladista do The Spencer Davis Group. Nessa banda, que integrou de 1964 a 1967 ao lado do irmão Muff (baixo), Spencer Davis (guitarra-base) e Pete York (bateria), gravou clássicos do rock como Keep On Running, Every Little Bit Hurts, Gimme Some Lovin’ e I’m a Man, sendo que estas duas últimas também são de sua autoria. De arrepiar o vozeirão e a categoria como músico que o então adolescente já demonstrava. Ousado, resolveu sair fora do TSDG no auge para montar seu próprio grupo. Ao lado de Jim Capaldi (vocais, bateria e percussão), Chris Wood (instrumentos de sopro) e Dave Mason (vocal, guitarra e baixo), criou o Traffic, que rapidamente se tornou um dos expoentes do rock psicodélico, graças a canções hipnóticas como Paper Sun, Coloured Rain, Heaven Is In Your Mind, Smiling Phases, Dear Mr. Fantasy e Forty Thousand Headman. Brigas, especialmente com o indócil Dave Mason (que contribuiu com o mega hit Feelin’ Alright para a banda), Winwood mais uma vez ousou, dando fim ao quarteto. Ao lado dos amigos Eric Clapton (guitarra e vocal) e Ginger Baker (bateria), que haviam acabado de aposentar o Cream, mais Rick Grech (baixo), montou o efêmero Blind Faith, cujo disco de estréia encantou a todos em 1969, especialmente graças às maravilhosas Can’t Find My Way Home e Sea Of Joy. O grupo fez um mega show no Hyde Park, em Londres, em sete de junho de 1969, mas logo saiu de cena. Note: com apenas 21 anos, o cara já havia reservado um espaço na história do rock. Mas ele faria muito mais!

 

The Spencer Davis Group ao vivo em 1966 com Keep On Runnin’:

 

http://www.youtube.com/watch?v=H6LVI1gDswg

 

14 Comments

  1. Alexandre Damiano

    March 23, 2009 at 11:41 am

    Muito bom Fabian !!
    Excelente Lembrança !
    Steve Winwood !!
    ótimo texto. Acho muito importante e sempre oportuno lembrarmos dessas feras da boa música…que graças ao bom Deus é atemporal.
    um abraço desse amigo que te considera um grande crítico musical.
    Alexandre

  2. Bem, tenho um metro e oitenta e cinco centímetros de altura, até que sou grande, mesmo…ehehehehehe Você é que é generoso, Alexandre. Obrigado pela força de sempre, e Steve Winwood, esse, sim, é grande!!!!! Abração!!!!

  3. Alexandre Damiano

    March 23, 2009 at 1:00 pm

    Fabian,
    Deixe a modéstia de lado.
    eu costumo dizer que é possível se fazer um excelente profissional quando se tem um grande homem.
    Mas é muito difícil termos qualquer coisa, quando se é um péssimo ser humano.
    Não é o seu caso. e não preciso ficar te bajulando e vc sabe disso.
    O faço pq sei que atrás do crítico existe um cara fantástico, grande coração e grande pessoa.
    Abraços
    Alexandre

    Ps. agora chega senão o povo vai pensar que virei leonor. hehe

  4. Tá vendo, Sr. Fabian?
    E quando sou eu que digo estas coisas você acha que é da minha cabeça….

    Traffic é uma daquelas bandas que ouvia na adolescência juntamente com o Jefferson Airplane e depois parei de ouvir.
    Preciso voltar novamente.Já que com o Jefferson Airplane já voltou tocar aqui em casa….

    Saudações.

  5. Alexandre Damiano

    March 23, 2009 at 2:11 pm

    Carla,
    Esse rapaz não sabe o quanto entende e o quanto sabe transmitir conhecimento sobre música.

    abraços
    Alexandre

  6. Isso, deem uma de Goebbels, repitam a mentira inúmeras vezes, e ela se tornará verdade ahahahaha Melhor eu ser humilde e agradecer não só os elogios, como, principalmente, a visita qualificada. Tuuuudo de bom procês!!!!!

  7. Alexandre Damiano

    March 23, 2009 at 5:53 pm

    Fabian,
    Estamos sendo sinceros e argh…nem me lembra desse monstro do Goebbels….
    Grande abraço

  8. Alexandre,

    É um barato tomar cerveja com o Fabian, ouvir música e ele contando as histórias.É como ouvir o mondo pop de maneira falada….

    Fabian,

    Mas o Goebbels?
    Ele não é uma pessoa qualificada de quem você deva pegar as citações, he he he.

  9. Marcelo Covoes

    March 23, 2009 at 8:05 pm

    O Fabian quer confete hahahahaha ! Falando em Stevie Winwood , esse é daqueles que eu chamo de grande entre os grandes . Em bandas , o trabalho dele é espetacular , e o no Traffic então , beira a perfeição . Pena que na carreira solo , depois de um bom começo , ele teve uma queda muito grande e andou bem sumido por anos .

  10. Marcelo, ele na verdade tem sua carreira solo nos anos 90 e 2000 muito pouco divulgada por aqui, embora tenha lançado coisas beeeeem legais, tipo o CD About Time, que é excepcional. O disco é de 2003, sensacional, com direito a improvisações sensacionais, mistura de rock, sons latinos, funk e até forró em uma faixa. Grande abraço, e não quero confete, não, só a presença de vocês por aqui, para batermos uma bola musical, eheheheheheh

  11. Alexandre Damiano

    March 24, 2009 at 8:39 am

    Carla,
    Conheço o Fabian, mas não tive o prazer de tomar uma gelada com ele.
    Mas não faltará oportunidade.
    abs a todos
    Alexandre

  12. Não faltará mesmo, Alexandre, pode ter certeza. Grande abraço e viva o Steve Winwood!!!!

  13. Amo td que ele fez-faz, com exceção da fase anos 80 dele. Hj acho uma maravilha poder trocar informaçções com ele via twitter, facebook e tb pelo canal de perguntas e respostas que ele disponibiliza. Ele mesmo que me apresentou (virtualmente, é claro) a filh Lilly que está iniciando a carreira musical.
    Parabéns pela postagem!

  14. admin

    February 8, 2012 at 12:31 pm

    Cara Ana V:
    Muito obrigado pelo elogio, e também pela informação de que ele interage com os fãs, pois certamente adorarei fazer isso com ele, também! E dê uma nova chance ao trabalho dele nos anos 80, pois tem muita coisa boa ali. Aliás, Arc of a Diver é uma música daquele período que eu sempre ouço quando preciso levantar o astral. Muito obrigado pela visita e tuuuudo de bom procê. Volte sempre!!!

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