Por Fabian Chacur
A trilha sonora da novela global Três Irmãs inclui uma versão jazzy e sem graça de Maior Abandonado, um dos grandes clássicos do saudoso Cazuza, na voz de Leo Jaime. Como a música anda tocando até que bastante por aí, acabei indo atrás do CD que marcou o retorno do cantor, compositor, músico, “jornalista”, ator e o que mais pintar ao mundo da música. Interlúdio (Som Livre), o tal CD, saiu no segundo semestre do ano passado, e vem tendo até o momento repercussão bem modesta. Trata-se do primeiro trabalho só com músicas inéditas feitas pelo multimídia goiano desde o infame Sexo, Drops e Rock ‘N’ Roll (1990), que inclui de longe a sua pior música, Eu Vou Comer a Madonna, tema seguido por Ana Carolina em recente canção dela, também péssima. Em 1995, lançou um disco de covers, Todo Amor, do qual se destacou versão slow de Preciso Dizer Que Te Amo, do mesmo Cazuza e hit anteriormente com Marina Lima. O clima daquele trabalho de certa forma pontua este aqui. São dez músicas que fogem do bom humor e do pique mais sacudido e descontraído de hits do cantor como As Sete Vampiras, Rock Estrela, Nada Mudou, Sônia e Solange. Aos 48 anos, Leo mergulha de vez no romantismo mais cool, tendência que sempre esteve em seu DNA, mas que agora aflora de vez. A voz está das mais agradáveis, bem colocada e com forte apuro em termos melódicos, mas o repertório não entusiasma, ficando naquele clima mediano que costuma levar discos como esse a serem esquecidos rapidamente. A ótima Silêncio, a gostosa Pelo Rio e a agitadinha Mesmo Assim se sobressaem em relação às anteriores. Se fosse o caso de dar nota, eu daria um 6,5, o que não é pouco, mas certamente ressalta essa sensação de disco mediano. Guardadas as devidas proporções, lembra um pouco o Roberto Carlos dos anos 90 e agora, com voz cada vez melhor e repertório cada vez mais insosso.
Confira o videoclipe de As Sete Vampiras:
http://www.youtube.com/watch?v=2401BaZOL2g
March 21, 2009 at 2:23 pm
Chacur, você leu bem a sua última frase?
“Guardadas as devidas proporções, lembra um pouco o Roberto Carlos dos anos 90 e agora, com voz cada vez melhor e repertório cada vez mais insosso.”
Você detonou o Leo Jaime hein?
Quero morrer sua amiga….rsrsrs.
Pra mim, Léo Jaime é uma daqueles personagens folclóricos dos anos 80 que deveriam ter ficado por lá mesmo juntinho com o Ritchie.
Saudações , Chacur.
March 21, 2009 at 9:45 pm
É o que penso……E você não foi menos contundente ao reservar o freezer do passado para ele e o Ritchie…rsrsrsrsrsrss Saudações, também, e muito obrigado pela visita!!!!
March 22, 2009 at 10:00 pm
hehe…Não ouvi o disco, mas pelo jeito…
Não tenho nada contra em continuar ouvindo o Leo Jaime dos anos 80 também.
March 22, 2009 at 10:01 pm
Fabian,
essa foto parece o Marcos Kleine pô.
Sei que eles são grandes amigos….mas….
haha
March 22, 2009 at 10:21 pm
Nossa, Alexandre, é verdade…Aliás, parceiros, pois uma das músicas do CD (Pelo Rio) é parceria dele com o Leo e o Leoni. Só que o Kleine está mais magro, creio eu….rsrsrrsrsrs Grande abraço!
March 23, 2009 at 6:01 am
Por que a ironia ao citar o Leo jaime como “jornalista”? Criticos sejam musicais ou de cinema,esportivos(vc sabe muito bem disso não é Fabian?) não tem a menor credibilidade, portanto qualquer Leo Jaime em fim(?) de carreira pode ser jornaleiro, ops jornalista.Abs.
March 23, 2009 at 11:11 am
Fui irônico porque ele, como muitos indivíduos por aí, só entrou no “jornalismo” quando viu a carreira à qual se dedicava antes (músico) entrar em parafuso. Mais um arrivista da vida, que dá o direito a pessoas como você de avacalharem com uma profissão honesta, digna e valorosa como qualquer outra. Se você acha mesmo que nenhum crítico tem credibilidade, porque perde seu tempo lendo matérias como essa? Aproveite melhor o seu tempo…… E jornaleiro é uma profissão tão digna como a de jornalista, se bem exercida. Isso, sim, meu caro Paulo, é usar ironia de forma mal-intencionada e venenosa. Enfim, obrigado pela visita, e seja feliz, pois eu graças a Deus assim o sou.
March 23, 2009 at 8:46 pm
Honesta, digna???Se ve pela Bizz….Eu não lhe inclui nessa,tanto como vc mesmo cita por isso eu acompanho o seu blog, justamente por achar q vc(apesar dos pesares)é sim um bom Critico(sim eles existem!!!É vc Fabian)e nada contra jornaleiros…é só para ser ironico….
March 23, 2009 at 10:47 pm
Beleza, Paulo. É que tem muita gente por aí que desmerece a crítica e os jornalistas em geral como se todos fossem a mesma coisa, e não penso ser assim, não. Muito obrigado pela visita e pelos elogios, e viva a boa música, que está acima de qualquer crítico do mundo, e pela qual sou apaixonado desde criança. Grande abraço!
April 9, 2009 at 12:59 am
Caro Chacur,
Em nome da precisão esclareço que sou jornalista diplomado e com DRT. Iniciei-me nesta atividade em 1988, no auge da carreira musical, escrevendo para O Globo. E a música em questão, tema da novela da Globo, é Maior Abandonado e não Exagerado.
Obrigado pelo 6,5. E por ouvir meu cd. Depois de 18 anos esperando por uma oportunidade, fico feliz em perceber que ele não passou mesmo em branco como quase tudo o que é lançado atualmente.
E as notas costumam ser maiores mas cada um avalia conforme seu gosto pessoal, não é mesmo?
Jornalismo opinativo é assim. Mas vale a pena apurar antes de escrever.
Abs e boa sorte!
April 9, 2009 at 1:47 am
Caro Leo Jaime: muito obrigado pelas informações, sendo que a referente ao do título da música, um erro de fato imperdoável, eu me permitirei a correção no próprio texto acima. E quanto ao questionamento quanto ao fato de você ser ou não jornalista, existem arrivistas em demasia nesse meio, e sinceramente pensei que você fosse mais um deles. Mea culpa, mea máxima culpa, embora prefira o Leo Jaime como cantor, compositor, especialmente em seus anos áureos e divertidos da década de 80. E como blogueiro e ator, também. Grande abraço, muito obrigado pela visita e boa sorte para todos nós. Aliás, já tive a oportunidade de te entrevistar, no tempo em que você fez um show (muito bom, por sinal) no finado Projeto SP, no já distante 1987…..Small world!