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História Secreta do Pop Brasileiro estreia em 17 de junho em Sampa

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Por Fabian Chacur

O mundo musical brasileiro possui inúmeros personagens que, mesmo tendo obtido enorme sucesso comercial, foram relegados ao esquecimento. Pior: são praticamente ignorados pela mídia, exceto por alguns abnegados jornalistas, radialista e pesquisadores musicais. Pois a ideia de História Secreta do Pop Brasileiro, série produzida e dirigida pelo jornalista André Barcinski, é precisamente dar a inúmeras dessas figuraças do pop feito no Brasil nos anos 1970 e 1980 o devido destaque. A estreia dessa incrível produção será no dia 17 (segunda-feira) às 21 no Cinesesc, em São Paulo (saiba mais detalhes no serviço desta matéria).

Obs.: a série também será exibida no canal a cabo Music Box Brazil, ainda em data a ser devidamente divulgada, segundo informação da assessoria de imprensa da Kuarup.

São oito episódios temáticos, durante os quais figuras impagáveis e repletas de histórias incríveis como Mister Sam, Gilliard, Dudu França, Paulo Massadas e inúmeros outros nos mostrarão um panorama desses anos todos. Brasileiros se fingindo de gringos e gravando em inglês, astros sendo produzidos de forma pitoresca, apresentadoras de TV virando cantoras na marra, o que não falta é fato pitoresco nessa parada. A pesquisa ficou por conta do saudoso jornalista Paulo Cavalcanti (saiba mais sobre ele aqui), um craque nessa área.

O projeto marca a entrada da conceituada gravadora e editora Kuarup nos projetos audiovisuais, e também inclui uma trilha sonora gravada especialmente para este projeto. O produtor escalado foi o competente e experiente Helio Costa Manso, integrante da banda Sunday, uma das melhores do pop brasileiro em inglês, e que trabalhou nas gravadoras RGE e Som Livre. A relação completa das gravações você também encontra a seguir, e reúne feras como Dudu França, Marcos Ficarelli, os Pholhas e o próprio Sunday.

EPISÓDIOS:

1 – Os Clones
Conheça a história dos clones brasileiros de Trini Lopez, Dee D. Jackson e Genghis Khan.

2 – Falsos Gringos
Nos anos 70, o pop brasileiro foi invadido por cantores estrangeiros de fachada, como Morris Albert, Mark Davis, Terry Winter (inglês radicado no Brasil), Dave Maclean, Paul Denver, Chrystian e muitos outros.

3 – Os Carbonos
A curiosa história de um grupo paulistano que gravou como banda de apoio, segundo cálculos, cerca de 50 mil músicas em 30 anos de carreira, incluindo hits como Fuscão Preto, É o Amor, Feelings e Domingo Feliz.

4 – Discos-Fantasmas
Nos anos 70, as lojas de discos passaram a vender milhares de LPs de covers, a maioria sem créditos de músicos. A série vai revelar as histórias envolvendo alguns desses LPs.

5 – Cantores de Estúdio
A história fantástica dos vocalistas de apoio que formaram o coral mais atuante da música brasileira, participando de discos de Gilberto Gil, Raul Seixas, Rita Lee, Zé Rodrix, Gretchen, Sidney Magal, Tim Maia e centenas de outros.

6 – A Explosão da Música Infantil
Quem foram os produtores e compositores responsáveis pela explosão da música infantil de Xuxa, Bozo, Trem da Alegria, A Turma do Balão Mágico e outros ícones da criançada? A resposta está neste episódio.

7 – Os Bailes
A maior escola do pop brasileiro. A série vai contar a história das bandas de baile no Brasil, de pioneiros como Tony Campello, nos anos 50, às domingueiras de clubes paulistanos no fim dos anos 60, que revelaram Sunday, Memphis, Kompha e Watt 69, entre outros.

8 – Mister Sam
Um perfil do genial Santiago Malnati, o argentino que revolucionou o pop brasileiro ao lançar Gretchen, Nahim, Lady Lu e Black Juniors, e também se tornou um dos grandes DJs da noite paulistana.

Lançamento História Secreta do Pop Brasileiro no 11º. In-Edit Brasil
Evento inicial – 17 de junho (segunda-feira), às 21h.
Local – Cinesesc (Rua Augusta, 2075, em São Paulo-SP)
Exibição seguida por debate com o diretor André Barcinski e o produtor musical Hélio Costa Manso

2º. Evento – Exibição da Série História Secreta do Pop no Cine Olido
Data – 22 de junho (sábado), às 15h e às 17h
Local – Cine Olido – Av. São João, 473 – Centro Histórico de São Paulo.
Às 19h haverá um show com a banda Sunday, chamado “Hits Again e A História Secreta do Pop Brasileiro”, com hits do repertório da série.

Evento Extra – Exibição da Série História Secreta do Pop na Cinemateca
Data – 23 de junho (domingo), às 18h e às 20h
Local – Cinemateca -Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino – 04021-070. Os episódios de 1 a 4 serão exibidos na sessão das 18H e às 20H serão exibidos os episódios de 5 a 8.

Conheça as músicas da trilha:

FEELINGS
Intérprete: Dudu França e Sunday

TELL ME ONCE AGAIN
Intérprete: Pholhas

SUMMER HOLIDAY
Intérprete: Paul Denver e Sunday

HANG ON SLOOPY
Intérprete: Ficarelli (Loupha) Sunday

I’M GONNA GET MARRIED
Intérprete: Sunday

LISTEN TO THE MUSIC
Intérprete: Dave Maclean e Sunday

MY MISTAKE
Intérprete: Pholhas

RAIN AND MEMORIES
Intérprete: Paul Denver e Sunday

SHE MADE ME CRY
Intérprete: Pholhas

VENUS
Intérprete: Sunday

WE SAID GOODBYE
Intérprete: Dave Maclean e Sunday

YOU REALLY GOT ME
Intérprete: Ficarelli (Loupha) e Sunday

MY PLEDGE OF LOVE
Intérprete: Dudu França e Sunday

O MENINO DA PORTEIRA
Intérprete: Diego Jimenez e Coro

LA BARCA
Intérprete: Diego Jimenez e Coro

NÃO SE VÁ (TU T’EN VAS)
Intérprete: Diego Jimenez e Coro

Veja o trailer de História Secreta do Pop Brasileiro:

Everybody At Last Loves Paul!

Por Fabian Chacur

Sou da geração que conheceu primeiro a carreira solo de Paul McCartney e os Wings antes de mergulhar a fundo na trajetória da melhor banda de todos os tempos em qualquer estilo musical, os Beatles.

Fui conhecendo as novas músicas e discos do Macca à medida que iam saindo, ao contrário da dos Beatles, lançadas quando eu era ainda muito criança. A banda acabou quando eu tinha apenas oito aninhos.

Logo, Paul McCartney era meu ídolo antes mesmo de os Beatles serem minha banda predileta.

Então, tenho uma verdadeira paixão por esse cara. Paixão pela obra, pelo seu jeitão de ser, pelo seu talento, sua humildade.

Só não sou apaixonado fisicamente por ele por que temos isso em comum: ambos amamos as mulheres, razão de ser dessa vida. Ponto.

Nossa única diferença séria: ele é vegetariano, eu não. Mas democracia é isso, e podemos conviver em um mesmo mundo, graças a Deus.

E me lembro muito bem de que, durante muitos anos, décadas até, James Paul McCartney era rotulado como um mero autor de baladinhas comerciais e pops.

Que o “bão” era John Lennon. Que George Harrison era o segundo melhor beatle. Que até Ringo era mais honesto. Que ele só pensava em dinheiro.

Quantas besteiras foram escritas acerca desse cidadão. Meu Deus!

E ele sempre na dele. No máximo, respondia com músicas tipo Let Me Roll It, Some People Never Know ou a maior de todas, Silly Love Songs, na qual dizia “certas pessoas fazem somente tolas canções de amor, e qual é o problema?”

Se as tais “tolas canções de amor” forem maravilhas como My Love, The Back Seat Of My Car, Call Me Back Again, Press, Only Love Remains etc, problema algum, caro cidadão de Liverpool e do mundo!

Só de mais ou menos uns 20 anos para cá, quando Paul voltou às turnês, que aos poucos essas “bestas históricas”, como diria meu amigo Marcelo Laguna, se tocaram dos absurdos que disseram durante esse anos todos.

É bacana ver um jornalista como o competente André Barcinski, por exemplo, admitir que fez besteira ao detonar Macca durante uns bons anos. Suas recentes matérias sobre McCartney para a Folha de S.Paulo foram ótimos depoimentos.

Mas, modéstia à merda, eu sou “the real deal”. Amo esse cara desde sempre. Cansei de defendê-lo durante esses anos todos, e continuarei fazendo isso enquanto estiver vivo.

E fico feliz de ver que, enfim, estão fazendo justiça ao maior músico de todos os tempos que ainda está entre nós.

E que, se Deus quiser, ainda nos dará o prazer de sua companhia durante muitos e muitos anos.

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