Por Fabian Chacur

 

Estréia é sempre um momento decisivo na carreira de um artista. Decisivo, porém não determinante. Tem quem lance trabalhos fracos no início, e com o decorrer do tempo, tire a diferença e se torne um craque. Há aqueles que, ao contrário, nos oferecem o que tem de melhor logo de cara, passando o resto da carreira tentando igualar tal performance, sem êxito. O futuro, a Deus pertence. O presente, no entanto, esta aí, e pode ser analisado. Movimentos Raros (Lua Music), pontapé inicial na trajetória artística da cantora paulistana Cláudia Rezende, é um CD norteado pela proposta de seguir o ritmo da bossa nova pop, com arranjos suaves que enfatizam as boas melodias do repertório. As canções se dividem entre boas composições inéditas de Nico Rezende (irmão da intérprete e também produtor do CD) e também clássicos do naipe de September (Earth, Wind & Fire), Theme From The Valley Of The Dolls (André Previn), Let’s Stay Together (Al Green) e Mistérios (Joyce/Maurício Maestro, sucesso com o Boca Livre). Em Café com Leite, temos a participação precisa de Jair Oliveira nos vocais. O time de músicos é exemplar, incluindo, além do próprio Nico nos teclados, violão e baixo, Leo Gandelman (flauta e sax), Alex Moreira (programação), Milton Guedes (gaita harmônica) e Alberto Continentino (baixo). Movimentos Raros proporciona ao ouvinte uma audição gostosa, tranqüila e sem sobressaltos, na qual a voz doce, suave, cheia de swing e afinadíssima de Cláudia comanda todas as ações. Ela estudou música, e também é formada em Arquitetura, Belas Artes e Design de Interiores, além de belíssima. O futuro, como já disse anteriormente, a Deus pertence. Mas que Cláudia Rezende iniciou sua trajetória artística com o pé direito, lá isso iniciou. Boa sorte, moça!

 

Confira September ao vivo:

 

http://br.youtube.com/watch?v=qJuqEYsh5Go