Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

DVD conta história da estréia dos Doors

Por Fabian Chacur

 

The Doors, lançado em 1967, enquadra-se certamente entre os cinco melhores discos de estréia da história desse tal de rock and roll. Trata-se de um trabalho que ganha o ouvinte logo na introdução com influências de bossa nova de Break On Through (To The Other Side), sua faixa de abertura. Foi através desta obra-prima que o mundo teve seu primeiro contato com o talento exponencial de James Douglas Morrison, um dos maiores vocalistas e poetas de todos os tempos. O apelo pop psicodélico de Light My Fire, o lirismo de The Crystal Ship, a contundência de Soul Kitchen, a viagem alucinante de The End, a releitura personalizada de Alabama Song….. Esse verdadeiro marco do rock é o tema de mais um volume da excepcional Classic Albums, série na qual são contadas as histórias de alguns dos melhores discos de todos os tempos e lançada no Brasil pela distribuidora ST2. Nele, temos uma visão abrangente de como foi a criação de The Doors, o álbum, com entrevistas recentes de Ray Manzarek, o genial tecladista, John Densmore, o sublime baterista, e Robbie Krieger, o limitado (porém útil e perfeitamente integrado ao time) guitarrista. Bruce Botnick, técnico de som do álbum, também nos mostra segredos da mixagem do álbum, e depoimentos de músicos como Henry Rollins (Rollins Band, Black Flag) e Perry Farrell (Jane’s Addiction) e o crítico Ben Fong-Torres são outros destaques. O material novo é intercalado com cenas captadas na época, incluindo entrevistas de Jim Morrison. Exibido na tevê britânica, a versão lançada em DVD inclui mais de 35 minutos de material adicional, e vale cada centavo que você pagar nele. Se depois também lançou outros trabalhos seminais como Strange Days (1967), Morrison Hotel (1970) e L. A. Woman (1971), é este aqui que garantiu a presença do quarteto americano entre as melhores coisas que surgiram em termos de música naqueles atribulados e criativos anos 60.

 

The End ao vivo:

 

http://br.youtube.com/watch?v=dbI5K0AzNHI

 

5 Comments

  1. Resenha do Doors *_*

    Depois desta notícia, eu vou é conferir o mais rápido possível.
    *sorriso de garota alegre*
    A dupla de Discos do Doors de 1966/1967 é arrebatadora.
    Como você sabe eu adoro o John Densmore(e sua acidez costumeira, rsrsrs) e vou adorar revê-lo em entrevista.

    Jim Morrison não foi só aquela carinha bonita, mas de muito conteúdo e talento, e de voz maravilhosa, atitude, o presença de palco e tudo de bom que possa existir no rock.

    Adorava ouvir o Doors na pegada mais blues , como em Back Door Man e o excelente cover do Jonh Lee Hoker da Crowlin’ King Snake do L.A Woman! Sem dizer, do Morrison Hotel inteiro que é maravilhoso.=)

    Deixaram saudades!*_*

  2. Fernando Lazzari

    January 31, 2009 at 1:58 pm

    É impossível não levantar da cadeira ouvindo “Break On Through”…e ela é somente a primeira música…

    “Você sabe que o dia destrói a noite,
    A noite divide o dia”

  3. Grande música e grande disco, Lazzari! E você irá adorar o DVD, Carla, não perca, as entrevistas são ótimas. E a música, já sabe……Obrigado aos dois pela visita!

  4. Ah os Doors , pra sempre entre os meus favoritos ! Essa é uma daquelas bandas que o choque acontece já na primeira audição . Letras (poesias ?) inspiradíssimas que traduzem experiências de todos os tipos . É colocar qualquer disco , todos com quarenta anos de vida ou mais , e sentir o mesmo arrepio nos slides de guitarra , no groove da bateria , no passeio dos teclados . Uma banda de climas . Acima dos limites e medos , como sempre foi Jim Morrison , que sabia que o tempo pra viver tudo isso seria pouco demais . Sabe aquela sensação que você tem no final de um disco de artistas como esse , que é preciso um tempo pra tentar digerir o que ouviu/sentiu ? Ou até mesmo saber como é difícil comparar com o que vem a seguir , porque depois que eles passam , sobram só alguns poucos que ainda podem chamar sua atenção . When the music is over , turn out the lights .

  5. Belíssimo comentário, Covoes!!!! E é curioso como The Doors costuma ser uma questão de ódio ou amor. Difícil encontrar quem goste de forma apenas moderada da banda. Provavelmente é consequência do tipo de música que faziam, de fato apaixonante e intensa.

Leave a Reply

Your email address will not be published.

*

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑