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Porque eu adoro o Steve Winwood-parte 2

Por Fabian Chacur

 

A parte 1 desta série se encerrou com o fim do Blind Faith, em 1969. Nesse momento, já com um currículo invejável e apenas 21 anos de idade, Steve Winwood não sabia muito bem qual seria o seu futuro. Inicialmente, participou do álbum ao vivo do Ginger Baker’s Airforce, mega-banda de duração também efêmera. Depois, a gravadora Island sugeriu a ele a gravação de um disco solo, algo que o cantor, compositor e multi-instrumentista não tinha vontade de fazer, naquele momento. A reaproximação com os velhos parceiros Jim Capaldi e Chris Wood acabou gerando o retorno do Traffic, que em 1970 lançou seu comeback álbum, o ótimo John Barleycorn Must Die. O som do agora trio ganhou uma outra dimensão, indo do psicodelismo pop a uma fusão de folk, soul, jazz, música latina e rock, com faixas mais longas e repletas de improvisos inspirados, típicos do rock progressivo. O auge desse novo tempo ocorreu com o excepcional The Low Spark Of High Heeled Boys (1971), que flagra o grupo em versão ampliada, incluindo músicos de apoio como Rick Grech (baixo) e Reebok Kwaku Baah (percussão). Em 1974, devido a problemas de saúde com Winwood e também a uma falta de sintonia entre o núcleo da banda, o Traffic saiu de cena. O astro britânico aproveitou o fato de não ter mais compromissos fixos para participar de diversos discos alheios, entre os quais os de Sandy Denny, Toots & The Maytals e o percussionista japonês Stomu Yamashita. Este último lançou dois álbuns com o nome Go, envolvendo estrelas como Al DiMeola e Pat Thrall. E em 1977, beirando os trinta anos, enfim Winwood resolveu iniciar a carreira solo. Auto-intitulado, o CD traz boas músicas como Vacant Chair e Hold On, e equivale a uma carta de intenções sobre o futuro direcionamento em busca de uma sonoridade mais pop, embora com grande qualidade artística. Até o final dos anos 70, ele se manteve em low profile, participando de discos de George Harrison e outros amigos. As coisas iriam mudar, e muito, em 1980, com Arc Of A Diver. Mas isso fica para o terceiro capítulo. Como diria Silvio Santos, aguardem!

 

Ouça The Low Spark Of High Heeled Boys, com o Traffic, ao vivo:

 

http://www.youtube.com/watch?v=ZVlbgqmxXNY

 

6 Comments

  1. Fabian, eu gosto de como vc escreve seus posts, queria ler um texto seu sobre uma das maiores bandas do mundo, se não a melhor no nivel de BEATLES e ROLLING STONES.

    o “QUEEN”

    no começo dos anos 80 o queen que é uma banda de Rock n’ Roll, fez muitas musicas POP, ate mesmo fez uma parceria com MICHAEL JACKSON.

    aqui é uma das musicas pop do QUEEN no Youtube

    http://www.youtube.com/watch?v=fgmlB-fyK0U

    abraço!

  2. Alexandre Damiano

    April 2, 2009 at 7:00 am

    Boa Fabian!

    Sempre bom e interessante sabermos detalhes da história dessas feras!

    abs

  3. Valeu, Alexandre, meu leitor mais fiel (e provavelmente o único, ehehehehehe) Grande abraço, e viva o Steve Winwood!!!!!

  4. Caro Igor: muito obrigado pelo elogio. Já fiz por aqui comentário do show Paul Rodgers + Queen, mas isso não invalida escrever algo mais sobre essa excepcional banda, de carisma único e repertório repleto de clássicos do rock and roll. Sugestão anotada, quem sabe para um dos discos indiscutíveis, e em breve. Grande abraço, e apareça sempre!!!!!

  5. Alexandre Damiano

    April 2, 2009 at 2:12 pm

    Fabian,
    Não sou o único leitor…e quem deve agradecer somos nós que podemos diariamente saber das novidades do mundo pop com quem, como disse o o Igor acima, escreve de maneira muito amigável e honesta!

    e vc tá me enrolando com o post do John Mellencamp!
    hehe
    Grande Abraço
    Alexandre

  6. fabian chacur

    April 2, 2009 at 3:19 pm

    Vou fazer esse post semana que vem, senão, perco meu único leitor, e aí, a minha casa cai…rsrsrsrsrs Grande abraço, e tuuuuuudo de bom procê, Alexandre!!!!

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