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Bela coletânea comemora 50 anos da Island Records

islandlife_compilationPor Fabian Chacur

 Em 1959, um jovem jamaicano branco de 22 anos resolveu criar um selo para lançar a música feita em seu país. Três anos depois, ele mudaria a base para a Inglaterra, embora a Jamaica continuasse sendo a origem de vários de seus artistas. Em 1964, a cantora Millie Small estourou com o single My Boy Lollipop, que virou música de baile até aqui no Brasil. Hoje, o tal selo, a Island Records, pode se orgulhar de ter lançado ou tornado populares em todo o mundo nomes do gabarito de Bob Marley & The Wailers, Jimmy Cliff, Traffic, Steve Winwood, U2, Cat Stevens, Grace Jones, Bad Company e inúmeros outros. Mesmo fazendo há anos parte do conglomerado Universal Music, não perdeu a identidade, pois abriu espaços para talentos atuais como Amy Winehouse e os grupos The Fratellis e The Feeling.

Como forma de marcar esse cinqüentenário, sai no Brasil Island Life-50 Years Of Island Records. Trata-se de uma coletânea incluindo três CDs. Dois deles reúnem um total de 39 faixas dos principais astros do selo, e  algumas de nomes que tiveram seus discos não lançados, mas distribuídos pela Island (Jethro Tull, The B-52’s e Roxy Music, por exemplo). A seleção é ótima, incluindo maravilhas como Moonshadow (Cat Stevens), Love Is The Drug (Roxy Music), Don’t Turn Around (Aswad), Valerie (Steve Winwood), Jamming (Bob Marley & The Wailers), Pride (In The Name Of Love) (U2) e Let’s Stick Together (Brian Ferry). O terceiro disco é dedicado a 14 covers de clássicos do repertório da Island relidos por outros artistas do selo, como Monkey Man (de Toots And The Maytals e aqui otimamente regravada por Amy Winehouse) e Stir It Up (de Bob Marley, aqui com The Fratellis). A apresentação é bem bonita, com direito a encarte com informações e a reprodução de várias capas de discos clássicos lançados pela gravadora. Bons tempos em que o grande critério para que uma gravadora lançasse um disco era a qualidade artística do mesmo….. Tomara que esse acervo da Island inspire outros selos a tentarem seguir esse caminho de novo.  Última informação: lá fora, também saíram mais três outras coletâneas, dedicadas, respectivamente, ao folk-rock, ao reggae e a artistas experimentais. Bem que (também) poderiam chegar às nossas lojas, heim?

 Confira o videoclipe de Don’t Turn Around, com o Aswad:

 http://www.youtube.com/watch?v=KMYFvnrgSNc

9 Comments

  1. Sim, confesso!
    Confesso que nos anos 90 eu dancei esta versão aqui, he he he
    http://www.youtube.com/watch?v=KMYFvnrgSNc

    Saudações Chacur e esta canção me trouxe lembranças engraçadas.

  2. Essa música é muuuuuuuuito legal!!!!! Saudações, Chuler, e tudo de bom!!!!!

  3. Ops, postei o link errado! Desculpe a nossa falha ….

    A versão que eu dançava era esta daqui:
    http://www.youtube.com/watch?v=8RYo0JpT410

    he he he.Saudações Chacur!

  4. Ah, a versão com o quarteto sueco Ace Of Base, dos anos 90! Também é legal, e também fez sucesso, mas eu acho essa do Aswad mais fofinha, uma mistura de pop dos anos 80 com vocais a la Smokey Robinson & The Miracle dos anos 60. Valeu pela lembrança. Curto o Ace Of Base, especialmente All That She Wants, Lucky Love e outro cover bacana, Cruel Summer (hit também nos anos 80 com as meninas do Bananarama). Valeu, Chuler, volte sempre!!!!

  5. Alexandre Damiano

    August 14, 2009 at 7:13 am

    Interessantíssima essa coletânea hein Fabian?

    Abraço!

  6. Essa coletânea é muito legal, Alexandre, tanto na apresentação visual como no conteúdo musical, e mistura coisas bastante interessantes em um mesmo pacote. Grande abraço, e obrigado pela visita qualificada de sempre!!!

  7. vladimir rizzetto

    August 15, 2009 at 10:02 am

    Salve, salve, Fabian, o baluarte!
    Nossa, fique longe daqui por muito tempo!
    Essa coletânea, pelos nomes, além de bacana, é muito eclética. E tem Free, uma BANDAÇA!!!
    Meio fora do assunto: Fabian, o blog não tem link dentro do Mondo Palmeiras e, outra coisa, o fundo é todo preto mesmo, ou são meus navegadores que estão com problemas? Está um pouco difícil para mim ler, pois os textos estão diretos sobre o preto. De resto, ficou muito bonito.
    Saudações alviverdes e rockeiras

  8. Pois é Fabian , essa fase áurea da Island revelou muita coisa boa . A característica que eu sempre achei a mais interessante nessa gravadora , foi a ousadia em trazer pro mercado artistas , que apesar de terem um trabalho de alta qualidade , não eram exatamente produtos fáceis para o consumo do público de música pop . Para grandes conquistas , grandes riscos .

  9. Caro Rizzetto:o fundo é preto, sim, obra de Flávio Canuto. O novo banner do Mondo Pop será colocado em breve no Mondo Palmeiras, o mesmo senhor Canuto o está desenvolvendo. E sua análise é perfeita, Marcelo. Realmente a Island apostou em gente com potencial, mas não um potencial óbvio. E se deu bem!!!!! Abraço aos dois, e tuuuudo de bom!!!!

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