Desde que tocou no Brasil pela primeira vez, no festival Hollywood Rock em janeiro de 1990, o Bon Jovi tem como marca lotar todos os shows que faz por aqui. E o que está previsto para ocorrer no dia 20 de setembro de 2013, no Rock in Rio, já está com os ingressos esgotados. E se realmente for confirmado um show em São Paulo no dia 21 de setembro, a casa estará cheia.
Qual a explicação para tamanho fenômeno de público? Acho que a palavra competência explica muita coisa. E é ela que dá o tom para o novo álbum da banda liderada pelo cantor, compositor e músico norte-americano Jon Bon Jovi. What About Now, que acaba de sair no Brasil via Universal Music, dá aos fãs do grupo de New Jersey o que eles querem.
Já ficaram para trás, e há muito, a pegada hard/heavy rock e os cabelos longos e esvoaçantes dos anos 80, quando a banda americana emplacou hits certeiros como You Give Love a Bad Name, Bad Medicine, Wanted Dead Or Alive e Livin’ on a Prayer. O som do grupo ganhou uma cara diferente nos últimos 15 anos, pelo menos.
As influências de folk, country, pop e rock básico, que sempre estiveram em seu DNA, cresceram e os levaram a um rumo mais compatível com uma versão light de Bruce Springsteen, John Mellencamp e Bob Dylan. Os fãs curtiram a nova cara do grupo, vide o fato de seus mais recentes álbuns (Lost Highway-2007, The Circle– 2009 e este What About Now) terem entrado na parada dos EUA direto no primeiro posto.
A nova obra é um mais do mesmo bem feito, com direito a rocks grandiosos como Because We Can, What About Now e Army Of One e baladas certeiras como Amen, The Fighter e Room At The End Of The World. A voz de Jon continua potente e com aquele timbre característico que lhe deu fama, enquanto a guitarra de Richie Sambora mantém presença discreta e precisa.
Se você odeia o Bon Jovi, não perca tempo, pois What About Now não tem nada que possa convencê-lo do contrário. E para o seguidor fiel, aqui há alimento sonoro suficiente para empurrá-lo rumo aos próximos shows da banda no Brasil. Isso é competência, algo que poucos grupos da sua geração tiveram para se manter no topo. Não é pouca coisa.
Ouça Army Of One, com o Bon Jovi:
Ouça The Fighter (live), com o Bon Jovi:
April 16, 2013 at 4:58 pm
Fabian,
confesso que gostava bastante da banda nos anos 80.
Até o “These Days” eu acompanhei bastante.
Mas os ultimos trabalhos me pareceram meio estranhos….
Acho que eles eram muito bons hitmakers e a parceria com Desmond Child foi matadora.
Recomendo e muito os 2 primeiros albuns solos do Richie Sambora. Esse último não ouvi.
abraços e muito bom revê-lo ontem !
April 16, 2013 at 5:01 pm
Acabei de ouvir “Army of one”
gostei !!
April 17, 2013 at 3:05 am
O som deles mudou um pouco, Alexandre, ficou mais pop, mas continua muito competente, não dá para negar. Tenho o primeiro LP solo do Sambora, que acho bem legal. E o prazer foi todo meu em revê-lo, meu caro. Grande abraço e tuuuuudo de bom!!!!