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Morre o genial jazzista Dave Brubeck

Por Fabian Chacur

Nesta quinta-feira (6), Dave Brubeck deveria ter completado 92 anos de idade. Infelizmente, o genial pianista e compositor americano se foi um dia antes, deixando a quarta-feira (5) com a triste carga de ter se tornado a data em que ele e também o celebrado arquiteto Oscar Niemeyer saíram de cena.

Brubeck foi vítima de um ataque cardíaco no caminho de uma consulta que faria com um cardiologista, na qual estava acompanhado pelo filho Darius. Ele deixou seis filhos, sendo quatro deles músicos: o próprio Darius (teclados), Chris (trombone e baixo), Ben (bateria) e Matthew (cello). Todos eles tocaram com o pai.

Nascido em 6 de dezembro de 1920 na cidade de Concord, na California, Dave Brubeck começou na música tocando na considerada primeira banda de jazz militar, a Wolfpack, integrada por músicos brancos e negros, na década de 40. Atitude ousada, se levarmos em conta o pesado clima racista vigente nos EUA na época.

Começou tocando com um octeto, mas após alguns anos, essa formação se condensaria em um quarteto, cujo primeiro álbum, Jazz At Oberlin, saiu em 1953, gravado ao vivo em um concorrido concerto realizado em Ohio.

Integrado por Brubeck no piano, Paul Desmond no sax, Eugene Wright (negro) no baixo e Joe Morello na bateria, o Dave Brubeck Quartet tinha como marcas a disposição em investir em sonoridades inovadoras no universo do jazz, rompendo barreiras mas não abdicando de uma sonoridade fluente e boa de se ouvir. Isso lhes proporcionou cada vez mais fãs.

Em 1959, sai Time Out, ousando com o uso de ritmos compostos, apenas composições originais (nenhum cover, algo que a gravadora Columbia até então não admitia em seus lançamentos) e uma bela pintura na capa, obra do designer gráfico americano Neil Fujita.

Superada a rejeição inicial dos executivos da Columbia, Time Out chegou às lojas do jeito que Brubeck queria e se tornou o primeiro LP de jazz a bater a marca de um milhão de cópias vendidas. A experimentação valeu a pena em termos artísticos e comerciais, uma bela façanha.

O álbum, excelente como um todo, traz dois grandes destaques. Blue Rondo A La Turk, faixa de abertura com toques de latinidade, tornou-se um dos temas mais populares do jazz e até batizou um grupo pop britânico envolvido com a new bossa dos anos 80 (do qual fazia parte o baterista brasileiro Geraldo D’Arbilly).

De autoria de Paul Desmond, Take Five também ultrapassou um milhão de cópias vendidas no formato single, algo até então considerado impossível para um tema instrumental de jazz, além de integrar a trilha da fantástica animação American Pop (1981), de Ralph Bakshi.

O andamento desta música influenciou inúmeras outras, entre as quais o tema de Missão Impossível, Living In The Past (do Jethro Tull) e River Man (de Nick Drake).

Kathy’s Waltz, do mesmo trabalho (homenagem à filha Kathy), inclui um trecho melódico que apareceria quatro anos depois na parte inicial de All My Loving, dos Beatles. Plágio inconsciente? Coincidência? Pouco importa. Ambas são ótimas músicas, ponto.

Depois do estouro deste álbum, Brubeck gravou inúmeros outros, investindo no jazz e também em música para óperas, balé e até mesmo uma missa contemporânea. Em 1988, ele tocou em Moscou para Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev.

Em 2009, Time Out voltou às lojas em uma luxuosa edição comemorativa de seus 50 anos de lançamento, com direito a embalagem digipack, versão remasterizada do CD original, um CD com oito gravações ao vivo do Dave Brubeck Quartet entre 1961 e 1964 e um DVD contendo entrevista com o músico e performances ao vivo do seu grupo, além de encarte luxuosíssimo repleto de fotos e informações preciosas. Absolutamente imperdível!

Take Five – Dave Brubeck Quartet:

Blue Rondo A La Turk – Dave Brubeck Quartet:

Kathy’s Waltz – Dave Brubeck Quartet:

Saiba mais sobre a turnê do Fleetwood Mac

Por Fabian Chacur

E continuam pipocando novas informações sobre a turnê que trará de volta a ativa em 2013 o Fleetwood Mac, após quatro anos longe dos palcos. Desta vez, foram divulgadas as datas oficiais dos shows nos EUA e Canadá.

O primeiro show será realizado no dia 4 de abril de 2013 na Columbus Nation Wide Arena, e o último no dia 12 de junho de 2013 na Detroit Joe Louis Arena. Serão 34 apresentações, com direito a alguns locais marcantes, como o mitológico Madison Square Garden, Nova York (dia 8 de abril) e o Hollywood Bowl, Los Angeles (dia 25 de maio), onde os Beatles tocaram algumas vezes.

A banda anunciará futuramente datas de várias apresentações que irão ocorrer na Europa, uma das quais poderá ser no retorno do célebre Glastonbury Festival, na Inglaterra, e também na Austrália, onde estão previstos em torno de 15 shows, segundo fontes oficiais.

Em entrevista ao site americano da revista Rolling Stone, a cantora Stevie Nicks afirmou ser esse o momento perfeito para o retorno do grupo, que iniciou sua carreira em 1967. “Creio que 2013 será o ano do Fleetwood Mac”. Ela também revelou que compôs duas músicas novas com o guitarrista Lindsey Buckingham.

“Trabalhamos juntos durante quatro dias, há duas semanas, e foi ótimo trabalharmos na casa dele. Pude conviver com a sua família, com seus filhos, e sinto que antigas mágoas ou problemas entre eu e ele já estão devidamente resolvidos”, garante Stevie.

Stevie e Lindsey eram casados quando entraram no Fleetwood Mac, em 1974, e se separaram ainda na década de 70 durante as tumultuadas gravações do álbum de maior sucesso na carreira da banda, o mitológico Rumours (1977), cujo tema básico foi exatamente os desentendimentos na vida amorosa de seus integrantes.

O repertório dos shows deverá ser composto em 75% do tempo por grandes hits como Dreams, Rhiannon, Go Your Own Way, Don’t Stop, Landslide e Tusk, com o restante do tempo sendo reservado a músicas menos conhecidas do repertório da banda e também algumas inéditas.

O Fleetwood Mac é uma das raras bandas clássicas do rock ainda em atividade que nunca se apresentou ao vivo no Brasil. Será que vale a pena sonhar com um show deles por aqui em 2013? Como diria Martin Luther King, “I have a dream”…

A atual formação da banda traz os americanos Lindsey e Stevie ao lado dos fundadores do time, Mick Fleetwood (bateria) e John McVie (baixo), com músicos de apoio completando o time nos shows. Christine McVie (vocal e teclados), que esteve no Fleetwood Mac entre 1970 e 1998, saiu para se dedicar à vida doméstica e a eventuais trabalhos solo.

Ouça Landslide, ao vivo, com o Fleetwood Mac:

Fleetwood Mac fará turnê em 2013

Por Fabian Chacur

O Fleetwood Mac voltará aos palcos em 2013. A informação foi divulgada pelo guitarrista da banda, Lindsey Buckingham, em entrevista concedida ao site americano da revista Billboard. O retorno deveria ter ocorrido este ano, mas foi adiado por causa de uma turnê solo da cantora da banda, Stevie Nicks.

No momento, o americano Buckingham está fazendo alguns shows nos quais, pela primeira vez em sua brilhante carreira, atua totalmente sozinho. Ele, por sinal, gravou uma dessas performaneces, que será lançada no formato digital com o título One Man Show.

Nesses shows, ele relê clássicos de sua carreira solo e também do Fleetwood Mac, sendo que em músicas como So Afraid e Go Your Own Way ele se vale de partes pré-gravadas de guitarra por ele próprio para se acompanhar.

Lindsey acredita que a nova turnê com a banda que o tornou famoso no mundo inteiro terá início em abril de 2013. Além dele, a atual formação do FM inclui Mick Fleetwood (bateria), John McVie (baixo) e Stevie Nicks (vocal), com a adição de músicos de apoio nos shows.

Não há a previsão de lançamento de um novo álbum de estúdio da banda para breve, mas Buckingham afirma que realizou algumas gravações com McVie e Fleetwood, mostrando-as para Nicks, e que esse material poderá ser trabalhado em um futuro não muito distante, provavelmente depois da turnê.

A nova turnê do grupo, que iniciou sua carreira em 1967 e estourou em termos planetários em 1977 com o álbum Rumours, será a primeira em quatro anos. Seu mais recente álbum de estúdio, o excelente Say You Will, chegou às lojas em 2003, e atingiu o terceiro posto na parada americana, com ótimos índices de vendagem.

Ouça Say You Will, com o Fleetwood Mac:

Maria Rita estreia bem na parada brasileira

Por Fabian Chacur

Faz tempo que Mondo Pop não publica a parada de sucessos decorrente de pesquisa feita em parceria da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) com a empresa de pesquisas de mercado Nielsen. Então, aproveito o gancho da boa largada do novo trabalho de Maria Rita para mostrar de novo esse levantamento por aqui.

Redescobrir, álbum duplo no qual a intérprete relê a sua maneira clássicos do repertório de sua mãe, Elis Regina, aparece no quarto lugar no levantamento de vendagem feito entre os dias 5 e 11 de novembro. O álbum fica atrás dos padres Marcelo Rossi e Reginaldo Manzotti e dos palhaços Patati e Patatá.

Os pagodeiros Thiaguinho (estreando como artista solo após integrar o Exaltasamba), Sorriso Maroto e Revelação, os sertanejos Victor & Leo e Bruno & Marrone e o pop rock do Kid Abelha completam a lista. Desanimador? Bem, cada um tem a sua opinião. Eu não irei estourar fogos, com certeza. Mas quem comprou esses discos, sim…

Conheça os 10 discos mais vendidos no Brasil entre 5 e 11 de novembro/2012

1Ágape – Padre Marcelo Rossi – Sony Music

2- Coletânea de Sucessos – Patati e Patatá – SBT Infantil

3- Paz e Luz – Padre Reginaldo Manzotti – Som Livre

4- Redescobrir – Maria Rita – Universal Music

5- Ousadia & Alegria – Thiaguinho – Som Livre

6- Ao Vivo Em Floripa – Victor & Leo – Sony Music

7- 360º Ao Vivo – Grupo Revelação – Universal Music

8- 30 Anos- Multishow Ao Vivo – Kid Abelha – Microservice

9- 15 Anos Ao Vivo – Sorriso Maroto – Som Livre

10Pela Porta da Frente – Bruno & Marrone – Sony Music

Supertramp é flagrado no seu auge em DVD

Por Fabian Chacur

Crítico tem hora que só serve para encher o saco. Eu sou um deles e posso falar com conhecimento de causa. Às vezes, eles perseguem grupos que só deveriam receber elogios. O Supertramp, em seus anos áureos, foi uma dessas vítimas, levando cacetadas a torto e a direito sem merecer.

Uma boa prova da excelência do trabalho dessa banda britânica acaba de sair no Brasil pela ST2. Trata-se do DVD Live In Paris ’79, que flagra o quinteto em show realizado na capital francesa em dezembro de 1979, quando eles viviam o auge de uma carreira que comemorava dez anos na ocasião.

Criado em 1969 por Roger Hodgson (vocal, guitarra e teclados) e Rick Davies (vocal e teclados) e depois completado em sua formação clássica por Dougie Thomson (baixo), Bob Siebenberg (bateria e percussão) e John Anthony Helliwell (sopros e vocais), o Supertramp soube como poucos levar sua inclinação ao rock progressivo do tipo Yes e Genesis rumo a uma sonoridade mais pop e acessível, também influenciada fortemente pelos Beatles.

Naquele fim de década de 70, eles divulgavam seu disco mais bem-sucedido em termos artísticos e comerciais, o sublime Breakfast In America, que vendeu milhões de cópias mundo afora, atingiu o primeiro posto na disputada parada americana e rendeu singles como Take The Long Way Home, Goodbye Stranger, The Logical Song e a faixa-título.

Em performance equilibrada e na qual as músicas são reproduzidas com arranjos fiéis aos das gravações de estúdio, o Supertramp mergulha no melhor de seu repertório, com direito a faixas de Breakfast In America e também pérolas como School, Bloody Well Right, Give a Little Bit, Crime Of The Century, Dreamer e Fool’s Overture, entre outras.

Embora capitaneada por Hodgson e Davies, responsáveis pelas composições e pelos vocais principais, a banda tinha em John Helliwell seu integrante mais carismático em cena, o que ele prova em diversos momentos do show. Siebenberg e Thomson são discretos, mas sólidos.

Como o show não foi captado na íntegra em vídeo, temos nos extras as cinco faixas que faltaram daquela apresentação, com o áudio original e montagens visuais gerando clipes para preencher as lacunas de imagens que ficaram bastante legais.

Vale registrar que, embora contemporâneo, o áudio desde DVD não é o mesmo do célebre álbum duplo ao vivo Paris (1980), que foi gravado em outra noite, durante essa mesma turnê.

Segundo informações do gentil internauta Nuno Ponces, os áudios de Crime Of The Century, School, Bloody Well Right e Rudy são iguais aos de Paris, sendo os outros extraídos de outras apresentações feitas na mesma capital francesa. Mas a qualidade em termos musicais e técnicos é a mesma. Críticos malas, deixem-nos curtir o Supertramp em paz e larguem dos nossos pés, seus chatos!

Take The Long Way Home, ao vivo, com Roger Hodgson:

Gereba lança CD com inéditas de Gonzagão

Por Fabian Chacur

Gereba Barreto, cantor, compositor, músico e pesquisador na ativa desde os anos 70, está lançando um álbum que tem tudo para se tornar histórico. Trata-se de Luas de Gonzaga (Tratore), que inclui composições inéditas de Luiz Gonzaga e conta com participações especiais de grandes nomes da MPB. Ele mostrará as músicas do CD em show gratuito que será realizado no dia 30/11 (sexta) às 19h na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos (avenida das Nações Unidas, 4.777-fone 0xx11-3024-3599).

Luas de Gonzaga é recheado de elementos atraentes. De cara, o fato de as músicas incluídas nele serem inéditas com letras. Tratam-se de belas melodias de Gonzagão descobertas por Gereba em dezembro de 1985, quando estava em Exu (PE), comemorando o aniversário do Rei do Baião ao lado de Gilberto Gil, Gonzaguinha e Dominguinhos, entre outros.

Os temas eram originalmente instrumentais, foram lançadas dessa forma entre 1941 e 1953 em discos de 78 rotações e mostravam incursões de Gonzagão em gêneros como o choro, a valsa e o maracatu, provas de sua versatilidade. As letras ficaram a cargo de Gilberto Gil (Treze de Dezembro), Fernando Brant (Marieta), Zeca Baleiro (Mara) e outros craques da MPB.

O elenco de participações especiais também é estelar, com direito a Gilberto Gil, Lenine, Margareth Menezes, Raimundo Fagner, Dominguinhos, Zeca Baleiro, Flavio Venturini, Jair Rodrigues e Elba Ramalho, entre outros, em uma criativa e digna celebração aos 100 anos do nascimento de um dos mais expressivos nomes da história da MPB.

Ex-integrante do grupo Bendegó, com o qual gravou cinco LPs, o baiano Gereba Barreto desenvolve uma carreira solo que rendeu álbuns como Cantando com a Plateia (1990, com Tom Zé), Te Esperei (1985), Sertão (2002) e Canções Que Vem do Sol (2004).

Barreto já compôs músicas e elaborou arranjos para Caetano Veloso, Raimundo Fagner, Beth Carvalho e Elizeth Cardoso. O projeto Luas de Gonzaga levou mais de cinco anos para ser concretizado e resgata um lado pouco conhecido do saudoso Lua (1912-1989), cuja vida foi recentemente mapeada por um filme atualmente em cartaz.

Veja Gonzagão e Gereba na Bahia em 1986:

Veja vídeo com um making of do CD Luas de Gonzaga:

Maria Rita relê repertório da mãe com classe

Por Fabian Chacur

Desde que resolveu encarar a carreira de cantora, há dez anos, Maria Rita sabia que teria de lidar com o fato de ser filha de uma das maiores divas da história da MPB, a saudosa Elis Regina (1945-1982). Um legado maravilhoso, sem dúvidas, mas extremamente difícil de se carregar, pela inevitável e quase cruel comparação entre o trabalho das duas intérpretes.

Nessa primeira década de carreira, a paulistana nascida em 9 de agosto de 1977 conseguiu se consolidar como uma intérprete de grande sucesso comercial, além de ganhar um fã-clube fiel e composto por inúmeros admiradores da Pimentinha, o que não deixa de ser um ponto favorável. O timbre semelhante de voz também a ajudou bastante.

Em 2012, quando a morte precoce de Elis (aos 36 anos) completa 30 anos, Maria Rita a homenageia com o projeto Redescobrir, que a Universal Music acaba de lançar em DVD e CD duplo. Uma viagem pelo repertório de uma das grandes estilistas da história da MPB, incluindo 28 de seus maiores sucessos.

Lógico que a comparação entre as interpretações das duas cantoras precisa ser feita, mas com cuidado. Os timbres vocais são semelhantes, mas ninguém consegue ou conseguirá cantar esse repertório com a paixão, a assinatura própria e a divisão vocal que Elis Regina imprimia às canções que escolhia. Ninguém. Nem mesmo sua filha. Simples assim.

Aparentemente, Maria Rita entrou no projeto consciente disso, e se mostra despojada e à vontade, mesmo nos momentos em que fica nítida demais a desproporção entre o talento da mãe e da filha, tipo em Como Nossos Pais, Saudosa Maloca, Fascinação, O Bêbado e a Equilibrista e Águas de Março, só para citar os exemplos mais contundentes desse desnível.

A opção por arranjos enxutos e bem concebidos e pelo acompanhamento de uma banda coesa e minimalista formada por Tiago Costa (teclados), Sylvinho Mazzucca (baixo), Davi Moraes (guitarra) e Cuca Teixeira (bateria) consegue criar um clima gostoso e que ajuda Maria Rita a encarar com eficiência essa sequência de grandes canções de grandes autores.

Alguns momentos são particularmente elogiáveis e acima da média geral, como Agora Tá (Tunai e Sérgio Natureza), Zazueira (Jorge Ben, com direito a brilhante citação de Brazilian Rhyme Interlude 1, do Earth, Wind & Fire), Doce de Pimenta (Rita Lee e Roberto de Carvalho) e Aprendendo a Jogar (Guilherme Arantes).

Claro que no geral é melhor ouvir esse songbook na voz de Elis Regina, mas esse fato não invalida o projeto Redescobrir, que certamente permitirá a muitos jovens a descoberta de canções maravilhosas, aqui interpretadas com respeito, dignidade e despretensão. Certamente um peso está saindo das costas de Maria Rita com este lançamento. Missão cumprida!

Veja o show Redescobrir, de Maria Rita:

Alejandro Sanz divulga novo CD em São Paulo

Por Fabian Chacur

O cantor espanhol Alejandro Sanz está no Brasil para divulgar La Musica No Se Toca, seu nono álbum de estúdio e primeiro pela Universal Music. Para falar sobre o disco, ele concedeu na tarde desta quarta-feira (21) em um hotel em São Paulo uma entrevista coletiva na qual esbanjou simpatia com os jornalistas presentes.

A faixa que dá título ao disco é uma espécie de profissão de fé do cantor, compositor e músico espanhol no poder da música em permanecer sempre forte, apesar das intempéries que atingem a tudo e a todos no mundo.

“Não importa tudo o que mude na indústria musical e no mundo, a música sempre permanece, é intocável. E o artista sempre deseja escrever a sua música mais bonita, é o que tentei fazer nessa canção”.

Sanz explica que não gosta de determinar previamente como serão os seus discos.

“Quando eu e o Julio Reyes Copello (produtor) iniciamos nosso trabalho, passamos os primeiros oito dias só falando, sem tocar nenhum instrumento. Não gosto de rotular meus discos, as canções devem estar a serviço da emoção, soltas, sem cair em modismos”.

Ele sente esse trabalho como mais eclético do que os anteriores, com direito a um tempero um pouco mais roqueiro em sua sonoridade romântica e homenagens a ídolos como os Beatles e o Queen. Ele também cita AC/DC, Led Zeppelin, Ronnie James Dio, Eddie Van Halen e Judas Priest como nomes do rock que o agradam.

“Minha banda atual é integrada por várias mulheres, e uma delas, a guitarrista, trouxe elementos de heavy metal para os meus shows, com sua sensibilidade feminina dosando tudo”.

O CD La Música No Se Toca inclui as participações especiais das brasileiras Ivete Sangalo (Não Me Compares, que aparece no disco em duas versões), Ana Carolina (Irrepetível-Me Sumerjo) e Roberta Sá (Bailo Com Vos). Ele fala sobre elas.

“Roberta Sá tem essa delicadeza da bossa nova, eu conheci seu trabalho ao ganhar CDs dela de uma fã. A Ivete Sangalo é uma artista muito forte, apaixonada, conheci ela no Rock In Rio Lisboa, é muito querida, fácil de se lidar, já gravamos juntos outra vez e foi ótimo. E a Ana Carolina tem uma voz poderosa, que eu conheci ao ouvi-la cantar É Isso Aí quando passeava pelo Youtube, fiquei apaixonado por seu talento”.

Ser um dos raros cantores espanhóis que fazem sucesso no Brasil é algo que agrada Alejandro Sanz, mas ele gostaria que esse intercâmbio entre Brasil e Espanha fosse maior.

“Falta um maior contato entre as músicas hispânica e brasileira. Seria um encontro de muitas cores, músicas como Sozinho (sucesso com Caetano Veloso) e É Isso Aí (sucesso com Ana Carolina e Seu Jorge) fariam sucesso se também fossem gravadas em castelhano. Seria preciso um esforço maior dos dois públicos para que esse intercâmbio cresça”.

Está nos planos do consagrado cantor espanhol voltar ao Brasil em março para fazer shows. Com mais de 22 milhões de discos vendidos em mais de 20 anos de carreira, Alejandro Sanz é o artista de origem latina com o maior número de troféus Grammy em seu currículo, sendo 18 latinos e 3 americanos. E ele se diz feliz com o que já realizou nesses anos todos.

“Para mim, não falta nada em termos profissionais, mas é preciso seguir em frente, continuar fazendo o que mais gosto. Adoro os contatos pessoais e virtuais com meus fãs. O momento mais importante da minha carreira foi quando decidi me dedicar à carreira artística, e cada vez que subo em um palco é o momento mais importante, sempre”.

Ouça No Me Compares, com Alejandro Sanz:

Banda Hellish War anuncia novo vocalista

Por Fabian Chacur

Há aproximadamente um ano, o Hellish War perdia o vocalista Roger Hammer, que saiu para desenvolver novos projetos. Depois da rápida passagem da cantora Thalita, o grupo campineiro anuncia quem será seu novo cantor. Trata-se de Bill Martins, que já entra no time com a missão de gravar o novo álbum do quinteto de heavy metal.

Com 15 anos de carreira e nascido em Santos (SP), Martins integrava a banda Dark Wish (da qual foi um dos fundadores), e estreará oficialmente no Hellish War em show no Asteroid Bar (Sorocaba-SP) no dia 14 de dezembro, em evento que também contará com as bandas Warfire e Fire Strike.

O Hellish War está preparando seu quarto álbum, Keep It Hellish, que será o sucessor do álbum ao vivo Live In German. O trabalho deverá ser lançado inicialmente na Europa, em fevereiro de 2013, pelo selo alemão Pure Steel Records, especializado em heavy metal. O grupo deverá voltar ao Velho Continente em 2013.

Na estrada desde 1995, o Hellish War mistura influências do heavy metal britânico e alemão, e inclui em sua atual formação, além do recém-adquirido Bill Martins, o guitarrista Vulcano, o baterista Daniel Person, o guitarrista Daniel Job e o baixista Jr.

One Direction lidera parada dos EUA de novo

Por Fabian Chacur

Para quem acha que as gloriosas boys band já foram para o espaço, pensem novamente. O quinteto britânico One Direction acaba de emplacar seu segundo álbum, Take Me Home, no topo da parada americana, a mais disputada do mundo. O álbum vendeu em sua semana de lançamento em torno de 540 mil cópias nos EUA. Uau!

Trata-se da terceira melhor semana de estreia do ano de um novo álbum na terra do reeleito (“four more years!”) Barack Obama, perdendo apenas para Red, da estrelinha country Taylor Swift (1,2 milhão) e Babel, do também oriundo do Reino Unido Mumford & Sons (600 mil cópias). Mas as façanhas dos moleques não ficam por aí.

O ID (como também é conhecido) chega à liderança pela segunda vez no ano, pois seu álbum de estreia, Up All Night, saiu nos EUA em março, vendendo 176 mil cópias na largada e tornando o quinteto o primeiro grupo britânico a estrear com seu primeiro álbum direto na colocação de número um por aqueles lados.

O som dos rapazes é aquele pop correto, bem produzido e levemente asséptico que normalmente leva as meninas ao delírio. O single Live While We’re Young, do novo disco, serve como uma boa amostra dessa proposta simples, descontraída e alto astral da moçada.

“Viva enquanto formos jovens”, eles afirmam nessa música. Não concordo muito. Viva (aproveite bem a…) enquanto você estiver vivo seria melhor e mais lógico, não é mesmo? Enfim, chega de filosofar e sigamos adiante, pois está dando certo para eles!

Veja o clipe de Live While We’re Young, com o One Direction:

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