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Doutor Jupter faz show energético em SP

Por Fabian Chacur

Quem ficou em Sampa City neste feriado de 15 de novembro e deu as caras no Sesc Consolação teve a oportunidade de ver ao vivo e de forma gratuita o show de uma das mais promissoras bandas do rock brasileiro atual, a Doutor Jupter.

Com seis anos de estrada com esse nome, o quarteto criado em Ribeirão Preto (SP) e radicado em São Paulo investe em uma bem dosada mistura de rock, folk, country e psicodelismo. Seu álbum autointitulado, lançado em 2011 e disponível para download gratuito no site da banda ( www.doutorjupter.com.br ) é dos mais recomendáveis.

Ao vivo, o time esbanja garra, talento e competência. O vocalista Ricardo Massonetto canta bem, tem carisma e se desdobra tocando guitarra, violão, banjo e gaita. Seu irmão Dudu ajuda nos vocais de apoio e se mostra um baixista sólido. A vibração do baterista Mateus Briccio e a performance ora sutil, ora encapetada do guitarrista Márcio Gonzales completam a festa.

Além de tocarem músicas do mais recente álbum, entre elas Liquidificador, o Doutor Jupter apresentou duas releituras impecáveis e criativas de sucessos alheios. Wonderwall, do Oasis, e especialmente Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro), clássico da MPB, ganharam a assinatura da banda e ficaram deliciosas. Deveriam gravá-las!

Durante cerca de uma hora, o público que lotou a sala de convivência do Sesc Consolação se esbaldou com um som ao mesmo tempo melódico e dançante que tomou conta de todos. Tipo de grupo que merece ser convidado para participar de um desses festivais grandões que, com fequência, acabam levando bandas bem inferiores do que essa por razões inconfessáveis…

Ouça Liquidificador, com o Doutor Jupter:

Documentário mostra o genial George Martin

Por Fabian Chacur

Há exatos 50 anos, um jovem produtor britânico resolveu contratar uma ainda mais jovem banda de Liverpool que havia sido recusada por literalmente todos os seus concorrentes, incluindo a matriz do conglomerado do qual seu humilde selo Parlophone fazia parte, a EMI. Houve até quem o ironizasse. Gostaria de ver a cara desses detratores hoje…

Graças a essa decisão arriscada, o tal produtor, Sir George Martin, deu a primeira e decisiva chance para que os Beatles pudessem exibir seu talento. Nos anos seguintes, eles não só dominariam o mundo como se tornariam o mais importante grupo de música da história, seja qual for o seu estilo musical. Beatles For Ever!

Para quem deseja saber um pouco mais sobre a vida desse profissional incrível e ser humano aparentemente adorável, acaba de sair por aqui, via ST2, o documentário Produced By George Martin, que saiu este ano e foi exibido por aqui na edição 2012 do festival de documentários musicais In-Edit.

Nele, temos o relacionamento entre ele e os Beatles como tema principal, incluindo entrevistas recentes com Paul McCartney e Ringo Starr ao lado do mestre. Mas a trajetória desse verdadeiro mito da música nascido no Reino Unido em 3 de janeiro de 1926 é apresentada em toda a sua amplitude, indo além de “apenas” relacionar sua vida com os Fab Four.

Do início como estudante de música aos tempos da 2ª Guerra Mundial, o emprego como produtor na EMI, a conquista do cargo de diretor artístico do selo Parlophone, a produção de discos de comédia com o ator Peter Sellers e a descoberta de John, Paul, George e Ringo estão aqui. Também temos outros momentos marcantes de seu extenso currículo.

Entre eles, o trabalho de Martin com grupos como America, Mahavishnu Orchestra, Jeff Beck e outros, a criação de seu próprio estúdio, o Air, a forma como a versão caribenha, situada na ilha de Montserrat, foi devastada por uma dessas terríveis manifestações da natureza, e de como ele luta contra a surdez. O relacionamento com o filho, o também produtor Gilles, é outro foco bacana da atração bancada pela BBC.

Além do filme, o DVD traz como atratativo 52 minutos de material adicional, o que torna a experiência de conhecer um pouco da vida de George Martin ainda melhor. Meu amigo Raul Bianchi teve a honra de conhecer esse cara pessoalmente, quando Sir George Martin veio ao Brasil. É para se roer de inveja! Mas ao menos temos este DVD para minorar nosso prejuízo…

Veja o trailer de Produced By George Martin:

Como turnê do Buffalo Springfield virou CSN

Por Fabian Chacur

Em entrevista concedida ao site americano da Rolling Stone, Stephen Stills revelou que o Buffalo Springfield deveria ter feito uma turnê com ao menos 30 shows durante 2012. No entanto, o reencontro de um dos grupos mais bacanas dos anos 60 acabou durando um total de apenas sete apresentações, realizadas entre 2010 e 2011,incluindo uma elogiada no badalado festival de Bonnarooo, nos EUA.

Após o show realizado em outubro de 2010 no evento beneficente Bridge School (promovido por Young) que deu início ao reencontro de Neil Young, Stephen Stills e Richie Furay, os remanescentes da banda que existiu originalmente entre 1966 e 1968 e lançou três álbuns deveriam ter dado continuidade a um projeto mais longo, segundo Stills.

“Não criaria uma infraestrutura tão grande para apenas sete shows, nossa equipe incluía mais de 100 pessoas, e quando Neil resolveu desistir do projeto, no meio de 2011, fiquei completamente na mão”, disse Stills, falando pela primeira vez à imprensa sobre o tema, que seu ex-colega já havia abordado em entrevistas em 2011.

Conhecido por sua capacidade de largar um trabalho e iniciar outro praticamente do nada, Neil Young se mandou do projeto de retorno do Buffalo Springfield e se uniu novamente aos velhos companheiros do Crazy Horse, após nove anos distantes, lançando dois álbuns durante este ano- Americana e Psychedelic Pill.

A sorte de Stills é a de ter dois amigos mais do que fiéis, David Crosby e Graham Nash. Eles iriam iniciar uma turnê como Crosby & Nash e já estavam até agendando datas quando souberam do rolo entre os dois amigos.

Nash disse que, em pouco tempo, o que seria um duo virou de novo trio. Surgia do nada uma nova turnê de Crosby, Stills & Nash, que para alegria dos brasileiros passou por aqui em maio.

Apesar dos pesares, Stephen Stills não demonstrou mágoa em relação ao imprevisível Young. Na entrevista, ele demonstrou serenidade e calma. “Ele falou bem de mim no livro que lançou recentemente. Foi muito gentil. Trabalhar com ele é um privilégio, não um direito”.

No entanto, o autor de For What It’s Worth e tantos outros clássicos do rock deu uma resposta bem diferente da de Young sobre um possível retorno do Springfield. Enquanto o roqueiro canadense disse que os shows feitos em 2010/2011 foram a semente para algo que poderá frutificar de novo no futuro, o astro americano não teve dúvidas.

“Para o propósito dessa entrevista, só posso dar uma resposta referente à possibilidade de um retorno do Buffalo Springield: não!”

Rock And Roll Woman/Child Claim To Fame, com o Buffalo Springield em 2010:

As belas canções do maestro Roberto Sion

Por Fabian Chacur

Roberto Sion é um nome bastante conhecido entre aqueles que acompanham a música brasileira de qualidade. Músico, arranjador, maestro e educador, ele está há décadas na estrada, e não só gravou e fez shows com gente importante da MPB como também integrou o grupo Pau Brasil, um dos melhores da história da nossa música instrumental.

Como prova de sua inquietude enquanto artista, ele nos oferece uma mais do que agradável surpresa. Trata-se de 12 Canções Inéditas, primeiro CD de sua vitoriosa carreira a sair do eixo da música instrumental e nos proporcionar 12 canções, todas com letras escritas por um ex-aluno e amigo de fé, Maurício Gusmão.

A novidade deu super certo. Com Sion se incumbindo de piano, sopros e arranjos e contando com o apoio de músicos extremamente competentes, ele de quebra convidou um elenco estrelado de cantores para dar conta do trabalho. O resultado é um álbum sofisticado, delicado, repleto de sutilezas musicais, poesia afiada e um misto de lirismo e bom humor.

Se todos os intérpretes convocados conseguem performances impecáveis, alguns se superam. Jane Duboc, por exemplo, exala emoção e controle ao interpretar Cena, faixa que abre o CD e na qual temos “apenas” o piano de Sion, em uma combinação minimalista na qual os silêncios e os pequenos detalhes seguem a velha máxima “menos é mais”. A intérprete também brilha na tocante Valsa de Ivã e Heloisa.

O talentosíssimo Maurício Pereira, do duo Os Mulheres Negras e com ótima carreira-solo sendo desenvolvida, simplesmente arrasa no misto de romantismo/realismo proposto pela letra da ótima Pés No Chão e na jazzística (quase roqueira!) e sarcástica Expresso Executivo.

A sempre sóbria e gostosa voz de Zé Luiz Mazziotti se encaixa feito luva na sutil O Que Diz e na lírica Longo Romance, enquanto mestre Dominguinhos se mostra à vontade interpretando uma balada delicada, Cantilena, na qual Ivan Vilela (viola caipira) e Sion (piano) mais uma vez apostam na simplicidade e acertam em cheio.

Este CD estupendo é encerrado com Samba da Alegria, a faixa mais sacudida do repertório, na qual o lendário Filó Machado comanda a festa e tem no vocal de apoio todo o elenco que participou do CD, com direito a Alaide Costa e Tuca Fernandes, além dos nomes já citados. Um sambão rasgado, que encerra 12 Canções Inéditas com gosto de quero mais.

Ouça Smoke Gets In Your Eyes, com Roberto Sion:

Johnny Marr nega retorno dos Smiths

Por Fabian Chacur

Há poucos dias, o site de fofocas Holy Moly afirmou que as famosas “fontes fidedignas” garantiam que em 2013 um dos mais sonhados retornos de banda da história do rock iria ocorrer. Os Smiths, após 25 anos, voltariam à tona para realizar diversos shows, incluindo um no megafestival Glastonbury. Todo mundo se animou. No entanto…adivinha só? Buá!

Em entrevista ao site da histórica revista britânica New Musical Express (NME), o ex-guitarrista da banda, Johnny Marr, negou pela culionésima vez a concretização dos sonhos de milhões de fãs mundo afora. Sua resposta foi categórica, com aquela ironia típica dos britânicos:

“Todos parecem saber mais a respeito de uma volta dos Smiths do que eu mesmo. Esses boatos são como um esporte para todos, exceto para quem integrou o grupo há 30 anos. Mas isso não irá ocorrer”.

Aproveitando a brecha, Marr aproveitou para anunciar o lançamento de seu primeiro álbum solo de fato. Trata-se de The Messenger, previsto para vir à tona no mercado inglês precisamente no dia 25 de fevereiro de 2013.

“Já estava na hora de estrear (como artista solo). Não queria estar na banda de alguém nesse momento da minha carreira. Sempre relutei em ser o front man, e fui feliz o bastante para integrar bandas com grandes vocalistas, então, não era necessário. Mas essa é a minha banda agora (a carreira solo), o front man precisa cantar e tocar guitarra, e felizmente faço os dois”.

Nascido na mítica Manchester em 31 de outubro de 1963, Johnny Marr liderou os Smiths ao lado do cantor Morrissey, com quem compunha as músicas da banda, que também incluia o baixista Andy Rourke e o baterista Mike Joyce, dois ótimos músicos.

Entre 1982 e 1987, a banda lançou clássicos como The Boy With The Thorn In His Side, Panic, Hand In Glove, Ask, Heaven Knows I’m Miserable Now e inúmeros outros, além de álbuns clássicos como The Queen Is Dead (1986).

Em meados de 1987, após cinco anos de grande produtividade que geraram oito álbuns (entre trabalhos de estúdio, compilações de singles e um disco ao vivo), Marr saiu fora do time, que poucos tempo depois anunciou o seu fim. Morrissey logo partiu para a carreira solo, na qual obteve até mais sucesso do que com o grupo, mas sem a mesma magia.

Marr, por sua vez, integrou bandas como Pretenders, Electronic (ao lado de Bernard Sumners, do New Order), The The, Modest Mouse, The Cribs e Johnny Marr And The Healers, entre outras, além de ter participado de gravações de Bryan Ferry, Talking Heads, Tom Jones, Beck e inúmeros, mas inúmeros outros artistas mesmo.

Curiosamente, só agora, meses antes de completar 50 anos, é que ele enfim lançará um disco creditado a ele como artista individual. Fica a curiosidade para saber como será. Mas se levarmos em conta seu talento e sua refinada mistura de rock básico, rockabilly, folk rock, country e pop,periga vir coisa muito boa por aí. Quanto aos Smiths…

Johnny Marr toca riffs dos Smiths e de outras bandas:

Show dos Smiths em Madrid nos míticos anos 80:

Cyro Aguiar esbanja jovialidade em DVD/CD

Por Fabian Chacur

Quem já teve a oportunidade de conversar recentemente com Cyro Aguiar dificilmente acreditará que ele está às vésperas de completar 70 anos de idade, o que irá ocorrer no próximo dia 9 de dezembro. Este cantor, compositor e músico baiano esbanja boa forma, simpatia e jovialidade. E essas são as marcas de Cyro Aguiar Ao Vivo, seu novo lançamento.

Gravado ao vivo no Carioca Club (SP), o DVD/CD equivale a uma equilibrada mistura de grandes sucessos de seus quase 50 anos de carreira, releituras de hits alheios e canções inéditas em sua voz. Acompanhado por uma banda afiada e versátil, Cyro dá um banho de ritmo, carisma e jogo de cintura, com uma voz cristalina e swingada.

Aliás, swing é uma palavra que sempre esteve associada a seu trabalho. Para quem não sabe, Mr. Aguiar é um dos pais do samba rock, uma das vertentes mais dançantes e criativas da MPB, e que muita gente costuma associar apenas a Jorge Ben Jor quando o tema é pioneirismo. Quem estudar um pouco verá que a coisa não é bem assim. Cyro também é.

O samba mais melódico e romântico também teve em Cyro um seguidor talentoso, como prova Crítica, um de seus grandes sucessos, além da versão brasileira do rock inglês dos anos 60, a Jovem Guarda, movimento de que participou e no qual conseguiu fazer grandes amizades, além de cativar inúmeros fãs.

Cyro Aguiar Ao Vivo inclui várias participações especiais. A ótima cantora Adryana Ribeiro marca presença em Amor Na Contramão, provavelmente a melhor faixa deste trabalho, enquanto Jorge Aragão é o convidado na bela releitura de Volta Por Cima, maior sucesso da carreira do saudoso cantor Noite Ilustrada.

Os Demônios da Garoa trocam figurinhas com Aguiar em um pot-pourry que inclui quatro grandes sucessos do grupo paulistano: Samba do Arnesto, Iracema, Saudosa Maloca e Trem das Onze, interpretados de forma entusiasmada e fazendo justiça à importância dessas canções no repertório da MPB tradicional.

O talentoso cantor Eder Miguel está em Crítica. O grupo Katinguelê bate o cartão em Sim Ou Não, enquanto seu ex-cantor, Salgadinho, é a voz em Se a Saudade Apertar. A sambista histórica Lecy Brandão dá brilho a Me Ilumina. Nas canções em que fica sozinho no holofote, Cyro Aguiar também tira de letra.

Entre esses momentos, destaco a bela Eu Vou Ter Sempre Versão, sucesso americano dos anos 40 vertido para o português pelo saudoso Antonio Marcos, Minha Vida (versão de My Way, o sucesso de Frank Sinatra), Depende Muito de Você, Asfalto Falsificado e Aviso Prévio. E tem também a versão de Blue Suede Shoes, de Carl Perkins e estouro com Elvis Presley, que virou Sapato de Camurça Azul sem perder a elegância.

Cyro Aguiar Ao Vivo é um trabalho gostoso, despretencioso e com um clima dançante que o permeia do começo ao vim. Pelo visto, aquela frase “a vida começa aos 40” terá de ser alterada no caso desse artista baiano. Para ele, chegar aos 70 com esse pique certamente significa um eterno recomeço espiritual com a maturidade que só a estrada da vida nos dá.

Ouça Amor Na Contramão, com Cyro Aguiar e Adryana Ribeiro:

Caroline Negrão, aposta segura na nova MPB

Por Fabian Chacur

No meio da enorme quantidade de cantoras surgidas no cenário musical brasileiro dos últimos anos, escolho Caroline Negrão como uma das apostas mais seguras para desenvolver uma carreira sólida, instigante e de muito sucesso. Se já achava isso após ouvir seu recém-lançado CD de estreia, agora uma certeza contagiante tomou conta de mim.

Na noite desta terça-feira (6), a jovem cantora fez no Kia Ora Pub, na Barra Funda (SP), o show de lançamento do seu primeiro álbum, restrito a convidados. Nele, a jovem intérprete paulistana, acompanhada por uma impecável banda de apoio comandada por seu marido, o talentoso e seguro guitarrista Luiz Paraná, mostrou suas armas com total desenvoltura.

E quais seriam essas armas? Logo de cara, a belíssima voz, que Caroline domina com a classe e a segurança de uma veterana. Suas interpretações são dignas de alguém que, claramente, leu com calma cada letra de cada canção, incorporou seus significados mais ocultos e os pôs para fora, compartilhando-os com o público. Que dicção impecável!

Valendo-se de um visual clean e repleto de estilo, no qual se destaca seu cabelo adoravelmente curto, a moça mostra uma presença cênica econômica, sem exageros e pontuada por uma classe típica das grandes intérpretes, quando um fechar de olhos ou um passar de mãos nos cabelos dizem mais do que arroubos exagerados ou pulos sem medidas.

Assumidamente intérprete (compôs apenas Paredes em seu CD), Caroline deu um banho de bom gosto ao escolher seu repertório, buscando canções menos conhecidas (mas não menos belas, pelo contrário!) de autores consagrados como Paulinho Moska, Lenine, Arnaldo Antunes e Nasi, incorporando a cada uma delas sua personalidade forte, inteligência e sentimento.

Se nas músicas de seu ótimo CD, entre as quais as matadores Sem Você (Arnaldo Antunes-Carlinhos Brown), Acredito No Amor (Nasi-Kim Kehl) e Antes de Começar (Paulinho Moska), ela cativa o ouvinte logo de cara, é nos covers selecionados para o show que sua ousadia e bom gosto são testadas. E o resultado é fantástico.

Não é qualquer profissional do canto que pega hits como Malandragem (Frejat/ Cazuza, sucesso com Cássia Eller), Crazy (hit com Seal) e Back To Black (de Amy Winehouse) e nos proporciona releituras que concretizam a proeza de não fugir dos registros originais e ao mesmo tempo apresentar muita originalidade, sem cair ou na imitação pura ou em um distanciamento excessivo da canção original. Caroline usou a medida certa.

Poucas cantoras da nova geração da MPB demonstram tanta maturidade, personalidade e bom gosto como Caroline Negrão. Se com vinte e poucos anos ela já está nesse patamar, tremo de emoção só de pensar no que está por vir. Se tiver paciência e souber trilhar os caminhos certos, essa moça tem tudo para atingir o primeiro escalão da MPB. Ou da MPB com pimenta, como ela de forma feliz define seu próprio estilo.

Veja o clipe de Sem Você, com Caroline Negrão:

Surfer Blood virá ao Brasil pela 1ª vez

Por Fabian Chacur

O Surfer Blood, uma das bandas mais badaladas da novíssima geração do atual indie rock e também do que hoje se convencionou chamar de “surf music”, virá ao Brasil pela primeira vez em breve. Para ser mais preciso, nos dias 16 e 17 de janeiro de 2013, no HSBC Brasil (rua Bragança Paulista, 1.281-fone 4003-1212-www.hsbcbrasil.com.br).

Integrado por John Paul Pitts (vocal e guitarra), Thomas Fekete (guitarra e vocais), Kevin Williams (baixo e vocal) e Tyler Jerry TJ Schwarz (bateria), o grupo de West Palm Beach, Florida, deu início a sua carreira de forma despretenciosa, em 2009, numa festinha após a realização do Ultra Music Festival. Logo, a brincadeira virou coisa séria.

A faixa Swinn foi incluída na trilha do game Gig Power: Rise To The Sixtring, e abriu as portas do sucesso para eles. A canção é um dos destaques de seu álbum de estreia, Astro Coast (2010), que também inclui destaques como Harmonix, Anchorage e Take It Easy. Seu lançamento mais recente é o EP Tarot Classics, de 2011.

Ouça Swinn, do grupo Surfer Blood:

Barão Vermelho faz show + 1 Dose em SP

Por Fabian Chacur

Depois de umas boas férias de cinco anos, durante as quais seus integrantes se dedicaram a projetos paralelos, o Barão Vermelho volta à tona para lançar edição comemorativa de 30 anos de seu CD de estreia. O show de lançamento em São Paulo rolará no dia 8 de dezembro no Credicard Hall (avenida das Nações Unidas, 17.955 -fone 4003-5588- www.ticketsforfun.com.br), com ingressos entre R$ 40 a R$ 180.

A atual e mais longeva formação do grupo carioca traz Roberto Frejat (vocal e guitarra), Guto Goffi (bateria), Maurício Barros (teclados, atualmente convidado especial), Fernando Magalhães (guitarra), Peninha (percussão) e Rodrigo Santos (baixo), sendo os três primeiros fundadores da banda, que incluía ainda Cazuza (vocal) e Dé Palmeira (baixo) em sua escalação original. Aliás, Dé fará uma participação especial nesse show.

Barão Vermelho (o álbum) saiu originalmente em 1982, e volta às lojas em edição remasterizada que inclui uma faixa bônus inédita. Trata-se de Sorte e Azar, com Cazuza nos vocais e acompanhamento instrumental refeito pela escalação atual do mais rock and roll dos grupos cariocas. O show é intitulado +1 Dose, versos extraídos de um dos grandes sucessos do grupo, Por Que a Gente É Assim?, que estará no repertório.

Esse álbum de estreia inclui faixas como Posando de Star, Down Em Mim, Billy Negão, Ponto Fraco e o arranjo original (mais roqueiro e cru) de Todo Amor Que Houver Nessa Vida. Além de várias canções desse disco, o grupo deve mostrar hits como Por Você, Pro Dia Nascer Feliz, Pense e Dance e Puro Êxtase, entre outros petardos.

Veja o DVD MTV Ao Vivo, do Barão Vermelho, na íntegra:

Inxs lança edição especial do álbum Kick

Por Fabian Chacur

Para comemorar os 25 anos do lançamento de Kick (1987), seu trabalho mais bem-sucedido em termos comerciais e artísticos, o Inxs está lançando uma edição especial do álbum em três formatos diferentes e de luxo, todos à venda apenas no site oficial da banda, o www.inxs.com .

O trabalho pode ser adquirido em três formatos diferentes: CD duplo, que inclui o álbum original remasterizado mais um disco com 13 faixas-bônus, CD triplo (inclui disco adicional de faixas-bônus) com DVD e livro de capa dura com 80 páginas e uma edição em vinil de cor vermelha com capa especial.

Entre as faixas extras, temos Move On, I’m Coming (Home), On The Rocks e Jesus Was a Man, além de remixes e versões ao vivo de músicas de Kick. O DVD traz um documentário sobre o disco, depoimentos dos integrantes da banda australiana, gravações da época e videoclipes.

Kick, que foi resenhado em Mondo Pop (leia aqui), atingiu o terceiro posto na parada americana e inclui quatro singles que atingiram o Top 10 na Terra de Barack Obama. São eles Need You Tonight, New Sensation, Devil Inside e Never Tear Us Apart.

Ouça a versão original do álbum Kick na íntegra:

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