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Apresentadora infantil Danny Pink lança DVD

Por Fabian Chacur

Após uma verdadeira “era de ouro” durante os anos 80 e parte dos 90, o mercado para as apresentadoras de programas infantis no Brasil teve uma grande queda. Algumas mudaram de rumo, como Eliana, Angélica e Mara Maravilha. Outras (poucas) permanecem, embora com menos sucesso, como Xuxa. Mas a jovem Danny Pink parece estar enfim conseguindo quebrar essa fase de vacas magras no setor.

Atuando desde 2005 na Rede Vida, a loirinha oriunda de Ribeirão Preto (SP) conseguiu conquistar um extenso fã-clube mesmo fora do universo das grandes redes de TV. E agora ela amplia seus horizontes ao ser contratada pela Universal Music. O primeiro lançamento da nova parceria é o DVD/CD Danny Pink & Os Ursinhos Quadrados.

Em lançamento realizado na última semana em um buffet na zona sul de São Paulo, Danny disse que o lançamento do DVD é a realização de um sonho antigo. O trabalho traz 12 músicas compostas por ela em parceria com Lu Chaves e gravadas ao vivo em show realizado em outubro de 2012 na extinta Via Funchal.

No espetáculo, ela é acompanhada por quatro personagens criados por ela, os ursinhos quadrados, que são Lira, Nina, Dudu e Fred. “Desde criança eu desenho ursinhos, e eles sempre foram quadrados. Quando resolvi criar personagens para me acompanhar nos shows, logo pensei neles, e criei características próprias para cada um, eles se completam”, explicou.

Logo ao iniciar sua carreira artística, com apenas cinco anos, Danny pôs na cabeça que seria cantora e apresentadora de TV, sem nunca colocar um sonho na frente do outro. E a oportunidade surgiu quando tinha 10 anos, ao ser convidada a apresentar um programa em uma TV em sua cidade natal, o Brincadeira de Criança.

Além dos ursinhos quadrados e coloridos, Danny traz como marcas os cabelos longos e coloridos, os vestidos repletos de brilho e os all stars de cano longo customizados. Ela explica que buscou sua identidade se inspirando nas apresentadoras de TV dos anos áureos dos programas infantis, como Xuxa, Eliana e Angélica, mas sempre sem imitá-las.

Preparando-se para levar o show do DVD rumo à estrada, Danny traz outro trunfo no repertório: a música Urso Fantasma, cujo personagem é um dos mais apreciados pela garotada que a acompanha. “No começo eu pensei que as crianças pudessem se assustar, mas elas gostaram muito, sempre querem tirar fotos com ele após os shows”.

Veja reportagem sobre o lançamento do primeiro DVD de Danny Pink:

Smokey Robinson grava com Randy Jackson

Por Fabian Chacur

Após deixar a bancada de jurados do reality show musical American Idol, Randy Jackson retomará a carreira de produtor em grande estilo. Segundo notícia veiculada pelo site americano da Billboard, ele irá o produzir o próximo álbum de ninguém menos do que Smokey Robinson, um dos grandes gênios da história da música pop.

E não será um álbum qualquer. O trabalho marcará a estreia de Robinson no selo Verve, da Universal Music, e tem como conceito a reunião do cantor com grandes nomes da música pop da atualidade e de outras gerações. A contratação ocorreu em março via David Foster, atual presidente do selo e também experiente produtor musical.

Os nomes que irão cantar com Smokey no álbum ainda não foram divulgados, mas a expectativa é de que o trabalho seja lançado ainda em 2013. O repertório terá composições do astro gravadas anteriormente por ele mesmo e também por The Miracles, Temptations e Marvin Gaye. Só clássicos do pop.

Nascido em 19 de fevereiro de 1940, Smokey Robinson foi o braço direito de Berry Gordy quando da fundação da Motown Records, e integrou o grupo vocal The Miracles até a metade dos anos 70, gravando com eles hits inesquecíveis como The Track Of My Tears, I Second That Emotion e Going To a Go-Go, entre inúmeros outros.

Ao sair do grupo, mergulhou em uma bem sucedida carreira solo que rendeu sucessos certeiros do naipe de Quiet Storm, Cruisin’, Just To See Her e One Heartbeat. Além de ter um dos falsetes mais belos da história da música, ele também é um grande compositor, tendo como fãs gente do gabarito de Bob Dylan.

Ouça One Heartbeat, com Smokey Robinson, hit de 1987:

Jamie Cullum cativa o ouvinte em Momentum

Por Fabian Chacur

Tornei-me fã de Jamie Cullum em 5 de setembro de 2006, quando tive a chance de ver seu impecável show na extinta Via Funchal, em São Paulo (leia a crítica aqui). Desde então, minha admiração por esse cantor, compositor e músico britânico só aumentou.

Quatro anos após o excelente álbum The Pursuit (leia a crítica aqui), o astro britânico que fará 34 anos no próximo dia 20 de agosto está de volta com Momentum, lançamento da Universal Music que já pode ser incluído entre os melhores trabalhos do ano na área pop.

De formação jazzística, Cullum traz como norte em seus trabalhos o aspecto mais importante desse estilo musical: uma inesgotável capacidade de ampliar seus horizontes musicais, sem se restringir a um único caminho sonoro. Seu objetivo parece ser sempre o de entreter seus fãs com material consistente, criativo e bom de se ouvir. Popular, sim, mas nunca de forma apelativa ou se rendendo a modismos efêmeros.

Nas 12 faixas de Momentum (15 na edição Deluxe, ainda não disponível no Brasil), ele vai do jazz percussivo de The Same Things ao balanço de Everything You Didn’t Do, passando pelo romantismo intimista de Get a Hold Of Yourself, o swing de When I Get Famous, o clima Motown de Anyway e o pop sacudido a la Billy Joel de You’re Not The Only One.

Além das ótimas composições próprias, ele mais uma vez se mostra um habilidoso releitor de material alheio. Aqui, temos uma inusitada e ótima versão funk/hip hop do standard Love For Sale (de Cole Porter e Rodney Smith), com participação de Roots Manuva, e uma bela interpretação de Pure Imagination (Leslie Bricusse e Anthony Newley), da trilha sonora da primeira versão do filme A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971). De arrepiar.

Momentum é aquele tipo de disco ideal para quem curte música pop elaborada e fluente, interpretada por um cantor sedutor e pianista swingado e de técnica apurada. Jamie Cullum prova que sofisticação, classe e bom gosto nem sempre levam a um rumo intrincado demais.

Love For Sale- Jamie Cullum e Roots Manuva:

Everything You Didn’t Do- Jamie Cullum:

Johnny Winter cancela show que faria em SP

Por Fabian Chacur

Vocês se lembram do post que publiquei em Mondo Pop anunciando o show que Johnny Winter faria em São Paulo no dia 28 de agosto no Credicard Hall? Se por ventura não se lembram, leiam aqui. Pois bem. Há pouco, nota oficial da empresa que controla aquela casa de shows anunciou o seu cancelamento, para tristeza de seus fãs brasileiros.

A nota enviada pela Time For Fun não nos oferece maiores detalhes, informando apenas que o cantor, compositor e guitarrista americano teria cancelado a apresentação por motivos pessoais. Em seu site oficial, o www.johnnywinter.net , o show ainda consta de sua programação, assim como os outros espetáculos previstos para a turnê brasileira. No mínimo o programador ainda não teve tempo de atualizar.

Lógico que muita gente irá especular se Winter não teria se assustado com as imagens dos protestos nas ruas brasileiras e dessa forma resolvido deixar para lá essa nova turnê em nossos palcos. Aparentemente, o bluesman não está com problemas de saúde, outra possível razão, embora ele já esteja com 69 anos.

Seja como for, quem por ventura já havia adquirido com antecedência ingressos para o espetáculo poderá obter o seu dinheiro de volta a partir do dia 1º de julho. Mais informações podem ser obtidas pelo fone 4003-5588 ou pelo site www.ticketsforfun.com.br .

Como consolo para quem pretendia ver o lendário albino que se tornou conhecido no mundo inteiro por sua genialidade no universo do blues e do blues rock, fica o consolo de ouvir, abaixo, na íntegra, um de seus álbuns mais importantes, Second Winter, lançado originalmente em 1969.

Ouça na íntegra o álbum Second Winter (1969), de Johnny Winter:

Coletânea traz James Brown no Apollo Theater

Por Fabian Chacur

Há artistas que ficam ligados eternamente a determinados locais onde se apresentaram ao vivo. A parceria entre James Brown (1933-2006) e o lendário Apollo Theater, situado no Harlem, Manhattan, Nova York, é o caso mais explícito dessa verdadeira comunhão. A coletânea Best Of Live At The Apollo: 50th Anniversary, que acaba de sair no Brasil em CD, celebra um dos marcos da rica e intensa relação entre eles.

Em sua extensa carreira, o cantor, compositor e músico americano se apresentou mais de 600 vezes no teatro Apollo. Em 24 de outubro de 1962, um desses shows foi registrado e lançado em maio de 1963 no formato LP de vinil com o título Live At The Apollo. O trabalho é considerado um dos melhores álbuns ao vivo de todos os tempos, e vendeu muito, tornando-se um dos itens mais badalados de sua extensa e rica discografia.

Em 1968, chegou às lojas Live At The Apollo Vol II, enquanto um terceiro volume, com o título Revolution Of The Mind: Recorded Live At The Apollo Vol III saiu em 1971. O quarto volume deveria ter chegado às lojas em 1972 com o nome Get Down At The Apollo With The J.B.’s, mas acabou sendo cancelado e infelizmente permanece inédito até hoje.

Best Of Live At The Apollo: 50 Anniversary é uma coletânea que comemora os 50 anos do lançamento do primeiro álbum da série, e traz quatro faixas dele, três do volume II, três do volume III e duas do inédito IV, com direito a um belíssimo encarte colorido com informações técnicas, texto informativo e lindas fotos.

A compilação funciona como uma pequena amostra da evolução da carreira do Mister Dinamyte. Em 1962, ele era ainda “apenas” um grande cantor de soul music e rhythm and blues, como comprovam Try Me e I’ll Go Crazy. Talentoso e vigoroso, mas não muito distante da média dos papas daqueles estilos musicais.

No volume 2, as sensacionais There Was a Time e Cold Sweat apresentam um artista absolutamente original criando a funk music, com direito a muita sensualidade nos vocais, metais certeiros, cozinha rítmica compassada e guitarras totalmente dedicadas ao balanço. Aquele som energético e poderoso para suar até cair de tanto dançar.

A parte final do álbum, com as gravações referentes a 1971 e 1972, apresentam a consolidação desse funk de verdade, com direito às empolgantes Sex Machine, Get Up Get Into It Get Involved, Soul Power e There It Is. Uma massa sonora absolutamente espetacular, dançante e que influenciou todo mundo na área, de Michael Jackson e Prince a quem você imaginar.

A única queixa a ser feita em relação a Best Of Live At The Apollo é a sua duração. São só 40 minutos de música. Daria para encaixar pelo menos mais 30 minutos sem qualquer tipo de problema. Mas como se trata de um aperitivo, tenha a duração que tiver, acho que este CD possui a mesma função: fazer você ficar a fim de mergulhar na discografia desse mestre.

Ouça There Was a Time, com James Brown:

Dusty Old Fingers homenageiam Brian Jones

Por Fabian Chacur

Brian Jones (1942-1969) foi um dos fundadores dos Rolling Stones, além de um dos grandes músicos da história do rock. Menos lembrado do que deveria/mereceria, ele acaba de receber uma belíssima homenagem. Trata-se do CD The Man Who Died Everyday, da banda brasileira Dusty Old Fingers. Coisa finíssima.

O grupo oriundo da cidade de Campinas (SP) surgiu da parceria entre o cantor, guitarrista e violonista Fabiano Negri e do guitarrista, violonista e backing vocalista Tony Monteiro, este último bastante conhecido por sua impecável atuação como crítico de rock há quase 30 anos. Completam o time Rick Machado (bateria e percussão), Joni Leite (baixo e harmônica) e Marcelo Diniz (teclados).

The Man Who Died Everyday é um álbum conceitual que, em suas 10 faixas, dá uma geral nos principais aspectos da vida de Brian Jones, desde o seu princípio como fã de blues e o posterior sucesso com os Stones até sua trágica morte aos 27 anos, até hoje envolvida por aspectos misteriosos e não devidamente explicados. Ele foi encontrado sem vida na piscina de sua casa, pouco tempo após ter sido demitido de sua própria banda.

As canções investem em blues, blues rock, rock básico e hard rock, todas com melodias a cargo de Negri e inventivas letras assinadas por Monteiro. A parte instrumental alia energia crua e básica a elaboração e bom gosto nos arranjos, com vocais energéticos e melodias bacanas.

A certeira balada roqueira Blond Hair Baby Face é o destaque do álbum, mas o material é bastante consistente como um todo. O rockão Librae Solidi Denarii, a certeira Going To Hell (com participação da cantora Sheila Le Du) e a arrepiante faixa-título são outros achados, sendo que nesta última o piano tocado pelo maestro Paulo Gazzaneo dá à canção um tom lúgubre simplesmente arrepiante.

Se merece a classificação ópera-rock, The Man Who Died Everyday não cai na armadilha do excesso de sofisticação e arrogância que às vezes ataca essa vertente do nosso amado rock and roll. Brian Jones certamente sorriria feliz após ouvir esse trabalho repleto de criatividade e energia feito pelo quinteto campineiro.

Ouça Blond Hair Baby Face, com o Dusty Old Fingers:

Toni Ferreira: do Sarau para o 1º álbum solo

Por Fabian Chacur

Em 2012, o CD/DVD Sarau- Novos Talentos da MPB, lançado pela Universal Music, apresentou ao mercado musical sete nomes promissores da novíssima safra da música brasileira. Como seria de se esperar, agora chega a vez de esses artistas começarem a traçar rumos próprios, e Toni Ferreira nos apresenta seu primeiro CD solo, que leva o seu nome como título.

Mesmo bastante jovem (nasceu em 1986), esse cantor, compositor e violonista paulistano oriundo do bairro da Vila Mariana possui bagagem suficiente para encarar esse desafio sem muita dificuldade. Desde moleque, ele acompanhava as aventuras musicais do pai, o guitarrista e baixista Tutu Castilho.

“Meu pai tinha uma banda de material próprio, a Bicho Preguiça, de rock satírico, e outra de covers do Kiss, e eu acompanhava tudo aquilo, respirava música. Nos shows de covers, eu pintava o rosto dele igual ao do Gene Simmons, entregava a tocha para ele cuspir fogo, era muito divertido”, relembra.

Aos poucos, os discos de Caetano Veloso, Sá & Guarabira e outros astros da MPB foram se somando ao seu repertório inicial, repleto de Racionais MC’s, Grupo Fundo de Quintal, Cartola, funk carioca e até Chitãozinho & Xororó. Mas duas amigas em particular foram decisivas na ampliação de seu repertório de MPB. Ele relembra.

“Conheci a Camila Wittmann há uns seis anos no trânsito, em São Paulo, e ela era amiga de infância da Maria Gadú, que conheci logo a seguir. Pouco depois, morei na casa da Maria durante uns tempos, antes de ela ir para a Itália e depois se mudar para o Rio e estourar com o seu primeiro disco”.

Toni posteriormente participou do DVD Multishow Ao Vivo (2010), de Gadú, cantando com ela a música Reflexo de Nós. Neste disco de estreia, ele gravou uma composição da amiga, Te Falo Amanhã, pela qual não só se apaixonou como pediu para ficar com a canção para gravá-la em seu disco de estreia, que naquele momento ainda estava distante. Ele não poupa elogios à hoje famosa amiga musical.

“A Maria Gadú é agregadora, um amigo a definiu como um ímã de coisa boa, só soma, sempre está com pessoas talentosas do lado dela. E sempre gostei disso, de turma, de tocar e compor junto com outras pessoas.”

Após se apresentar em bares em São Paulo e fazer amizade e parcerias musicais com pessoas como o músico e compositor João Guarizo (que também está em Sarau), Ferreira passou uma temporada no Rio, durante a qual ampliou os parceiros. Ao voltar a São Paulo, recebeu o telefonema do produtor Clemente Magalhães para participar do projeto Sarau.

“Esse convite foi uma surpresa muito agradável. Quando ele me disse quem iria participar eu adorei, pois conhecia quase todo mundo, cantamos juntos em apresentações nas casas da Ana Carolina, do Totonho Villeroy, da Daniele Suzuki. É por isso que o resultado do Sarau ficou tão descontraído, é verdadeiro. Foi uma delícia participar!”

Ao ser convidado para gravar seu disco de estreia pela mesma gravadora que lançou Sarau, a Universal Music, Toni procurou misturar composições próprias e dos amigos com releituras de obras do repertório de artistas consagrados como Caetano Veloso (Menino Deus), Amor Que Nasceu (Martinho da Vila) e Marca de Espinho (Agepê).

Autorais, O Barco e Paira estrearam em Sarau. Te Falo Amanhã (Maria Gadú) não poderia ficar de fora, enquanto o coprodutor do álbum, o cantor e compositor Pélico, entrou no repertório com as canções Olha Só e Repousar.

“Gosto muito da coisa mais intimista, minimalista, mais parecida com o que eu faço nos bares, e o Pélico foi decisivo para que eu conseguisse concretizar isso, ao lado do Jesus Sanchez, que produziu o disco mais recente dele e coproduziu o meu. O CD ficou verdadeiro, a minha cara”.

Ao contrário de muitos artistas de sua geração, Toni Ferreira estreia em disco sendo lançado por uma grande gravadora. “Tudo ocorreu naturalmente. Eu não esperava absolutamente nada, já havia recebido propostas de outras gravadoras, mas não as aceitei. Quando começava a pensar em gravar pela via independente, veio o convite da Universal, que se encaixou no que eu pensava ser melhor para mim”.

A música Saber de uma Alma (João Guarizo) ganhou um vídeo que em breve estará disponível. Enquanto isso, Toni pretende divulgar seu primeiro álbum com shows nos quais mostrará essas canções e outras que se acostumou a tocar na noite, como Disritmia (Martinho da Vila) e Cajuína (Caetano Veloso).

Paira (ao vivo-Sarau), com Toni Ferreira:

O Barco (ao vivo-Sarau), com Toni Ferreira:

Priscilla Pach mostra talento em CD Blue

Por Fabian Chacur

Boa voz, composições interessantes e um estilo que mostra influências de artistas como Taylor Swift, Jewel e Shania Twain. Tudo isso com apenas 17 anos. Essa é Priscilla Pach, que está estreando no meio fonográfico com o CD Blue, álbum produzido por Ronaldo Rayol que soa como eficiente cartão de apresentações.

Um bom exemplo do repertório do disco de estreia dessa jovem cantora e compositora de cabelos longos é Get Over You, canção com levada country moderna, melodia delicada e letra direta na qual a voz funciona como a cereja do bolo, afinada e colocada com bom gosto.

Priscilla morou nos EUA e estudou em escolas de lá desde os 11 anos, o que a ajudou a desenvolver de forma muito boa a pronúncia da língua inglesa, idioma que usa para escrever suas letras. Ela afirma ter por volta de 40 composições próprias em seu acervo, e revela ser também fã das brasileiras Rita Lee e Cássia Eller.

O álbum Blue traz 12 faixas e foge das traquitanas eletrônicas que às vezes só servem para disfarçar a falta de talento de algumas artistas. Aqui, temos guitarras, violões, baixo, teclados, bateria e percussão, com arranjos de cordas em três faixas. O foco fica na voz de Priscilla.

Se em alguns momentos o noviciado cobra o seu preço, algo bastante natural para quem está começando, no todo a estreia de Priscilla Pach mostra que o cenário country pop brasileiro (e, porque não, mundial) está ganhando mais um nome com um potencial bastante grande a ser desenvolvido. Vale ficar de olho nessa garota!

Saiba mais sobre ela em www.priscillapach.com

Ouça Get Over You (versão acústica) com Priscilla Pach:

Festival Monsters Of Rock será em outubro

Por Fabian Chacur

Começam a ser vendidos na próxima terça-feira (25) os ingressos para o festival Monsters Of Rock, que voltará a ser realizado no Brasil após 15 anos. A quinta edição nacional do evento dedicado ao hard rock e heavy metal será realizado nos dias 19 e 20 de outubro na Arena Anhembi (av. Olavo Fontoura, 1.209-Santana), em São Paulo.

No dia 19/10, os americanos da impactante e pesadíssima banda americana Slipnkot serão a atração principal, em um elenco que inclui também Korn, Limp Biskit, Killswitch Engage, Hatebreed e Gojira, em programação voltada para o nu metal e as tendências surgidas nas últimas duas décadas nesse estilo.

No dia 20/10, a programação aposta no hard rock clássico dos anos 70 e 80, capitaneada por Steven Tyler e seu Aerosmith. Temos também Whitesnake, Ratt, Buckcherry e a versão do Queensryche que traz como líder seu vocalista original, Geoff Tate, contando com convidados como o consagrado baixista Rudy Sarzo (Quiet Riot, banda solo do Ozzy etc).

Criada na Inglaterra em 1980, a franquia Monsters Of Rock teve 49 edições internacionais em outros 15 países, entre os quais Brasil, Alemanha, Suécia, Itália, Argentina e Chile. Por aqui, tivemos sua primeira edição realizada em 27 de agosto de 1994, no estádio do Pacaembu (SP), incluindo Kiss, Slayer, Black Sabbath, Suicidal Tendencies, Viper, Dr Sin, Raimundos e Angra.

Em 2 de setembro de 1995, o Monsters Of Rock teve novamente como palco no Brasil o estádio do Pacaembu, e trouxe Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Faith No More, Megadeth, Therapy?, Paradise Lost, Virna Lisi, Clawfinger e Rata Blanca. No mesmo local, em 24 de agosto de 1996, foi a vez de Iron Maiden, Skid Row, Motorhead, Biohazard, Raimundos, Helloween, King Diamond, Mercyful Faith e Heroes Del Silêncio.

A quarta edição brasileira do Monsters Of Rock ocorreu na Pista de Atletismo do Ibirapuera no dia 26 de setembro de 1998, tendo como atrações Slayer, Megadeth, Manowar, Dream Theater, Saxon, Savatage, Glenn Hughes, Korzus e Dorsal Atlântica. A partir daí, foram 15 anos de espera para esta nova edição.

Os ingressos custam R$ 300 por dia ou R$ 560 para os dias, em seu primeiro lote. Maiores informações podem ser obtidas através do fone 4003-1527 ou pelo site www.livepass.com.br . Existem pontos de vendas físicos em vários locais da cidade.

Ouça o álbum Toys In The Attic, do Aerosmith, na íntegra:

Morre Joey Covington, ex-Jefferson Airplane

Por Fabian Chacur

Morreu no último dia 4 de junho aos 67 anos de idade, vítima de um acidente de carro em Palm Springs, Califórnia, o cantor, compositor e baterista Joey Covington. O músico americano ficou conhecido por ter integrado a banda Jefferson Airplane entre os anos de 1969 e 1972, sendo coautor e intérprete do célebre sucesso Pretty As You Feel.

Covington fez parte da cena musical de San Francisco, e entrou para a família Jefferson Airplane no álbum Volunteers (1969), ainda no papel de percussionista e convidado especial. Na mesma época, ficou amigo de Jorma Kaukonen (guitarra e vocal) e Jack Casady (baixo) e integrou a formação inicial do Hot Tuna, grupo alternativo de blues da dupla.

Em 1970, o baterista participou de uma viagem à Jamaica durante a qual essa primeira encarnação do Hot Tuna fez sua primeira sessão de gravações, da qual também participou Marty Balin. O repertório era composto por covers de blues e músicas inéditas e permanece inédito até hoje. Logo a seguir, ele entrou no Airplane na vaga de Spencer Dryden.

Já como integrante oficial do grupo, Joey Covigton brilhou no álbum Bark (1971) como coautor do maior hit extraído deste disco no formato single, Pretty As You Feel, que ele canta em parceria com Grace Slick. A canção atingiu o top 20 da parada americana e lhe rendeu destaque. A música soa bem diferente do som habitual do grupo.

Em 1970, convidou o lendário cantor e pianista Little Richard a participar de uma música do Airplane. Bludgeon Of a Bluecoat (The Man),, que também teria feito parte do set list do abortado álbum do Hot Tuna e que outra vez acabou não vendo a luz do dia, aparentemente rejeitada pelos outros integrantes da banda psicodélica.

Em 1972, durante as gravações do álbum Long John Silver (lançado naquele mesmo ano), Covington resolveu sair fora do time, substituído por Johnny Barbata. No ano seguinte, lançou o álbum solo Fat Fandango, que teve pouca repercussão e limitou os horizontes de sua trajetória individual, que a partir dali se tornou errática.

O álbum Spitfire, do Jefferson Starship, lançado em 1976, trouxe uma música composta por ele em parceria com Smith e Marty Balin, With Your Love, que acabou sendo um dos maiores sucessos desse trabalho do grupo que sucedeu o JA com uma proposta mais pop e acessível em termos comerciais. Ele colaboraria novamente com o grupo depois

A presença de Joey Covington também pode ser apreciada em outros álbuns envolvendo integrantes do Airplane, entre os quais Blows Against The Empire (1970, de Paul Kantner e Jefferson Airplane) e Sunfighter (1972, de Grace Slick e Paul Kantner). Nos anos 80 e 90, ele tocou com a banda San Francisco All Stars.

Em seu site oficial, Joey afirmou que o sucesso de Pretty As You Feel lhe rendeu um prêmio dos mais cobiçados, concedido por um executivo da gravadora RCA, Harry Jenkins: nada menos do que conhecer pessoalmente o rei do rock and roll, Elvis Presley. Tipo do presente inesquecível para qualquer fã de música.

Ouça Pretty As You Feel, com o Jefferson Airplane:

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