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Tag: jards macalé

Jards Macalé celebra 80 anos com single Coração Bifurcado

Fotografia de Leo Aversa leo@leoaversa.com

Fotografia de Leo Aversa
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Por Fabian Chacur

O seminal cantor, compositor e músico carioca Jards Macalé celebra 80 anos de idade nesta sexta-feira (3). Mais ativo do que nunca, ele marca essa efeméride tão importante com o lançamento do single Coração Bifurcado, melodia dele com letra de Kiko Dinucci que é a primeira amostra do álbum que ele lançará em breve, e cujo título será exatamente o nome deste excelente samba percussivo, repleto de sutilezas e com uma letra inspirada.

Coração Bifurcado, o álbum, trará 12 canções compostas por Macalé em parceria com Dinucci e também José Carlos Capinam, Ronaldo Bastos, Rodrigo Campos, Clima, Gui Held, Alice Coutinho e Rômulo Froes, oriundos de várias gerações e que mostram a abertura deste grande nome da nossa música para trocar figurinhas com os colegas de profissão.

Em texto enviado à imprensa, Jards Macalé deu uma geral sobre a inspiração e a forma como foram feitas as canções deste novo trabalho, que sairá através da gravadora Biscoito Fino:

“Desde antes da pandemia, foi me batendo um sentimento de que o ódio crescia, a cizânia crescia, o desentendimento orgânico no Brasil crescia. Então, eu resolvi fazer um disco falando de amor como um gesto político, mas também amoroso. É como se fossem 12 personagens: em cada faixa, um deles conta a sua história de amor. Essa foi a minha ideia. Pela primeira vez eu fiz as músicas primeiro, e mandei para vários poetas. Também fiz parceiros novos nesse disco”

Guilherme Held (guitarra), Pedro Dantas (baixo), Rodrigo Campos (violão, cavaquinho e percussão) e Thomas Harres (bateria) são os músicos que acompanharam Macalé nas gravações, com ele nos vocais e violão.

Coração Bifurcado- Jards Macalé:

Emanuelle Araújo lança single e canta clássicos de Jards Macalé

Emanuelle Araújo - Hotel das Estrelas (single)-400x

Por Fabian Chacur

Há 20 anos, Emanuelle Araújo se tornou conhecida nacionalmente ao substituir Ivete Sangalo na Banda Eva. Desde então, a cantora e compositora baiana expandiu os seus horizontes. Após sair do grupo, onde ficou por volta de dois anos e meio, investiu em carreira-solo, criou o grupo Moinho ao lado de Toni Costa e Lan Lan e também fez sucesso como atriz. Na música, seu novo passo é o lançamento do single Hotel das Estrelas, já disponível nas plataformas digitais e o ponto inicial de um novo trabalho previsto para 2020 pela gravadora Deck.

A canção Hotel das Estrelas é de autoria de Jards Macalé, e essa é a grande novidade. O genial cantor, compositor e músico carioca será o homenageado nesse trabalho, pois todas as canções incluídas nele serão de sua autoria. Esta primeira amostra, com direito a um clipe bem produzido, é uma balada rock que se encaixou feito luva na capacidade vocal da artista, e dá uma expectativa positiva para o trabalho completo.

A faixa foi gravada em um estúdio em Nova York, mais precisamente no Brooklin, durante passagem de Emanuelle pelos EUA. O músico brasileiro radicado por lá Guilherme Monteiro se incumbiu da guitarra, e no álbum ficou como coprodutor ao lado da artista e também tocou violão. No single, também marcam presença Ben Zwerin (baixo) e Bill Dobrow (bateria). Bela ideia celebrar a obra de um cara tão talentoso como Jards Macalé, cuja obra é uma das mais consistentes e criativas do universo da música brasileira.

Hotel das Estrelas (clipe)- Emanuelle Araújo:

Sai nova edição de Transa, de Caetano Veloso

Por Fabian Chacur

No dia 7 de agosto, Caetano Veloso, um dos maiores ícones da música brasileira, fará 70 anos. Como forma de celebrar de forma bacana essa efeméride, a Universal Music está colocando aos poucos no mercado vários lançamentos especiais.

O mais recente é uma nova edição de Transa, álbum lançado em 1972 e considerado por inúmeros “caetanófilos” como um dos melhores ítens de sua riquíssima discografia.

Com seu conteúdo remasterizado nos estúdios Abbey Road (nos quais os Beatles gravaram seus maiores clássicos), o disco aparece em duas versões (LP de vinil especial e CD), ambas reproduzindo a primeiríssima edição do álbum, que incluia um encarte denonimado “discobjeto” que podia ser montado pelo fã no formado de um triângulo.

Transa é uma verdadeira viagem musical em torno de uma sonoridade centrada nos violões de Caetano e de Jards Macalé (que também toca guitarra e se incumbiu da produção) e na percussão de Tutty Moreno e Áureo de Souza. Minimalista, sem teclados, arranjos de cordas ou outros aparatos. Um minimalismo rico e sofisticado.

Gravado na parte final do exílio de Caê em Londres, no estúdio Chappells, o álbum inclui sete faixas, sendo uma delas a bela releitura de um clássico da MPB, Mora Na Filosofia, de Arnaldo Passos e Monsueto Menezes.

As canções mais conhecidas são You Don’t Know Me e Nine Out Of Ten, sendo esta última presença constante no repertório de shows de Caetano desde então.

O diálogo entre violões e percussão é simplesmente envolvente, sendo que em alguns momentos as improvisações levam a durações incomuns para as canções, especialmente Triste Bahia (com quase 10 minutos) e It’s a Long Way (com pouco mais de seis minutos). E a voz de Caetano cativa, entre versos profundos e espertos.

Na época, a palavra transa era usada com inúmeros significados distintos, e serve como luva para definir as inúmeras intenções contidas em seus versos, melodias e batidas que incluem até um leve flerte com o reggae, que iniciava seu caminho rumo ao sucesso mundial nas ruas de Londres naquele exato momento.

Transa merece ser reavaliado pelas novas gerações que descobriram Caetano Veloso a partir do estouro de Sozinho em 1999, ou mesmo para quem acha que ele é apenas aquele tiozinho magricela de cabelos brancos que gravou e fez shows junto com Maria Gadú.

Ouça Nine Out Of Ten, com Caetano Veloso:

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