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Gabriel Martins lançará o seu primeiro CD solo em março

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Por Fabian Chacur

O músico e compositor paulistano Gabriel Martins lança o seu primeiro álbum, nos formatos digital e em CD, no mês de março. Mergulho levará o selo Galeão, sucessor da Velas, criada no final dos anos 1980 por Ivan Lins e Vitor Martins. E o sobrenome igual revela um parentesco importante: Gabriel é filho de Vitor, um dos maiores letristas da história da MPB e também conhecido por seu trabalho na indústria fonográfica.

Basicamente instrumental, Mergulho conta com a produção de Rubem Farias e Zé Victor Torelli. São onze faixas, sendo que Valsinha do Mar e Os Encantos do Mar contam com a participação especial de Ivan Lins, que é parceiro de Gabriel nas duas. Também estão presentes como músicos no trabalho Leo Amuedo, Cuca Teixeira, Neymar Dias e o produtor Rubem Faria. O primeiro single, que será divulgado em breve, é Planador, e o mar é o tema básico das composições.

Mergulho– Gabriel Martins (teaser):

Badi Assad e Barbatuques são atrações em um show grátis

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Por Fabian Chacur

Que tal ver dois belos shows em um lugar lindo e histórico, e sem pagar nada por isso? A oportunidade rola na próxima quarta-feira (25), na comemoração dos 463 de São Paulo. No charmoso Theatro Municipal da cidade (Praça Ramos de Azevedo, s/nº), às 11h, estarão em cena o grupo Barbatuques e a cantora e violonista Badi Assad. Os ingressos devem ser retirados duas horas antes das performances, que serão imperdíveis.

Com quatro álbuns no currículo, o Barbatuques surpreende a todos pelo fato de fazer música valendo-se apenas de sonoridades criadas através dos corpos de seus integrantes. Além do forte apelo visual, o show do grupo impressiona pela bela musicalidade, que mistura elementos de diversas origens para gerar um som contagiante, repleto de surpresas e muito bom de se ouvir. Seu mais recente lançamento é o CD Ayú, que conta com participações de Hermeto Pascoal e Naná Vasconcelos.

Por sua vez, Badi Assad está há 25 anos na estrada, firmando-se no Brasil e no exterior graças a uma ótima voz e a uma performance particular e criativa como violonista. Ela lançou recentemente seu 14º álbum, Singular (intitulado Hatched na versão internacional), que traz composições próprias e também releituras inesperadas de músicas de astros da atual música pop, como Lorde, Mumford & Sons e Skrillex.

Royals (clipe)- Badi Assad:

Sambalanço é dissecado com categoria por Tarik de Souza

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Por Fabian Chacur

A riqueza da música popular brasileira é tanta que algumas de suas vertentes acabam ficando em segundo plano, no que se refere ao estudo e à divulgação para o grande público. Uma que permaneceu durante muito tempo na penumbra foi o chamado sambalanço, roupagem swingada e repleta de molho que surgiu na mesma época da bossa nova, nos anos 1950 e 1960. O livro Sambalanço, a Bossa Que Dança- Um Mosaico, de Tarik de Souza e lançado pela Kuarup, chega com a missão de preencher essa lacuna, e cumpre sua missão com brilhantismo e riqueza de detalhes.

Não é de se estranhar a qualidade deste livro. Tarik de Souza é um dos melhores e mais gabaritados jornalistas, críticos e pesquisadores musicais do país, com diversos livros no currículo e também atuação em jornais, revistas, sites e programas de TV. Foram longos anos de pesquisas, durante os quais resgatou um estilo musical que curtia desde a sua infância e adolescência e que correu à margem do prestígio de outras vertentes musicais brazucas.

No livro, Tarik mostra o quanto o sambalanço foi colocado em segundo plano devido ao fato de investir em uma sonoridade mais dançante e descontraída, em contraponto à maior seriedade da “concorrente” bossa nova. Mesmo assim, teve forte aceitação por parte do público na época, gerando ídolos como Miltinho, Orlandivo, Ed Lincoln, Elza Soares, Silvio Cesar, Dóris Monteiro e tantos outros, além de ser a trilha sonora preferencial para bailes pelos quatro cantos do país.

Em comportamento que vem se transformando em padrão em nossa história recente, o sambalanço saiu de cena em meados dos anos 1970 e só foi resgatado graças ao interesse de pesquisadores e fãs de outros países, notadamente da Inglaterra e de outros países europeus e asiáticos. E também a artistas brasileiros das novas gerações, entre os quais Marco Mattoli, Amanda Bravo e Clara Moreno, além de pesquisadores como o próprio Tarik, Charles Gavin e outros.

A obra nos oferece um ensaio geral sobre o movimento, uma discografia básica (que poderia ter sido mais detalhada), 15 deliciosas entrevistas com grandes nomes do estilo, como Elza Soares, Orlandivo, Durval Ferreira, Dóris Monteiro e Silvio Cesar, e 13 perfis de outros artistas fundamentais para o sambalanço, tipo Walter Wanderley, Nilo Sérgio, Luiz Bandeira e Miltinho.

Com riqueza de detalhes e muita, mas muita informação mesmo, Sambalanço, a Bossa Que Dança- Um Mosaico pode ser uma obra difícil de ser assimilada pelo leitor menos afeito ao mundo musical, mas é essencial para quem é iniciado nesse universo e quer completar a sua formação, além de ser uma incrível fonte de consultas sobre o sambalanço e suas estrelas, especialmente sobre o curioso e peculiar Orlandivo, uma figura carimbada da nossa música.

Bolinha de Sabão– Orlandivo:

Vânia Bastos e Marcos Paiva homenageiam Pixinguinha

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Por Fabian Chacur

Já vão longe os tempos em que me preocupava em resenhar um CD, DVD, Blu-ray ou coisa que o valha de forma rápida, tentando ser o primeiro crítico a publicar algo sobre determinado lançamento. Pouco me importa. O que realmente vale a pena é tentar fazer isso bem, seja quando for. E esse é precisamente o caso deste Concerto Para Pixinguinha, de Vânia Bastos e Marcos Paiva, que já ganhou inúmeros elogios na imprensa, e só chega a Mondo Pop agora.

Antes tarde do que nunca? Eu preferiria dizer “antes bem-feito do que nunca”. E chega de metalinguagem. Vamos ao que interessa, que é este CD, o primeiro lançamento de um novo selo, o Conexão Musical, criado pelo experiente produtor musical Fran Carlo, um cara que só mete a mão onde existe talento. A escolha para a abertura desse novo espaço para a nossa música não poderia ter sido mais feliz, e lógica, vide o envolvimento dele com Vânia nesses anos todos.

Desde que iniciou a sua carreira solo, na década de 1980, Vânia Bastos tem se pautado por uma trajetória na qual não abre mão de seus princípios em prol de eventuais resultados comerciais mais significativos. Nunca foi uma grande vendedora de discos, mas consolidou uma carreira brilhante em torno de belas escolhas de repertório, bom gosto ao escolher os músicos com os quais faz shows e grava e a utilização sempre cirúrgica de sua bela e suave voz.

Em sua discografia, temos alguns trabalhos dedicados a temas específicos como as obras de Tom Jobim e Caetano Veloso e da turma do Clube da Esquina. Desta vez, ela resolveu se debruçar sobre o songbook de um dos grandes ícones da música brasileira, o compositor, orquestrador, arranjador, flautista e saxofonista Pixinguinha (1897-1973), que se só tivesse assinado a maravilhosa Carinhoso já mereceria ser lembrado para sempre.

Ele, no entanto, nos deixou uma herança repleta de maravilhas do porte de Rosa, Isso é que é Viver, Lamentos e tantas outras, escritas com parceiros como Braguinha e Vinícius de Moraes. Integrou o lendário grupo Oito Batutas, o primeiro combo regional brasileiro a excursionar pela Europa, isso nos anos 1920. Ele também trabalhou com música para cinema e teatro e assinou arranjos para Carmen Miranda, por exemplo.

Para realizar essa homenagem, a cantora se uniu ao baixista, compositor e arranjador Marcos Paiva, que desenvolve um trabalho próprio na música instrumental e também já atuou com feras do porte de Bibi Ferreira, Zizi Possi, Teresa Salgueiro e Fernando Ferrer. Ele lidera o Marcos Paiva Quarteto, composto por César Roversi (sax, clarinete e flauta), Jônatas Sansão (bateria), Nelton Essi (vibrafone) e ele próprio no contrabaixo acústico, arranjos e direção musical.

A sonoridade apresentada em Concerto Para Pixinguinha é quase camerística, esbanjando delicadeza, bom gosto e o inteligente aproveitamento de cada integrante do time, Vânia obviamente incluída. Aliás, os diálogos entre voz e os instrumentos podem ser citados como alguns dos pontos altos do álbum, assim como o entrosamento da equipe, desenvolvido durante os inúmeros shows que fizeram previamente com este material, antes da ida ao estúdio para registra-lo.

A sequência das faixas flui de forma deliciosa, não comportando uma audição incidental, do tipo pano de fundo. É preciso sentar e se concentrar, pois se trata de música feita para envolver o ouvinte, de forma classuda e sem arestas. Uma boa sacada foi a inclusão de quatro temas instrumentais (Seu Lourenço no Vinho, Cochichando, Displicente e Recordações) intercalados entre nove faixas com vocais, representando o lado instrumental da criação de Pixinguinha. Prova da generosidade de Vânia, abrindo espaços para seus colegas brilharem. E ela brilha muito, também, em Rosa, Carinhoso, Isso é que é Viver e especialmente em Urubu Malandro, que encerra o disco com força total.

Concerto Para Pixinguinha é aquele tipo de lançamento feito para durar, e que serve como boa prova de que o formato álbum nunca irá se extinguir. Pelo menos, não enquanto existirem artistas como Vânia Bastos e Marcos Paiva, dispostos a oferecer ao público um produto de altíssima qualidade como este aqui, e a selos como o Conexão Musical, viabilizando essa tarefa e caprichando em embalagem e produção.

Carinhoso (ao vivo)- Vânia Bastos e Marcos Paiva:

Conheça os 25 selecionados a integrar Natura Musical 2017

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Por Fabian Chacur

Acabam de ser divulgados os 25 nomes selecionados para projetos patrocinados pelo Natural Musical, programa existente há 11 anos e que tem como objetivo básico dar um destino transparente e democrático a recursos das leis de incentivo fiscal. Foram inscritos 1.563 projetos, com escolha feita por André Midani, Carlos Eduardo Miranda, Fafá de Belém, Melina Hickson e Luciano Salvador Bahia.

Entre os nomes escolhidos, temos Paulo Miklos (foto), Hermeto Pascoal, Nina Becker, Dingo Bells e Lucas Santtana. Desde o seu início, o Natura Musical apoiou mais de 1.350 produtos culturais, entre os quais 1.200 shows, 132 CDs, 26 DVDs, 21 livros e 5 filmes.

Os valores disponibilizados contam com o apoio da Lei Rouanet em termos nacionais e do ICMS nos estados em que rolam editais regionais específicos. Vale informar que os artistas Rubel e Sofia Freire foram selecionados por meio de votação popular.

Conheça a lista dos artistas selecionados:

Edital Nacional

Anelis Assumpção

Hermeto Pascoal e Big Band

Johnny Hooker

Nina Becker

Paulo Miklos

Xênia França

Edital Nacional – Voto Popular

Rubel

Sofia Freire

Edital Rio Grande do Sul

Dingo Bells

Dom La Nena

Quinteto Persch: “Chiquinho & Radamés”

Renato Borghetti e Yamandu Costa

Edital Bahia

Livia Mattos

Lucas Santtana

Mateus Aleluia: “Nós Os Tincoãs”

O Quadro

Talita Avelino

Xangai

Edital Pará

Arthur Nogueira

Lucas Estrela

Luê

Os Reis do Eletro

Paulo André Barata

Pio Lobato

Strobo

Sambabook homenageia com maestria mestre Jorge Aragão

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Por Fabian Chacur

Sambabook é o tipo do projeto pelo qual todo fã da melhor música popular brasileira tem a obrigação de torcer a favor. E, felizmente, está dando muito certo. Após homenagear João Nogueira, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e Dona Ivone Lara, agora chegou a vez de outro mestre do baticum brazuca: ninguém menos do que Jorge Aragão. O produto multiplataforma engloba dois CDs, DVD,Blu-ray, especial de TV, discobiografia, fichário de partituras, ambiente web com porta e redes sociais e aplicativos para smartphones e tablets. Ufa!

Dentre esse amplo elenco de lançamentos, Mondo Pop irá se deter na dobradinha CD/DVD e no livro Jorge Aragão- O Enredo de um Samba. Gravado ao vivo em março deste ano na Cidade do Samba, no Rio, o show que dá base ao conteúdo do CD duplo e do DVD e Blu-ray traz um elenco estelar interpretando os grandes sucessos de Jorge Aragão, com a participação do homenageado em uma versão all stars de Vou Festejar.

A seleção de participantes foi bem abrangente, incluindo feras como Martinho da Vila, Beth Carvalho, Elza Soares, Alcione, Ivan Lins, Grupo Fundo de Quintal, Maria Rita, Xande de Pilares, Seu Jorge, Lenine e Joyce Cândido, todos com ótimo desempenho. A grande surpresa fica por conta do rapper Emicida, que interpreta com muita ginga e categoria Moleque Atrevido, mostrando que, se quisesse, poderia ser um ótimo cantor de samba. Já Anitta derrapa feio em Coisinha do Pai.

Com direção musical a cargo do experiente e talentoso Alceu Maia e um elenco de músicos de primeira, temos belas releituras de maravilhas do porte de Quintal do Céu, Malandro, Eu e Você Sempre, Moleque Atrevido, De Sampa a São Luis, Identidade, Tem Nada Não e Do Fundo do Nosso Quintal, entre outras. No DVD/Blu-ray, Jorge Aragão faz rápidos comentários antes de algumas músicas, e um making of traz depoimentos do artista e também do elenco presente no trabalho.

Se a homenagem musical faz jus ao talento de Aragão, o livro Jorge Aragão- O Enredo de um Samba, de João Pimentel, é simplesmente brilhante. Com um texto simples e fluente, conta a história do autor de Malandro com riqueza de detalhes, incluindo uma mais do que bem-vinda análise detalhada de todos os discos gravados pelo artista, trazendo também fotos, trechos das letras das canções e muito mais.

Nascido em 1º de março de 1949, Jorge Aragão é um daqueles personagens improváveis. Tímido, introspectivo e não muito fã da chamada vida noturna, ele no entanto se tornou um dos grandes craques da história do samba, sendo um dos nomes fundamentais da verdadeira revolução no samba protagonizada pela turma do Bloco Cacique de Ramos, onde nasceu o Grupo Fundo de Quintal, que ele integrou e inclusive participou de seu primeiro álbum.

Ler o livro é mergulhar a fundo e de camarote nessa história tão bacana, com direito a causos engraçados, outros nem tanto, detalhes fundamentais e a descoberta de um ser humano incrível e generoso, além de talentoso e humilde. Tão humilde que confessa abertamente não gostar de ser chamado de “poeta do samba”. Mas não tem jeito, Jorge. Você é poeta, sim, e dos bons. Aceite, que dói menos…

Tem Nada Não– Joyce Cândido (do Sambabook Jorge Aragão):

Rogério Flausino e Sideral vão homenagear Cazuza no Rio

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Por Fabian Chacur

Os irmãos Rogério Flausino e Wilson Sideral começaram a carreira musical juntos, na banda Contacto Imediato. Em 1993, no entanto, apostaram em rumos próprios, com Flausino assumindo o vocal do Jota Quest e Sideral partindo para a carreira solo. Continuaram compondo juntos, e agora estão em meio a sua primeira turnê em dupla. Eles tocam no Rio nesta terça-feira (27) às 21h no Teatro Bradesco-Rio (avenida das Américas, nº 3.900- loja 160 do Shopping Village Mall-Barra da Tijuca- fone 0xx21-3431-0100), com ingressos de R$ 50,00 a R$ 180,00.

E a turnê tem um tema fora do que poderia se esperar de dois compositores com muitos sucessos em seus currículos. O espetáculo intitula-se Rogério Flausino e Wilson Sideral Cantam Cazuza, e nele, os irmãos homenageiam um dos maiores nomes da história do rock brasileiro, dando uma geral em algumas de suas melhores músicas de seus tempos de Barão Vermelho e também da carreira solo.

O repertório traz clássicos de Cazuza como Pro Dia Nascer Feliz, Exagerado, Bete Balanço, Faz Parte do Meu Show, Solidão Que Nada e Vida Longa Vida, além da inédita Não Reclamo, poesia de Cazuza musicada por Sideral em 2015. A banda que os acompanhará é integrada por Adriano Campagnani (baixo), David Maciel (bateria), Marcelinho Guerra (guitarra), Breno Mendonça (sax) e Wagner Souza (trompete).

Pro Dia Nascer Feliz (ao vivo)- Rogério Flausino e Wilson Sideral:

#NãoRecomendados traz um trio talentoso em São Paulo

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Por Fabian Chacur

Se você é daqueles que tem a mente aberta e gosta de prestigiar espetáculos inovadores e muito interessantes, tem uma boa opção neste fim de semana. Será #NãoRecomendados, show performático que reúne três bons talentos da nova geração da nossa música, Caio Prado, Daniel Chaudon e Diego Moraes. O espetáculo será neste sábado (17) às 21h e domingo (18) às 18h em São Paulo no Sesc Belenzinho (rua Padre Adelino, nº 1.000- Belenzinho- fone 0xx11-2076-9700), com ingressos bem acessíveis custando de R$ 6,00 a R$ 20,00.

A música Não Recomendados (Caio Prado), uma espécie de hino e grito de liberdade, equivale à semente que gerou o trabalho do trio. Temos três personagens: Morenita (Diego Moraes), a “Revoltada de Piracicaba”, Jânina (Caio Prado), a “Mimada de Realengo”, e Carlota (Daniel Chaudon), a “Despejada da Capital”. A temática é a busca de levar sensações e reflexões ao público, desafiando padrões rígidos, dogmas e preconceitos a cada cena/canção.

A trilha sonora é composta por interpretações de clássicos da música brasileira adaptados para o espírito deste espetáculo, como Rubens (Mario Manga), Punk da Periferia (Gilberto Gil) e O Tempo Não Para (Cazuza e Arnaldo Brandão) e também de músicas autorais como You Lost Playboy (Diego Moraes-Edu Capello), O Que Restou (Caio Prado) e Muderno (Diego Moraes). No sábado (17), teremos a participação especial de Johnny Hooker, e no domingo (18), de Mariana Aydar.

Veja o making of de #Nãorecomendado:

Língua de Trapo destila o seu humor único em “último” CD

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Por Fabian Chacur

Existem inúmeras maneiras de se fazer música, todas válidas e capazes de render bons frutos. Há longos 36 anos, o Língua de Trapo resolveu criar a sua, única e facilmente reconhecível por quem os acompanha nessa trajetória mais do que peculiar. Em plena forma, o combo capitaneado pelo impagável Laert Sarrumor volta ao mundo fonográfico com O Último CD da Terra (Gênesis/Arlequim), que mantém o alto padrão de qualidade de sempre. E olha que a espera foi longa!

Trata-se do primeiro álbum da banda desde ao vivo 21 Anos na Estrada (2001), e o primeiro de inéditas desde o longínquo ano de 1992, quando Brincando Com Fogo chegou às lojas. Valeu a espera. Melhor lançar poucos e bons trabalhos do que enfiar abacaxis azedos goela abaixo do público, como muitos fazem por ai. E ao menos os caras continuaram com os shows, sem a frequência desejável mas sempre com categoria.

E o que seria essa tal fórmula própria de se fazer música implementada pelos “linguistas”? Trata-se de uma incrível mistura de ritmos musicais, indo do mega-brega ao mega-chique, passando por literalmente tudo. E tudo significa chorinho, jazz, rock, jovem guarda, blues, heavy/hard rock, country, folk, samba, brega de todos os tipos, romantismo… O que amarra isso tudo é um humor que consegue a façanha de ser cáustico, ácido e virulento, sem no entanto cair na tentação politicamente incorreta do “perco a piada, mas não perco o amigo”.

As tiradas do Língua não perdoam ninguém, mas nunca com teor ofensivo. E a provável explicação para essa façanha é o fato de não levarem ninguém a sério, especialmente eles próprios. Os compositores habitualmente gravados por eles, figuras do naipe de Laert, Carlos Melo, Guca Mastrodomênico, Ayrton Mugnaini Jr. e o saudoso Cesar Brunetti (entre outros) sabem, digamos assim, manter as amizades, sem perder as piadas jamais. Jamais!

Ouvir O Último CD da Terra equivale a uma viagem pelas programações das rádios AM de antigamente, nas quais se tocavam todos os estilos musicais, sem exceção (lógico que sempre em horários específicos, no caso de alguns deles). Se há algo de que não se pode rotular esse novo álbum de “Laert e seus Comparsas” é de monótono. As molduras musicais mudam a cada nova faixa, e às vezes em uma mesma faixa, como na impagável Os Infernautas, sátira aos viciados em internet que vai do vira a la Roberto Leal ao rap sem medo de ser feliz.

Três composições são da fase inicial da banda, o período 1980-1982, e que por um motivo ou outro nunca haviam sido gravadas: Circular 46, Amor Indigente e Ratatá no Zum-zum-zum. Sempre espere o inesperado em um disco e/ou show do Língua: ode a um pombo, encontro modelo humor negro em uma fila de hospital, o canto de um mendigo, um imitador de Bob Dylan que poderia ser o sumido Belchior, um ex-fã de rock progressivo… Tem até uma releitura do Hino Nacional Brasileiro, desta vez em homenagem aos desempregados (Hino dos Desempregados).

Em texto incluído na segunda página do encarte, o grupo afirma que este será o seu último CD. Tomara que não. Afinal de contas, eles mostram aqui que ainda tem muita lenha para queimar. E quer saber? O formato compact disc ainda ficará em cena por muito tempo, tal qual os discos de vinil e mesmo as fitas-cassete, ambos vivendo um revival improvável nos últimos anos. Quem duvida estar lá na esquina uma nova era dos CDs? E que venha um novo do Língua. Que último que nada, seus preguiçosos! Me dá o mizão e vamos logo gravar outro!

Ouça trechos das músicas de O Último CD da Terra:

Trechos do show de lançamento do CD- Sesc Pompeia abril 2016:

Rick Wakeman Nunca Mais– Língua de Trapo:

Wagner Felipe canta músicas de Amor Para Todos em SP

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Por Fabian Chacur

O cantor, compositor e músico Wagner Felipe lançou recentemente seu primeiro CD solo, Amor Para Todos. Trata-se de um trabalho dos mais consistentes, nos quais ele se vale de um tema básico, todas as formas de amor, com uma sonoridade que abrange várias tendências da nossa música popular. Ele mostra esse repertório em São Paulo com um show nesta quarta-feira (3) às 20h no CEU Navegantes- Prof. José Everardo Rodrigues Cosme (rua Maria Moassab Barbour, s/nº- Cantinho do Céu- fones 0xx11-5976-5527 e 5976-5531), com entrada gratuita.

Wagner será acompanhado pela Banda A, formada por Mauricio Dias (cavaco e violão), João Cruz (baixo e teclados), Rubens Candido (guitarra, vocais e gaita) e Luiz Roma (bateria). Teremos várias participações especiais: MC Lauro Pirata, o baterista Naná Aragão, os cantores Tiago Ferreira e Samuel de Abreu e o grafiteiro e poeta Jerry Batista. O repertório trará músicas do CD Amor Para todos e também canções alheias com a mesma temática das do disco. Saiba mais sobre Wagner Felipe e Amor Para Todos aqui.

Corrente do Bem– Wagner Felipe:

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