Mondo Pop

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Paul McCartney grava com Mark Ronson

Por Fabian Chacur

Se aquela antiga frase diz que “a vida começa aos 40”, Paul McCartney parece acreditar que ainda tem uns 30 anos de idade, se tanto. O ex-beatle, que completou 70 anos no dia 18 de junho, mostra-se mais ativo do que nunca.

Segundo o site do New Musical Express, excelente e tradicional publicação inglesa especializada em música, o ex-beatle passou boa parte da última semana gravando em um estúdio em Nova York.

A novidade fica por conta de ele aparentemente ter feito isso ao lado do badalado produtor Mark Ronson, que se consagrou ao ganhar o Grammy de 2008 como melhor produtor por seu trabalho em Back To Black, de Amy Winehouse. Desde então, ele esteve ao lado de Duran Duran, Kaiser Chiefs e Rufus Wainwright, entre outros.

Segundo as fontes do site inglês, os dois se reuniram com o intuito de ver o que conseguiriam fazer juntos, e se a dupla tinha uma química bacana.

Para quem não sabe, o produtor é filho do saudoso Mick Ronson, guitarrista que se tornou famoso como integrante da célebre banda Spiders From Mars, de David Bowie, participando de discos clássicos como The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars (1972) e Alladin Sane (1973).

Não satisfeito, McCartney pegou um avião, viajou e ainda participou, neste sábado (14), do show que Bruce Springsteen realizou em Londres como parte do festival Hard Rock Calling.

Macca e The Boss tocaram juntos I Saw Her Standing There e Twist And Shout, e pretendiam fazer até mais, quando a direção do evento resolveu cortar o som do show com os dois ainda a mil por hora. Coisa feia! O show de Springsteen durou mais de três horas, como de praxe, e arrebatou o público presente.

Something, com Paul McCartney, ao vivo no Rio em 2011:

Uma homenagem ao setentão Paul McCartney

Por Fabian Chacur

Em 1967, um certo Paul McCartney cantava no álbum Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band suas previsões de como seria quando ele chegasse aos 64 anos. Na época, o cantor, compositor e músico era um jovem de 25 anos. Pois nesta segunda-feira (18), Macca poderá nos afirmar que já sabe há seis anos como é ter 64. Afinal, ele completará sete décadas de vida!

Do maior ídolo a gente nunca se esquece, e posso dizer que amo a música desse sujeito desde que eu tinha meus sete anos de idade e repetia com prazer aquele “hello, hello” que ouvia vindo da rádio, que depois viria a saber se tratar de Hello, Goodbye, de minha banda favorita, os Beatles. Ou de quando ouvia à exaustão, nessa mesma idade, o compacto comprado pelo meu saudoso irmão Victor, com Hey Jude do lado 1.

A carreira solo dele e o surgimento dos Wings eu pude presenciar de primeira mão, durante minha infância e adolescência naqueles marcantes anos 1970.

E todo o resto, até este longínquo 2012, quando várias das pessoas que compartilharam comigo aqueles anos iniciais já não estão por perto em termos físicos, mas morarão para sempre no meu coração enquanto eu viver.

Falar o que de Sir Paul McCartney? O artista perfeito, sem qualquer sombra de dúvidas. Excepcional cantor, músico de mão cheia, compositor inspirado, ser humano especial, performer capaz de cativar todos os tipos de público em seus shows. Dizer que ele tem centenas de músicas maravilhosas em seu currículo não é exagero, é fato.

Como homenagem a ele, posto abaixo dez vídeos de músicas que não são tão famosas como Hey Jude, My Love, Live And Let Die e Jet, mas que considero tão boas quanto, e que provam o como esse cara produziu coisas boas todos esses anos. Parabéns, Tio Macca, e continue na estrada e nos estúdios, proporcionando a seus fãs maravilhas como as abaixo.

Uncle Albert/Admiral Halsey (1971)

É o maior sucesso dessa listinha de dez maravilhas do cancioneiro McCartneyano. Balada deliciosasmente pop que vai aos poucos cativando o ouvinte e, no fim, ganha um daqueles refrãos contagiantes que marcam o nosso ídolo.

Dear Boy (1971)

Assim como Uncle Albert/Admiral Halsey, integra o álbum Ram, o primeiro que tive a oportunidade de ouvir de cabo a rabo de Paul McCartney, adquirido pelo meu brother. Canção delicada, mas com direito a algumas vigorosas intervenções de guitarra, tem um jeitão de música dos Beatles. Linda!

Not Such a Bad Boy (1984)

O filme Mande Lembranças Para Broad Street (Give My Regards To Broad Street) pode não ser lá essas coisas, mas a trilha é excelente, misturando releituras de músicas dos Beatles e da carreira solo de Paul a algumas inéditas. Esse delicioso rock é uma das inéditas, e não merece ficar esquecida em meio a um dos raros fracassos comerciais do Tio Macca.

Press (1986)

Sou um dos raros fãs do álbum Press To Play, que mostra Paul flertando com a sonoridade eletrônica dos anos 1980. A balançada Press é o que mais se aproximou de hit daquele disco, e além de deliciosamente pop, vale por este excelente clipe, que filma uma visita surpresa do ex-beatle ao metrô, com direito a hilariantes flagras dele com os seus fãs.

From a Lover To a Friend (2001):

Driving Rain é um bom discos solo de Paul McCartney que foi prejudicado em sua repercussão por fatores externos, no caso o ataque às Torres Gêmeas naquele lamentável 11 de setembro de 2001. From a Lover To a Friend é uma daquelas baladas tocantes que esse gênio do rock sabe fazer como poucos. Ele estava inspiradíssimo como baixista nesse álbum, como sua performance nesta faixa exemplifica de forma clara.

We Got Married (1989):

Essa mistura de reggae e flamenco simplesmente deliciosa é um dos destaques de Flowers In The Dirt, álbum que trouxe Paul McCartney de volta às paradas de sucesso e principalmente às turnês após 10 anos. Sinto arrepios de prazer ao lembrar do desempenho dele com sua banda no Maracanã, em 1990, nos primeiros shows que fez no Brasil.

The Pound Is Sinking (1982):

O excelente álbum Tug Of War é um dos melhores trabalhos da carreira do Macca, e inclui este excelente rock, com letra irônica e pitadas de psicodelismo em suas guitarras distorcidas. Uma dessas pérolas perdidas na fantástica discografia de Sir James Paul McCartney.

Old Siam Sir (1979):

Back To The Egg é uma espécie de Álbum Branco da carreira solo de Paul McCartney devido à diversidade das canções incluídas nele. Um bom exemplo é esse rockão beirando o heavy metal, a Helter Skelter de sua era pós-beatles. Uma pedrada!

Arrow Through Me (1979):

Também de Back To The Egg, Arrow Through Me é o momento soul music do álbum, com direito a melodia delicada, levada funkeada e um arranjo de metais simplesmente sensacional. Richie Havens fez uma bela regravação desta música, e a soul singer Erikah Badu se valeu de um sampler da mesma em seu hit Gone Baby Don’t Be Long.

Check My Machine (1982):

Este lado B do single Waterfalls acabou virando um grande hit nos bailes black brasileiros, a ponto de ter sido lançado no formato single de 12 polegadas (o tamanho de um LP de vinil) por aqui para atender esse público. Divertida e dançante, foi regravada recentemente no Brasil pelo excelente grupo Sandália de Prata.

Sally G (1974):

Paul McCartney relegou muitas músicas legais ao humilde papel de lado B dos antigos compactos simples de vinil. Esta deliciosa canção country foi gravada em Nashville e saiu como B side do rockão Junior’s Farm. Acredite se quiser, mas conheci uma dupla sertaneja nos anos 80 que quase fez uma versão dessa música…

Tomorrow (1971):

Esta power ballad é um dos destaques do primeiro álbum dos Wings, Wild Life, e tocou bem nas rádios brasileiras na época. Curiosamente, nunca foi lançada em compacto simples. Pensando que era essa música, pedi para o meu irmão comprar um compacto que saiu na mesma época, com Give Ireland Back To The Irish. Acabei me dando bem, pois se trata de um rockão, mas só fui ter Tomorrow em disco em 1980, ao comprar minha cópia de Wild Life

Paul McCartney lança CD de standards morno

Por Fabian Chacur

Desde os tempos dos Beatles, sempre ficou clara a influência dos standards da música americana na formação de Paul McCartney enquanto compositor. Músicas como Honey Pie, Here, There and Everywhere e Maxwell Silver Hammer eram provas concretas disso.

Esse lado jazzy de sua musicalidade continuou aparecendo nas décadas posteriores, como mostram canções como You Gave Me The Answer e Baby’s Request. Desta vez, no entanto, o genial cantor, compositor e músico britânico resolveu dedicar um álbum inteiro ao estilo.

Kisses On The Bottom, mais recente álbum de Paul McCartney, traz 14 faixas, sendo duas composições inéditas de sua autoria e 12 resgatadas de sua memória afetiva, assinadas por autores como Irving Berlin, Harold Arlen, Johnny Mercer e Frank Loesser.

Umas são mais conhecidas do grande público, como The Glory Of Love e Bye Bye Blackbird, enquanto outras se encaixam no perfil “lado B”, como The Inch Worm e It’s Only a Paper Moon.

Pela primeira vez na carreira, McCartney não toca nenhum instrumento musical em um de seus trabalhos, dedicando-se apenas aos vocais. A acompanhá-lo, a banda de Diana Krall (liderada pela própria ao piano) e convidados como John e Buck Pizzarelli, Eric Clapton e Stevie Wonder.


O resultado é um álbum basicamente morno, no qual os arranjos instrumentais são conservadores e nada acrescentam de novo às músicas, enquanto a voz de Paul soa por demais monótona para o gênero. Dá para curtir em uma ou duas músicas, mas não em um álbum inteiro.

Seu colega Rod Stewart se saiu muito melhor nessa praia, e fica difícil imaginar um segundo volume deste Kisses On The Bottom, ao contrário da série de álbuns que Rod The Mod dedicou aos standards na década passada, e que de certa forma salvou sua carreira em termos comerciais.

No caso de Paul, esta incursão pode ser avaliada como válida, mas também como um caminho a não ser mais seguido. Não por coincidência, o melhor momento do CD é a inédita My Valentine, com belíssimo clima soturno e excelente desempenho de Eric Clapton na guitarra/violão.

De resto, é aquele típico álbum que você ouve umas dez vezes, não consegue gostar e guarda em sua coleção, para de lá nunca mais sair. Não por ser ruim, mas por ser decepcionantemente mediano, algo não muito comum na excelente discografia de Paul McCartney.

Ouça My Valentine, com Paul McCartney:

Paul McCartney divulga faixas do novo álbum

Por Fabian Chacur

Após revelar as duas únicas faixas de sua autoria que entrarão em seu novo álbum, Kisses On The Bottom, que chegará às lojas no dia 7 de fevereiro, Paul McCartney agora informa o setlist completo do CD.

O trabalho inclui as inéditas My Valentine, parceria com Eric Clapton, e Only Our Hearts, dobradinha com Stevie Wonder.

As outras canções são standards não tão conhecidos da música americana, todos consideradas por McCartney como de grande importância para a sua formação como músico e compositor.

Entre outras, temos canções do repertório de artistas como Sam Cooke (Home-When Shadows Falls), Ella Fitzgerald (It’s Only a Paper Moon) e Danny Kaye (The Inch Worms).

O título do novo trabalho de McCartney foi extraído da letra da canção I’m Gonna Sit Right Down And Cry Myself a Letter, que abre o álbum.

Gravado em estúdios localizados em Los Angeles, Nova York e Londres em 2011, Kisses On The Bottom contou com a produção de Tommy LiPuma e Diana Krall, cuja banda de apoio se incumbiu da parte instrumental.

Pela primeira vez em um de seus álbuns, Paul McCartney se incumbe apenas dos vocais.

Curiosidade: na edição de luxo do álbum, foi incluída uma releitura de My Baby’s Request, composição belíssima de cunho jazzista de Paul gravada originalmente por ele no álbum Back To The Egg (1979).

Eis a relação de faixas de Kisses On The Bottom:

01. I’m Gonna Sit Right Down And Write Myself A Letter
02. Home (When Shadows Fall)
03.  It’s Only A Paper Moon
04. More I Cannot Wish You
05. The Glory Of Love
06. We Three (My Echo, My Shadow And Me)
07. Ac-Cent-Tchu-Ate The Positive
08. My Valentine
09. Always
10. My Very Good Friend The Milkman
11. Bye Bye Blackbird
12. Get Yourself Another Fool
13. The Inch Worm
14. Only Our Hearts
15.  Baby’s Request (só na Deluxe Edition)
16.  My One And Only Love (só na Deluxe Edition)

Ouça Baby’s Request, com Paul McCartney & Wings (1979):

Ouça My Valentine, a nova de Paul McCartney

Por Fabian Chacur

Se não está mais disponível para audição em streaming no site oficial, a nova música de Paul McCartney já pode ser conferida na rede internacional de computadores, a famosa internet.

Graças a alguns sites e blogs, My Valentine, parceria inédita de Paul McCartney com Eric Clapton e que conta com a participação do músico britânico no violão e da banda de Diana Krall está à disposição.

Trata-se de uma balada classuda, com toques jazzísticos e um clima romântico. Vale a lembrança: McCartney não toca nenhum instrumento musical, concentrando-se apenas (eu disse “apenas?”?) nos vocais.

A canção serve como aperitivo para o lançamento de seu novo CD, Kisses On The Bottom, como você pode ler no post anterior de Mondo Pop.

Ouça My Valentine, com Paul McCartney no link abaixo:

http://soundcloud.com/paulmccartney/my-valentine-paul-mccartney

Paul McCartney grava CD com Diana Krall e a banda dela; Clapton e Wonder participam

Por Fabian Chacur

Paul McCartney, em seu site oficial, deu uma bela notícia aos fãs nesta segunda (19). O ex-beatle lançará no dia 7 de fevereiro de 2012 um novo álbum em parceria pelos selos Hear Music e Concord Records (distribuídos no Brasil pela Universal Music).

Mas, como diriam aqueles informeciais pentelhos, “não é só isso”. Intitulado Kisses On The Bottom, o álbum trará participações especialíssimas. Uma das faixas, My Valentine, ficou disponível por 24 horas para membros premium do site para audição em streaming (sem poder ser baixada).

A canção foi escrita em parceria com Eric Clapton e conta com a participação do guitarrista. Outra inédita do álbum é Only Your Hearts, escrita por McCartney com Stevie Wonder, que também marca presença.

Essas são as duas inéditas do trabalho, que trará standards da música americana gravadas originalmente por nomes como Bing Crosby e escritas por autores consagrados do naipe de Cole Porter e Harold Arlen.

“São músicas nas quais eu e John (Lennon) nos baseamos para fazer muitas das músicas que escrevemos”, comentou o astro em seu site. Ele também garante que não são standards óbvios, e que muitos certamente irão conhecer essas músicas apenas agora, embora sejam clássicos do cancioneiro popular americano.

O álbum foi gravado em estúdios em Los Angeles, Nova York e Londres durante este ano, e trazem pelo menos mais dois fatos importantíssimos: será a primeira vez que McCartney apenas cantará em um de seus álbuns. É o que você leu: ele não tocou baixo, violão, guitarra, nada. Só interpretou.

E aqui temos outro fato bem interessante. A banda que o acompanhou é a que grava e faz shows com a consagrada cantora e pianista Diana Krall, incluindo a própria no piano. Ou seja, músicos de jazz de primeiríssimo gabarito. Não há informações ainda de se ela também cantou no CD.

Não é de se estranhar a parceria, pois o marido de Krall é Elvis Costello, que entre 1987 e 1993 compôs e gravou várias músicas com Paul, entre as quais My Brave Face, Veronica e You Want Her Too.

A produção ficou a cargo do experiente Tommy LiPuma, conhecido por seus trabalhos com George Benson e a própria Diana.

Macca promete mais informações em seu site nos próximos dias. Quando pintar mais alguma coisa, a gente também repercute por aqui.

Ouça Honey Pie, com os Beatles, no estilo standard de jazz:

CD bônus salva reedição de McCartney II

Por Fabian Chacur

Se há um forte candidato a pior álbum lançado por Paul McCartney em toda a sua carreira, ele atende pelo título McCartney II.

Lançado em 1980, o trabalho tinha como objetivo reeditar o espírito de McCartney (1970), primeiro disco solo do ex-beatle, no qual ele tocava todos os instrumentos.

Se a primeira tentativa gerou um álbum irregular, porém bastante agradável, a segunda deu ao mundo um troço equivalente ao comprovante de que, sim, o autor de Yesterday também é um ser humano passível de erros.

Experiências com teclados e efeitos eletrônicos dão a base à sonoridade do disco, que a rigor só traz duas músicas dignas de nota. Uma é a excepcional Coming Up, com batida irresistível e refrão matador, e a outra, a melancólica e emocionante balada Waterfalls.

De resto, as outras nove faixas são uma bola fora atrás da outra. Temporary Secretary é candidata forte a pior música da carreira do Macca, e merecia uma versão em português interpretada por Serginho Mallandro. Fica a (péssima) ideia.

On The Way é daqueles blues que qualquer um compõe em cinco minutos, de tão sem alma, enquanto Nobody Knows é aquele tipo de rock sem-vergonha que dá até dó.

One Of These Days nem chega a ser tão ruim, mas é uma balada folk que parece ter sido gravada em um freezer, de tão fria que ficou a versão registrada neste álbum.

Quanto às bem eletrônicas Front Parlour, Summer’s Day Song, Frozen Jap, Dark Room e a assustadoramente ruim Bogey Music, é melhor nem falar nada.

Pois McCartney II acaba de ser relançado no Brasil pela Universal Music em luxuosa edição dupla, com direito a encarte com letras e fotos (algumas inéditas) e dois CDs, um com versão remasterizada do álbum original e outro com raridades e faixas inéditas.

Já vejo você perguntando a si próprio: “se o álbum original é tão ruim, deve dar medo ouvir músicas que acabaram sendo rejeitadas e não entraram no mesmo”. Pois é aí que surge a surpresa.

Esse álbum bônus é muito melhor do que o original. Lógico que não se compara aos maiores clássicos de Paul, mas traz momentos muito mais instigantes do que o McCartney II.

Blue Sway, por exemplo, com batida hipnótica e belíssimo arranjo de cordas assinado por Richard Niles, foi gravada em 1979 e abandonada, sabe-se Deus porque. Essa mesma música aparece (em outra versão) em pot-pourry com All You Horse Riders.

Coming Up (Live At Glasgow) saiu em single junto com a versão de estúdio da mesma canção, mas atingiu o primeiro lugar nessa leitura live na parada americana.

Check My Machine foi lado B do single de Waterfalls, e acabou virando um grande hit nos bailes black brasileiros nos anos 80, fato que o astro britânico nem sonharia que poderia ocorrer.

Secret Friend, outra que só saiu em single, é uma instrumental eletrônica de batida simplesmente irresistível, e merecia ser descoberta por algum rapper ou astro dance por aí.

No geral, as oito faixas (algunas com mais de 10 minutos de duração) dão um panorama muito mais ousado e instigante dessa experiência eletrônica. Bastaria somar a elas Coming Up e Waterfalls e pronto, teríamos um McCartney II muito melhor.

Como queixa, só senti a falta de outra usada como lado B de Coming Up, a excelente instrumental Lunch Box/Odd Sox. E para os mais riquinhos, existe uma edição ainda mais luxuosa desse McCartney II, disponível nas importadoras a preço de ouro.

Veja o recém-lançado clipe de Blue Sway:

Parabéns, James Paul McCartney, 69 anos!

Por Fabian Chacur

Sou fã de centenas (milhares?) de grupos, duplas, artistas solo e todas as configurações possíveis no mundo da música.

Se o assunto é quem lidera esse imenso ranking, não tenho a menor dúvida: grupo The Beatles, e artista solo, Paul McCartney. Ontem, hoje, sempre!

Não por acaso, a primeira música dos Beatles de que me lembro é Hello Goodbye. Hey Jude foi a trilha do meu fim de 1968, quando tinha apenas e tão somente sete aninhos.

O primeiro disco solo do Macca que tive a oportunidade de ouvir foi o maravilhoso Ram (1971), comprado pelo meu saudoso irmão Victor.

Até hoje é um dos meus álbuns favoritos, e não consigo entender o porque os críticos da época o malharam tanto.

Aliás, até imagino saber. Não era um disco dos Beatles. Era bem diferente do que ele tinha feito com os Fab Four, mas igualmente bom. Hoje, felizmente, muito mais gente concorda comigo. Reabilitaram esse e outros álbuns dele.

Paul sofreu com o fato de ser sempre comparado à banda que ajudou a tornar a mais influente, importante e bem-sucedida de todos os tempos.

Mas ele venceu toda essa pressão, e construiu uma carreira solo sólida, de ótima qualidade e que merece ser cultuada para todo o sempre.

Álbuns como o já citado Ram e também McCartney (1970), Band on the Run (1973), Venus and Mars (1975), Tug of War (1982) etc sempre serão redescobertos pelas novas gerações.

Paul McCartney completa 69 anos em plena atividade, fazendo shows pelos quatro cantos do mundo, lançando bons álbuns e cativando gerações e gerações.

A coisa mais comum do mundo é ir em shows dele nos quais pai, avô e neto estão lá, juntos, vibrando e se emocionando com suas canções.

Parabéns, mestre, beijo no seu coração!

Veja Coming Up ao vivo no Rio em 2011:

Biografia mostra um Paul McCartney sombrio

Por Fabian Chacur

Tudo bem, não nego e nunca negarei que o meu grande ídolo atende pelo nome de Paul McCartney, e que, para mim, a banda mais linda da cidade chamada minha vida se chama The Beatles.

No entanto, sei que ele é também um ser humano como todos nós, imperfeito e capaz de inúmeros erros e vaciladas durante a sua trajetória de vida.

No entanto (mais uma adversativa, meu Deus!), o livro Paul McCartney – Uma Vida, de Peter Ames Carlin, lançado no Brasil pela Editora Nova Fronteira (preço médio: R$ 44,90) pinta o ex-beatle com cores sombrias demais para o meu gosto.

Embora seja bem escrito e tenha uma quantidade de informações bem respeitável, o que certamente ajudará quem não sabe muito sobre o genial astro britânico, esta biografia não autorizada vai um pouco além do que deveria ao reforçar estereótipos negativos em torno do músico.

Para o autor, por exemplo, boa parte dos álbuns da carreira solo de McCartney não são lá essas coisas. Essa era a visão tacanha dos críticos rancorosos dos anos 70 e 80, mas hoje até os mais ranzinzas reavaliaram esses conceitos.

Detonar álbuns como McCartney (1970), Ram (1971) e Venus And Mars (1975), por exemplo, já saiu de moda há muito tempo.

Carlin também pinta McCartney como um total dependente de John Lennon, ao ponto de dedicar metade da biografia aos 13 anos em que o autor de Yesterday trabalhou ao lado do genial músico britânico.

Só para constar, o filho de Liverpool é artista solo há 41 anos!

Em termos pessoais, o retrato pintado pelo escritor carrega nas cores sombrias, dando a impressão de que Paul McCartney não passa de um cara autoritário, ególatra, inseguro e capaz de ser considerado até asqueroso por parte de quem conhecê-lo a fundo.

Perdoem-me, mas não conheço e nunca conhecerei o meu ídolo pessoalmente, ou mesmo conviverei com ele no dia a dia, para descobrir esses “segredos da alma”. Carlin, no entanto, também não.

Portanto, sei lá se o fato de não ter conseguido entrevistar McCartney não o deixou um pouco rancoroso demais da conta na hora de escrever o seu livro?

Seja como for, o Paul McCartney que me interessa é o autor de clássicos dos Beatles e também dono de uma brilhante carreira solo.

Se ele não dava espaços suficientes para os colegas dos Wings, se ele não tomava banho, se era autoritário ou se era totalmente dependente de John Lennon, pouco me importa.

Ainda assim eu recomendo a leitura de Paul McCartney – Uma Vida, até para que você tire suas próprias conclusões sobre esta obra. As minhas são essas.

Paul McCartney volta ao Rio após 21 anos

Por Fabian Chacur

Foram 21 longos anos desde que Paul McCartney tocou no Rio pela primeira vez, em dois shows inesquecíveis no mês de abril de 1990.

Desde então, o ex-beatle voltou ao Brasil em 1993 e 2010, mas sem passar pela Cidade Maravilhosa.

Mas agora, os cariocas estão em estado de glória. Chegou a hora de rever ao vivo e a cores, no Estádio do Engenhão, neste domingo (22) e segunda-feira (23), um dos mais importantes nomes da história da música popular mundial.

Macca trará a Up And Coming Tour, que inclui sucessos dos Beatles, dos Wings e de sua carreira solo, equivalendo a uma verdadeira enxurrada de sucessos, um atrás do outro.

Quem teve a honra de vê-lo em 2010 sabe que o cara está em plena forma, com muita disposição para cativar o público e sem medo de ser e de fazer as pessoas felizes.

Os ingressos custam de R$ 150 a R$ 700 e foram dados como totalmente esgotados, embora costumem sempre aparecer alguns disponíveis na última hora, para quem resolveu ir na louca, como se diz por aí.

Só não irei ao Rio por absoluta falta de dinheiro… Mas, ao menos, posso me gabar de ter visto Paul McCartney ao vivo em quatro ocasiões diferentes: 1990 (dois shows), 1993 (um show) e 2010 (um show).

Veja Live And Let Die, ao vivo, com Paul McCartney:

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