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Tag: rock britânico (page 4 of 8)

Os Rolling Stones provam que óbvio também pode ser genial

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Por Fabian Chacur

Nada mais óbvio para uma banda que tirou o seu nome de um clássico do blues (Rollin’ Stone, do genial Muddy Waters) do que gravar um álbum totalmente dedicado a esse gênero musical, não é mesmo? Pois essa obra demorou 54 anos para se concretizar. E quer saber? Valeu, e como, a espera. Blue & Lonesome, novo álbum da banda de Mick Jagger, prova de que às vezes o óbvio também pode ser genial e instigante.

O blues faz parte desde sempre do repertório desta seminal banda inglesa. Não faltam exemplos de standards blueseiros relidos com categoria por eles, como I Just Want To Make Love To You, Little Red Rooster e Love in Vain, só para citar três. Isso, sem contar as composições próprias que se valeram de elementos desse gênero fundamental para o surgimento de jazz, rock and roll e tantas outras sonzeiras de primeiríssima linha.

Das várias possibilidades de se realizar um trabalho desse porte, os Stones optaram pela mais adequada a eles. Ou seja, selecionaram um repertório maravilhoso, que soará inédito para a maioria dos fãs por se tratar de canções tiradas do fundo do baú, coisa de conhecedores, mesmo, e as gravaram sem frescuras, de forma crua e direta. Além dos quatro integrantes oficiais da banda, apenas seus três músicos de apoio em shows e a participação de Eric Clapton em duas faixas. As 12 músicas foram registradas em apenas três dias.

O resultado é o que se poderia se esperar de uma empreitada como essa. Totalmente à vontade, Jagger, Richard e sua turma esmerilham, soltando a alma e exalando prazer em maravilhas do porte de Ride ‘Em Down, Hate To See You Go, Just Your Fool, I Gotta Go e Just Like I Treat You, de autores como Little Walter, Willie Dixon e Jimmy Reed. Só uma é mais conhecida. Trata-se de I Can’t Quit You Baby, que muitos conheceram na ótima versão do Led Zeppelin.

Eric Clapton exibe a competência habitual na seara do blues nas ótimas I Can’t Quit You Baby e Everybody Knows About My Good Thing. Se não bastasse a qualidade musical, Blue & Lonesome aparece em belíssima embalagem digipack, com direito a capa tripla e encarte repleto de informações sobre as músicas e as sessões de gravações. Se por alguma razão este álbum se tornar o último dos Rolling Stones, nenhuma despedida poderia ser mais brilhante e elogiável do que esta. Mas se vier um volume 2, será mais do que bem-vindo!

Ride ‘Em On Down- The Rolling Stones:

CD duplo traz Queen ao vivo nos estúdios BBC de 73 a 77

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Por Fabian Chacur

Os fãs do Queen vem sendo contemplados nos últimos anos com belos lançamentos e relançamentos enfocando raridades da banda britânica. O mais recente item acaba de sair no Brasil, em sua versão standard (a mais simples). Trata-se de Queen On Air, álbum duplo que traz todas as gravações feitas ao vivo pela banda nos estúdios da rádio BBC de Londres, entre os anos de 1973 e 1977. Um material com muita qualidade técnica e artística.

São 24 faixas no total, correspondentes a 20 músicas (quatro delas possuem dois registros diferentes cada). A versão lançada no Brasil pela Universal Music traz todas elas, acomodadas em capa digipack e contendo um belo encarte com dados sobre cada gravação. No exterior, também tivemos uma edição similar, só que com três LPs de vinil ao invés dos CDs, e uma Deluxe que é o bicho para os mais fanáticos pela mitológica banda do genial Freddie Mercury.

Essa versão megaluxuosa do álbum (que você poderá ver em vídeo aqui ) conta com um livreto maior que traz textos comentando cada sessão e quatro CDs adicionais. Três deles compilam entrevistas feitas com integrantes da banda entre 1976 e 1992, e o quarto conta com trechos de três shows da banda que foram transmitidos por rádio ou TV. Um deles foi realizado em São Paulo, no estádio do Morumbi, em março de 1981, com sete músicas incluídas, entre elas Love Of My Life.

Mesmo compacta, a versão nacional de Queen On Air traz o essencial. As faixas foram registradas em seis sessões diferentes: três em 1973 (uma antes mesmo do lançamento do primeiro álbum do quarteto), duas em 1974 e uma em 1977. A explicação para elas é simples: durante um bom tempo, a BBC assinava contrato com os músicos exigindo que eles realizassem gravações exclusivas para veiculação na emissora. Era a forma de ter suas músicas tocadas por lá.

Isso gerou registros exclusivos de alguns dos mais importantes artistas de todos os tempos, como os Beatles, por exemplo, que começaram a ser lançados em disco especialmente a partir da década de 1980. E o Queen não ficou de fora dessa lista. As gravações não iam ao ar ao vivo. Eram gravadas e veiculadas posteriormente em programas como os dos importantes DJs John Peel e Bob Harris.

O material aqui contido flagra Freddie Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor em sua fase inicial, com direito a rocks mais pesados e algumas canções melódicas aqui e ali. A performance dos caras é simplesmente impecável, com especial destaque para os solos endiabrados de Brian May, para mim um dos guitarristas mais subestimados da história do rock, pois seu nome frequentemente fica de fora das listas de melhores do gênero, um absurdo.

O repertório traz maravilhas do porte de Keep Yourself Alive (duas versões), Liar (duas versões), Ogre Battle, Now I’m Here e Stone Cold Crazy. See What a Fool I’m Been só foi lançada em versão de estúdio como lado B de single. A maior surpresa fica por conta da versão “fast” de We Will Rock You, que é bem diferente tanto do formato tradicional desta canção como da releitura rápida incluída em Queen Live Killers (1979).

We Will Rock You (fast)-Queen:

Magic Numbers retorna a SP para show único em outubro

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Por Fabian Chacur

O quarteto britânico The Magic Numbers já tem data marcada para voltar ao país. Eles se apresentarão em São Paulo no dia 16 de outubro (domingo) às 19h no Cine Joia (praça Carlos Gomes, nº 82- Liberdade- fone 0xx11-3101-1305), com ingressos custando de R$ 110,00 a R$ 220,00. É a única apresentação deles prevista para o Brasil este ano, sendo que o grupo também marcará presença no Personal Fest, na Argentina, ao lado das bandas Cypress Hill, The Vaccines e The Kooks.

A primeira passagem do quarteto integrado pelos irmãos Romeo Stodart (guitarra e vocal) e Michelle Stodard (baixo, teclados e vocal) e Sean Gannon (bateria) e Angela Gannon (vocal e percussão) ocorreu em 2007 no Festival Indie Rock. Em 2013, fizeram uma apresentação simplesmente adorável no Cultura Inglesa Festival, encantando a plateia. Será a primeira vez que eles tocarão por aqui em um show exclusivo, sem outros artistas na line up.

Com 14 anos de carreira, o Magic Numbers atualmente divulga seu mais recente álbum, Alias (2014). Além de músicas deste trabalho, eles também darão uma geral em seus sucessos, entre os quais I See You You See Me, Love Is a Game e Take a Chance. É muito provável que também toquem a boa releitura de You Don’t Know Me, de Caetano Veloso, que fizeram para um disco tributo ao genial astro baiano. Folk, rock, pop e country são influências marcantes no som da banda, que traz belas vocalizações como uma de suas marcas.

Love Is a Game (live)- The Magic Numbers:

I See You You See Me (live)- The Magic Numbers:

Take a Chance– The Magic Numbers:

You Don’t Know Me– The Magic Numbers:

Peter Hook relê os hits de ex-bandas em shows no Brasil

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Por Fabian Chacur

Peter Hook virou figurinha fácil no Brasil. Desde sua primeira visita por aqui, em 1988, o baixista, cantor e compositor britânico tocou por aqui inúmeras vezes. E em dezembro ele nos visitará mais uma vez. Felizmente, cada visita nos proporciona novos repertórios, e desta vez não será diferente. Ele apresentará o show Peter Hook & The Light Performing Substance- The Albums Of Joy Division & New Order em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre (veja mais informações no fim deste post).

Desde que saiu do New Order, em 2007, Peter Hook montou uma nova banda, a The Light, que tem a seu lado Jack Bates (baixo, é seu filho), David Potts (guitarra), Andy Doole (teclados) e Paul “Leadfoot” Kehoe (bateria). Em seus shows, eles tem se proposto a tocar em sequência cronológica e na íntegra os trabalhos marcantes de Joy Division e New Order, sempre mudando os discos/repertórios de tempos em tempos.

Após shows por aqui em 2011, 2014 e 2015, a The Light agora traz como foco o repertório de suas coletâneas, ambas com o mesmo nome, Substance. A primeira saiu no formato vinil (2 LPs) em 1987 e dá uma geral nos principais sucessos do New Order enquanto a outra chegou ao mercado fonográfico em 1988, com um único bolahão, e conta com os singles de maior êxito da carreira do Joy Division.

Entre outras, teremos clássicos do naipe de Bizarre Love Triangle, Blue Monday, Ceremony, Perfect Kiss, Temptation e Thieves Like Us , do New Order, além de Atmosphere, Dead Souls, Love Will Tear Us Apart, She´s Lost Control e Transmission, do Joy Division.

Considerado um dos mais originais e influentes baixistas da história do rock, Peter Hook também participou dos grupos Revenge (com o qual lançou um CD e tocou no Brasil), Monaco (que lançou dois CDs) e Free Bass, este último ao lado de outros dois baixistas ilustres, Mani (do The Stone Roses) e Andy Rourke (dos Smiths, outro que sempre está no Brasil). Em breve, ele lançará um novo livro, Substance- Inside New Order, com 768 páginas e sucessos de livros que Hook lançou respectivamente sobre o bar Hacienda e o Joy Division.

PETER HOOK SERVIÇO SHOWS:

RIO DE JANEIRO

Local: Teatro Rival – Rua Álvaro Alvim 33/37, subsolo – Cinelândia, Rio de Janeiro / RJ. Telefone: (21) 2240-4469.

Data: 1º de dezembro 22h

Ingressos: Lote 1 – meia entrada: R$80 / inteira: R$160. Lote 2 – meia entrada: R$100 / inteira: RS200.

•Online: www.ingresso.com

PORTO ALEGRE

Local: Bar Opinião – R. José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa, Porto Alegre / RS.

Data: 3 de dezembro 20h30.

Ingressos: de R$ 80,00 a R$ 220,00

•Online: www.minhaentrada.com.br/opiniao

SÃO PAULO

Local:Cine Joia -Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade, São Paulo/ SP. Telefone (11) 3101-1305.

Data: 6 de dezembro 22h.

Ingressos: Lote 1 – meia entrada: R$70 / inteira: R$140. Lote 2 – meia entrada: R$80 / inteira: RS160.

•Online: www.livepass.com.br

Ceremony(live)- Peter Hook & The Light:

Temptation (live)- Peter Hook & The Light:

Blue Monday (live)- Peter Hook & The Light:

André Frateschi e Heroes com o melhor de Bowie em Sampa

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Por Fabian Chacur

Aos 7 anos de idade, André Frateschi ouviu pela primeira vez o antológico álbum Alladin Sane (1973), de David Bowie. Nascia uma paixão que iria gerar, em 2005, o surgimento da banda Heroes, com a qual o cantor, compositor e ator já fez inúmeros e concorridos shows com o repertório do saudoso astro britânico. Ele se apresenta em São Paulo nesta sexta (12) e sábado (13), às 21h, no Teatro Morumbi Shopping (avenida Roque Petroni Junior, nº 2.800- estacionamento do piso G1- fone 0xx11-5183-2800), com ingressos a R$ 25,00 (meia) e R$ 50,00 (inteira).

Pode se dizer que Frateschi realmente incorporou o personagem que representa em seus shows. Acompanhado por ótimos músicos, ele não só canta com muita garra e categoria as sofisticadas músicas do Camaleão do Rock, como também possui uma performance cênica que torna suas apresentações temáticas ainda melhores. Fica claro para todos que ele realmente ama as canções que interpreta, fugindo de cair na armadilha de um projeto caça-níqueis ou coisa que o valha.

A Heroes tem em seu repertório mais de 80 canções de David Bowie ensaiadas, o que possibilita a eles fazer shows bastante distintos uns dos outros. Para essas apresentações em São Paulo, estão previstas algumas canções que priorizam o piano, como All You Pretty Things e Changes, hits como Ziggy Stardust, Let’s Dance, China Girl, Space Oddity e Starman e também Lazarus, esta lançada no início de 2016 no álbum Blackstar, lançado dois dias antes da morte do genial astro britânico.

Além do trabalho com as músicas de David Bowie, Frateschi também ficou conhecido ao participar da turnê de aniversário de 30 anos do primeiro álbum da Legião Urbana ao lado de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá como o vocalista principal. Ele lançou em 2014 seu primeiro álbum autoral, Maximalista, que conta com a participação especialíssima de Mike Garson, pianista que fez inúmeras gravações e shows com David Bowie, incluindo o demencial solo em Alladin Sane.

Under Pressure (ao vivo)- André Frateschi e Miranda Kassin:

Life On Mars (ao vivo)- André Frateschi:

Cracked Actor (ao vivo)- André Frateschi:

Eric Clapton nos traz mistério e belas canções em I Still Do

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Por Fabian Chacur

Logo de cara, I Still Do, novo álbum de Eric Clapton, propõe um desafio aos fãs. Nos créditos de músicos que participaram do trabalho, está listado como violonista e vocalista na faixa I Will Be There um certo Angelo Mysterioso. Os fanáticos por Beatles sabem que um pseudônimo quase idêntico (L’Angelo Mysterioso) foi usado em 1968 por George Harrison em sua participação especial na faixa Badge, do grupo Cream, do qual Eric Clapton era um dos integrantes.

Nem é preciso dizer que isso criou um frisson em torno da mídia especializada. Seria I Will Be There uma faixa gravada antes da morte do ex-Beatle (em 2001) e somente resgatada agora por Clapton, um grande amigo do autor de Something? A verdade é que o astro britânico se recusa a revelar quem é o artista que se valeu desse pseudônimo. E surgiram novos candidatos. Um é Dhani Harrison, filho de George.

Outro candidato é o astro pop Ed Sheeran, que por sinal participou do show de Clapton no dia 13 de abril no Budokan Hall, no Japão, interpretando exatamente essa música. E aí? Bem, a voz não parece a de Dhani, estando mais próxima do timbre de Sheeran. Seja como for, a assessoria de Clapton garante que ele não irá revelar quem é o tal “anjo misterioso”. E quer saber? O importante é que I Will Be There, uma espécie de folk-ska-reggae-balada, é linda!

Essa canção serve como bom chamariz para I Still Do, que atingiu o sexto lugar nas paradas dos EUA e do Reino Unido em sua semana de lançamento, algo habitual na carreira deste genial cantor, compositor e guitarrista britânico. Trata-se de um trabalho “Clapton per se”, ou seja, sem novidades ou influências diferenciadas do que estamos habituados. Temos várias variações de blues, tempero rock e folk, um pouco de pop, e por aí vai. E vai bem. O tal do bife com fritas bem feito.

O mais legal é a sutileza da coisa. A voz de Clapton está cada vez mais apurada e deliciosa, sem toda essa potência mas repleta de paixão. Cercado por músicos que o acompanham há muitos anos, como Andy Fairweather Low, Simon Climie, Chris Stainton e Henry Spinetti, o cara desliza sua guitarra com a categoria de quem sabe todos os atalhos para chegar ao ponto G dos seus ouvintes. São 12 faixas deliciosas.

O repertório traz apenas duas canções assinadas por Clapton, a quase pop Catch The Blues e a ótima Spiral. Entre os autores, alguns dos favoritos do ex-integrante do Blind Faith e Derek And The Dominoes, como Bob Dylan, JJ Cale e Robert Johnson. O clima vai do blues ardido em Alabama Woman Blues, que abre o álbum, à quase jazzística e delicada I’ll Be Seeing You, que pôe fim à festa. Tipo do álbum muito bom de se ouvir, descomplicado e simples.

Em entrevista recente, o músico afirmou que está sofrendo de neuropatia periférica, que lhe provoca dormência e dores nas mãos e nos pés, dificultando, portanto, o seu trabalho. Como ele já está com 71 anos, nos resta torcer para que Eric Clapton possa domar essas dificuldades físicas e continue em cena, fazendo shows pelo mundo e gravando discos deliciosos como este I Still Do. Se isso é “apenas mais do mesmo”, eu amo esse “mais do mesmo”!

I Will Be There– Eric Clapton e “Angelo Mysterioso”:

Catch The Blues– Eric Clapton:

Can’t Let You Do It– Eric Clapton:

Stones In My Passway– Eric Clapton:

Greatest Hits-Queen é o disco mais vendido no Reino Unido

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Por Fabian Chacur

Nunca o Queen teve tanta razão por cantar a música We Are The Champions como agora. Segundo informação divulgada pela parada de sucessos oficial do Reino Unido, a Britain’s Official Albums Charts, que completou 60 anos de existência este ano, o álbum mais vendido da história daquela parte do mundo é Greatest Hits, da banda do saudoso Freddie Mercury. O disco vendeu 6.1 milhões de cópias por lá desde que foi lançado, em 1981.

Primeira coletânea a dar uma geral nos principais sucessos do grupo britânico, concentrando-se na fase entre 1973 e 1980, Greatest Hits teve versões com ligeiras mudanças de repertório em outros países. No Brasil, por exemplo, a faixa Seven Seas Of Rhye deu lugar a Love Of My Life, na versão ao vivo do álbum Queen Live Killers, certamente a canção de maior sucesso do quarteto por aqui. Essas alterações estratégicas tiveram a autorização do próprio grupo, na época.

Outro álbum de Brian May e sua turma, não por coincidência Greatest Hits II (1991), também entrou na lista dos 10 mais de todos os tempos no Reino Unido, precisamente na posição de número 10. E já que o tema desta conversa é compilações, outra ocupa o segundo lugar. Trata-se de Abba Gold- Greatest Hits, do grupo sueco Abba, que saiu em 1991 e vendeu até o momento em torno de 5.2 milhões de copias.

Nomes bem familiares aos fãs do rock e da música pop completam a lista. Michael Jackson marca presença com dois trabalhos, Thriller (1982), o 6º colocado, e Bad (1987), na posição de número 9. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967), dos Beatles, é o terceiro posicionado, com 5.1 milhões de cópias vendidas. Bem mais recente, 21 (2011), da estrela britânica Adele, está no quarto posto, com 4.7 milhões de cópias comercializadas.

Da geração anos 1990, só entrou nesse seleto time o Oasis, com o trabalho que o consagrou no Reino Unido e no resto do mundo, (What’s The Story) Morning Glory (1995) que abiscoitou o 5º posto nesse chart mais do que nobre. The Dark Side Of The Moon (1973), clássico da carreira do Pink Floyd, atingiu o sétimo lugar, enquanto Brothers In Arms (1985), do Dire Straits, um dos discos mais vendidos da década de 1980, completa a lista, na posição de número 8.

Another One Bites The Dust– Queen:

Bicycle Race– Queen:

We Are The Champions– Queen:

A Flock Of Seagulls tocará em São Paulo no dia 9/7 (sábado)

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Por Fabian Chacur

A Flock Of Seaguls, uma das primeiras bandas da chamada “segunda invasão britânica” a se dar bem no mercado musical americano e mundial nos anos 1980, finalmente irá se apresentar no Brasil. O show está marcado para o próximo sábado (9) às 19h no Clash Club (rua Barra Funda, nº960- Barra Funda- fone 0xx11-3661-1500), com ingressos custando de R$ 65,00 a R$ 130,00.

Criada em Liverpool em 1979 e batizada com frase extraída da música Toiler On The Sea, do The Stranglers, A Flock Of Seagulls tem como líder e único integrante a se manter no time até hoje o cantor, compositor e tecladista Mike Score (foto). O grupo estourou em termos mundiais com o seu quarto single, I Ran (So Far Away), que atingiu o nono lugar na parada americana e se tornou um sucesso mundial rapidamente.

O estouro do grupo teve como base I Ran e também o álbum A Flock Of Seagulls (1982), que chegou ao décimo lugar nos EUA. Os clipes de seus hits ressaltavam um visual exótico e divulgavam bem suas canções pegajosas, pontuadas por sintetizadores, boas melodias e pique dançante. D.N.A., faixa desse mesmo álbum, valeu a eles um troféu Grammy na categoria Best Rock Performance.

Até 1986, o grupo continuaria nas paradas de sucesso, lançando os álbuns Listen (1983), The Story of a Young Heart (1984) e Dream Come True (1986). Este último trabalho marcou a mudança do time para os EUA, mais precisamente para a cidade fortemente musical da Filadélfia, decisão tomada pelo fato de o grupo fazer muito mais sucesso na terra de Ronald Reagan do que em seu país.

Após uma breve separação, a banda voltou à ativa em 1988 e continua até hoje tocando nos quatro cantos do planeta. A formação atual inclui, além de Score, o guitarrista Joe Rodriguez (no time desde 1998), o baixista Pando (entrou em 2004) e o baterista Michael Brahm (no grupo desde 2004). Eles lançaram mais um álbum, The Light At The End Of The World (1995) e participaram do CD tributo a Madonna The World’s Greatest 80’s Tribute To Madonna com a música This Used To Be a Playground. Outros hits de seu repertório: Wishing (If I Had a Photograph Of You), Transfer Affection e The More You Live, The More You Love.

I Ran (So Far Away)– A Flock Of Seagulls:

The More You Live, The More You Love– A Flock Of Seagulls:

Wishing (If I Had a Photograph of You)– A Flock of Seagulls:

Kaiser Chiefs é o destaque do 8º festival da Cultura Inglesa

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Por Fabian Chacur

Mantendo a tradição firmada nos últimos anos de sempre oferecer atrações britânicas bacanas ao público paulistano, o Cultura Inglesa Festival trará a consagrada banda Kaiser Chiefs a São Paulo. O grupo fará o show de encerramento da 20ª edição do evento, que será realizado de 26 de maio a 12 de junho, em vários locais. O quinteto tocará no Memorial da América Latina no dia 12 de junho, e os ingressos gratuitos devem ser retirados com antecedência a partir do dia 26 de maio. Saiba mais aqui.

Em termos musicais o Cultura Inglesa Festival tem proporcionado apresentações de bandas e artistas importantes e de muito sucesso entre os fãs de pop e rock. Já marcaram presença por aqui com a chancela do evento Johnny Marr, The Jesus And Mary Chain, The Magic Numbers, Kate Nash, Franz Ferdinand e Gang Of Four. Este ano, completam o time no Memorial as bandas nacionais Staff Only e Finger Hooks, ambas relacionadas com a escola de inglês.

A programação do Cultura Inglesa Festival vai além de “apenas” música, e também engloba artes visuais, cinema, dança, teatro e eventos dedicados ao público infantil. Tudo gratuito. No Centro Cultural São Paulo, por exemplo, teremos de 26/5 a 12/6 o British Invasion Experience, no qual vários aspectos daquele fenômeno da década de 1960 serão representados de forma criativa e lúdica.

Na ativa desde 2000, o Kaiser Chiefs surgiu em Leeds. Seu primeiro álbum, Employment, saiu em 2005, emplacando hits como Everyday I Love You Less And Less e I Predict a Riot. Desde então, firmaram-se no cenário rocker com um som vigoroso e pra cima. Education, Education, Education & War (2014) é seu trabalho mais recente. Eles já tocaram com sucesso anteriormente no Brasil, no festival Lollapalooza Brasil 2013 e abrindo para os Foo Fighters em 2015.

Everyday I Love You Less And Less– Kaiser Chiefs:

I Predict a Riot– Kaiser Chiefs:

Ruby– Kaiser Chiefs:

Morre Keith Emerson, um dos criadores do rock progressivo

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Por Fabian Chacur

O rock progressivo surgiu na segunda metade da década de 1960 como um estilo que aproximou o rock da música erudita e do jazz, apostando em maior sofisticação e aprofundando (para o bem e para o mal) as experiências geradas pelo psicodelismo. Um de seus músicos seminais foi o tecladista britânico Keith Emerson, do Emerson Lake & Palmer, que nos deixou nesta sexta(11) aos 71 anos.

Keith Emerson nasceu na Inglaterra em 1º de novembro de 1944, e iniciou seus estudos de piano ainda criança. Começou tocando em pequenos grupos de jazz nos anos 1960. Sua primeira banda de maior expressão foi a The Nice, criada em 1967 inicialmente para acompanhar a cantora P.P.Arnold. Ao lado de músicos como Lee Jackson (baixo) e David O’List (guitarra), criou um som já na linha do que viria a ser o rock progressivo e no qual seus teclados tinham bastante proeminência.

Em dezembro de 1969, o The Nice tocou no Fillmore em San Francisco, Califórnia (EUA) junto com outra banda emergente, a King Crimson, e o contato com um de seus integrantes, o vocalista e baixista Greg Lake, foi marcante. Com gostos musicais similares, resolveram criar um novo grupo, e convidaram para completar o trio o baterista Carl Palmer, do Atomic Rooster. Em 1970, nascia o Emerson, Lake & Palmer.

Oriundo da era dos “supergrupos”, formações geradas a partir da associação de músicos já famosos e badalados graças a trabalhos anteriores, o Emerson, Lake & Palmer veio respaldado pelo talento de três nomes fortes do cenário inglês, e não decepcionou. Fez sucesso logo com o disco de estreia, autointitulado, do qual foi extraído o single Lucky Man. Emerson incorporou influências eruditas ao som em grande estilo.

Ou com citações não creditadas, ou com releituras, ele apresentou aos roqueiros grandes momentos da música erudita, de nomes como Mussorgsky, Aaron Copland, Bach e Alberto Ginastera, entre outros. De quebra, criou um verdadeiro arsenal de teclados, entre os quais Hammond, Moog e o piano acústico Steinway, gerando um som original e que influenciou gerações de músicos progressivos. Ao vivo, a parafernália tecladística no palco era praticamente o cenário de cada novo show, de tanta coisa que envolvia.

Entre 1970 e 1978, a banda lançou diversos discos, entre os quais o antológico Trilogy (1972). Quando Love Beach (1978) chegou às lojas, eles vinham de anos bem pouco produtivos e nos quais os egos passaram a complicar muito a vida do grupo, que logo veio a sair de cena. Inicialmente, Emerson passou a se dedicar a trilhas incidentais de filmes, entre os quais Inferno (1980), de Dario Argento.

Em 1985, ele e Greg Lake resolveram voltar a tocar juntos, e como Carl Palmer inicialmente não se interessou, eles convidaram outro baterista consagrado, Cozy Powell, e montaram o Emerson, Lake & Powell, que lançou em 1986 um álbum homônimo no qual se destacou a faixa Touch And Go, que trouxe o rock progressivo de volta às paradas de sucesso.

O trio original se reuniu e ensaiou de janeiro a agosto de 1987, mas o retorno ficou por aí, ao menos naquele momento. Acompanhados pelo cantor e guitarrista Robert Berry, Emerson e Palmer criaram o grupo 3, que lançou em 1988 o álbum To The Power Of Three (incluindo um cover de Eight Miles High, dos Byrds) e fez alguns shows antes de também sair de cena sem deixar muita saudade.

Em 1990, Keith Emerson fez shows integrando um supergrupo de curta duração ao lado de John Entwistle (The Who), Joe Walsh (The Eagles), Jeff Skunk Baxter (Steely Dan e The Doobie Brothers) e Simon Phillips (tocou com The Who, Judas Priest, Jeff Beck, Mick Jagger e inúmeros outros). Ele voltaria a integrar um grupo do tipo em 2007, quando abriu o show do Led Zeppelin em 2007 com Chris Squire (Yes), Alan White (Yes) e Simon Kirke (Free e Bad Company).

O desejo dos fãs acabou se concretizando em 1991, quando Emerson, Lake & Palmer enfim voltaram a tocar juntos. No ano seguinte, lançaram Black Moon, primeiro disco de inéditas em 14 anos, e caíram na estrada. O grupo veio ao Brasil em 1993 e 1997, fazendo shows que os fãs brasileiros do rock progressivo simplesmente adoraram.

Com uma nova separação da banda, ocorrida em 1998, Keith Emerson voltou ao noticiário musical em 2002, devido a uma curta turnê de retorno do The Nice. Em 2004, lançou sua autobiografia, Pictures Of An Exhibitionist. O ELP se apresentou mais uma única vez, em 2010, em Londres, e naquele mesmo ano Emerson e Lake fizeram uma turnê. Como duo, lançaram em 2014 o CD Live From Manticore Hall.

Trecho do show do Emerson, Lake & Palmer no Brasil em 1993:

Pictures At An Exhibition (ao vivo no Brasil 1997)- ELP:

Hoedown– Emerson Lake & Palmer:

From The Beggining– Emerson Lake & Palmer:

The Endless Enigma– Emerson Lake & Palmer:

Touch And Go– Emerson Lake & Powell:

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