Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: rock britânico (page 5 of 8)

Elton John retoma suas raízes no CD Wonderful Crazy Night

elton john wonderful crazy night cover-400x

Por Fabian Chacur

Uma das marcas de Elton John era sempre gravar seus discos com os músicos que o acompanham em shows, com raras exceções, como o álbum Victim Of Love (1979). Ele quebrou essa tradição nos CDs The Union (2010), gravado em parceria com Leon Russell, e The Diving Board (2013). Pois ele acaba de retomar esse costume em seu recém-lançado Wonderful Crazy Night. E com muita classe, por sinal.

Com dez músicas em sua versão standard e quatro adicionais na ainda inédita no Brasil super deluxe edition (são elas Free And Easy, Children’s Song, No Monsters e England And América), Wonderful Crazy Night é um trabalho no qual o consagrado cantor, compositor e pianista deixa de lado os flertes com outras tendências que vez por outra realiza para investir na sonoridade que o consagrou. Sem surpresas para quem o acompanha, mas também sem decepções, no geral.

A festa começa com a excelente faixa título, rock balançado com clima de New Orleans (Dr. John, Allen Touissaint). In The Name Of You tem levada funkeada, e traz o espírito do incrível álbum Rock Of The Westies (1975). Claw Hammer conta com um clima meio misterioso e envolve com classe o ouvinte. A balada Blue Wonderful vem a seguir e tem a cara das canções românticas de Elton nos anos 1980.

I’ve Got 2 Wings tem um leve tempero country e vocação pop. A Good Heart é aquela balada de fato, mais lenta e com bela melodia. Looking Up é um pop rock dançante delicioso com direito a belíssimas passagens de piano e guitarra. Guilty Pleasure segue os cânones do rock básico, com direito a belos riffs de guitarra. Tambourine é uma balada pop leve, e The Open Chord encerra o álbum novamente soando anos 1980.

Vale elogiar o trabalho costumeiramente impecável de Davey Johnstone (guitarra), Nigel Olsson (bateria) e Ray Cooper (percussão), que tocam com Elton John há mais de 40 anos. Os recrutas mais recentes John Mahon (percussão), Matt Bissonette (baixo) e Kim Bullard (teclados) também se mostram muito competentes na missão de dar ao álbum uma sonoridade consistente e personalizada.

Se não tem mais a mesma potência sonora dos bons tempos, a voz de Elton John ainda consegue desempenhar a contento. O novo CD prova que, às vésperas de completar 69 anos (o que ocorrerá no próximo dia 25 de março), o autor de Goodbye Yellow Brick Road continua disposto a oferecer novas e boas canções aos seus milhões de fãs. Isso, mesmo sendo dono de um verdadeiro e extenso arsenal de hits. Acomodação definitivamente não é com ele.

Wonderful Crazy Night (live)- Elton John:

Looking Up (live)- Elton John:

In The Name of You– Elton John:

The Rolling Stones estão bem próximos do Brasil de novo

rolling stones divulgacao-400x

Por Fabian Chacur

Da primeira visita de Mick Jagger e Keith Richards ao Brasil aos primeiros shows dos Rolling Stones no país, tivemos de esperar durante longos 27 anos. Em janeiro de 1995, enfim uma das mais importantes e bem-sucedidas bandas de rock de todos os tempos deu o ar de sua graça. Após outras passagens bacanas, eles retornam em breve para tocar aqui. As bandas de abertura foram anunciadas nesta sexta-feira (5): Ultraje a Rigor (no Rio), Titãs (em São Paulo) e Cachorro Grande (em Porto Alegre).

A turnê latino-americana da banda britânica teve início nesta quarta (3) em Santiago, no Chile, e chega ao Brasil no próximo dia 20/2, com show único no Maracanã, no Rio. Em São Paulo, o local será o estádio do Morumbi, nos dias 24 e 27 de fevereiro. Porto Alegre verá as “Pedras Rolantes” no dia 2/3, no estádio do Beira-Rio. Os ingressos custam de R$ 260,00 a R$ 900,00, e estão se esgotando. Mais informações aqui.

Ficaram muito para trás os tempos em que a banda liderada por Mick Jagger (vocal) e Keith Richards (guitarra) era autossuficiente em shows. Além da dupla e do baterista Charlie Watts e do guitarrista Ron Wood, o time é acrescido de uns dez músicos de apoio, entre tecladistas, vocalistas, músicos de sopros etc. Virou uma espécie de “Orquestra Rolling Stones”. Os shows também são sempre repletos de efeitos especiais, sendo um verdadeiro espetáculo de rock arena.

Sem lançar um álbum de inéditas desde A Bigger Band (2005), o grupo britânico oferecerá aos fãs brasileiros um repertório repleto de grandes hits dos anos 1960 e 1970, com raras exceções. O set list do primeiro show da turnê pela América Latina indica nessa direção. Normalmente os shows do grupo tem uma ou outra variação, mas essa lista vale como uma boa dica do que eles tocarão em nossos palcos.

Apesar dos preços salgados e da falta de novidades, as lotações serão expressivas, e não é difícil de entender a razão. Trata-se de uma banda que está na ativa desde o longínquo 1962, com uma história incrível e um caminhão de hits no currículo. E esta tem tudo para ser uma de suas últimas passagens por aqui. Logo, quem não viu ainda não quer perder por nada, e quem já viu, deseja dar uma última conferida.

Set list do show dos Rolling Stones em Santiago, Chile (3.2.2016):

1Start Me Up

2It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)

3Let’s Spend the Night Together

4Tumbling Dice

5 Out of Control

6She’s a Rainbow (by request, first since 16 Sept 1998)

7Wild Horses

8 Paint It Black

9Honky Tonk Women (followed by band introductions)

10You Got the Silver (Keith Richards on lead vocals)

11Happy (Keith Richards on lead vocals)

12Midnight Rambler

13Miss You

14 Gimme Shelter

15Jumpin’ Jack Flash

16Sympathy for the Devil

17Brown Sugar

BIS:

18You Can’t Always Get What You Want (with Estudio Coral de Santiago)

19(I Can’t Get No) Satisfaction .

Miss You (extended version)- The Rolling Stones:

Brown Sugar (live 2006)- The Rolling Stones:

Happy (live in Brasil 2006)- The Rolling Stones:

David Bowie e as lembranças de um grande ídolo do rock

david bowie-400x

Por Fabian Chacur

David Bowie nos deixou neste domingo (10), apenas dois dias após completar 69 anos de idade. Conforme comunicado oficial de seu manager, o cantor, compositor e músico britânico lutava há 18 meses contra um câncer, o que não o impediu de gravar Black Star, novo álbum que lançou no dia de seu aniversário e que chegará às lojas brasileiras em breve. Uma perda para o mundo das artes do tamanho…do mundo!

O som de David Bowie entrou na minha vida no já longínquo ano de 1975, quando meu saudoso irmão Victor comprou um compacto simples que incluía Young Americans e Sufragette City. A primeira logo se tornou uma das minhas músicas favoritas, com sua levada soul-funk e vocais que evocavam Elvis Presley, curiosamente nascido no mesmo dia e mês que ele (8 de janeiro, só que de 1935, enquanto Bowie nasceu em 1947).

Sufragette City, de 1972, do seminal álbum Ziggy Stardust And The Spiders From Mars, só foi devidamente compreendida por mim depois de vários anos. Não muito tempo depois, em 1976, Golden Years fez parte de trilha de novela e deu sequência a minha experiência em relação à obra desse grande artista. No início dos anos 1980, comprei duas coletâneas e começava a ampliar minha coleção dele.

Com o estouro de Let’s Dance (1983), e mesmo um pouco antes, já estava indo atrás dos discos anteriores lançados pelo astro britânico. Vale lembrar que estavam todos fora de catálogo no Brasil, e custavam bem caro nos sebos da vida. Mas, com paciência e juntando cada centavo, fui aos poucos completando minha coleção. Também nessa época, conheci Rosa Kaji, presidente do incrível fã-clube de Bowie no Brasil, que me ajudou muito no sentido de conhecer a obra desse gênio.

Ironicamente, Rosa se mudou do Brasil para os EUA lá pelos idos de 1987 pelo fato de ter como sonho ver um show de seu grande ídolo, e de não acreditar que ele viria se apresentar ao vivo em nossos palcos.

Curiosamente, isso acabou ocorrendo muito antes do que se poderia imaginar, em 1990, durante a turnê Sound + Vision, que em São Paulo passou pelo estádio Palestra Itália, do Palmeiras, em belo show debaixo de chuva que teve abertura dos Titãs.

A Sound + Vision foi uma turnê com repertório calcado nos grandes sucessos da carreira do roqueiro e teve como marca uma bela campanha de relançamento de sua discografia lançada entre 1969 e 1980 pela gravadora RCA, cujos direitos então passaram para a EMI-Odeon (no Brasil) e Rykodisc (nos EUA). Enfim esses álbuns seminais voltavam aos catálogos e puderam ser devidamente apreciados por muito mais gente.

Em 1º de novembro de 1997, Bowie voltou a tocar por aqui como atração principal do festival Close Up Planet, realizado em São Paulo na Pista de Atletismo do Ibirapuera. E mais uma vez a chuva esteve presente, desta vez uma garoa que felizmente não durou o tempo todo. Outro show incrível, repleto de pique e com a sonoridade com tempero drum n’ bass do álbum Earthling, que ele tinha lançado há pouco.

Vale lembrar que esse show de 1997 pode ser considerado mais ousado em termos estilísticos, mas o de 1990 equivaleu a um maravilhoso desfile de grandes hits, tendo a guitarra de Adrian Belew como cereja de um bolo delicioso. Tive a oportunidade de trocar umas rápidas palavras com esse guitarrista, que também tocou com o King Crimson e Talking Heads, no hotel Hilton, onde Bowie estava hospedado. Foi o mais perto que cheguei do roqueiro britânico…

Porque David Bowie é tão vital para a história do rock? Eis uma explicação para ser dada em muitas e muitas linhas. Logo de cara, é por ter sido um artista multimídia quando esse termo nem ao menos existia. Nunca se restringiu apenas à música, mergulhando de cabeça no cinema, teatro, literatura, artes plásticas e o que mais pintasse, sempre com muita curiosidade e procurando aprender o máximo possível. Um verdadeiro operário da arte.

O autor de clássicos como Space Oditty, Ziggy Stardust, Heroes, Let’s Dance e tantos outros nunca dormiu em cima dos louros conquistados. Rock futurista em Space Oditty, glam rock em Ziggy Stardust e Rebel Rebel, soul-funk em Young Americans, experimentalismo eletrônico em Low e Heroes, pop funk rock em Let’s Dance, o cara se renovava constantemente. Sua discografia é uma verdadeira aula de rock.

Ao contrário de muitos inovadores, que pagaram um alto preço por sua ousadia, David Bowie conseguiu criar novidades maravilhosas em termos musicais e vender milhões de discos, além de sempre lotar seus shows pelo mundo afora. Soube se manter relevante, e quando lançou em 2013 um novo álbum de inéditas após dez anos, o sublime The Next Day (leia a resenha desse álbum aqui), tinha milhões de ouvintes dispostos a curtir novamente seu trabalho. Ele sabia se renovar.

Em 2014, mais de 80 mil pessoas tiveram a oportunidade de conferir em São Paulo uma maravilhosa exposição com memorabilia de Bowie (leia matéria sobre esse incrível evento pop aqui), uma rara e preciosa oportunidade de se ter a plena noção da abrangência e criatividade de uma obra seminal em todos os sentidos.

Ele já era uma lenda mesmo antes de nos deixar, imaginem agora, quando infelizmente não o teremos mais por perto. A rigor, trabalhou até muito próximo de seu fim, o que lhe dava muito prazer e força. Aliás, claro que o teremos por perto, sim, ao menos em discos, DVDs, Blu-rays, livros etc. Bowie é trilha sonora eterna!

Young Americans– David Bowie:

Fashion– David Bowie:

– Ashes To Ashes- David Bowie:

– Rebel Rebel- David Bowie:

The Stars (Are Out Tonight)– David Bowie:

Syd Barrett, 70 anos, enigma que impulsionou o Pink Floyd

syd barrett-400x

Por Fabian Chacur

Um dos grandes enigmas da história do rock atende pelo nome de Syd Barrett. Líder da envolvente fase inicial do Pink Floyd, este cantor, compositor e guitarrista britânico sumiria de cena de forma estranha, ainda muito jovem, deixando um legado de pura genialidade. Se vivo, ele estaria completando 70 anos de idade nesta quarta (6). O roqueiro britânico nos deixou no dia 7 de julho de 2006, após longo ostracismo.

Barrett entrou no Pink Floyd em 1965, quando a banda ainda buscava um nome decente. Ele acabou sendo responsável por esse batismo, homenageando dois bluesmen que curtia muito, Pink Anderson e Floyd Council. E não demorou a se tornar o líder do time, como cantor de voz peculiar e agradável, compositor original e guitarrista de solos peculiares e timbres envolventes e viajantes.

Não demorou para que o Floyd se tornasse um dos grupos mais badalados da efervescente cena londrina do período, ajudando a criar os parâmetros para o estilo roqueiro rotulado como psicodelia, repleto de efeitos especiais, climas viajantes e etéreos e momentos imprevisíveis e soturnos. Arnold Layne, seu matador primeiro single, veio em 1967.

Em 1967, o ano em que o psicodelismo se tornou o estilo mais popular e influente naquele momento em termos de rock, o Pink Floyd nos proporcionou outro single incrível, See Emily Play, e o álbum The Piper At The Gates Of Dawn, com 8 faixas assinadas só por Syd, duas pelos quatro integrantes do time e uma pelo baixista Roger Waters. Um LP/CD indispensável para quem gosta de rock viajante.

Aí, Syd pirou. Com tendências a esquizofrenia, ele mergulhou de cabeça no LSD e outras drogas, e isso acelerou suas tendências a comportamentos erráticos, que foram piorando a cada semana. No início de 1968, seus colegas tentaram uma solução paliativa ao convidar um amigo de Barrett, o guitarrista e cantor David Gilmour, para entrar inicialmente como um quinto integrante, concentrando-se nos shows.

Nada melhorou, e em abril de 1968, o grupo divulgou a saída oficial de Syd Barrett do time. Seus colegas, no entanto, não desistiram dele. Durante boa parte de 1969, Gilmour e Waters foram aos estúdios da EMI com o ex-colega, no intuito de viabilizar um disco solo. Esse trabalho saiu em 1970, The Madcap Laughs, um disco que, se não é tão bom como seu trabalho no Floyd, é ainda repleto de bons momentos.

Ainda em 1970, com Gilmour (agora ajudado por Richard Wright) novamente na produção, sai Barrett, seu segundo álbum individual. Até 1972, ainda teríamos algumas tentativas de gravações e de shows, mas a partir daí, quando o cantor e guitarrista tinha apenas 26 anos, sua carreira como músico chegou ao fim. O cara virou um verdadeiro zumbi, morando com a mãe na maior parte do tempo e pintando quadros.

O Pink Floyd nunca se esqueceu de seu ex-líder, e fez músicas inspiradas na loucura ou explicitamente em Barrett, sendo que no segundo caso se encaixa a seminal Shine On You Crazy Diamond, incluída em Wish You Were Here (1975). Ainda seria lançado um álbum de inéditas de Barrett em 1988, Opel, com gravações daquele período 1969-1970, assim como coletâneas (como The Best Of Syd Barrett- Wouldn’t You Miss Me?) e registros ao vivo para a rádio BBC de Londres.

Quando finalmente deixou esse plano espiritual rumo ao desconhecido, em 2006, Syd Barrett já era uma figura do passado há muitos e muitos anos. Uma pena. Como teria sido se ele não tivesse mergulhado nessa viagem interna sem volta e continuasse sua vida como criador musical? Uma resposta que nunca teremos. Mas sua obra, mesmo pequena, é das mais atraentes, e continua influenciando novas gerações de músicos até hoje. E isso é o que importa.

Arnold Layne– Pink Floyd:

See Emily Play– Pink Floyd:

Octopus– Syd Barrett:

Terrapin– Syd Barrett:

A coletânea Beatles 1 volta às lojas com DVD e videoclipes

the beatles 1 cd dvd-400x

Por Fabian Chacur

Eu me lembro perfeitamente de como fiquei espantado em 2000 com o barulho que se criou em torno da coletânea 1, dos Beatles. O que poderia haver de tão surpreendente em uma compilação que trazia 27 faixas já lançadas anteriormente em inúmeros outros discos? Pois o álbum rapidamente se tornou um campeão de vendas, e em pouco tempo eu percebi a razão para que um disco aparentemente dispensável virasse um clássico.

A explicação estava bem na frente do meu nariz. Como o título entrega, a compilação reúne todas as músicas dos Fab Four que, lançadas no formato single, atingiram o primeiro posto nas paradas de sucesso americanas e/ou inglesas. Nunca um CD simples havia reunido tantas músicas clássicas de uma banda tão exponencial como essa. Para quem quisesse uma amostra de seu poder de fogo sem gastar muito, esse era o disco. E o público o comprou em quantidades industriais.

Quinze anos depois, com os direitos de lançamento dos sacrossantos fonogramas dos Beatles agora nas mãos da Universal Music, a compilação volta às lojas em diversos formatos, de acordo com as preferências da nova era. Um deles é uma belíssima dobradinha contendo uma versão remasterizada do CD original, capa digipack, livreto com 24 páginas repletas de fotos e informações e, melhor de tudo, um DVD com 27 clipes das músicas contidas no CD.

Na verdade, boa parte desses vídeos não seguem o que se tornou posteriormente um formato típico de videoclipes. São registros extraídos de shows ao vivo ou participações em programas de TV que acompanham as gravações originais de estúdio. A estética do clipe começou a surgir devido a um problema de necessidade física. Cada vez mais solicitados, os Beatles começaram a não dar conta de atender a todos os pedidos para participar de programas de TV.

Como forma de atender essa demanda sem ter de criar clones de John, Paul, George e Ringo, foram feitos vídeos, apelidados inicialmente de “promos”, que eram enviados às emissoras de TV. Isso começou a rolar a partir de 1965, e músicas como Day Tripper e We Can Work It Out foram das primeiras a merecer esse tipo de divulgação. Como marca, sempre o profissionalismo e o bom humor dos integrantes da banda.

Em um desses promos, por exemplo, enquanto seus colegas de banda aparecem dublando o áudio com seus instrumentos em mãos, Ringo Starr surge andando em uma bicicleta ergométrica. Com o tempo, as coisas se tornariam ainda mais sofisticadas, com direito ao minifilme de Penny Lane, o divertido registro em palco de Hello Goodbye e a histórica transmissão ao vivo via satélite de All You Need Is Love.

E temos também um simplesmente excepcional vídeo feito em animação em 2000 na época do lançamento original da coletânea para ilustrar Come Together que é um verdadeiro delírio visual, mergulhando de cabeça nos ícones simbólicos do grupo com direito a muita criatividade e bom gosto. Só esse já valeria a compilação.

Ver esses vídeos na sequência é admirar as incríveis mudanças ocorridas na trajetória dos Beatles em termos musicais e visuais em um curto período de sete anos. Alguns momentos são bem curiosos, como o clipe de Something, por exemplo, que reúne cenas dos quatro integrantes da banda com suas companheiras na época, respectivamente Yoko, Linda, Patty e Maureen, captadas casal por casal. O grupo estava perto do fim.

A qualidade da restauração de áudio e principalmente de vídeo é excelente, e torna essa nova edição de 1 muito interessante para o fã mais detalhista do grupo mais importante de todos os tempos. Existe também uma edição deluxe que traz CD, dois DVDs (o segundo traz 23 vídeos adificionais) e um livro com 128 páginas para os riquinhos.

Conheça o conteúdo das várias configurações de 1:

Disco 1 Áudio (CD) + Disco 1 Video (DVD)

1. Love Me Do

2. From Me To You

3. She Loves You

4. I Want To Hold Your Hand

5. Can’t Buy Me Love

6. A Hard Day’s Night

7. I Feel Fine

8. Eight Days a Week

9. Ticket To Ride

10. Help!

11. Yesterday

12. Day Tripper

13. We Can Work It Out

14. Paperback Writer

15. Yellow Submarine

16. Eleanor Rigby

17. Penny Lane

18. All You Need Is Love

19. Hello, Goodbye

20. Lady Madonna

21. Hey Jude

22. Get Back

23. The Ballad of John and Yoko

24. Something

25. Come Together

26. Let It Be

27. The Long and Winding Road

Disco 1 Videos Extras

Comentário (áudio) de Paul McCartney

Penny Lane

Hello, Goodbye

Hey Jude

Introdução (video) de Ringo Starr

Penny Lane

Hello, Goodbye

Hey Jude

Get Back

The Beatles 1+ (CD/2-DVD):

Disco 1 Áudio (CD) + Disco 2 Video (DVD):

1. Love Me Do

2. From Me To You

3. She Loves You

4. I Want To Hold Your Hand

5. Can’t Buy Me Love

6. A Hard Day’s Night

7. I Feel Fine

8. Eight Days a Week

9. Ticket To Ride

10. Help!

11. Yesterday

12. Day Tripper

13. We Can Work It Out

14. Paperback Writer

15. Yellow Submarine

16. Eleanor Rigby

17. Penny Lane

18. All You Need Is Love

19. Hello, Goodbye

20. Lady Madonna

21. Hey Jude

22. Get Back

23. The Ballad of John and Yoko

24. Something

25. Come Together

26. Let It Be

27. The Long and Winding Road

Disco 2 Video (DVD):

1. Twist & Shout

2. Baby It’s You

3. Words Of Love

4. Please Please Me

5. I Feel Fine

6. Day Tripper *

7. Day Tripper *

8. We Can Work It Out *

9. Paperback Writer *

10. Rain *

11. Rain *

12. Strawberry Fields Forever

13. Within You Without You/Tomorrow Never Knows

14. A Day In The Life

15. Hello, Goodbye *

16. Hello, Goodbye *

17. Hey Bulldog

18. Hey Jude *

19. Revolution

20. Get Back *

21. Don’t Let Me Down

22. Free As A Bird

23. Real Love

Disco 2 Video Extra:

Comentário (áudio) de Paul McCartney

Strawberry Fields Forever

* versão alternativa

Conheça os formatos da nova versão de 1, em vídeos promocionais:

Rod Stewart lança novo CD e mostra boas canções inéditas

rod stewart another country cd cover-400x

Por Fabian Chacur

Com o sucesso de seu projeto de covers de standards do jazz iniciado em 2002 com o CD It Had To Be You-The Great American Songbook, Rod Stewart ficou durante anos mergulhando em releituras, nesse universo e também no da soul music, do rock clássico e até das canções natalinas. Em 2013, voltou ao mundo das inéditas com Time (2013), com boa repercussão. E aqui está ele com outro pacote de novas canções autorais, o ótimo Another Country, lançado no Brasil via Universal Music.

Novamente, Rod The Mod contou com a coprodução do tecladista Kevin Savigar, que trabalha com ele (entre idas e vindas) desde 1978 em gravação de discos e shows. Das 12 músicas, só duas não levam a sua assinatura, sendo as outras habitualmente parcerias deles com o parceiro ou com outros músicos do time. O resultado é um trabalho que pode ser rotulado como “Rod Stewart per se”.

Simples. Ao ver a ótima repercussão que grupos como Mumford And Sons e The Lumineers (entre outros) estão obtendo com uma sonoridade com alguma influência do trabalho que o próprio Rod fazia na fase inicial de sua carreira solo, nos anos 1970, ele provavelmente viu que nada seria mais natural do que ele própria retomar esse tipo de canção folk-pop-rock. Bingo!

Another Country é um trabalho que não flerta com tendências atuais, algo que o autor de Maggie May fez diversas vezes em sua carreira, mas que desta vez preferiu deixar de lado. Aqui, o alicerce da coisa toda é uma profissão de fé no folk, no rock básico e nas baladas que fizeram sua fama, tipo a própria Maggie May, Sailing, The First Cut Is The Deepest e por aí vai. E vai muito bem, por sinal.

O lado folk mais saltitante se apresenta firme em Love Is, We Can Win (de inspiração futebolística), a faixa-título e Hold The Line. O blues rock dá o tom às ótimas Please e The Drinking Song, enquanto Can We Stay Home Tonight? faz as vezes de balada com predominância do piano ao fundo, clima desenvolvido em outros termos em A Friend For Life.

Pai recente, Rod homenageou o seu garotinho com a doce Batman Superman Spiderman, uma graça. O grande momento fica por conta do contagiante pop-rock Walking In The Sunshine, que seria um grande hit se as rádios tocassem músicas novas de medalhões. E Love And Be Loved é uma deliciosa incursão do cantor britânico pelo reggae.

O grande mérito de Another Country é ser um álbum nitidamente despretensioso, no qual as músicas fluem de forma simples e descomplicada, uma após a outra. Lógico que não supera clássicos como Every Picture Tells a Story, mas é ótimo de se ouvir, e mostra esse veterano que completou 70 anos em janeiro ainda dando muito caldo.

Love Is– Rod Stewart (clipe):

Way Back Home– Rod Stewart (clipe):

Ouça trechos de todas as faixas de Another Country:

John Lennon 75: dá para falar algo de inédito sobre o gênio?

johnlennon-400x

Por Fabian Chacur

Nesta sexta-feira (9), na qual John Winston (Ono) Lennon completaria 75 anos de idade, fica a pergunta: o que falar desse genial cantor, compositor e músico britânico que alguém já não tenha falado, escrito, comentado? A resposta pode ser essa aqui: e quem disse que o inédito é sempre o mais importante? O importante é dizer o que de fato importa, quantas vezes for necessário. Então, Imagine guy, essas palavras são para você!

John Lennon foi uma das figuras mais importantes e marcantes da história do rock. Nos Beatles, personificou o lado mais rebelde e incisivo, embora também soubesse ser romântico e sonhador. Aliás, um dos pontos fortes de sua criação artística é exatamente essa dualidade agressividade-romantismo, capaz de ir do protesto mais ácido à canção de amor mais emotiva e direta. Sempre com muita inspiração e entrega.

Influenciado por pioneiros como Buddy Holly, Chuck Berry, The Everly Brothers e tantos outros, esse nativo de Liverpool soube criar uma sonoridade própria, repleta de experimentação, paixão e intensidade, na qual boas melodias, harmonias vocais bacanas e grandes sacadas sobre a vida e como vivê-la sempre apareciam em cena.

Nos Beatles, deixou como marca canções do naipe de You Can’t Do That, Help!, Strawberry Fields Forever, Come Together, I Am The Walrus, I Want You (She’s So Heavy), todas repletas de conteúdo e intensidade. Aliás, em seus curtos 40 anos de vida, soube aproveitar para mergulhar fundo em sua obra, uma das melhores da história do rock and roll.

Fora dos Fab Four, construiu uma trajetória sólida e instigante como artista solo. Do sonho utópico de Imagine à dureza de Working Class Hero, da agressividade engajada de Gimme Some Truth ao romantismo doce de Oh! My Love, do experimentalismo gritado de Well Well Well à doçura poética de Watching The Wheels, o cara soube instigar seus ouvintes.

Sem medo de dizer aquilo que pensava, Lennon sempre foi contraditório, capaz de generosidade extrema e de crueldade também extrema, mas sempre dentro dos limites de um ser humano diferenciado. Errou, sim, mas nunca teve medo de admitir quando percebia que havia pisado na bola. Transparente, direto, franco, esse era o Lennon que ficou para a posteridade.

Após quase cinco anos longe de cena, que dedicou aos primeiros anos do filho que teve com Yoko Ono, que por sinal completa nesta mesma sexta-feira (10) 40 anos de idade, o astro britânico voltou à tona em 1980 com força total, proporcionando a nós músicas maravilhosas como (Just Like) Starting Over, Watching The Wheels e a intensa Beautiful Boy (Darling Boy), da qual faz parte um dos versos mais profundos jamais escritos:

“…life is what happens to you, while you’re busy making other plans…” (a vida é o que acontece a você, enquanto você está ocupado fazendo outros planos).

Aí, eu respondo à pergunta feita no início desse texto: pra que se obrigar a inventar algo inédito, se é possível se repetir mensagens positivas e que continuam tão importantes hoje como eram quando surgiram? Que as mensagens de John Lennon continuem sendo divulgadas, que continuem sendo apreciadas e que continuem nos emocionando.

Gimme Some Truth– John Lennon:

>Well Well Well– John Lennon:

What You Got– John Lennon:

Mind Games– John Lennon:

Beautiful Boy (Darling Boy)– John Lennon:

Joe Jackson lança novo álbum e começa turnê pela América

joe jackson-400x

Por Fabian Chacur

Após lançar dois ótimo álbuns que infelizmente não saíram no Brasil, o ao vivo Live Music Europe 2010 (2011) e o de releituras de clássicos do gênio do jazz Duke Ellington intitulado Duke (2012), Joe Jackson anuncia um novo trabalho. Fast Foward sairá na próxima sexta-feira (2), e novamente não tem previsão de lançamento brasileiro. Um horror!

Fast Foward traz quatro sets de quatro faixas cada gravados em Nova York, Nova Orleans, Berlim e Amsterdam, e conta com as participações de músicos de bandas como Galactic, Tindersticks e Zuco 103. O repertório de 16 músicas mistura composições inéditas do músico britânico como A Little Smile e Junkie Diva com os covers See No Evil (da banda americana Television) e Goodbye Johnny (versão em inglês de clássico alemão do estilo cabaret music).

Como forma de divulgar o novo trabalho, Joe iniciou nesta terça (29) turnê pela América do Norte. Os shows serão iniciados por ele no melhor estilo voz e piano, sendo depois acompanhado pelo inseparável baixista Graham Maby (com quem toca desde os anos 1970) e os músicos de Nova York Teddy Kumpel (guitarra) e Doug Yowell (bateria). Todos se desdobram em vocais de apoio e elementos eletrônicos.

O repertório dos shows dessa turnê trará canções de todas as fases dos mais de 30 anos de carreira do brilhante cantor, compositor e tecladista britânico, músicas de Fast Foward e também um ou dois covers surpresa que serão alterados a cada show. Ele promete uma turnê europeia em 2016. Enquanto isso, nos “contentamos” com a visita do detestável homônimo pai de Michael Jackson, sendo que o Joe que vale a pena nunca tocou por aqui. Lamentável!

Datas e locais dos shows de Joe Jackson na América do Norte:

29/9 – Seattle, WA – Neptune Theatre

1/10 – Portland, OR – Revolution Hall

4/10 – Los Angeles, CA – Palace Theatre

8/10 – Denver, CO – Paramount Theatre

10/10 – Dallas, TX – Majestic Theatre

11/10 – Houston, TX – Cullen Performance Hall

12/10 – Austin, TX – Paramount Theatre

14/10 – New Orleans, LA – Joy Theater

15/10 – Atlanta, GA – Center Stage

17/10 – Glenside, PA – Keswick Theatre

20 & 21/10 – New York, NY – Town Hall

22/10 – Boston, MA – The Wilbur Theatre

23/10 – Washington, DC – Lincoln Theatre

25/10 – Munhall, PA – Carnegie Music Hall of Homestead

26/10 – Albany, NY – Hart Theatre The Egg

29/10 – Northampton, MA – Academy of Music Theatre

30/10 – Toronto, Ontario – Danforth Music Hall

2 & 3/11 – Chicago, IL – Thalia Hall

4/11 – St. Paul, MN – Fitzgerald Theater

A Little Smile – Joe Jackson:

While My Guitar Gently Weeps– Joe Jackson & Todd Rundgren:

Bryan Ferry completa 70 anos com a classe que é sua marca

bryan ferry-400x

Por Fabian Chacur

Neste sábado (26), um dos grandes estilistas do rock completará 70 anos. Só para variar, com a classe de sempre. Bryan Ferry se encontra atualmente em turnê de divulgação de seu mais recente álbum, o ótimo Avonmore (2014), e soprará as velinhas entre um show e outro na Alemanha. Eis um cara que merece ser louvado por quem gosta de música boa e inventiva. Mesmo!

Nascido em 26 de setembro de 1945, Ferry se dividiu entre a música e a graduação em artes, que em seguida lhe proporcionou a oportunidade de dar aulas. A partir de 1970, porém, ficou claro que sua opção pelo caminho musical era inevitável, e depois de ter integrado pequenos grupos como The Banshees, fundou a banda que lhe tornou mundialmente famoso, a Roxy Music.

Desde o início, esse grande cantor, compositor e músico britânico deixou claro que sua visão de arte e moda também integraria o pacote musical criado por si próprio. Ele incorporou uma elegância e um estilo marcante aos shows de seu grupo, e também trouxe esse refinamento às capas de seus álbuns, estrelados por famosas e lindas modelos com as quais também namorou, entre as quais Amanda Lear e Jerry Hall.

Em termos musicais, o som de Bryan Ferry se caracteriza por um mergulho criativo e personalizado nos universos do glam rock, da black music americana em suas várias vertentes (soul, jazz, disco music, funk) e do pop, com um bom gosto simplesmente absurdo. Romântico, sim, brega, nem em pensamento. Tudo pontuado por sua voz de crooner das antigas, explorada com uma classe e uma categoria reservada a poucos cantores na história do pop.

Com o Roxy Music, lançou álbuns absurdamente bons e influentes, entre os quais Roxy Music (1972), For Your Pleasure (1973), Siren (1976), Manifesto (1979) e Avalon (1982), inspiradores para gente como Nile Rodgers (do grupo Chic), David Bowie, Duran Duran e tantos outros.

Na carreira solo, Bryan Ferry sabe mesclar como poucos a releitura de clássicos de várias eras do pop, desde os standards do jazz americano do tipo These Foolish Things, passando por soul, doo-wop, rock e muito mais, até uma obra autoral capaz de nos proporcionar sons climáticos, envolventes e nos quais o ouvinte é levado a viagens deliciosas pelos meandros do amor, da paixão e dos estados elevados da alma.

Da trajetória individual, também não são poucos os trabalhos recomendáveis, como These Foolish Things (1973), Boys And Girls (1985), Taxi (1993), Frantic (2002) e Olympia (2010). De quebra, o cara sempre soube se cercar de grandes músicos nesses trabalhos, gente com o currículo de Nile Rodgers, Robin Trower, Chris Spedding, Gregg Phillinganes, Nathan East e David Gilmour, além dos colegas de Roxy Music Phil Manzanera, Andy MacKay e Paul Thompson.

Tive a chance de entrevistar Bryan Ferry lá pelos idos de 1995, quando ele veio ao Brasil para shows pela primeira vez, e o vi ao vivo naquela mesma época e também em 2003, em apresentações históricas e repletas de vigor e categoria. Se você é fã e conhece a obra de Mr. Ferry, comemore comigo. Se não é, faça um favor a si mesmo: mergulhe em sua obra e tente não se apaixonar por ela. Pessoas de bom gosto não escapam incólumes dessa experiência.

Smoke Gets In Your Eyes– Bryan Ferry:

The ‘In’ Crowd– Bryan Ferry:

Let’s Stick Together– Bryan Ferry :

The Right Stuff – Bryan Ferry :

N.Y.C. – Bryan Ferry :

You Can Dance– Bryan Ferry :

Glenn Hughes volta a SP para show único no Carioca Club

glenn-hughes-400x

Por Fabian Chacur

Glenn Hughes, baixista e considerado um dos melhores vocalistas do rock pesado, voltará a São Paulo em breve. Ele fará um único show no dia 16 (domingo) às 19h no Carioca Club (rua Cardeal Arcoverde, 2.899- Pinheiros), com ingressos custando de R$ 100,00 (pista-meia entrada) a R$ 320,00 (camarote-inteira). Mais informações em www.ticketbrasil.com.br .

O cantor e compositor britânico nascido em 21 de agosto de 1952 terá a seu lado o guitarrista americano Dough Aldrich (que já tocou com Dio e Whitesnake) e o baterista sueco Pontus Engborg (tocou com Eric Martin, Joe Lynn Turner e Graham Bonnett, entre outros). O repertório terá músicas de sua carreira solo e das bandas das quais fez parte.

Ainda moleque, Hughes ficou conhecido como integrante da banda Trapeze, com a qual lançou trabalhos como Trapeze (1970) e Meduza (1972). Em 1974, substituiu Roger Glover no Deep Purple, participando com destaque como baixista e cantor de álbuns clássicos como Burn (1974), Stormbringer (1974) e Come Taste The Band (1975).

Seu primeiro trabalho solo, Play Me Out, saiu em 1977. Ele lançou vários outros, entre os quais Feel (1995), Greatest Hits: The Voice Of Rock (1996), Songs In The Key Of Rock (2003) e o CD/DVD Soulfully Live In The City Of Angels (2004). Nesse meio tempo, também tocou no Black Sabbath e com Tony Iommi, tendo gravado com este um CD.

Além disso, Hughes também integrou as bandas Black Rock Communion (com Joe Bonamassa e Jason Bonham) e California Breed (também com Jason Bonham). Em 2011, lançou a autobiografia Glenn Hughes- The Autobiography: From Deep Purple To Black Country Communion. Ele superou diversos problemas com drogas e voltou com força total.

Conheça as datas da turnê sul americana de Glenn Hughes:

13/08 – Centrica – Lima, Peru
15/08 – Bar da Montanha – Limeira, Brasil
16/08 – Carioca Club – São Paulo, Brasil
18/08 – Bar Opinião – Porto Alegre, Brasil
19/08 – Music Hall – Curitiba, Brasil
21/08 – Music Hall – Belo Horizonte, Brasil
22/08 – Teatro Odisseia – Rio de Janeiro, Brasil
24/08 – Teatro Nescafe de las Artes – Santiago, Chile
25/08 – Groove – Buenos Aires, Argentina

Smoke On The Water– Glenn Hughes e Doug Aldrich C/ King Of Chaos:

-Ouça o álbum solo Blues, de Glenn Hughes, em streaming:

Older posts Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑