Por Fabian Chacur 

Às vezes, é melhor demorar um pouquinho mais para criticar um trabalho. Fiquei durante um mês, mais ou menos, tirando minhas dúvidas acerca de Red Carpet Massacre, novo álbum do Duran Duran. Era para ter sido o segundo com a formação original desde o retorno, em 2004 (com o fraco Astronaut), mas o guitarrista Andy Taylor pulou fora do barco pouco antes das gravações.

Deixou como herança parceria em todas as faixas. Os colegas que ficaram- Simon LeBon, vocais, Roger Taylor, bateria, Nick Rhodes, teclados, e John Taylor, baixo- valeram-se de músicos de estúdio e tocaram o barco adiante.

Valeram-se do apoio do mega-platinado produtor Timbaland, que participa de duas faixas, do astro Justin Timberlake, e com a produção geral de Nate “Danja” Hills, protegido de Timbaland. E aí? No que deu essa combinação? Em uma única frase: Timbaland demais, Duran Duran de menos.

Nada contra a parceria, que isso fique bem claro. Desde o início, nos anos 80, a banda britânica tem como característica flertar com outros produtores, como forma de adicionar novos contornos a sua música, como fizeram com Nile Rodgers (do grupo Chic) em seu melhor CD, o excelente Notorious (1986).

Desta vez, no entanto, os colaboradores entraram com suas assinaturas próprias imprimidas de forma excessiva, levando o repertório a soar como “Timbaland com participação especial de Simon LeBon” na maior parte do tempo.

Não chega a ser ruim, mas não entusiasma em nenhum momento, soando mais como um álbum de sobras do mega-produtor, ou de Justin Timberlake.

Falling Down, a música de trabalho, é provavelmente o melhor momento, e a que soa mais como Duran Duran de fato. Red Carpet Massacre não será lembrado com muita saudade pelos fãs, e não passou do top 20 no competitivo mercado americano.

Confira Falling Down, do novo CD do Duran Duran:

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