Por Fabian Chacur

Há dez anos na estrada, os Forgotten Boys tem conseguido cativar um público fiel no cenário rocker brasileiro. Em São Paulo, particularmente, a banda sempre lota seus shows, e o da última sexta-feira, no Teatro do Sesi-Paulista, não fugiu à regra. Isso, mesmo sendo realizado em uma sexta-feira, ao meio-dia. As aproximadamente quinhentas pessoas presentes ao teatro situado na Avenida Paulista certamente não se decepcionaram.

Em meio a uma verdadeira avalancha de bandas emo, ou misturando MPB e rock, ou ainda fundindo rap e metal, o quarteto paulistano se consagrou graças a um rock and roll básico e vigoroso, com fortes influências das garage bands dos anos 60 e também de Stooges, Ramones, MC5, AC/DC e outros desse alto gabarito. Gustavo Riviera e Chuck Hipolitho exibem um entrosamento quase cerebral entre suas guitarras, com bases repletas de riffs certeiros, e também com espaços para solos e improvisos que nunca caem na vala comum. Riviera é também o vocalista principal, bem escorado por Hipolitho.

A cozinha rítmica, composta por Zé Mazzei (baixo) e Flavio Cavichioli (bateria) tem como marca a pulsação forte, a energia intensa e a sintonia quase milimétrica. O resultado é um rock and roll que não fica a dever ao de nenhuma banda gringa da geração Strokes.

Além de músicas de várias fases de sua trajetória, incluindo as do bom CD Stand By The D.A.N.C.E., os Forgotten Boys também nos brindaram com algumas inéditas, previstas para entrar em seu novo álbum, cujo título será Louva-Adeus. A amostra entusiasmou, com destaque para Quinta-Feira. News From God, Highest Stakes e Sem Razão também estão previstas para a nova bolacha.

O grande desafio será transpor para o disco gravado em estúdio a energia contagiante e bem lapidada do quarteto ao vivo, certamente um dos melhores representantes do rock and roll na veia no país de Lula e companhia nada bela.

Profile da banda no Myspace:
http://www.myspace.com/forgottenboys