Por Fabian Chacur
Duas listas ligadas ao desempenho do universo musical em 2008, no quesito números, foram divulgadas nos últimos dias. Uma, da IFPI, entidade internacional que representa 1400 gravadoras em 72 países, refere-se aos CDs mais vendidos no ano passado. A outra, divulgada pela revista americana Billboard e intitulada Billboard Top Moneymakers (http://www.billboard.com/bbcom/news/madonna-tops-2009-music-money-makers-list-1003940730.story ), nomeia os astros que mais faturaram durante o mesmo período. Em termos de vendagem de discos, o grupo britânico Coldplay, do “simpático” vocalista Chris Martin, ficou com a medalha de ouro, vendendo 6.8 milhões de cópias em todo o mundo de Viva La Vida Or Death And His Friends. Os veteranos do AC/DC ostentam a vice-liderança, com Black Ice, que marcou seu retorno ao cenário musical após oito anos. A trilha do filme Mamma Mia, baseado em músicas do grupo Abba e contando com a produção de um de seus integrantes, ficou em terceiro, com a novata britânica Duffy em quarto, com o disco de estréia Rockferry, e o Metallica em quinto, graças ao álbum Death Magnetic. Madonna ficou apenas entre os 50 mais vendidos com Hard Candy, mas, curiosamente, é a líder do ranking de quem mais faturou em 2008, ganhando a bagatela de quase 250 milhões de dólares, com uma boa distância a frente do grupo Bon Jovi, que faturou “apenas” 157 milhões de dólares. Prova de que os shows cada vez mais são mais importantes em termos de lucros do que os discos. A turnê da Material Girl foi a mais bem-sucedida do ano. Bruce Springsteen, The Police, Celine Dion, o cantor country Kenny Chesney, Neil Diamond, o grupo country Rascal Flatts, os adolescentes Jonas Brothers e o Coldplay compõem, pela ordem, o restante do top 10 desta lista. Ou seja, o Coldplay foi quem mais vendeu discos, mas ficou apenas em décimo no outro ranking. Se bem que, ganhando algo em torno de 62 milhões de dólares durante o ano que se foi, os britânicos não devam estar lá muito tristes…..
Videoclipe de Viva La Vida, do Coldplay:
http://www.youtube.com/watch?v=XxaXJKS68Go
March 2, 2009 at 10:37 am
Vai soar meio preconceituoso o que eu vou dizer, mas eu entendo que é um tanto forçoso e pouco natural, o fato da Madonna aos 50 anos, ficar explorando sua sensualidade, é claro que ela ainda é muito bonita, porém, este tipo de espetáculo, era muito mais autêntico quando ela era mais jovem e ostentava um apelo sexual natural inerente à sua idade e sem truques.
Todo artista tem o sagrado direito de continuar exibindo sua arte por quanto tempo quiser, e a nós, cabe consumí-la ou não, entretanto, acho muito mais digna a atitude, por exemplo, de Robert Plant, quando ao ser questionado sobre a sua recusa em fazer parte numa eventual volta do Led Zeppelin.
Ele disse mais ou menos o seguinte ao repórter: “Você deve ter a minha idade ou ser um pouquinho mais velho, experimente por um jeans apertado e cantar Communication Breakdown!”
Isto para mim é um exemplo máximo de dignidade e honestidade!
Chega um momento, na vida do rockstar que ele não pode recriar seu passado, logo, o melhor a fazer, é respeitá-lo.
Dá-lhe Plant, um gigante do rock.
Abraço, Fabian.
March 2, 2009 at 11:29 am
Opinião bastante respeitável a sua, Rizzetto. E no caso do Robert Plant, é bem melhor ele se dedicar a um trabalho maravilhoso como o disco que gravou em dupla com a cantora americana Alison Krauss (Raising Sand, fiz crítica dele aqui em Mondo Pop), do que eventualmente sujar o passado do Zeppelin. Grande abraço, e obrigado pela visita!
March 2, 2009 at 11:38 am
É por aí, Fabian!
Muitas vezes quando eu escuto ou leio algo do tipo: “a banda tal vai voltar…”. Meu Deus, fico arrepiado, pois dedico tanta devoção àquele determinado artista, que desconsidero a hipótese dele fazer algo relevante, novamente. Eu sei, é meio preconceituoso, mas prefiro desta forma.
Grande abraço, baluarte!
March 2, 2009 at 2:32 pm
Ainda bem que em alguns casos quem volta, volta bem, e pelas razões certas, ou seja, acrescentar algo a sua discografia. Tuuuudo de bom, meu caro!!