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Jamie Cullum vence o importante prêmio Ivor Novello pela 1ª vez

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Por Fabian Chacur

Um dos prêmios mais prestigiados da cena musical britânica e mundial é o Ivor Novello. Criado em 1956, teve como vencedores nomes como John Lennon e Paul McCartney, Adele, Bryan Adams, David Bowie, Eric Clapton, Elton John, Phil Collins e inúmeros outros desse mesmo alto calibre. Pois Jamie Cullum, figura frequente aqui em Mondo Pop (leia mais sobre ele aqui), é outro nome bacana a ser inserido na lista de vencedores, na categoria “melhor canção em termos de melodia e letra”.

A canção que proporcionou ao cantor, compositor e musico britânico o cobiçado troféu é The Age Of Anxiety, lançada em 2019 como parte do álbum Taller. Trata-se de uma boa amostra do que este ótimo artista concretizou em seus mais de 20 anos de estrada. Ele deu a seguinte declaração, após saber de sua vitória, em comunicado enviado à imprensa por sua assessoria de imprensa:

“Estou muito orgulhoso e feliz por receber este prêmio. Tenho me empenhado nisso há algum tempo e nem sempre fui levado a sério como compositor. Neste ponto da minha carreira, receber agora esse prêmio para esta música, na qual eu acredito ferozmente, me parece particularmente especial. Usei nela todo o meu conhecimento e amor pela escrita de música, que construí ao longo dos anos, e estou muito feliz que ressoou nas pessoas e em vocês, da Ivors Academy”.

The Age Of Anxiety (clipe)- Jamie Cullum:

Jamie Cullum lança single inédito e bem retrô Don’t Give Up On Me

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Por Fabian Chacur

Aproximadamente um ano depois do lançamento de seu mais recente álbum, Taller (2019), o excelente cantor, compositor e tecladista britânico Jamie Cullum oferece uma novidade aos fãs espalhados pelos quatro cantos do mundo. Trata-se do single Don’t Give Up On Me, já disponível nas plataformas digitais e divulgado por um clipe no popular formato lyric video, com muita elegância e eficiência.

Com uma levada rítmica no melhor estilo Motown Records, com ecos do clássico You Can’t Hurry Love, das Supremes, mas reaproveitado de forma própria, o astro que completará 41 anos de idade no próximo dia 20 de agosto mostra a desenvoltura de sempre, oferecendo-nos uma canção pop e dançante sem cair no ramerrão e com sua voz deliciosa conduzindo tudo.

Com mais de 20 anos de estrada, Jamie Cullum merecia muito mais sucesso comercial do que tem, mas ainda assim conseguiu cativar um público fiel, inclusive no Brasil, onde fez shows concorridos. Se os seus oito álbuns de estúdio são bem bacanas, é nos palcos que o cara se mostra mais à vontade, sempre esbanjando carisma e talento como cantor, pianista e performer.

No repertório, temos uma seleção de canções próprias mescladas com standards sempre muito bem explorados. A releitura que ele faz de Rocket Man, de Elton John (ouça aqui) é um bom exemplo dessa sua capacidade de incorporar canções alheias com muita personalidade e classe.

Leia mais sobre esse craque do pop-jazz-funk aqui.

Don’t Give Up On Me– Jamie Cullum:

Jamie Cullum toca em Sampa no Samsung Best Of Blues

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Por Fabian Chacur

Após o sucesso das apresentações da dupla Richie Sambora e Orianthi, o Samsung Best Of Blues trará a São Paulo mais uma atração de primeiríssimo escalão. Trata-se de Jamie Cullum. O cantor, compositor e tecladista britânico tocará em São Paulo no dia 21 de outubro às 22h no Tom Brasil (rua Bragança Paulista, nº 1.281- call center: 0xx11-4003-1022), com ingressos custando a partir de R$125,00. A produção é da Dançar Marketing. Tipo do show imperdível.

Nasido em 20 de agosto de 1979, Jamie Cullum começou a tocar piano ainda garoto, e rapidamente adquiriu uma habilidade incrível no instrumento. Seu primeiro CD, Jamie Cullum Trio- Heard It All Before, saiu pela via independente em 1999, seguido posteriormente por Pointless Nostalgic (2002). O sucesso comercial veio em 2005 com o terceiro CD, Twentysomething, com grande vendagem no Reino Unido.

O principal mérito de Jamie é o fato de ser um exímio tecladista, capaz de solos intrincados, mas que não se rende a sonoridades excessivamente elaboradas ou difíceis de serem decodificadas pelo público médio. Ele é jazzista, sim, mas sabe incluir boas doses de soul, funk e pop em sua musicalidade, o que gera um trabalho contagiante, com espaço para o virtuosismo mas no qual a paixão pela música fala mais alto. E o cara ainda canta muito bem. O pacote perfeito…

Em seus shows, ele mescla composições próprias, standards jazzísticos e canções de autores do pop e rock como Jimi Hendrix, Elton John e Stevie Wonder, entre outros, sempre com releituras personalizadas incríveis. Quem já o ouviu cantando Rocket Man sabe do que estou falando. Vi Jamie Cullum ao vivo em São Paulo em 2006, na extinta Via Funchal, e posso garantir que foi um dos melhores shows que já vi, com o artista esbanjando carisma e simpatia com o público.

O Samsung Best Of Blues é um evento que já trouxe ao Brasil grandes nomes da música internacional, entre os quais gente do gabarito de Jeff Beck, George Benson, Ben Harper, Chris Cornell (cantor das bandas Soundgarden e Audioslave), Buddy Guy, John Mayall e a dupla Richie Sambora (ex-Bon Jovi) e Orianthi, entre outros.

Última dica: a releitura de Cullum para Don’t Stop The Music, de Rihanna, dá de dez a zero na versão original.

Don’t Stop The Music– Jamie Cullum:

Everlasting Love– Jamie Cullum:

What a Difference a Day Made (ao vivo)- Jamie Cullum:

Jamie Cullum grava a parceria com Nostalgia 77 em novo CD

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Por Fabian Chacur

Jamie Cullum não se cansa de lançar novos e bons trabalhos. Com 35 anos de vida e uns 20 de estrada, este excelente cantor, compositor e tecladista britânico lançou em 2013 o excelente Momentum (leia a crítica aqui). Pois ele já está com CD novo. Trata-se de Interlude, parceria com o grupo britânico Nostalgia 77. Outro golaço.

O contato entre Cullum e Benedic Lamdin, produtor, músico e líder do Nostalgia 77, ocorreu quando o primeiro entrevistou o segundo em seu programa de rádio. Ficou clara a empatia entre eles, e a ideia de um trabalho em conjunto logo se concretizou, gravado em janeiro. Com dez anos de carreira fonográfica, o grupo de Lamdim é do tipo conceitual, reunindo músicos e também incluindo samplers e outros recursos eletrônicos, e já lançou vários CDs elogiados.

Interlude é basicamente um disco de jazz tradicional, com tempero de blues e pop aqui e ali. O bate-bola entre Jamie Cullum e os músicos do Nostalgia 77 é delicioso, com destaque para o pianista Ross Stanley. O repertório se divide entre standards de jazz e releituras com esse espírito de músicas de autores como Richard Carpenter, Randy Newman e Surfjan Stevens.

Dois duetos marcam presença no álbum. Em Good Morning Heartache, a cantora Laura Mvula faz um belo dueto com Cullum, enquanto em Don’t Let Me Be Misunderstood é a vez de Gregory Porter dar um tom soul ao clássico do folk. Sack O’Woe, My One And Only Love, Lovesick Blues, Walkin’ (de Richard Carpenter, dos Carpenters) e Make Someone Happy são outros pontos bacanas de um álbum delicioso. Acertou de novo, heim, Mr. Cullum?

Good Morning Heartache – com Laura Mvula:

Jamie Cullum cativa o ouvinte em Momentum

Por Fabian Chacur

Tornei-me fã de Jamie Cullum em 5 de setembro de 2006, quando tive a chance de ver seu impecável show na extinta Via Funchal, em São Paulo (leia a crítica aqui). Desde então, minha admiração por esse cantor, compositor e músico britânico só aumentou.

Quatro anos após o excelente álbum The Pursuit (leia a crítica aqui), o astro britânico que fará 34 anos no próximo dia 20 de agosto está de volta com Momentum, lançamento da Universal Music que já pode ser incluído entre os melhores trabalhos do ano na área pop.

De formação jazzística, Cullum traz como norte em seus trabalhos o aspecto mais importante desse estilo musical: uma inesgotável capacidade de ampliar seus horizontes musicais, sem se restringir a um único caminho sonoro. Seu objetivo parece ser sempre o de entreter seus fãs com material consistente, criativo e bom de se ouvir. Popular, sim, mas nunca de forma apelativa ou se rendendo a modismos efêmeros.

Nas 12 faixas de Momentum (15 na edição Deluxe, ainda não disponível no Brasil), ele vai do jazz percussivo de The Same Things ao balanço de Everything You Didn’t Do, passando pelo romantismo intimista de Get a Hold Of Yourself, o swing de When I Get Famous, o clima Motown de Anyway e o pop sacudido a la Billy Joel de You’re Not The Only One.

Além das ótimas composições próprias, ele mais uma vez se mostra um habilidoso releitor de material alheio. Aqui, temos uma inusitada e ótima versão funk/hip hop do standard Love For Sale (de Cole Porter e Rodney Smith), com participação de Roots Manuva, e uma bela interpretação de Pure Imagination (Leslie Bricusse e Anthony Newley), da trilha sonora da primeira versão do filme A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971). De arrepiar.

Momentum é aquele tipo de disco ideal para quem curte música pop elaborada e fluente, interpretada por um cantor sedutor e pianista swingado e de técnica apurada. Jamie Cullum prova que sofisticação, classe e bom gosto nem sempre levam a um rumo intrincado demais.

Love For Sale- Jamie Cullum e Roots Manuva:

Everything You Didn’t Do- Jamie Cullum:

Jamie Cullum é o mestre do inesperado

por Fabian Chacur0604_jamie

Está cansado de ouvir música repetitiva e previsível? É fã de misturas bacanas? Curte ouvir quem transpira tesão em cada nota que canta e toca? Uma belíssima dica: ouça The Pursuit, novo disco do inglês Jamie Cullum. É um CD que se encaixa feito luva na descrição que fiz acima.

Jamie tem 30 anos de idade, embora sua cara dê a entender que se trate de um adolescente. O cantor, compositor e pianista já está na estrada há mais de dez anos, e lançou seu primeiro disco por uma gravadora de maior porte, Pointless Nostalgic, em 2002.

Desde o começo, o cara nos oferece um trabalho forte e delicioso de se ouvir. Ele é basicamente um jazzistica, que toca com maestria e canta com rara personalidade. Sabe tocar standards de nomes como Cole Porter e George Gershwin como se tivesse vivido os anos 30 e 40.

Mas, ao contrário de muitos outros por aí, ele não se limita a isso, embora pudesse, e ganhando uma bela grana. Cullum tem paixão por soul, pop, rock e funk, e faz questão de acrescentar essas influências ao som que faz. E é aí que a coisa fica realmente bacana.

Tive a honra de ver esse moleque ao vivo em setembro de 2006, na Via Funchal, em São Paulo. Deve ter crítica aqui em Mondo Pop, procure, se por ventura se interessar. Mas posso resumir o show em uma palavra: espetacular.

O cara canta muito, toca muito e é acima de tudo um entertainer, aquele tipo de artista que cativa a plateia de uma forma que você não consegue tirar os olhos do sujeito, ou mesmo parar de dançar, estalar os dedos ou até cantar junto, como se fosse possível.

The Pursuit é o quinto CD dele (contando o raríssimo primeiro disco, independente, que teve tiragem de apenas 500 cópias), e pode ser considerado o melhor. Não tem rotina, não tem burocracia. Só prazer.

Do início com uma releitura sublime de Just One Of Those Things, de Cole Porter (com acompanhamento da The Count Basie Orquestra), o cara envereda por baladas psicodélicas, jazz de tempero latino, rock, funk e o que mais pintar em sua frente.

Seu estilo de tocar piano está mais fluente do que nunca, e sua voz, mais negróide e sensual do que nunca. E a capacidade de compor, das melhores, vide canções como I’m All Over It, You And Me Are Gone (com um solo demencial de piano) e I Think, I Love, só para citar algumas.

Alguém pode estranhar ele reler um sucesso recente da cantora de rhythm and blues pop Rihanna, Don’t Stop The Music. Mas para quem já tocou ao vivo ou gravou canções de Elton John, Joy Division, Radiohead e Massive Attack, faz parte de seu ecletismo.

Melhor: a releitura ficou sensacional, ainda melhor do que a versão original. E a letra tem muito a ver com a sua abordagem musical, especialmente no refrão, que vai traduzido: por favor, não pare a música, não pare a música, a música, a música…… Se a música for de Jamie Cullum, não, mesmo!

Jamie Cullum sacode a Via Funchal

jamie_cullum.jpgEsse cantor, compositor e musico inglês ganhou um público fiel nos quatro cantos do mundo graças à sua peculiar fusão de jazz, pop, funk e o que mais pintar. Seus discos são bem simpáticos, mas o cara mostra do que é capaz, mesmo, é ao vivo. O público presente na Via Funchal na noite desta terça saiu chapada com o moleque de vinte e poucos anos, que tocou, cantou, pulou, batucou e cativou a todos. Show para não ser esquecido tão cedo, e que mostra ter o rapaz potencial muito grande, ainda não bem explorado em disco.

Mister Cullum já foi apelidado de “Sinatra de Tênis”, “Beckham do Jazz” e coisas do gênero, e seu visual descolado e desencanado torna esse tipo de comparação inevitável. Com ótima bagagem técnica, ele arrebenta tanto ao tocar piano como cantando, e sua abordagem do jazz é totalmente roqueira, um cruzamento improvável de Harry Connick Jr. com Mick Jagger. Além de interpretar seus próprios sucessos, como London Skies (que fez para a namorada brasileira, Izabela) ele deu vazão a releituras personalizadas e muito boas de clássicos alheios como I Get a Kick Out Of You (hit do Sinatra), Rocket Man (clássico de Elton John),Singing In The Rain e High And Dry (do Radiohead).

Não satisfeito em tocar piano, ele batucou e cantou só no gogó trechos de Dont’cha, hit pop do grupo feminino britânico Pussycat Dolls. De quebra, teve a participação especial de Maria Rita em duas músicas, para delírio de muitos e irritação de alguns. Sua banda de apoio é das melhores, e os solos não deixaram margem a dúvidas de que são músicos com pedigree. Em uma noite congelante em Sampa City, um show dos mais quentes e estimulantes.

Gregory Porter disponibiliza single e lançará álbum em abril

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Por Fabian Chacur

O ano de 2020 mal começou e já temos uma grande canção inédita para celebrar. Trata-se da deliciosa e impactante Revival, do cantor, compositor e ator americano Gregory Porter. Com forte influência de gospel e jazz, a faixa é a primeira a ser divulgada do que será o sexto álbum de estúdio desse incrível artista, All Rise. A Blue Note Records, célebre selo hoje vinculado à Universal Music, promete lançá-lo no dia 17 de abril.

Revival tem um belo clipe dirigido por Douglas Bernardt que mostra um garoto que se sente oprimido e com medo do realmente assustador mundo atual. No entanto, ele descobre uma forma de superar essa pressão toda e dar a volta por cima: a dança e o canto. O resultado em termos visuais se mostra perfeito para ilustrar uma canção que nasce com clima de clássico.

Nascido em Sacramento, Califórnia, em 4 de novembro de 1971, Gregory Porter lançou dois álbuns independentes (Water, em 2010, e Be Good, em 2012) que tiveram boa repercussão e atraíram as atenções da Blue Note. Desde então, cativa fãs nos quatro cantos do mundo com sua voz deliciosa. Sua fama é maior no Reino Unido, onde emplacou três álbuns no Top 10 dos charts de lá.

Vencedor de dois troféus Grammy, o Oscar da música, Porter também tem no currículo dois álbuns ao vivo e gravações ao lado de nomes importantes da música, entre os quais Buddy Guy, Jools Holland, Dianne Reeves, Till Bronner, Jamie Cullum e Renée Fleming. Além de ótimo compositor, ele também sabe reler com classe canções alheias, como prova seu álbum Nat King Cole & Me (2017), que traz clássicos do repertório do célebre astro americano.

Revival (clipe)- Gregory Porter:

Victor Mota lança EP e busca o crossover na música popular

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Por Fabian Chacur

Era para Victor Mota ter se tornado um profissional bem-sucedido na área de atuação em que se formou em termos universitários, a administração de empresas. No entanto, a música, que há muito fazia parte de sua vida, atropelou esse rumo que parecia inevitável. Ele acaba de lançar o seu primeiro EP, Antes do Sol Chegar, que já está disponível nas principais plataformas digitais e é fruto de um processo de consolidação e criação que durou uns bons anos antes de, enfim, se concretizar.

O cantor, compositor e músico cearense explica como ocorreu essa reviravolta em seu direcionamento de vida. “A música foi um hobby para mim até o limite em que isso foi possível. Só que chegou um momento em que tudo estava encaminhado na administração de empresas, não tinha tempo para música nem em termos de hobby”. relembra. Aí, o conselho de um professor o levou a ir para os EUA conhecer a célebre Berklee School Of Music, em Boston.

“Fiquei inicialmente um mês por lá para conhecer a Berklee e sentir o tamanho do desafio. Então, voltei ao Brasil e, em maio de 2010, retornei novamente para os EUA, desta vez para estudar”, relembra. “Foi uma experiência de vida, um divisor de águas, abriu a minha cabeça. Convivi com pessoas de todo o mundo, até mesmo do Brasil”.

Na Berklee, uma das escolas de música mais conceituadas do mundo e que tem entre seus formandos nomes do gabarito de Quincy Jones e Diana Krall, ele teve a oportunidade de participar de workshops com músicos como Ivan Lins, Marcos Valle e Filó Machado. “A Berklee dá muito valor ao músico brasileiro, tem até um curso de música brasileira lá. Essa oportunidade de interagir com o Ivan, o Marcos e o Filó foi marcante para mim”.

Após voltar ao Brasil, no final de 2013, Mota passou um período de um ano e meio em Fortaleza, tocando em bares. Em 2015, mudou-se para São Paulo, em busca de uma equipe para trabalhar com ele e viabilizar seu projeto de carreira. “Para mim, o sucesso de um artista depende da equipe com a qual você trabalha, é preciso montar um time”.

Depois de lançar vídeos no Youtube (um deles com o conterrâneo Marcos Lessa) e se apresentar ao vivo, incluindo shows semanais em um badalado hotel em São Paulo, Victor resolveu investir em um EP digital com quatro músicas, escolhidas a partir de um universo inicial de 30 composições próprias. “Vivemos um momento no qual as informações vem de todos os lados, é melhor lançar as coisas aos poucos, o mercado nos levou a essa coisa do EP, do single”, justifica.

O EP traz as músicas Antes do Sol Chegar (divulgada por um videoclipe já disponível no Youtube), Vem, Dias Melhores e Vou (Saudade é Feita). “Procurei nesse EP dar pinceladas do meu trabalho; temos muito violão e voz, com canções sobre relacionamentos; em um próximo trabalho, quero mostrar o meu lado guitarrista, e também estou aberto a outros temas para as letras”.

Aliás, se há algo que Victor Mota ressalta em sua abordagem artística é a abertura em relação a flerte com diversos estilos musicais. “Minha música sempre vai ser pop, minhas referências musicais também transitam por vários estilos, é o que artistas como John Mayer, Paulinho Moska, Marília Mendonça e Jamie Cullum fazem, por exemplo, e é definido lá fora como crossover”.

Atualmente, por sinal, ele está compondo com artista sertanejos que ele prefere não revelar no momento. “Está sendo uma troca muito boas para nós, pois estou aprendendo e ensinando ao mesmo tempo. O resto do mercado musical tem muito a aprender com o sertanejo, eles sempre estão abertos a essas parcerias, e isso explica o porque é um gênero musical tão popular”, explica.

Victor pretende lançar novas músicas no segundo semestre, embora ainda não saiba em que formato. Um álbum completo está em seus planos para o futuro. Para ele, o formato digital e as redes sociais são ferramentas importantes para progredir em termos profissionais. “O digital tem uma coisa caótica, você é bombardeado de informações o tempo todo. O caminho é criar um contato direto com o público, cativá-lo e atraí-lo para os seus shows”.

A expressão “ser popular sem cair no popularesco” parece feita sob medida para as pretensões profissionais de Victor Mota no cenário da música brasileira. “Meu propósito sempre foi fazer música popular, para o povo. Junto todos os estilos, jogo em um caldeirão e crio a minha própria linguagem, sem forçar a barra para fazer sucesso”.

Antes do Sol Chegar (videoclipe)- Vitor Mota:

Dois festivais agitam São Paulo no fim de semana

Por Fabian Chacur

Este fim de semana reserva duas boas opções em São Paulo para quem gosta de música.

Neste sábado (21) e domingo (22), a Chácara do Jockey (avenida Pirajussara, s/nº -inf.: naturamusical.com.br/naturanos) recebe o Festival Natura Nós 2011.

A principal atração do evento é o surfista/cantor (ou cantor/surfista, você decide) Jack Johnson. O astro nascido no Havaí dá uma geral em seus grandes sucessos, e não estranhe se, em seu show, tivermos a participação de G. Love, seu grande amigo, responsável por seu lançamento como cantor e que também está no elenco do evento.

A grande pedida do festival, no entanto, será o excepcional cantor, compositor e pianista inglês Jamie Cullum, que já esteve anteriormente no Brasil e cuja presença de palco é simplesmente arrasadora.

Também estão no elenco Laura Marling, Roberta Sá e Maria Gadú. O domingo é reservado ao público infantil, com shows de Toquinho e o grupo de percussão corporal Barbatuques.  Os ingressos custam de R$ 90 a R$450 (sábado) e de R$ 30 a R$ 60 (domingo).

Se a sua praia é a tal da nova MPB, você tem um compromisso neste domingo (22) com o Festival MPB Total, agendado para rolar a partir das 13h na Arena Anhembi (avenida Olavo Fontoura, 1.209- Santana – inf.: mpbtotal.com.br).

Estão escalados para a maratona emepebística Lenine, Vanessa da Mata, Seu Jorge e Arnaldo Antunes, sendo que o objetivo dos organizadores é de tornar o evento anual.

Os ingressos custam de R$ 70 a R$ 120.

Ouça a fantástica versão de Don’t Stop The Music, com Jamie Cullum:

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