Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

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Morre Scotty Moore, o eterno guitarrista de Elvis Presley

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Por Fabian Chacur

Um dos segredos do sucesso de Elvis Presley foi ter a seu lado durante a sua primeira década como cantor profissional um certo guitarrista chamado Scotty Moore. Com seus licks inconfundíveis de guitarra, extraídos de uma Gibson Super 400, esse músico americano ajudou a criar os parâmetros do que hoje chamamos rockabilly. Pois nesta terça-feira (28) esta verdadeira lenda da música nos deixou, aos 84 anos de idade. Que perda!

Segundo matéria publicada pelo site americano da revista Billboard, a morte de Moore foi divulgada por seu biógrafo e amigo, James L. Dickerson, que por sua vez confirmou a informação através de um membro da família do músico. Ele atualmente morava em Nashville, a capital mundial da música country. Nos últimos tempos, atuava como manager de estúdio, engenheiro de som e homem de negócios, sempre tido como um cara simples, correto e sociável.

Nascido em Gadsten, Tennessee, em 27 de dezembro de 1931, Scotty Moore ouviu desde garoto muito country e jazz, e foi influenciado por músicos como Les Paul e Chet Atkins. Integrava a banda The Starlite Wranglers quando foi convidado pelo produtor Sam Phillips, dono do selo independente Sun Records, para tocar com um cantor novato com o qual a gravadora pretendia trabalhar. Bill Black, o baixista daquele grupo, também entrou na parada.

Juntos, Moore na guitarra, Black no baixo e o tal novato, ninguém menos do que Elvis Presley, no vocal e violão, fizeram várias jam sessions, e nada saía muito animador. Até que, em um intervalo, o futuro Rei do Rock improvisou em cima de um blues, That’s Alright, e aí o trio parece que pegou no breu. Nascia, em julho de 1954, o embrião do que seria uma das parcerias mais influentes da história do rock.

Juntos, Elvis, Scotty e Black passaram a fazer muitos shows, e adquiriram um entrosamento que se refletiu nas gravações. Maravilhas como That’s Alright, Blue Moon Of Kentucky, Mystery Train e Baby Let’s Play House invadiram as paradas de sucesso e atraíram a atenção da gravadora RCA, que fez uma proposta milionária e tirou Presley da Sun Records. Inteligentemente, Elvis levou Moore e Black junto com ele.

O estouro, até então regional, virou regional e mundial logo a partir do primeiro single na nova companhia, o incrível Heartbreak Hotel, em 1956. Nessa época, já havia sido acrescentado ao grupo o baterista DJ Fontana, que ajudou a encorpar ainda mais aquela sonoridade repleta de rock, blues e country, cuja mistura passou a ser chamada rockabilly.

A parceria com Elvis Presley se encerrou em 1964, quando Scotty Moore lançou seu primeiro álbum solo, The Guitar That Changed The World, fato que irritou o empresário do cantor, o peculiar Coronel Tom Parker. Ele ainda voltaria a tocar com o famoso patrão em 1968, no famoso especial de TV The Comeback Special que marcou o retorno do astro ao mundo dos shows após anos dedicados aos filmes. A partir daí, a vida de Moore ficou mais reservada, mas sempre com muito trabalho.

Entre os momentos marcantes desses anos pós-Elvis da carreira de Scotty estão a gravação de That’s All Right que ele fez com Paul McCartney, com participação do antigo colega DJ Fontana na bateria. Ele também integrou o elenco do CD All The King’s Men (1997), ao lado de Keith Richards e Levon Helm. Entre seus fãs ilustres, podem ser citados o próprio Richards, Eric Clapton, Jimmy Page, Paul McCartney, Mark Knopfler, Brian Setzer e inúmeros outros.

That’s All Right– Scotty Moore, Eric Clapton, Mark Knopler etc:

Dj Fontana, The Jordanaires e Scotty Moore ao vivo na TV:

Heartbreak Hotel(ao vivo)- Elvis Presley e Scotty Moore:

Show no Sesc Pompeia exibe a influência da viola em SP

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Por Fabian Chacur

A viola é um dos instrumentos mais marcantes da música rural brasileira. No entanto, ela também marca presença na urbana cidade de São Paulo. Como forma de exemplificar e festejar esse fato, será realizado o show Viola Paulistana, com sessões nesta quinta (30) e sexta (1º/7) às 21h no teatro do Sesc Pompeia (rua Clélia, nº 93- fone 0xx11-3871-7700), com ingressos de R$ 9,00 a R$ 30,00. Também será realizado no mesmo local, só que no domingo (3) às 15h, um encontro de luthiers de viola, com entrada gratuita que deve ser retirada uma hora antes.

Os shows trarão ao expectador a oportunidade de ouvir a viola caipira inserida em diversos contextos sonoros, indo desde os ritmos mais tradicionais, como polcas, guarânias, rastapés e modas de viola, até fusões com outros estilos musicais, uma forma de apresentar a versatilidade desse instrumento. Estão no elenco do show Cacique e Pajé, Arnaldo Freitas, Milton Araújo e Trio Tamoyo, com participações especiais de Índio Cachoeira e Marcos Azevedo.

Com mediação a cargo do pesquisador Fábio Nunes da Silva, do núcleo Diversitas, da USP, o encontro de luthiers será uma roda de bate-papos e palestras que ilustrarão a importância dos artesãos para a difusão e consolidação desse instrumento no Brasil . Estão escalados os luthiers Valmir Roza Lima, Raimundo Saraiva e Índio Cachoeira.

Pescador e Catireiro (ao vivo)- Cacique e Pajé:

Corredeira da Caveira (ao vivo)- Trio Tamoyo:

Brincando com a Viola (ao vivo)- Arnaldo Freitas:

Banda tributo argentina toca sucessos do ABBA no Brasil

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Por Fabian Chacur

Desde 1983, os milhões de fãs do Abba espalhados pelo mundo aguardam pelo seu retorno. Para tristeza geral, esse dia parece que nunca irá chegar, embora seus quatro integrantes estejam vivos e com saúde. Quem não se conforma com tal ausência pode se consolar vendo Abba Mamma Mia- The Tribute Show, show da banda tributo argentina Abba Mamma Mia que inicia nesta sexta-feira (1º/7) uma turnê pelo Brasil. No domingo (3/7), eles passam pelo Rio, sendo que a sessão das 20h já está com os ingressos esgotados. Vacilou? Pois você ainda tem uma chance!

O público carioca ganhou mais uma oportunidade, pois ocorrerá mais uma sessão do show no mesmo dia, só que às 17h. O local é o Teatro Bradesco Rio (avenida das Américas, nº 3.900 – loja 160 do Shopping VillageMall-Barra da Tijuca- fone 0xx21-3431-0100). Os ingressos custam de R$ 50,00 a R$ 180,00. Em São Paulo, o show ocorre no dia 10/7 (domingo) às 20h no Teatro Bradesco SP (rua Palestra Itália, nº 500- 3º piso do Bourbon Shopping- Call Center: 4003-1212), com ingressos de R$ 80,00 a R$ 150,00. O show também passará por Fortaleza (1º/7), Recife (2/7) e Rio Grande do Sul (6, 7 e 8/7).

O show é estrelado na ala feminina pelas atrizes e cantoras Gwendolyne Moore (Agnetha) e Florencia Róvere (Frida), sendo que esta última foi a protagonista do premiado musical Les Miserables (Os Miseráveis) no México e Inglaterra. A ala masculina tem o cantor e guitarrista Nicolás Salvador (Bjorn) e o cantor e tecladista Sérgio Gutierrez (Benny). Músicos de apoio completam o time em cena.

A ideia de Abba Mamma Mia- The Tribute Show é oferecer ao público uma performance a mais próxima possível da realizada pela célebre banda sueca, que nos anos 1970 e 1980 se tornou célebre em termos mundiais. Dessa forma, foram utilizados arranjos fieis às gravações do grupo e figurinos reproduzindo o visual exótico e colorido que marcou os intérpretes de hits eternos como Dancing Queen, Fernando, Summer Night City, The Winner Takes It All e tantos outros.

A foto desta matéria foi feita por Mauricio Trilha (divulgação).

Veja trechos de shows do Abba Mamma Mia- The Tribute Show:

Superdose lança o seu 1º DVD com show em SP nesta sexta

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Por Fabian Chacur

Com mais de dez anos de estrada e um CD no currículo, o grupo Superdose agora nos oferece o seu primeiro DVD, Cidade Luz. O trabalho será lançado em São Paulo nesta sexta-feira (17) à meia-noite com show na Z Carniceria (avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 724- Pinheiros- SP- fone 0xx11-2936-0934), com ingressos a R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira).

O núcleo básico do Superdose traz os irmãos João (vocal e guitarra) e Antônio Frugiuele (guitarra), que atualmente tem a seu lado Rodrigo Luminatti (baixo) e Mauricio Hoffman (bateria). O DVD Cidade Luz traz versões ao vivo de músicas de seu autointitulado primeiro CD, lançado em 2012, e também nove faixas inéditas, em um total de 18 canções.

Com influências bem digeridas de bandas seminais como The Who, Oasis, Beatles, Blur e Barão Vermelho, o Superdose oferece aos fãs um rock básico e bem trabalhado, com direito a riffs poderosos, levada contagiante e letras simples e diretas. A gravação do DVD ocorreu basicamente no final de 2014 em São Paulo no Teatro Mars, sendo que três canções foram registrada no Credicard Hall, quando eles abriram show da banda americana Creed.

Por sinal, o currículo do Superdose traz vários shows de abertura para outras bandas famosas além do Creed. Podem ser destacados os feitos para The Ataris, Placebo e The Stereophonics, todos com boa repercussão por parte do público. Eles já tocaram em várias cidades brasileiras e tem como objetivo levar o show de Cidade Luz para os quatro cantos do Brasil e do mundo.

Grande Roubada– Superdose:

Entre Luzes– Superdose:

Entrevista e Sem Medo de Arriscar– Superdose:

The Monkees estão de volta à parada dos EUA com novo CD

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Por Fabian Chacur

No ano em que completa 50 anos de carreira, os Monkees comemoram tal efeméride com um feito elogiável. Good Times!, seu novo álbum de inéditas e primeiro desde Justus, de 1996, chegou à parada da revista Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial, direto na 14ª posição em sua semana de lançamento. É a sua melhor performance desde 1968, quando The Birds, The Bees And The Monkees atingiu o 3º posto.

Nada mais justo para um álbum que foi concebido de forma bastante feliz. Ele conta com a produção de Adam Schlesinger, líder da banda Fountains Of Wayne, e mescla faixas gravadas originalmente entre 1967 e 1968 e que só foram completadas agora com gravações absolutamente inédita de canções feitas para eles por autores de gerações mais recentes, como Andy Partridge, do XTC, Rivers Cuomo, do Weezer, Noel Gallagher, do Oasis, e Paul Weller, do The Jam.

Nele, temos a participação dos quatro integrantes originais da banda criada em 1966 pelos produtores Bob Rafelson e Bert Schneider e coordenado musicalmente por Don Kirschner para estrelar uma série televisiva. O programa fez tanto sucesso que o grupo, originalmente feito para ser um tipo de xerox dos Beatles em sua fase Help!, tornou-se um grande sucesso no mundo real, com quatro álbuns e três singles no número um nos EUA e milhões de cópias vendidas em todo o planeta.

Davy Jones, o único inglês do grupo e que nos deixou em fevereiro de 2012, marca presença no álbum com a faixa Love To Love (de Neil Diamond), gravada originalmente nos anos 1960. Harry Nilsson (1941-1994) é outro que marca presença de forma póstuma no CD, tocando piano na ótima faixa-título do CD, que é de sua autoria. Outro autor bacana que marca presença no disco é Bem Gibbard, da banda alternativa Death Cab For Cutie.

A sonoridade do álbum em suas 13 faixas (existem outras quatro distribuídas como bônus em versões diferentes do disco para vários países) é bem próxima da dos anos de ouro do grupo, uma mistura de rock melódico, folk e pop com aquelas melodias mágicas e vocalizações muito legais, especialmente as feitas por Micky Dolenz. A performance de Peter Tork e Mike Nesmith é também muito legal, em faixas ótimas como You Bring The Summer (Andy Partridge), She Makes Me Laugh (Rivers Cuomo) e I Wasn’t Born To Follow (Gerry Goffin e Carole King).

You Bring The Summer– The Monkees:

She Makes Me Laugh– The Monkees:

Wasn’t Born To Follow– The Monkees:

Paulo Ho lança seu 1º CD solo com show no Rio de Janeiro

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Por Fabian Chacur

Paulo Ho conta com inúmeras experiências no teatro como ator, trabalhando em diversos espetáculos e sendo dirigido por gente do calibre de Christiane Jatahy, Marcus Alvisi e Roberto Alvim. Agora, ele mostra seu lado cantor e compositor com o CD Ex-Companheiro, cujo show de lançamento será no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (10) às 21h no Teatro Sérgio Porto (rua Humaitá, nº 163- Humaitá- RJ- fone 0xx21-2535-3846), com ingressos a R$ 10,00 (lista, pedir inclusão pelo e-mail [email protected]), R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira).

Ex-Companheiro traz dez músicas autorais centradas no universo do rock, com sonoridade flutuando entre o pós-punk dos anos 80, o pop, o progressivo e o eletrônico de forma criativa, claustrofóbica e extremamente urbana. Tipo do disco com forte clima sonoro que envolve o ouvinte da primeira à última faixa, com destaque para a faixa-título, Guerra de Gorila, Sempre Fui a Mulher de Alguém e Pergunta. A produção musical ficou a cargo de Lucas Vasconcelos, que também mostrou seu lado multi-instrumentista por todo o CD.

O show marca a estreia do clipe feito para divulgar a música Guerra de Gorila, em preto e branco e com uma estética sofisticada e vibrante. Paulo define esse trabalho como dividido em três partes básicas: o fim de um ciclo e o início de outro, reflexão, vivência e análise e a despedida, que em si já implica no começo de outro ciclo. Além das músicas próprias, temos algumas canções alheias, como Tenha Calma (Djavan), De Tanto Amor (Roberto e Erasmo Carlos) e Tabu (Gustavo Cerati).

O espetáculo terá uma forma dramatúrgica de se desenvolver. Integram a banda de Paulo Ho os músicos Guila (baixo e sintetizadores), Marcelo Vig (bateria e programações eletrônicas), Ricardo Rito (teclados) e Thiago Vivas (guitarra). Teremos as participações especiais de Alessandra Colasanti (atriz e performer), Ana Claudia Lomelino (Mãeana), Letícia Novaes (Letuce), Luana Carvalho (cantora, filha de Beth Carvalho) e Matheus Von Kruger (cantor). A direção musical é de Lucas Vasconcellos, cuja música Sobre a Violência estará no set list.

Guerra de Gorila (clipe)- Paulo Ho:

Ouça o CD Ex-Companheiro, de Paulo Ho, em streaming:

A cantora Kathryn Dean volta ao Brasil para show em Sampa

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Por Fabian Chacur

Nos últimos tempos, a jovem cantora americana Kathryn Dean vem sendo presença constante nas trilhas sonoras de programas globais. Ela nos visitou pela primeira vez em julho de 2015, participando de atrações da emissora carioca e fazendo apenas um pocket show para poucos sortudos. Mas os fãs podem esfregar as mãos. Ela voltará no dia 30 de setembro para um show às 22h no Tom Brasil (rua Bragança Paulista, nº 1.281- Santo Amaro-S.P.), com ingressos custando de R$ 120,00 a R$ 300,00. Mais informações aqui.

Kathryn Dean lançou seu primeiro álbum em 2015, Hit The Lights. O trabalho está aos poucos cativando o público americano, com direito a vários shows promocionais por parte da cantora. Mas foi o Brasil quem primeiro abraçou as canções da loirinha de cabelos longos. Graças à massiva divulgação em vários programas globais, a cantora é atualmente uma das artistas internacionais mais badaladas pelo público jovem.

As faixas de Hit The Lights tocaram em Malhação, A Regra do Jogo, Alto Astral e Encontro com Fátima Bernardes. Seu estilo mescla romantismo, baladas e um pouco de pop dançante, tudo temperado por uma voz bastante gostosa de se ouvir. Be My Sin, City Of Angels, Love You Forever And a Day, So Undeniable e I’ll Show You Crazy tocaram e ainda tocam nas rádios pop, e o disco saiu por aqui via Som Livre, a gravadora global.

Be My Sin– Kathryn Dean:

City Of Angels– Kathryn Dean:

I’ll Show You Crazy– Kathryn Dean:

Baterista Fabinho Reis mostra o seu lado front man em Selfie

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Por Fabian Chacur

Durante anos, Fabinho Reis mostrou ao público seu talento e versatilidade como baterista, tocando com bandas e artistas de vários estilos musicais. Agora, chegou a vez de ele revelar seu lado cantor e compositor. Acaba de ser lançado pela via independente seu primeiro CD solo, Selfie, no qual ele solta a voz e mostra talento como autor de canções.

Divulgado por um belo clipe, Praça Bandeira, que já teve mais de 28 mil acessos no Youtube, Fabinho concilia a carreira solo como baterista free lancer e também integra a banda Aculia e o grupo de apoio do cantor e compositor mineiro Gabriel Guerra. Saiba mais sobre o disco e também sobre a carreira deste artista promissor em entrevista concedida a Mondo Pop via e-mail.

Mondo Pop- Gostaria que você falasse um pouco de sua atuação como baterista antes deste trabalho solo: com quem você tocou, gravou etc. Você estudou bateria, fale sobre a importância disso para a sua trajetória como músico.
Fabinho Reis– Meu interesse pela música foi por volta dos meus doze anos de idade, eu estudava violão, aos quinze comecei a me interessar pelos tambores. De lá pra cá eu tive contato com diversas bandas de garagem, todas com um repertório grande de músicas cover, o que muito me ajudou, pois passei pelo metal, rock, pagode, axé, até conhecer a MPB: foi aí que resolvi encarar o instrumento como minha profissão. Ficava completamente envolvido com a bateria quando ouvia Djavan, Gil, Marisa Monte, Milton Nascimento, queria tocar bateria igual aos bateristas deles, Carlos Bala, Jorginho Gomes, Neném e Lincoln Cheib, referências para nossa música brasileira.

Mondo Pop- E como foram esses anos iniciais?
Fabinho Reis
– Fui fazendo shows em bailes de formatura, casamentos, bares e aniversários de cidades como Poços de Caldas, na qual passei o maior tempo de minha vida, e por toda a região do sul de Minas. Em 2004, mudei-me para São Paulo continuando o mesmo trajeto, shows em pubs, formaturas… Como nos grandes centros as oportunidades são maiores, conheci muitos músicos que sempre me indicavam para outros trabalhos – foi assim que surgiu a oportunidade de trabalhar ao lado de Tico Santa Cruz (Detonautas), Egypcio (Tihuana), Eriberto Leão (ator da rede Globo), Digão (Raimundos), Borguetinho…

Mondo Pop- Com quem você está tocando atualmente?
Fabinho Reis
– Hoje eu sou baterista da Acullía, banda de rock com dois discos lançados e uma agenda de fazer inveja a muita banda de sucesso, com média de 15 a 18 shows mensais, a grande maioria em pubs de São Paulo, e também do Gabriel Guerra, músico também de Minas que vem despontando no cenário pop. Com Gabriel, tive a oportunidade de abrir shows do Capital Inicial, Roupa Nova, Jota Quest, Biquíni Cavadão, Nando Reis, Titãs etc.

Mondo Pop- No que o aprendizado formal te ajudou na música?
Fabinho Reis
– Bom, com relação ao estudo, desde os meus 18 anos comecei com professores em Poços de Caldas e me aperfeiçoei na faculdade, sou bacharel em música, e com professores de São Paulo. Na minha opinião, todos os músicos deveriam estudar instrumentos rítmicos, porque ajuda muito em um processo de criação, complementa as ideias; aliás, a música é um conjunto cujo estudo precisa caminhar junto: harmonia, melodia e ritmo.

Mondo Pop- Desde o seu início no meio musical a ideia era mesmo investir em uma carreira-solo como cantor, compositor e músico ou isso surgiu posteriormente, quando você já atuava como baterista?
Fabinho Reis
– Decidi que seria músico aos 15 anos quando comecei a tocar bateria, junto com a bateria, sempre toquei violão e escrevi músicas. A ideia sempre foi ter uma banda de músicas próprias, não imaginava que poderia eu mesmo lançar um disco de músicas inéditas e ainda mais como vocalista. O CD Selfie foi uma oportunidade que agarrei, mas que não imaginava.

Mondo Pop- Onde você nasceu e onde você foi criado? Qual a influência de sua cidade natal em sua vocação musical?
Fabinho Reis
– Sou natural de uma pequena cidade de Minas Gerais, Muzambinho, e morei uma boa parte da vida em Poços de Caldas. Minha influência maior vem do meu pai, José Maria Reis. Foi vendo ele tocar nas festinhas familiares que tudo começou, eu cantava com ele, fazíamos uma dupla, eu, muito menino de voz aguda, fazia a primeira voz e ele, a segunda… época muito boa! Não só a minha cidade natal, mas estar no estado de Minas contribuiu muito com a minha musicalidade. Acho que o músico mineiro tem uma sensibilidade diferente, aprendi muito ouvindo Milton Nascimento, Beto Guedes, 14 bis, Toninho Horta, todo o pessoal do movimento clube da esquina. Acho que foram estes os pilares para o que venho desenvolvendo musicalmente…

Mondo Pop- Fale um pouco de como foram as gravações do CD Selfie, e como foram escolhidos os músicos que tocam com você nele. E você, tocou outros instrumentos além da bateria e de cantar?
Fabinho Reis
– Olha, foi a primeira vez que entrei em um estúdio para gravar voz, uma experiência diferente e um pouco complicada, repeti a mesma música algumas vezes. Participei também das gravações de bateria e dos arranjos. O disco Selfie foi produzido pelo Leonardo Ramos (Supercombo), o que facilitou em vários aspectos, os músicos que participaram no disco foram convidados por ele, mas foram poucos, porque o próprio Léo foi o músico que mais gravou no disco! Foi um processo bem tranquilo.

Mondo Pop- Temos alguns exemplos bem bacanas de caras que começaram no meio musical como bateristas e depois se tornaram famosos também como cantores e compositores, tipo Phil Collins, Don Henley e Dave Grohl. Diga um pouco o tamanho da influência desses caras na sua trajetória.
Fabinho Reis
– Não diria influência, me inspirei na coragem e na atitude deles, temos músicos brasileiros que fazem isso muito bem também, Serginho Herval (Roupa Nova), Dom Paulinho… O contato com os músicos paulistanos e principalmente a Banda Acullía me ajudaram muito com isso, foi com o incentivo dos meus colegas de trabalho que resolvi cantar algumas músicas. O baterista é o cara que sempre fica escondido atrás de tambores, pratos e sair deste “escudo” e encarar o público como um front man requer muita coragem e atitude.

Mondo Pop- Como você define o seu estilo musical? Qual o caminho musical que você procurou desenvolver em Selfie?
Fabinho Reis
– Passei por muitas bandas, cada uma com um estilo diferente e, mesmo que elas não tivessem como um primeiro plano a música própria, eu compunha para elas, muitas vezes nem chegava a mostrar a composição para ninguém. Não elaborei e nem arquitetei o CD Selfie, ele emergiu com uma seleção que fiz de minhas músicas, sem rotular estilos, ritmos… Processo livre!

Mondo Pop- Em termos de letras, quais são os temas que mais te interessam, e que você desenvolveu neste disco?
Fabinho Reis
– Tenho uma queda por relações e por falar sobre o cotidiano.

Mondo Pop- Uma curiosidade: vários artistas, como você no caso do CD Selfie, costumam gravar os discos em estúdios brasileiros e fazer a masterização no exterior, especialmente nos EUA. Por quê? Ainda não seria possível fazer masterização no Brasil com grande qualidade, ou seria outra questão que envolve essa opção?
Fabinho Reis
– Acho que temos tecnologia e bons profissionais no ramo, não foi por falta de profissionais brasileiros ou de qualidade. Quando terminamos as gravações, um amigo me falou sobre o trabalho do Chris Hanzsek, que é americano. Pesquisei um pouco sobre ele e achei que seria muito válido deixar a master por conta de Chris. Trocamos alguns e-mails e ele foi muito atencioso e extremamente rápido, não tinha por que procurar outro.

Mondo Pop-O clipe de Praça Bandeira ficou muito legal. Como surgiu a ideia de gravar na região da Avenida Paulista com a cara pintada e distribuindo as rosas, e como foi essa experiência para você? A reação das pessoas te surpreendeu?
Fabinho Reis
– Eu queria um clipe sem atores ou algo programado, queria trabalhar com a reação das pessoas, sem ter nada combinado – foi aí que veio a ideia das rosas. A pintura no rosto foi uma intenção de existir um personagem, mas também uma forma de me esconder, de me sentir um pouco mais à vontade para sair pela paulista distribuindo rosas. Escolhi o coração de São Paulo para tocar o coração das pessoas. A região do Masp na Paulista é um local muito conhecido, por onde trafega todo tipo de pessoa.

Mondo Pop-Ainda sobre Praça Bandeira: temos nela a participação do rapper Mb2 Uclanos. Conte como surgiu a ideia de convidá-lo, de onde você o conhece, de onde ele é e como você avalia que ficou essa mistura entre o seu som e o dele.
Fabinho Reis
– Conheço o Mb2 Uclanos (Bebeto) de quando morava em Poços de Caldas. Quando fechamos o arranjo da música Praça Bandeira eu comentei com o Léo que ficaria muito bom se colocássemos um rap, mas eu não queria algo que falasse sobre política ou qualquer outro problema de que já estamos cansados de saber e de ver. Queria uma mensagem positiva, e foi assim que surgiu o Bebeto, ele entendeu direitinho, deu o recado muito bem dado. Comento com o Bebeto, “cara você salvou a minha música!” *risos*

Mondo Pop-Como serão os shows de divulgação do CD Selfie? Você irá tocar bateria neles, ou irá se dedicar mais aos vocais?
Fabinho Reis
– Nos shows eu tocarei violão, a bateria ficará a cargo de outro músico. Ainda não formatei tudo, não sei quem fará parte desta “festa”, talvez monte uma banda só de garotas. Estou trabalhando na divulgação do CD físico e mídias digitais e, para minha surpresa, está sendo bem aceito. Os shows que tenho feito atualmente são todos como baterista.

Veja o clipe de Praça Bandeira, de Fabinho Reis:

Edgard Scandurra/Nasi: segue na estrada a turnê Ira! Folk

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Por Fabian Chacur

Tudo começou quando Edgard Scandurra e Nasi cantavam canções no melhor esquema voz e violão, lá na segunda metade dos anos 1970. Quase quatro décadas depois, o círculo de certa forma se fecha quando os velhos amigos iniciam a turnê Ira! Folk, na qual releem grandes sucessos da banda que os tornou conhecidos nacionalmente, o Ira!, em um formato voz e violão, despido de eletricidade e trazendo à frente as melodias e também os acordes acústicos dos violões.

O primeiro show do novo projeto ocorreu no último dia 13 de maio no Teatro Positivo, em Curitiba, perante 2.450 pessoas, ou seja, a lotação completa do local. E a boa notícia é que Scandurra e Nasi anunciaram mais 16 datas pelo Brasil, sendo que a primeira será realizada nesta sexta-feira (10) na cidade de Pato Branco (PR). A última confirmada até o momento rolará no dia 15 de outubro em Fortaleza (CE).

O repertório inclui canções bastante queridas pelos fãs da banda, como por exemplo Tolices, que Nasi recorda ter sido composta por Edgard Scandurra ainda nos seus tempos de colégio, em uma versão instrumental inicialmente intitulada São Patrício que pouco depois ganharia letra, e apareceria no primeiro álbum da banda, Mudança de Comportamento (1985). Tarde Vazia e Boneca de Cera também fazem parte do set list, que certamente virará DVD/CD.

As datas da turnê Ira! Folk confirmadas até o momento:

10.06.2016 PATO BRANCO/PR

11.06.2016 CASCAVEL/PR

02.07.2016 BELO HORIZONTE/MG

16.07.2016 SÃO CAETANO DO SUL/SP

12.08.2016 SÃO PAULO/SP

13.08.2016 SÃO PAULO/SP

18.08.2016 FLORIANÓPOLIS/SC

19.08.2016 JOINVILLE/SC

20.08.2016 BLUMENAU/SC

21.08.2016 JARAGUÁ DO SUL/SC

06.09.2016 NOVO HAMBURGO/RS

07.09.2016 PORTO ALEGRE/RS

08.08.2016 PELOTAS/RS

13.10.2016 RECIFE/PE

14.10.2016 NATAL/RN

15.10.2016 FORTALEZA/CE

Tolices (ao vivo)- Ira! Acústico:

Tarde Vazia (ao vivo)- Ira! Acústico:

Bonecas de Cera (ao vivo)- Ira! Acústico:

Tito Jackson segue a trilha de sucesso de seus oito irmãos

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Por Fabian Chacur

Quando se pensa na célebre família Jackson americana, o nome de Michael, o eterno Rei do Pop, é o primeiro a ser lembrado. Mas todos os nove irmãos e irmãs conseguiram algum sucesso comercial. Na verdade, só faltava um obter êxito sozinho. Agora, não falta mais. Trata-se de Tito, que era o guitarrista do Jackson 5/The Jacksons e que nunca havia lançado um trabalho solo. Seu single Get It Baby, com participação do rapper Big Daddy Kane, entrou esta semana em duas paradas da Billboard, a bíblia da indústria fonográfica mundial.

Get It Baby é a primeira canção a ser divulgada do álbum Tito Time, o primeiro CD solo do também cantor e compositor nascido em 15 de outubro de 1953, previsto para ser lançado em outubro pelo selo Spectra Music Group. O single atingiu o nº30 na parada Billboard + Twitter e nº26 na Adult R&B Songs. As informações foram divulgadas esta semana na versão online da Billboard americana, e mostram que o álbum tem tudo para obter boa repercussão quando chegar ao mercado.

E essa não é a única notícia envolvendo Tito. No mês de maio, ele esteve no Rio de Janeiro gravando um clipe ao lado de Mart’nália no Morro Dona Marta, no lugar onde seu irmão gravou cenas do clipe da música They Don’t Care About Us e onde hoje temos uma estátua do autor de Billie Jean. Ele também gravou cenas na Bahia. A canção, intitulada Winning By Giving, renderá fundos para uma fundação beneficente.

A história de sucesso dos Jacksons nas paradas de sucesso começou em 1969, quando o single I Want You Back saiu e em pouco tempo atingiu o primeiro lugar nos EUA, fato que outros três compactos do Jackson 5 repetiriam. O legal é que eles obteriam também sucesso em suas tentativas individuais. Michael, o líder do clã, teve 29 hits nos EUA, sendo que 13 deles abocanharam o primeiro lugar nos charts.

Logo a seguir vem Janet, com 27 hits, sendo 10 primeiros lugares. Jermaine, que era o segundo na hierarquia do Jackson 5, conseguiu 17 hits pop, sendo dois deles top 10. A maluquete Latoya obteve 9 na parada r&b/hip hop. A irmã mais tímida Rebbie obteve 7. Randy teve 3, enquanto Marlon e Jackie obtiveram 2 cada. E, agora, Tito pode se gabar de também ter o seu. Será o primeiro de uma série? Veremos, pois tudo é possível nesta família Jackson.

Veja entrevista com Tito sobre Get It Baby:

Ouça um trecho de Get It Baby, ao vivo:

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