Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Search results: "bryan adams" (page 2 of 3)

Bryan Adams ao vivo: carisma rock and roll

Quem foi ao Credicard Hall na noite de terça feira pensando que iria ver apenas um cantor de baladas, quebrou a cara. Sim, Bryan Adams tem canções românticas em seu repertório, e das boas. Mas seu show é, seguramente, um espetáculo de rock and roll fortemente fincado nas tradições do gênero, com influências de Bruce Springsteen, John Mellencamp, Bob Seger e outros luminares da área. Resultado: o público que lotou a casa de espetáculos paulistana abandonou rapidamente as cadeiras de pista e se pôs a pular, dançar e vibrar com a adrenalina em estado puro e o carisma do astro canadense.

Em termos de recursos visuais, foi um dos shows mais básicos de um grande artista que já vi. Iluminação simples, sem cenário, nem nada. Todos usando camisetas, jeans e botas pretas. Apenas quatro amplificadores marshall daqueles grandões, um arsenal com mais de 10 guitarras e violões, e o mais importante: bons músicos. A começar pelo guitarrista Keith Scott, um rocker de primeira, capaz de despejar riffs e solos de guitarra sempre certeiros, sem frescuras e floreados na medida certa. Ele toca com Adams há mais de 20 anos, assim como o excepcional baterista Mickey Curry, que deu uma aula de pique, sutileza e desenvoltura. Os dois novatos do time, o baixista Norm Fisher e o tecladista Gary Breit, seguram a onda sem grandes traumas.Mas Bryan Adams é a estrela, com sua voz potente, habilidade na guitarra e violão e puro carisma no palco. Ele cantou, tocou, tirou fotos com a platéia e mandou ver em hits como “Cuts Like a Knife”, “Heaven”, “Back To You” e “Run To You”. No final, Adams deu o bis no formato voz, violão e gaita, e arrepiou, especialmente com “Straight To Your Heart”. Que show! 
Set list completo do show de 6.3.2007 no Credicard Hall:

“Can’t Stop This Thing We Started”, “Somebody”, “Open Road”, “18 ‘Till I Die”, “This Time”, “Let’s Make a Night To Remember”, “Back To You”, “I Think About You”, “Summer Of ‘69”, “Best Of Me”, “Have You Ever Really Loved a Woman”, “Everything I Do I Do It For You”, “Cuts Like a Knife”, “When You’re Gone”, “It’s Only Love”, “Heaven”, “The Only Thing That Looks Good On Me It’s You”, “Cloud Number 9”, “Run To You”. Bis final (voz, violão e gaita): “Please Forgive Me”, “Straight To Your Heart”, “When You Love Someone” e “All For Love”.

Herb Alpert relê tema de filme e lança novo álbum em setembro

herb alpert wish upon a star-400x

Por Fabian Chacur

Em meio a tantas partidas de grandes nomes da música ocorridas nos últimos tempos, nada melhor do que celebrar alguém lendário que continua firme e forte entre nós. Alguém como Herb Alpert. O lendário trompetista norte-americano também conhecido como o fundador da gravadora A&M Records se mostra bem ativo aos 88 anos de idade. Ele acaba de divulgar um novo single, que vai integrar o álbum Wish Upon a Star, previsto para sair no dia 15 de setembro.

Trata-se de East Bound And Down. Esta composição do artista country Jerry Reed foi o tema principal do filme Smokey And The Bandit (exibido no Brasil como Agarra-me Se Puderes), de 1977, estrelado por Burt Reynolds e Sally Field e um grande sucesso em termos de bilheterias em todo o mundo.

O tema country dançante ficou delicioso na releitura de Alpert, que mostra sua categoria e bom gosto ao tocar o trompete. A linda capa do álbum certamente é uma pintura de sua autoria, pois ele passou a se dedicar a essa arte a partir de um determinado momento de sua trajetória.

Herb Alpert tornou-se conhecido mundialmente nos anos 1960 com a sua Tijuana Brass, orquestra que tinha como marca registrada temas instrumentais deliciosos que se dividiam entre pop, música latina, jazz e o que mais pintasse. Ele emplacou cinco álbuns no topo da parada dos EUA entre 1965 e 1968. além de chegar ao número 1 por lá com seu único single como cantor, This Guy’s In Love With You, em 1968.

Esses discos foram lançados pela A&M Records, gravadora que criou com Jerry Moss e que lançou na cena musical nomes do porte de The Carpenters, Chris Montez, Burt Bacharach, The Police, Bryan Adams, Suzanne Vega, Joe Jackson, Supertramp, Janet Jackson, Gino Vanelli e The Brothers Johnson, entre inúmeros outros.

Em 1978, ele emplacou um novo single, desta vez instrumental, no primeiro lugar nos EUA, a sensacional Rise (leia sobre a história dessa música aqui).

East Bound And Down– Herb Alpert:

Randy Meisner, 77 anos, um dos fundadores do grupo Eagles

randy meisner-400x

Por Fabian Chacur

Em 1977, os Eagles viviam o seu auge em termos de popularidade. Um de seus integrantes, no entanto, não conseguia segurar a onda. Era o baixista e também vocalista Randy Meisner, que em setembro daquele ano surpreendeu a todos ao sair da banda. Desde então, ele se manteve ativo, como veremos a seguir, mas esse momento mágico não se repetiria mais. Ele nos deixou nesta quarta-feira (26) aos 77 anos, vítima de problemas pulmonares.

Nascido no estado de Nebraska, nos EUA, em 8 de março de 1946, Randall Herman Meisner virou fã de rock and roll ao ver Elvis Presley na TV. Com o tempo, aprendeu a tocar baixo e integrou pequenas bandas. Com a The Poor, gravou alguns singles, participou de um filme estelado por Jack Nicholson e abriu um show de Jimi Hendrix, tudo isso em meados de 1967 e 1968.

Com o fim do Buffalo Springfield, que ficou famosa com o hit For What It’s Worth e revelou Neil Young e Stephen Stills, outros dois integrantes do grupo, Richie Furay e Jim Messina, resolveram montar uma nova banda, e Randy foi convidado a entrar no time. Era o Poco, grupo que se solidificou como um dos mais populares do chamado country rock. Logo após participar do álbum de estreia, Pickin’ Up The Pieces (1969), Meisner saiu fora, substituído por Timothy B. Schmit. Guarde este nome.

Não faltou trabalho para o nosso amigo neste período pós-Poco. Ele integrou a banda de apoio de Rick Nelson, a Stone Canyon Band, com quem fez vários shows e gravou os álbuns In Concert At The Troubador, 1969 (1970) e Rudy The Fifth (1971). Ele também participou, tocando baixo, dos álbuns Sweet Baby James (1970), de James Taylor, e Singer of Sad Songs (1970), do astro country Waylon Jennings.

Aí, a sorte grande bateu na sua porta. Ele foi convidado a tocar na banda de apoio da então emergente cantora Linda Ronstadt, e conheceu dessa forma Don Henley, Glenn Frey e Bernie Leadon. No finalzinho daquele 1971, ele e os novos amigos resolveram deixar aquele emprego e montar a sua própria banda. Nascia, assim, Eagles, uma das bandas mais populares do rock.

Nesses 6 anos com a banda, Meisner gravou os álbuns Eagles (1972), Desperado (1973), On The Border (1974), One Of These Nights (1975) e Hotel California (1976), que venderam milhões de cópias e geraram turnês intermitentes com direito a todas as tentações que a estrada proporciona.

Além de tocar baixo e fazer vocais de apoio, Meisner também compôs e fez o vocal principal nas músicas Take It To The Minute, Try and Love Again, Is It True?, Take The Devil, Tryin’, Certain Kind Of Fool e Too Many Hands. Ele fez o vocal principal em Most Of Us Are Sad (composição de Glenn Frey) e Midnight Flyer (de Paul Craft) e duetou com Don Henley em Saturday Night. Ufa!

Dessas todas, o seu principal hit foi certamente Take It To The Minute, de 1975, na qual tinha uma performance brilhante no vocal. No entanto, ele não gostava de ficar no centro dos holofotes, e isso, aliado ao fato de se sentir estafado e com saudades da família o levaram a tomar a inesperada decisão de deixar a banda no seu auge.

Adivinhe quem entrou no lugar dele? Foi exatamente aquele nome que eu pedi pra você deixar anotado, o de Timothy B. Schmit. Não foi for acaso que, anos depois, ao receber seu troféu do Rock and Roll Hall of Fame, em 1998, Schmit fez questão de agradecer a Meisner por essas oportunidades.

Randy marcou presença também em 5 das 15 faixas do álbum Eagles Live, lançado em 1980 e que trazia gravações ao vivo registradas em shows realizados pela banda em 1976 (ainda na fase com o seu baixista original) e em 1980 (com Timothy no seu lugar).

Logo ao sair dos Eagles, Randy Meisner iniciou a carreira-solo em 1978 com um autointitulado álbum que passou batido. One More Song (1980) teve repercussão muito melhor, atingindo o posto de nº 50 nos EUA e emplacando os hits Deep Inside My Heart (dueto com Kim Carnes) e Hearts On Fire, que no formato single chegaram respectivamente ao n º22 e nº 19.

Randy Meisner (1982) o manteve bem cotado na cena rock, chegando ao nº94 nos EUA e trazendo como destaques as faixas Strangers (Elton John e Gary Osbourne), que ele cantou em dueto com a cantora Ann Wilson, do grupo Heart, Never Been In Love (atingiu o posto de nº 28 na parada de singles) e Tonight, composição de Bryan Adams e Jim Vallance.

Em 1985, criou a banda Black Tie ao lado de dois outros músicos famosos, James Griffin (ex-integrante do grupo Bread) e Billy Swan (cantor pop-country que emplacou em 1974 o hit I Can Help. Lançaram um álbum sem grande repercussão.

Recordando o passado de glórias, Randy Meisner participou de uma retomada da formação original do Poco, que rendeu o álbum Legacy (1989), nº 40 na parada pop ianque e incluindo os hits Call It Love e Nothin’ To Hide (composição de Richard Marx).

A partir daqui, a carreira de Randy tomou um rumo mais obscuro. Ele afirmou ter ficado magoado ao não ser cogitado para integrar os Eagles em seu retorno triunfal em 1994, mas a banda optou por manter a formação de sua fase 1977-1980 com Timothy B. Schmit. No entanto, participou com os antigos colegas na entrada da banda no Rock and Roll Hall Of Fame em 1998, com direito a tocarem ao vivo Hotel California e Take It Easy.

Em 2013, ele foi convidado a participar da turnê History Of The Eagles, mas teve de recusar devido a problemas de saúde que o acompanharam desde os anos 1970. Randy também teve problemas mentais e psicológicos, certamente amplificados devido à trágica morte de sua esposa, Lana, em 2016, que atirou em si própria com um rifle de forma acidental.

Take it To The Minute (live)- Eagles:

Cynthia Weil, 82 anos, uma letrista de grande sucesso

cynthia weil-400x

Por Fabian Chacur

Rock and Roll Lullaby, grande sucesso em 1973 na gravação de B.J.Thomas incluída na trilha da novela global Selva de Pedra, tem uma letra belíssima, na qual um filho se lembra de sua mãe ainda adolescente cantando canções de ninar de rock and roll pra ele. Esse é apenas um pequeno exemplo do imenso talento da letrista americana Cynthia Weil, que nos deixou nesta quinta-feira (1/6) aos 82 anos, de causas não reveladas pela filha, Jenn Mann.

Nascida em Nova York em 18 de outubro de 1940, Cynthia se preparou para uma carreira como atriz e dançarina. No entanto, mudou de rumo ao conhecer o músico Barry Mann, no finalzinho dos anos 1950. Nascia ali uma parceria musical que se estenderia rapidamente para a vida afetiva, com eles se casando em agosto de 1961. Ele, criando belas melodias, ela, elaborando letras inteligentes e sempre bem elaboradas.

O casal faz parte de uma geração de grandes compositores que trabalhavam para editoras e pequenos selos musicais em um edifício situado em Nova York, o Brill Building. Eles tinham à sua disposição um piano e um pequeno escritório, como os outros, e neles criaram algumas das mais marcantes composições da história da música pop, assim como nomes do porte de Jerry Leiber & Mike Stoller, Jeff Barry, Burt Bacharach & Hall David, Doc Pomus e Neil Sedaka, só para citar alguns.

No caso de Barry Mann & Cynthia Weil, os hits começaram a surgir no início dos anos 1960 e tiveram como marca merecerem sempre várias regravações, de tão boas. On Broadway, por exemplo, escrita pelo casal com Leiber & Stoller, foi registrada pelos Drifters, Neil Young e George Benson (ouça aqui), cuja letra fala sobre um novato chegando à Broadway em busca de sucesso e pronto para encarar os desafios rumo à fama.

Gravadas originalmente pelo duo The Righteous Brothers, You’ve Lost That Loving Feeling (parceria com o produtor Phil Spector, ouça aqui) fala sobre a dor de um amor encerrado e é considerada uma das melhores canções de todos os tempos, também relida por Elvis Presley e Daryl Hall & John Oates.

(You’re My) Soul And Inspiration (ouça aqui) também fez sucesso com os Righteous Brothers. Já We’ve Gotta Get Out Of This Place estourou com os britânicos The Animals (ouça aqui) e foi usada em protestos contra a presença dos americanos na Guerra do Vietnã.

I Just Can’t Help Believin’, outro momento romântico do casal Mann-Weill, fez sucesso com Elvis Presley (ouça aqui) e B.J. Thomas (ouça aqui).

Os anos 1980 foram repletos de sucessos para Cynthia. Com o maridão, ela escreveu dois hits pop significativos. Just Once atingiu os charts pop na gravação de Quincy Jones (ouça aqui), com vocais a cargo do excelente cantor James Ingram. E Never Gonna Let You Go invadiu as paradas com Sergio Mendes (ouça aqui), após ter sido recusada pelo Earth, Wind & Fire.

Cynthia também escreveu letras com outros parceiros, e só pra variar com bastante êxito. Running With The Night foi escrita por ela com Lionel Richie e gravada pelo ex-cantor dos The Commodores (ouça aqui).

A balançada He’s So Shy, escrita por ela com Tom Snow, fez sucesso com as Pointer Sisters (ouça aqui ). Through The Fire (escrita por ela com o produtor David Foster e Tom Keana) foi hit com a diva Chaka Khan (ouça aqui).

E ela salvou a pele do ídolo espanhol Julio Iglesias ao escrever com ele e Toni Renis a letra em inglês de All Of You, que ele gravou em dueto com a cantora Diana Ross (ouça aqui). E a amiga Carole King assina com ela a belíssima One to One, faixa-título do álbum lançado pela estrela pop em 1982 (ouça aqui).

Além dessas belas amostras, Cynthia Weil escreveu inúmeras outras canções encantadoras, sendo uma delas, acredite se quiser, em parceria com os três garotos do grupo Hanson, I Will Come To You (ouça aqui).

Ela também escreveu para o cinema. Em parceria com o marido e o compositor James Horner, compôs Somewhere Out There, da trilha da animação An American Tail e interpretada por Linda Ronstadt e James Ingram (ouça aqui). A gravação rendeu dois Grammys, o Oscar da música.

Linda Ronstadt curtiu tanto gravar uma música do casal Mann-Weil que pouco depois registrou outra, Don’t Know Much (que traz Tom Snow como coautor), também sucesso comercial. Dá pra fazer uma programação de rádio inteira de altíssimo nível só com as canções de Cynthia Weil.

Em 2000, Barry Mann gravou o álbum Soul & Inspiration (Atlantic Records), no qual cantou 11 de seus hits ao lado de astros como Bryan Adams, Carole King, Richard Marx e Daryl Hall. Nos agradecimentos, referiu-se à parceira como “uma das melhores letristas do mundo e minha verdadeira ‘soul and inspiration'”. Recomendo este CD com entusiasmo.

Rock and Roll Lullaby– B.J. Thomas:

O

Belinda Carlisle lança single em inglês e promete EP para maio

belinda carlisle single 400x

Por Fabian Chacur

Conhecida por integrar a banda The Go-Go’s e por uma carreira solo bem consistente, a cantora norte-americana Belinda Carlisle curiosamente não lançava um novo trabalho individual em inglês desde A Woman & A Man (1996). Desde então, ela nos ofereceu os álbuns Voilá (2007), trazendo clássicos do pop francês, e Wilder Shores (2017), com cânticos orientais.

Pois a artista acaba de distribuir nas plataformas digitais Big Big Love, canção escrita pela consagrada compositora norte-americana Diane Warren, que já havia proporcionado um grande hit a Belinda em 1987 com I Get Weak. A faixa, um delicioso pop-rock com toda a cara de anos 1980, será uma das 5 faixas do EP Kismet, programado para sair em 17 de maio.

Aos 64 anos, Belinda Carlisle volta e meia faz shows com as Go-Go’s, banda que em sua fase de maior sucesso (1978 a 1985) lançou três álbuns de muito sucesso, entre eles We Got The Beat (1981), que atingiu o topo da parada americana, façanha para uma banda totalmente feminina.

A partir de 1986, Belinda iniciou uma carreira-solo que rendeu a ela hits como Heaven is a Place on Earth e I Get Weak e participações especialíssimas de artistas do porte de George Harrison, Bryan Adams e Brian Wilson em seus oito álbuns individuais.

Big Big Love (clipe)- Belinda Carlisle:

Kiss lança deluxe edition de 40 anos de Creatures Of The Night

kiss creatures of the night 400x

Por Fabian Chacur

Está programado para o dia 18 de novembro o lançamento da Deluxe Edition comemorativa dos 40 anos do álbum Creatures Of The Night (1982), um dos mais populares da carreira do Kiss. Teremos a versão digital nas plataformas digitais e também uma em CD duplo que será lançada inclusive no Brasil (saiba mais aqui).

Creatures Of The Night marcou a volta do grupo liderado por Gene Simmons (vocal e baixo) e Paul Stanley (guitarra e vocal) ao rock pesado após o trabalho mais experimental Music From The Elder (1981), no qual flertaram com o rock progressivo. Trata-se do último álbum da fase inicial da banda com o guitarrista Ace Frehley, que, curiosamente, só aparece na capa e nos créditos, sem ter efetivamente participado das gravações.

As partes de Frehley foram desempenhadas por Robben Ford, Steve Farris e Vinnie Vincent, sendo que este último seria efetivado como guitarrista oficial da banda pouco depois. O grande hit do álbum (e um dos maiores da banda) foi I Love It Loud, sendo que a faixa que dá nome ao trabalho também conseguiu boa repercussão perante o público roqueiro.

Mais duas curiosidades. Este foi o último álbum da fase inicial da banda na qual eles apareceram com as caras pintadas, algo que retomariam em 1998 em Psycho Circus. E duas músicas- Rock And Roll Hell e War Machine– são parcerias de Gene Simmons com ninguém menos do que Bryan Adams e Jim Vallance, ambos ainda consolidando suas carreiras no mundo do rock.

Eis as faixas de Creatures Of The Night- Deluxe Edition:

CD 1- Original Album Remastered

1.Creatures Of The Night
2.Saint And Sinner
3.Keep Me Comin’
4.Rock And Roll Hell
5.Danger
6.I Love It Loud
7.I Still Love You
8.Killer
9.War Machine

CD 2: Demos, Rarities & Outtakes + Creatures Tour Live ’82/’83 (*Previously Unreleased)

1.Deadly Weapon (Original Demo)*
2.Betrayed (Outtake)*
3.I’m A Legend Tonight (Mix 4 – Instrumental & Background Vocals)*
4.Nowhere To Run (Take 11 – Instrumental)*
5.It’s My Life (Gene Simmons Demo)
6.Not For The Innocent (Demo)*
7.Rock And Roll Hell (Take 2 – 9/10/1982)*
8.I Love It Loud (Alternate Mix 21)*
9.Don’t Leave Me Lonely (Take 8 – Drums & Guitar Instrumental)*
10.Creatures Of The Night (Rockford, Illinois – 12/31/1982)*
11.I Love It Loud (Rockford, Illinois – 12/31/1982)*
12.Keep Me Comin’ (Sioux City, Iowa – 12/30/1982)*
13.War Machine (Sioux City, Iowa – 12/30/1982)*
14.I Want You (Houston, Texas – 3/10/1983)*
15.Rock And Roll Hell (Rockford, Illinois – 12/31/1982)*
16.I Still Love You (Sioux City, Iowa – 12/30/1982)*

I Love It Loud (clipe)- Kiss:

Dion, lenda viva, lançará álbum com convidados do 1º escalão

Dion Stomping Ground

Dion Stomping Ground

Por Fabian Chacur

Em meio a tantas notícias ruins e a tantos artistas maravilhosos nos deixando, é fantástico poder divulgar novidades positivas de um dos grandes nomes do rock and roll. Trata-se do grande Dion, que aos 82 anos continua ativo e produtivo. Ele acaba de divulgar o clipe de Take It Back, e anuncia o lançamento de um novo álbum, Stomping Ground, que será lançado em 5 de novembro em CD simples, LP duplo de vinil e nas plataformas digitais. Outra faixa já havia sido divulgada com clipe, I’ve Got To Get To You (veja aqui).

Com 14 faixas, sendo apenas uma não inédita, o clássico Red House (de Jimi Hendrix), e na sua maioria composições do próprio Dion DiMucci em parceria com Mike Aquilina, Stomping Ground flagra o artista ao lado de grandes nomes de várias gerações do rock e do blues, entre os quais Bruce Springsteen, Patti Scialfa, Boz Scaggs, Rickie Lee Jones, G.E. Smith, Joe Bonamassa e Keb’ Mo, com o texto incluído no encarte (liner notes) escrito por ninguém menos do que Pete Townshend, um dos inúmeros fãs célebres do artista americano.

As duas faixas já disponibilizadas, ambas excelentes, são blues elétricos e sacudidos, e não é surpresa o fato de o lançamento ser feito pela KTBA Records, selo ligado à fundação Keep The Blues Alive, criada por Joe Bonamassa para manter o blues mais firme e forte do que nunca. Por sinal, esta gravadora teve como primeiro lançamento o disco anterior de Dion, Blues With My Friends (2020), com participações de Paul Simon, Jeff Beck e Bruce Springsteen.

Na ativa desde 1957, Dion fez sua fama inicialmente com o grupo vocal Dion And The Belmonts, embarcando posteriormente em uma brilhante carreira-solo. Sua mistura do rock inicial com o doo-wop mostrou-se original e impactante, gerando hits como A Teenager In Love, I Wonder Why, Runaround Sue, The Wanderer e Abraham Martin And John, só para citar alguns, até o fim dos anos 1960.

Desde então, se não visitou mais as paradas de sucesso, manteve-se ativo e gravando ótimos álbuns (alguns de música cristã), entre os quais o excelente Yo Frankie (1989), com participações de Bryan Adams, Lou Reed, Paul Simon, k.d. Lang e Patty Smith. Em 24 de março de 2022, estreará em Millburn, New Jersey (EUA) o musical The Wanderer, inspirado em sua bela trajetória musical.

Eis as faixas de Stomping Ground:

Take It Back– with Joe Bonamassa
Hey Diddle Diddle– with G.E. Smith
Dancing Girl– with Mark Knopfler
If You Wanna Rock ‘n’ Roll– with Eric Clapton
There Was A Time– with Peter Frampton
Cryin’ Shame– with Sonny Landreth
The Night Is Young– with Joe Menza and Wayne Hood
That’s What The Doctor Said– with Steve Conn
My Stomping Ground– with Billy F Gibbons
Angel In the Alleyways– with Patti Scialfa and Bruce Springsteen
I’ve Got To Get To You– with Boz Scaggs, Joe Menza and Mike Menza
Red House– with Keb’ Mo’
I Got My Eyes On You Baby– with Marcia Ball and Jimmy Vivino
I’ve Been Watching– with Rickie Lee Jones and Wayne Hood

Take It Back (clipe)- Dion e Joe Bonamassa:

Jamie Cullum vence o importante prêmio Ivor Novello pela 1ª vez

jamie cullum ivor novello

Por Fabian Chacur

Um dos prêmios mais prestigiados da cena musical britânica e mundial é o Ivor Novello. Criado em 1956, teve como vencedores nomes como John Lennon e Paul McCartney, Adele, Bryan Adams, David Bowie, Eric Clapton, Elton John, Phil Collins e inúmeros outros desse mesmo alto calibre. Pois Jamie Cullum, figura frequente aqui em Mondo Pop (leia mais sobre ele aqui), é outro nome bacana a ser inserido na lista de vencedores, na categoria “melhor canção em termos de melodia e letra”.

A canção que proporcionou ao cantor, compositor e musico britânico o cobiçado troféu é The Age Of Anxiety, lançada em 2019 como parte do álbum Taller. Trata-se de uma boa amostra do que este ótimo artista concretizou em seus mais de 20 anos de estrada. Ele deu a seguinte declaração, após saber de sua vitória, em comunicado enviado à imprensa por sua assessoria de imprensa:

“Estou muito orgulhoso e feliz por receber este prêmio. Tenho me empenhado nisso há algum tempo e nem sempre fui levado a sério como compositor. Neste ponto da minha carreira, receber agora esse prêmio para esta música, na qual eu acredito ferozmente, me parece particularmente especial. Usei nela todo o meu conhecimento e amor pela escrita de música, que construí ao longo dos anos, e estou muito feliz que ressoou nas pessoas e em vocês, da Ivors Academy”.

The Age Of Anxiety (clipe)- Jamie Cullum:

The Doobie Brothers releem dois grandes álbuns com classe

the doobie brothers capa cd-400x

Por Fabian Chacur

Em junho deste ano, celebrei por aqui o anúncio do lançamento de Live From The Beacon Theater, álbum duplo lançado pela Warner Music no Brasil nos formatos digitais e físico (CD duplo). Você pode ler todos os detalhes em termos de informação aqui. Agora, após ter tido a oportunidade de ouvir esse trabalho de forma muito atenta, chegou a hora da resenha desse lançamento histórico de uma das grandes bandas do rock americano.

Comecemos pela formação que se incumbiu da gravação deste trabalho, registro de shows realizados nos dias 15 e 16 de novembro de 2018 no Beacon Theater, em Nova York. Hoje, os Doobie Brothers são um trio, composto pelos fundadores Tom Johnston (guitarra e vocal) e Patrick Simmons (guitarra e vocal, o único que nunca saiu da banda) e mais John McFee (guitarra, pedal steel, dobro, violino, cello, harmônica, banjo e vocais, ufa!), que esteve no time entre 1979 e 1982 e retornou de vez em 1993.

Para darem suporte a eles, temos um timaço liderado pelo tecladista Bill Payne, considerado um dos grandes músicos no setor. Ele integrou nos anos 1970 e 1980 a badalada banda Little Feat, e também gravou com Bryan Adams, Stevie Nicks, Bob Seger, Pink Floyd, Toto, James Taylor e Bonnie Raitt. Aliás, Payne pilotou os teclados dos Doobies nos dois álbuns de estúdio reproduzidos ao vivo aqui, ou seja, ninguém mais qualificado para essa importante missão do que ele.

O elenco de músicos também traz Marc Russo (saxofone), Ed Toth (bateria), John Cowan (baixo e vocais) e Marc Quinones (percussão e vocais). Foram adicionados especialmente para os shows do Beacon Theater os músicos Roger Rosenberg (saxofone) e Michael Leonhart (trompete), que aliados a Marc Russo geraram um naipe de metais afiadíssimo.

Com dez músicos em cena, o grupo americano seguiu uma diretriz das mais interessantes: manteve a estrutura básica dos arranjos originais das canções, acrescentando algumas passagens de metais inéditas e abrindo espaços para solos e improvisos. Como a qualidade dos profissionais envolvidos é imensa, o resultado se mostra delicioso, tendo tudo para satisfazer tanto os fãs mais fieis como aqueles que ainda não conheciam essas canções.

Ao contrário de algumas bandas contemporâneas deles, os Doobie Brothers sempre tiveram a capacidade de criar não só singles matadores, como Listen To The Music, Rockin’ Down The Highway, China Grove e Long Train Runnin’, mas também de gravar álbuns consistentes e nos quais você não encontra uma única faixa fraca daquelas feitas apenas para “encher linguiça”.

Dessa forma, a missão de tocar Toulouse Street (1972) e The Captain And Me (1973) mostra-se das mais deliciosas, pois além de muito boas, as músicas também formam uma amostra preciosa da amplitude da sonoridade desta banda seminal.Se os singles citados trazem como marca a energia roqueira e os riffs de guitarra (com um toque latino em Long Train Runnin’), outras facetas surgem nas faixas que fazem companhia a elas.

O blues, por exemplo, marca presença em Don’t Start Me To Talkin’ e Dark Eyed Cajun Woman. O folk com tons saudosistas e emocionais surge em Toulouse Street e Clear As The Driven Snow. O hard rock pesadão surge em Disciple, Evil Woman e Without You, a levada shuffle marca a deliciosa Ukiah, a leveza mais pop em Natural Thing e o folk progressivo na intensa The Captain And Me.

Das 23 músicas apresentadas, 11 são de Tom Johnston, 6 de Patrick Simmons, uma é assinada por cinco integrantes da banda na época (Without You) e cinco são covers, como o rock gospel Jesus Is Just Alright (de Arthur Reynolds e gravada em 1969 pelos Byrds), Don’t Start Me To Talkin’ (do bluesman Sonny Boy Williamson) e Cotton Mouth (composição da dupla Seals & Crofts, conhecida pelos hits Summer Breese e Diamond Girl)

Se o entrosamento da banda conta muito para esse resultado brilhante, os pontos altos ficam por conta de seus protagonistas. Com 70 anos de idade completados em 2018, Tom Johnston impressiona por sua vitalidade. Seu vozeirão continua intacto, assim como seus riffs e solos de guitarra e uma presença de palco confiante e cativante. A delicadeza do dedilhado na guitarra e violão de Patrick Simmons, assim como sua voz mais suave, também estão intactos, assim como a versatilidade de John McFee.

Após tocar os dois álbuns na íntegra, os Doobies nos oferecem um bis com três músicas: Take Me In Your Arms (Rock Me), cover da Motown que eles emplacaram nas paradas de sucesso em 1975, e a envolvente canção folk-country Black Water, que atingiu o primeiro lugar na parada de singles americana naquele mesmo 1975. Para finalizar a festa, tocaram novamente Listen To The Music, para levar a plateia à loucura.

Os Doobie Brothers nunca tocaram no Brasil, em seus quase 50 anos de estrada. Com o vigor e a qualidade que permanecem firmes em sua fase atual, certamente atrairiam um público bacana se enfim nos visitassem.

Rockin’ Down The Highway (live)- The Doobie Brothers:

Sonic Temple, do The Cult, será relançado em formato luxuoso

the cult sonic temple 30 LP-400x

Por Fabian Chacur

Em 1989, o The Cult lançou Sonic Temple, seu quarto álbum, que os impulsionou rumo ao primeiro escalão do rock internacional. O trabalho atingiu o 10º posto na parada americana, o 4º no Reino Unido, vendeu milhões de cópias e ganhou os corações dos roqueiros nos quatro cantos do mundo, sendo até hoje o mais bem-sucedido em termos comerciais da banda britânica. Para celebrar as três décadas de seu lançamento, o selo Beggars Arkive, da gravadora britânica Beggars Banquet, lançará no dia 13 de setembro a box set Sonic Temple 30, que pode ser encomendada aqui.

Sonic Temple 30 terá várias versões distintas. A em vinil reúne 3 LPs, uma fita-cassete e itens de memorabilia como a reprodução da credencial da turnê que divulgou este álbum e o press-release oficial. Traz um total de 40 faixas. Teremos também um LP duplo com 16 faixas, sendo seis delas lados-B de singles. Essa versão já havia sido lançada anteriormente, mas está fora de catálogo há mais de 20 anos, sendo um item cobiçado por colecionadores.

A versão em CD é a mais completa, pois contém cinco discos. O conteúdo reúne o álbum original, lados B, versões demo e o CD Live At Wembley, gravado na época pela rádio BBC. São 53 faixas, sendo seis delas nunca antes lançadas. A versão digital a ser disponibilizada nas plataformas deste formato trará apenas as faixas adicionais, pois o álbum original já pode ser ouvido nelas.

Lançado originalmente em abril de 1989, Sonic Temple emplacou quatro hits que até hoje frequentam os set lists dos shows do The Cult. São eles Fire Woman, Edie (Ciao Baby), Sun King e Sweet Soul Sister.

Este CD foi o último da banda a contar com o baixista Jamie Stewart, e traz na bateria o consagrado Mickey Curry, conhecido por shows e gravações ao lado de Bryan Adams e Daryl Hall & John Oates, entre outros. Vale lembrar que outros dois bateristas chegaram a gravar demos do álbum antes da entrada de Curry: Chris Taylor e Eric Singer, este último integrante do Kiss.

O lançamento da box set pega a banda criada e liderada por Ian Astbury (vocal) e Billy Duffy (guitarra) em meio a uma turnê que já teve várias datas nos EUA e passará novamente pelo Reino Unido em outubro, com dez shows já programados. O grupo britânico já esteve algumas vezes no Brasil, sendo a mais recente em 2017, abrindo para o The Who.

Conheça as faixas da versão da caixa em CD:

1-1 Sun King
1-2 Fire Woman
1-3 American Horse
1-4 Edie (Ciao Baby)
1-5 Sweet Soul Sister
1-6 Soul Asylum
1-7 New York City
1-8 Automatic Blues
1-9 Soldier Blue
1-10 Wake Up Time For Freedom

2-1 Sonic Temple Radio Promo
2-2 Fire Woman (Edit)
2-3 Messin’ Up The Blues (from the Fire Woman single)
2-4 Medicine Train (From the Edie (Ciao Baby) single)
2-5 Fire Woman (NYC Rock Mix) (from the Fire Woman CD EP)
2-6 Edie (Ciao Baby) (Edit)
2-7 Bleeding Heart Graffiti (from the Edie (Ciao Baby) CD EP)
2-8 Sun King (Edit)
2-9 Sweet Soul Sister (Edit)
2-10 The River (From the Sweet Soul Sister single)
2-11 Soldier Blue (Werman Extended Version)
2-12 Fire Woman (LA Rock Mix)
2-13 Sweet Soul Sister (Rock’s Mix)
2-14 Edie (Ciao Baby) (Acoustic) (From The Heart Of Soul CD single)

3-1 Medicine Train (demo)
3-2 New York City (demo)
3-3 American Horse (demo)
3-4 Sun King (demo)
3-5 Automatic Blues (demo)
3-6 Yes Man (demo)
3-7 Fire (demo)
3-8 Wake Up Time For Freedom (demo)
3-9 Citadel (demo)
3-10 The River (demo)

4-1 The Crystal Ocean (demo)
4-2 Cashmere (demo)
4-3 Edie (Ciao Baby) (demo)
4-4 Bleeding Hearts Revival
4-5 My Love (demo)
4-6 Star Child (demo)
4-7 Medicine Train (Rock Demo)
4-8 New York City (Rock Demo)
4-9 Fire (rock Demo)
4-10 Spanish Gold (jam Demo)

5-1 New York City (live) *previously unreleased
5-2 Automatic Blues (live) *previously unreleased
5-3 American Horse (live) (from the Sweet Soul Sister single)
5-4 Sun King (live) *previously unreleased
5-5 Soul Asylum (live) (from the Sweet Soul Sister single)
5-6 Rain (live) *previously unreleased
5-7 Sweet Soul Sister (live) (from the Sweet Soul Sister single)
5-8 She Sells Sanctuary (live) *previously unreleased
5-9 Fire Woman (live) *previously unreleased

Ouça Sonic Temple na íntegra (álbum original):

« Older posts Newer posts »

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑