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Bianca Gismonti Trio mostra CD Primeiro Céu em shows

Bianca Gismonti (Primeiro ce´u 2015) - Daryan Dornelles 1-400x

Por Fabian Chacur

Um trabalho denso, melódico, que mistura MPB, jazz e outras sonoridades, alternando-se entre o som instrumental e as canções sem medo de experimentar e buscar novos rumos. Essa é uma apresentação possível para o som do Bianca Gismonti Trio, que acaba de lançar o ótimo e bem recomendável CD Primeiro Céu. O repertório desse álbum é a base do show que o grupo fará nesta quinta-feira (15) no Teatro Rival Petrobrás (rua Álvaro Alvim, 33/37-Cinelândia- fone 0xx21- 2240-4469- Rio de Janeiro), com ingressos custando de R$ 30,00 a R$ 60,00.

O trio tem como base a pianista, compositora e vocalista Bianca Gismonti. Filha do consagrado músico Egberto Gismonti e da atriz Rejane Medeiros, ela iniciou os estudos de piano aos 9 anos de idade. Com 15, já estava acompanhando Egberto em turnês pelo Brasil e o mundo. Em 2005, montou com Cláudia Castelo Branco o duo de pianos Gisbranco, com o qual já lançou 3 CDs e um DVD, além de ter feito shows pelo Brasil e exterior.

Em 2009, ela conheceu o baterista e produtor Julio Falavigna, com quem se casou em termos pessoais e também musicais. Em 2013, Bianca lançou Sonhos de Nascimento, seu primeiro trabalho autoral, com boa repercussão. Pouco depois, ela e Julio se juntaram a Antônio Porto (baixo), e o Bianca Gismonti Trio começava suas atividades, que agora rendem esse belo primeiro CD.

O show no Teatro Rival Petrobrás trará participações especiais de grandes nomes da nossa música que também estão no CD: as cantoras Jane Duboc e Paula Santoro, o trompetista Jessé Sadoc (que toca na banda de Djavan) e o gaitista José Staneck. O repertório trará faixas dos dois CDs de Bianca e também composições de Egberto Gismonti.

No dia 30 de outubro (sexta-feira), às 21h, será a vez de Primeiro Céu ser lançado em São Paulo, em show que terá como lugar o Teatro Central das Artes- Sub 3 (rua Apinajés, 1.081- Sumaré- 0xx11-3865-4165), com couvert artístico a R$ 20,00. Esse show não terá as participações especiais programadas para o Rio, mas o jogo de cintura do trio tem tudo para tornar a apresentação das mais especiais.

Para Inês acordar sorrindo (Bianca Gismonti):

A Luz sem o véu (Bianca Gismonti):

Festa no Carmo (Bianca Gismonti):

Caixa de luxo reúne boa parte da obra de Zeca Pagodinho

zeca pagodinho caixa

Por Fabian Chacur

Um dos gêneros mais populares da nossa música, o samba possui algumas unanimidades. Das gerações surgidas a partir dos anos 1980, Zeca Pagodinho é certamente a maior de todas, com aceitação em todas as camadas sociais e faixas etárias. Como forma de marcar uma carreira repleta de sucessos, a Universal Music acaba de lançar Partido Alto, luxuosa caixa com 20 CDs que dá uma bela geral nessa trajetória.

A discografia completa do Zeca tem 27 itens, incluindo CDs de carreira, ao vivo e coletâneas especiais temáticas. Ficaram de fora da caixa sete álbuns: os dois lançados pela RGE (Zeca Pagodinho-1986 e Patota do Cosme-1987), três dos seis lançados pela BMG (Pixote-1991, Um dos Poetas do Samba-1992 e Alô Mundo-1991), o projeto O Quintal do Zeca (2012, no qual seus compositores favoritos são os intérpretes e no qual ele só canta uma música) e o recém-lançado Ser Humano (2015).

Além de 19 álbuns de carreira em suas versões originais em embalagens convencionais, a caixa também nos oferece uma compilação inédita, Com Passo de MPB, que inclui 18 faixas que nunca fizeram parte de um dos trabalhos do sambista, oriundos de parcerias com artistas como Erasmo Carlos, O Rappa, Beth Carvalho, Chico Buarque e Hebe Camargo e também em participações em songbooks de artistas como João Bosco e Chico Buarque.

Além da belíssima embalagem, o pacote conta com um livreto que dá detalhes sobre cada um dos discos, faixa a faixa. Trata-se de um belo mergulho na carreira desse cantor e compositor carioca nascido em 4 de fevereiro de 1959, que começou a ficar conhecido ao ser gravado em 1983 por Beth Carvalho, Grupo Fundo de Quintal e Alcione. Em 1985, participou como intérprete e autor da coletânea Raça Brasileira, um grande sucesso de vendas.

Seu primeiro álbum solo, autointitulado, chegou às lojas em 1986. Desde então, Zeca consolidou sua carreira com um trabalho com sólida base nas raízes do samba, sempre aberto aos novo autores mas sem nunca cair em um comercialismo barato ou em apelação. Como ele mesmo me disse em uma entrevista, “sei falar com o povão e com os bacanas”. E sabe mesmo. Além de ter muito carisma, boa voz e uma simpatia que o tornaram a unanimidade que é no meio musical.

Lógico que para quem coleciona a obra de Zeca esta caixa acaba sendo supérflua, pois o obrigaria a comprar de novo 19 álbuns que já tem por causa de uma única coletânea. Mas para quem possui apenas alguns ou mesmo nenhum, é o tipo da compra interessante, apesar do preço médio de R$ 459,00 não ser exatamente uma barganha. Partido Alto é a prova concreta de que dá para se fazer uma obra ao mesmo tempo popular e de alta qualidade artística.

Acústico Mtv- Zeca Pagodinho (veja o DVD em streaming):

Ao Vivo (1999)- Zeca Pagodinho (CD na íntegra em streaming):

Samba Pras Moças (1994)- CD na íntegra em streaming:

John Lennon 75: dá para falar algo de inédito sobre o gênio?

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Por Fabian Chacur

Nesta sexta-feira (9), na qual John Winston (Ono) Lennon completaria 75 anos de idade, fica a pergunta: o que falar desse genial cantor, compositor e músico britânico que alguém já não tenha falado, escrito, comentado? A resposta pode ser essa aqui: e quem disse que o inédito é sempre o mais importante? O importante é dizer o que de fato importa, quantas vezes for necessário. Então, Imagine guy, essas palavras são para você!

John Lennon foi uma das figuras mais importantes e marcantes da história do rock. Nos Beatles, personificou o lado mais rebelde e incisivo, embora também soubesse ser romântico e sonhador. Aliás, um dos pontos fortes de sua criação artística é exatamente essa dualidade agressividade-romantismo, capaz de ir do protesto mais ácido à canção de amor mais emotiva e direta. Sempre com muita inspiração e entrega.

Influenciado por pioneiros como Buddy Holly, Chuck Berry, The Everly Brothers e tantos outros, esse nativo de Liverpool soube criar uma sonoridade própria, repleta de experimentação, paixão e intensidade, na qual boas melodias, harmonias vocais bacanas e grandes sacadas sobre a vida e como vivê-la sempre apareciam em cena.

Nos Beatles, deixou como marca canções do naipe de You Can’t Do That, Help!, Strawberry Fields Forever, Come Together, I Am The Walrus, I Want You (She’s So Heavy), todas repletas de conteúdo e intensidade. Aliás, em seus curtos 40 anos de vida, soube aproveitar para mergulhar fundo em sua obra, uma das melhores da história do rock and roll.

Fora dos Fab Four, construiu uma trajetória sólida e instigante como artista solo. Do sonho utópico de Imagine à dureza de Working Class Hero, da agressividade engajada de Gimme Some Truth ao romantismo doce de Oh! My Love, do experimentalismo gritado de Well Well Well à doçura poética de Watching The Wheels, o cara soube instigar seus ouvintes.

Sem medo de dizer aquilo que pensava, Lennon sempre foi contraditório, capaz de generosidade extrema e de crueldade também extrema, mas sempre dentro dos limites de um ser humano diferenciado. Errou, sim, mas nunca teve medo de admitir quando percebia que havia pisado na bola. Transparente, direto, franco, esse era o Lennon que ficou para a posteridade.

Após quase cinco anos longe de cena, que dedicou aos primeiros anos do filho que teve com Yoko Ono, que por sinal completa nesta mesma sexta-feira (10) 40 anos de idade, o astro britânico voltou à tona em 1980 com força total, proporcionando a nós músicas maravilhosas como (Just Like) Starting Over, Watching The Wheels e a intensa Beautiful Boy (Darling Boy), da qual faz parte um dos versos mais profundos jamais escritos:

“…life is what happens to you, while you’re busy making other plans…” (a vida é o que acontece a você, enquanto você está ocupado fazendo outros planos).

Aí, eu respondo à pergunta feita no início desse texto: pra que se obrigar a inventar algo inédito, se é possível se repetir mensagens positivas e que continuam tão importantes hoje como eram quando surgiram? Que as mensagens de John Lennon continuem sendo divulgadas, que continuem sendo apreciadas e que continuem nos emocionando.

Gimme Some Truth– John Lennon:

>Well Well Well– John Lennon:

What You Got– John Lennon:

Mind Games– John Lennon:

Beautiful Boy (Darling Boy)– John Lennon:

Autobiografia mostra a louca vida do genial Nile Rodgers

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Por Fabian Chacur

Após ler as quase 300 páginas de Le Freak, autobiografia de Nile Rodgers, que saiu no exterior em 2011 e só agora chega ao mercado brasileiro em versão em português, a impressão que fica é de que esse genial guitarrista, compositor e produtor americano é protagonista de um verdadeiro milagre.

Afinal de contas, como um garoto, fruto de um relacionamento entre uma mãe totalmente destrambelhada e viciada com um pai ainda mais drogado e ausente, que cresceu entre as ruas, lares de avós, tias e eventualmente da mãe biológica e que esteve sempre cercado de viciados, traficantes, ladrões, assassinos e quetais conseguiu não só sobreviver como se tornar um dos grandes nomes da história da música pop? Como? Só por milagre de Deus mesmo…

A autobiografia do coautor de Le Freak, Good Times, Everybody Dance e tantos outros clássicos da música pop possui um tom bem franco e bem-humorado, no qual em nenhum momento ele procura julgar as pessoas que o criaram da pior forma possível. Felizmente, ele soube achar um caminho próprio, a música, e se deu bem nele.

A vida pessoal e seus dramas tem prioridade no livro. Lógico que temos relatos do trabalho de Nile com o grupo que o tornou famoso, o Chic, sua incrível parceria com o genial baixista e compositor Bernard Edwards, os discos que produziu para Diana Ross, Madonna e David Bowie e participações em shows e outros eventos. Mas o lado escuro prevalece.

Noitadas de bebidas, drogas e mulheres, as amizades nem sempre muito saudáveis, a proximidade da morte, as eventuais internações, está tudo lá. Para quem gostaria de ler mais sobre o Nile Rodgers músico e produtor, recomendo outro livro que serve como complemento indispensável para Le Freak, o ótimo Everybody Dance- Chic And The Politics Of Disco (2004- Helter Skelter Publishing), de Daryl Easlea, que conta com a colaboração de Rodgers e mergulha fundo nessa área da atuação do músico. Pena que não tenha ainda uma edição em português.

Mesmo assim, Le Freak é obrigatório para quem quer descobrir um pouco mais sobre o cara por trás dessa guitarra irresistível e influente, e suas incríveis composições e produções. Pena que o enredo se encerre no momento em que Rodgers descobre ser portador de um tipo agressivo de câncer, em 2011, deixando um ponto de interrogação no ar.

Para felicidade geral de todos os seus milhões de fãs, ele está vencendo essa batalha, e conseguiu nesses quatro anos voltar às paradas de sucesso com suas participações nos hits Move Yourself To Dance e Get Lucky, do Daft Punk, e gravar um novo álbum do Chic, no qual aproveita gravações inéditas de arquivo e novos takes. Ele também continua fazendo shows. Que possa ir bem além dos 63 anos que viveu até agora!

E fica uma frase do astro, que mostra bem sua perspicácia: “Não é bom viver no passado, mas é um bom lugar para se visitar, e se você for lá, eu estarei lá”. O mote do novo álbum do Chic é tempo, e Rodgers tem vivido cada dia como se fosse ser o seu último, porque um dia, será o último mesmo, como ele diz em seu livro. Repito: que demore bastante!

I’ll Be There – Chic:

I’ll Be There– pequeno making of do CD:

My Forbidden Lover– Chic:

Everybody Dance– Chic:

The Land Of The Good Groove– Nile Rodgers:

Yum Yum– Nile Rodgers:

Grupo Galocantô homenageia Luiz Carlos da Vila em shows

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Por Fabian Chacur

O grupo carioca Galocantô faz neste domingo (4) a partir das 17h na Lona Cultural João Bosco- Vista Alegre (avenida São Felix, 601-Parque Orlando Bernardes-RJ)um show que marcará a gravação de seu primeiro DVD. Intitulado Galocantô Canta Luiz Carlos da Vila- Kizomba A Festa da Raça, o espetáculo tem ingressos a R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia) e contará com participações especiais de Wilson das Neves, Dudu Nobre, Dorina, Bira da Vila, Gabrielzinho do Irajá, Renato da Rocinha e Mingo Silva.

O primeiro DVD do grupo que está na estrada desde 2007 deverá ter no repertório 23 composições de Luiz Carlos da Vila (1949-2008), um dos grandes nomes do samba a partir dos anos 1970 e integrante da geração que também nos proporcionou feras como Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e Jorge Aragão, entre outros. Ele é coautor de clássicos do samba como Kizomba- A Festa da Raça, O Sonho Não Acabou, O Show Tem Que Continuar e Além da Razão, entre muitos outros.

O Galocantô voltará à Lona Cultural João Bosco- Vista Alegre no dia 10 de outubro (sábado) a partir das 16h. Eles tem agenda marcada para São Paulo, nos dias 30 e 31 de outubro no bar Traço de União, em São Paulo, e também nos dias 5 e 6 de novembro, desta vez em Fortaleza, Ceará. Em seu repertório, hits das novas rodas de samba, entre os quais Galão de Xerém, Pão Que Alimenta e Vara de Família.

Ouça em streaming o CD Fina Batucada, do Grupo Galocantô:

Vara de Família– Grupo Galocantô:

Joe Jackson lança novo álbum e começa turnê pela América

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Por Fabian Chacur

Após lançar dois ótimo álbuns que infelizmente não saíram no Brasil, o ao vivo Live Music Europe 2010 (2011) e o de releituras de clássicos do gênio do jazz Duke Ellington intitulado Duke (2012), Joe Jackson anuncia um novo trabalho. Fast Foward sairá na próxima sexta-feira (2), e novamente não tem previsão de lançamento brasileiro. Um horror!

Fast Foward traz quatro sets de quatro faixas cada gravados em Nova York, Nova Orleans, Berlim e Amsterdam, e conta com as participações de músicos de bandas como Galactic, Tindersticks e Zuco 103. O repertório de 16 músicas mistura composições inéditas do músico britânico como A Little Smile e Junkie Diva com os covers See No Evil (da banda americana Television) e Goodbye Johnny (versão em inglês de clássico alemão do estilo cabaret music).

Como forma de divulgar o novo trabalho, Joe iniciou nesta terça (29) turnê pela América do Norte. Os shows serão iniciados por ele no melhor estilo voz e piano, sendo depois acompanhado pelo inseparável baixista Graham Maby (com quem toca desde os anos 1970) e os músicos de Nova York Teddy Kumpel (guitarra) e Doug Yowell (bateria). Todos se desdobram em vocais de apoio e elementos eletrônicos.

O repertório dos shows dessa turnê trará canções de todas as fases dos mais de 30 anos de carreira do brilhante cantor, compositor e tecladista britânico, músicas de Fast Foward e também um ou dois covers surpresa que serão alterados a cada show. Ele promete uma turnê europeia em 2016. Enquanto isso, nos “contentamos” com a visita do detestável homônimo pai de Michael Jackson, sendo que o Joe que vale a pena nunca tocou por aqui. Lamentável!

Datas e locais dos shows de Joe Jackson na América do Norte:

29/9 – Seattle, WA – Neptune Theatre

1/10 – Portland, OR – Revolution Hall

4/10 – Los Angeles, CA – Palace Theatre

8/10 – Denver, CO – Paramount Theatre

10/10 – Dallas, TX – Majestic Theatre

11/10 – Houston, TX – Cullen Performance Hall

12/10 – Austin, TX – Paramount Theatre

14/10 – New Orleans, LA – Joy Theater

15/10 – Atlanta, GA – Center Stage

17/10 – Glenside, PA – Keswick Theatre

20 & 21/10 – New York, NY – Town Hall

22/10 – Boston, MA – The Wilbur Theatre

23/10 – Washington, DC – Lincoln Theatre

25/10 – Munhall, PA – Carnegie Music Hall of Homestead

26/10 – Albany, NY – Hart Theatre The Egg

29/10 – Northampton, MA – Academy of Music Theatre

30/10 – Toronto, Ontario – Danforth Music Hall

2 & 3/11 – Chicago, IL – Thalia Hall

4/11 – St. Paul, MN – Fitzgerald Theater

A Little Smile – Joe Jackson:

While My Guitar Gently Weeps– Joe Jackson & Todd Rundgren:

Livros apresentam melhor do rock para as crianças de hoje

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Por Fabian Chacur

O maior desgosto para um pai ou mãe fã de boa música é de repente ver o filho enveredar por um gosto duvidoso, apaixonando-se por gêneros sonoros da moda ou picaretagens que andam dominando a mídia. Como evitar isso de forma bem humorada e descolada? Uma boa sugestão é seguir aquela velha máxima: é de pequeno que se torce o pepino, ou se doutrina os pequenos, neste caso.

A ideia de criar livros endereçados às crianças como forma de dar a elas os primeiros passos rumo ao conhecimento do rock and roll surgiu do casal Felipe Gasnier e Maria Maier, donos da Edições Ideal. Coube à escritora Laura Darré Macoriello (foto) e ao ilustrador e designer Lucas Dutra darem vida ao projeto. E voilá, temos aqui Rock Para Pequenos, cujo terceiro volume, dedicado ao rock nacional, acaba de sair.

Com início em 2013, Rock Para Pequenos reúne textos enfocando grandes nomes da história do rock, como Ramones, Beatles, David Bowie, Kiss, Jerry Lee Lewis, Jimi Hendrix, Raul Seixas, The Smiths, Rita Lee e Rita Lee, sempre com boas dicas para ajudar na educação da garotada, além de mostrar histórias desses personagens marcantes.

O casamento textos fluentes e bons de se ler com ilustrações certeiras cumpre com brilhantismo sua missão de atiçar o roqueiro que existe em todo ser vivo de bom gosto, além de ser um bom programa para reunir pais e filhos longe das telinhas de TV, dos computadores e dos videogames da vida. Um projeto bem orgânico mesmo.

Aproveitando a proximidade do Dia da Criança, que rola no próximo 12 de outubro, a Edições Ideal reuniu os três volumes da coleção em um box especial, com 150 páginas e bela embalagem. Tipo do presente bacana que pode ajudar na ampliação e renovação da nação rocker brasileira. Seu garotinho e sua garotinha merecem! Saiba mais aqui.

Meat Is Murder – The Smiths:

The Corrs anunciam quando o seu novo CD chegará às lojas

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Por Fabian Chacur

O grupo irlandês The Corrs anunciou o seu retorno à ativa em junho, como você ficou sabendo em Mondo Pop em primeiríssima mão no Brasil (leia de novo a matéria aqui). Só faltava saber o nome do novo CD e quando teria início a comeback tour. Agora não falta mais. White Light sairá no dia 27 de novembro nos formatos físico e digital, e a turnê começa em janeiro de 2016.

White Light será o primeiro álbum só de composições inéditas lançado pela banda desde Home (2005), e marca a volta dos irmãos Andrea (vocal e flauta), Sharon (vocal e violino), Caroline (vocal, bateria, piano e bodhran) e James (guitarra, piano e acordeon) após quase dez anos longe de cena. Eles participaram neste mês do Festival BBC Radio 2 Live, realizado no Hyde Park, em Londres.

O novo álbum ainda não teve músicas divulgadas, e também marca os 20 anos do lançamento do primeiro álbum do quarteto, Forgiven Not Forgotten (1995). Nos últimos dez anos, os irmãos se dedicaram a suas famílias e também a carreiras-solo. Sharon Corr nos visitou em duas ocasiões, e até gravou um DVD ao vivo por aqui (saiba mais aqui).

A turnê de divulgação do novo trabalho dos Corrs terá início em janeiro de 2016, e por enquanto só foram divulgadas datas no Reino Unido. Ficamos no aguardo de novidades em relação a mais shows, especialmente no Brasil, onde o grupo possui um grande fã-clube e que nunca recebeu uma de suas apresentações ao vivo, afora as de Sharon.

The Corrs- Tour White Light:

19/01 – BIRMINGHAM, Genting Arena
20/01 – CARDIFF, Motorpoint Arena
22/01 – LIVERPOOL, Echo Arena
23/01 – LONDON, 02 Arena
24/01 – MANCHESTER, Manchester Arena
26/01 – GLASGOW, Hydro
28/01 – DUBLIN, 3 Arena
29/01 – BELFAST, The SSE Arena

Unplugged MTV (ao Vivo)- The Corrs (veja na íntegra):

Bryan Ferry completa 70 anos com a classe que é sua marca

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Por Fabian Chacur

Neste sábado (26), um dos grandes estilistas do rock completará 70 anos. Só para variar, com a classe de sempre. Bryan Ferry se encontra atualmente em turnê de divulgação de seu mais recente álbum, o ótimo Avonmore (2014), e soprará as velinhas entre um show e outro na Alemanha. Eis um cara que merece ser louvado por quem gosta de música boa e inventiva. Mesmo!

Nascido em 26 de setembro de 1945, Ferry se dividiu entre a música e a graduação em artes, que em seguida lhe proporcionou a oportunidade de dar aulas. A partir de 1970, porém, ficou claro que sua opção pelo caminho musical era inevitável, e depois de ter integrado pequenos grupos como The Banshees, fundou a banda que lhe tornou mundialmente famoso, a Roxy Music.

Desde o início, esse grande cantor, compositor e músico britânico deixou claro que sua visão de arte e moda também integraria o pacote musical criado por si próprio. Ele incorporou uma elegância e um estilo marcante aos shows de seu grupo, e também trouxe esse refinamento às capas de seus álbuns, estrelados por famosas e lindas modelos com as quais também namorou, entre as quais Amanda Lear e Jerry Hall.

Em termos musicais, o som de Bryan Ferry se caracteriza por um mergulho criativo e personalizado nos universos do glam rock, da black music americana em suas várias vertentes (soul, jazz, disco music, funk) e do pop, com um bom gosto simplesmente absurdo. Romântico, sim, brega, nem em pensamento. Tudo pontuado por sua voz de crooner das antigas, explorada com uma classe e uma categoria reservada a poucos cantores na história do pop.

Com o Roxy Music, lançou álbuns absurdamente bons e influentes, entre os quais Roxy Music (1972), For Your Pleasure (1973), Siren (1976), Manifesto (1979) e Avalon (1982), inspiradores para gente como Nile Rodgers (do grupo Chic), David Bowie, Duran Duran e tantos outros.

Na carreira solo, Bryan Ferry sabe mesclar como poucos a releitura de clássicos de várias eras do pop, desde os standards do jazz americano do tipo These Foolish Things, passando por soul, doo-wop, rock e muito mais, até uma obra autoral capaz de nos proporcionar sons climáticos, envolventes e nos quais o ouvinte é levado a viagens deliciosas pelos meandros do amor, da paixão e dos estados elevados da alma.

Da trajetória individual, também não são poucos os trabalhos recomendáveis, como These Foolish Things (1973), Boys And Girls (1985), Taxi (1993), Frantic (2002) e Olympia (2010). De quebra, o cara sempre soube se cercar de grandes músicos nesses trabalhos, gente com o currículo de Nile Rodgers, Robin Trower, Chris Spedding, Gregg Phillinganes, Nathan East e David Gilmour, além dos colegas de Roxy Music Phil Manzanera, Andy MacKay e Paul Thompson.

Tive a chance de entrevistar Bryan Ferry lá pelos idos de 1995, quando ele veio ao Brasil para shows pela primeira vez, e o vi ao vivo naquela mesma época e também em 2003, em apresentações históricas e repletas de vigor e categoria. Se você é fã e conhece a obra de Mr. Ferry, comemore comigo. Se não é, faça um favor a si mesmo: mergulhe em sua obra e tente não se apaixonar por ela. Pessoas de bom gosto não escapam incólumes dessa experiência.

Smoke Gets In Your Eyes– Bryan Ferry:

The ‘In’ Crowd– Bryan Ferry:

Let’s Stick Together– Bryan Ferry :

The Right Stuff – Bryan Ferry :

N.Y.C. – Bryan Ferry :

You Can Dance– Bryan Ferry :

Helio Flanders lança o seu CD solo no Sesc Vila Mariana-SP

helio flanders foto 2015-400x

Por Fabian Chacur

A banda que tornou Hélio Flanders conhecido no cenário folk brasileiro, a Vanguart, teve seu inicio de certa forma como um trabalho solo, incorporando outros músicos posteriormente. Agora, no entanto, o cantor, compositor e multi-instrumentista não deixa margem a dúvidas, e nos oferece seu primeiro CD solo de fato, Uma Temporada Fora de Mim. Ele lança o álbum em São Paulo em show nesta quinta(24) às 21h no Sesc Vila Mariana (rua Pelotas, 141- Vila Mariana- fone 0xx11-5080-3000), com ingressos de R$ 7,50 a R$ 25,00.

O álbum individual mostra Flanders saindo do universo de folk, rock e pop que marcam sua banda rumo a uma imersão em canções de teor melodramático fortemente inspiradas no tango e na solidão habitual das pessoas nos grandes centros urbanos. A produção é de Arthur de Faria, pianista gaúcho que já trabalhou com Pato Fu e Wander Wildner.

Além do líder do Vanguart nos vocais e vários instrumentos, o show no Sesc Vila Mariana trará músicos que participaram das gravações de Uma Temporada Fora de Mim. Teremos os argentinos Ignacio Varchavsky (baixo acústico) e Martín Sued (bandoneón) e os brasileiros Bruno Serroni (violoncelo) e Leo Mattos (bateria e percussão).

O CD conta com a participação da veterana cantora Cida Moreira na faixa Dentro do Tempo Que Eu Sou, e traz nove canções, incluindo a faixa título, De Onde Você Vem?, Um Grito e Onde a Terra Acaba. Esse será o repertório básico do show. O Vanguart continua na ativa, e lançou seu mais recente trabalho, Muito Mais do Que o Amor, em 2013, tendo saído há anos de Cuiabá (MT) para se radicar em São Paulo.

De Onde Você Vem?– Helio Flanders (Videoclipe Oficial):

-Uma Temporada Fora de Mim- Helio Flanders:

Dentro Do Tempo Que Eu Sou– Helio Flanders & Cida Moreira:

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