Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Tag: 2016 (page 6 of 7)

O 8º Bourbon Festival Paraty será realizado de 20 a 22/5

original_BFParaty_2015-_show_Mestrinho_e_Nicolas_Krassik___ft_Pedro_Guida__lw-400x

Por Fabian Chacur

Um dos festivais de música mais charmosos realizado no país já tem datas confirmadas para rolar em 2016. O Bourbon Festival Paraty tem a sua 8ª edição programada para ocorrer de 20 a 22 de maio na paradisíaca cidade de Paraty (RJ). Serão mais de 30 horas de música ao vivo, englobando jazz, blues, rhythm and blues, música brasileira e world music, tudo ao ar livre e, melhor ainda, tudo de graça. O elenco começa a ser divulgado, e é dos mais promissores.

Teremos um imperdível show da diva americana do jazz Dianne Reeves ao lado do consagrado violonista brasileiro Romero Lubambo. Também estão no time Walter “Wolfman” Washington, o grupo Pau Brasil, o cantor, compositor e violonista Chico Pinheiro (show e workshop), Tony Lindsay e a parceria da Anthony King Band com a cantora Monet.

Outras atrações nacionais e internacionais que participarão do festival vão ser divulgadas pela organização do festival até o fim de março. Vale lembrar que as atrações internacionais também se apresentarão em São Paulo, no palco do Bourbon Street. Os palcos serão montados nas praças da Matriz e da Igreja Santa Rita. Buskers (músicos de rua) e a Orleans Street Jazz Band tocarão nas esquinas da cidade.

O Bourbon Festival Paraty reuniu em 2015 em torno de 30 mil pessoas, e já abrigou em sua programação artistas consagrados como Sharon Jones, Delfeayo Marsalis e Mike Stern, além dos melhores nomes do blues, jazz e música instrumental brasileira, como por exemplo Mestrinho e Nicolas Krassik (FOTO). Tipo do programa que une o agradável, a música, ao ainda mais agradável, que é a beleza da histórica cidade litorânea fluminense.

Our Love Is Here To Stay– Dianne Reeves e Romero Lubambo:

George Martin, esse produtor genial, nos deixa aos 90 anos

george martin-400x

Por Fabian Chacur

Pode um sim mudar não só a vida dos envolvidos em um determinado acontecimento, como também a história da música? Pois essa palavra mágica foi proferida em 1962 por um certo George Martin, contratando dessa forma os então desconhecidos e rejeitados Beatles para o pequeno selo Parlophone. O que aconteceu a partir dali, todos sabemos. Infelizmente, esse gênio nos deixou, por causas ainda não reveladas, aos 90 anos. O produtor por excelência.

Nascido na Inglaterra em 3 de janeiro de 1926, George Martin serviu a Marinha de seu pais e logo a seguir entrou na Guildhall School Of Music And Drama, na qual aprendeu composição, orquestração e a tocar o oboé. Ele começou a atuar no meio musical no Parlophone, pequeno selo ligado à gigante EMI, e depois de alguns anos se tornou o diretor de A&R de lá em 1955. Os discos de comédia que produziu para Peter Sellers e Peter Ustinov se tornaram famosos, e um de seus fãs era John Lennon.

Os Beatles e seu empresário Brian Epstein levaram sua fita demo para a Parlophone em total desespero, pois até ali já haviam sido rejeitados por literalmente todas as gravadoras atuantes na Inglaterra, incluindo a matriz do selo dirigido por Martin. A principal rejeição havia sido da Decca, e foi com as gravações que eles fizeram nos estúdios dessa gravadora que o grupo tentou seduzir Martin.

O produtor ouviu e não curtiu muito, mas teve sensibilidade suficiente para perceber que havia algo importante ali, só que ainda mal trabalhado. Em junho de 1962, ele resolveu contratar a banda, embora não botasse muita fé em seu baterista, Pete Best. A troca por Ringo Starr acabou ocorrendo durante as gravações do primeiro compacto da banda, Love Me Do. Surgia uma parceria histórica.

A colaboração entre George Martin e os Beatles se tornou perfeita pelo fato de o produtor ter uma formação musical sólida, que se tornou decisiva conforme os Fab Four foram ampliando os seus horizontes musicais. Além disso, tinha uma paciência interminável para encarar os egos daqueles jovens talentosos, como demonstrou ao sugerir a inclusão de um quarteto de cordas na gravação da música Yesterday, algo que Paul McCartney não admitia inicialmente.

Difícil imaginar álbuns elaborados como Rubber Soul, Revolver, Sgt. Peppers, The Beatles (o álbum branco) e Abbey Road sem a batuta de George Martin. Ele foi um dos responsáveis pela solidificação da aproximação do rock com a música erudita, e pela perfeita simbiose entre esses segmentos tão distintos do cenário musical.

A partir de 1965, Martin deixou a EMI e se tornou um dos primeiros produtores independentes na Inglaterra, além de criar seu próprio estúdio, o Air, que entre 1979 e 1989 teve uma filial na paradisíaca Montserrat, no Caribe, onde The Police, The Rolling Stones e Stevie Wonder gravaram. Pena que uma catástrofe tropical (o funesto furacão Hugo) acabou arrasando com aquele estúdio dos sonhos, anos depois.

Com o fim dos Beatles, George Martin continuou firme e forte sua trajetória. Trabalhou com Paul McCartney, o beatle mais apegado a ele, em Live And Let Die (canção tema de filme da franquia James Bond) e nos álbuns Tug Of War (1982), Pipes Of Peace (1983), a trilha do filme Give My Regards To Broad Street (1984) e Flaming Pie (1997).

Se tivesse trabalhado “apenas” com os Beatles, George Martin já mereceria canonização. Mas ele também produziu discos e faixas de outros grandes nomes da música, entre os quais America, Cheap Trick, Mahavishnu Orchestra, Jeff Beck, Kenny Rogers, Ella Fitzgerald e Neil Sedaka. Ele compôs música incidental para vários filmes, sendo a melhor a de Yellow Submarine (1968), com a sublime Pepperland.

George Martin gravou alguns discos, como Off The Beatles Track (1964), que traz versões instrumentais dos sucessos dos Fab Four. Em 1997, ele produziu a nova versão de Candle In The Wind, gravada por Elton John em homenagem a Princesa Diana. Em 1998, como forma de marcar a sua despedida da música, devido a problemas de audição que começavam a afligi-lo, ele resolveu lançar um CD de despedida.

Intitulado In My Life, o álbum trouxe onze composições dos Beatles e uma dele (Pepperland Suite) regravadas por astros da música como Phil Collins, Celine Dion, Bobby McFerrin e Jeff Beck, e atores como Goldie Hawn, Sean Connery, Robin Williams e Jim Carrey. O resultado ficou muito bom, e uma das marcas é o fato de ele ter trabalhado com o filho Giles Martin, que herdou o talento do pai e enveredou para o mundo da produção musical, com sucesso.

Para quem deseja saber mais sobre o profissional e o ser humano George Martin, vale assistir Produced By George Martin, documentário lançado em 2012 (saiu em DVD no Brasil) que dá uma bela geral em sua trajetória e traz depoimentos de Paul McCartney, Ringo Starr, Jeff Beck e outros. A humildade e a serenidade do cara eram impressionantes. Ainda bem que ele disse aquele sim no já distante ano de 1962. Eis o que eu chamo de um sim seminal!

Ouça o CD In My Life, de George Martin, em streaming:

Pepperland– George Martin:

Off The Beatle Track- George Martin And His Orchestra:

Baia lança CD A Fúria do Mar com show no Circo Voador

baia 400x

Por Fabian Chacur

Maurício Baia iniciou sua carreira em 1992 como integrante do grupo Baia e os Rock Boys, com o qual gravou três CDs entre 1995 e 2001. Em 2006, lançou seu primeiro trabalho solo, Habeas Corpus, e desde então vem cativando fãs com seu som próprio. Ele está lançando um novo álbum, A Fúria do Mar, já disponível nas principais plataformas digitais, e fará show para mostrar as novas canções nesta sexta-feira (4) a partir das 22h no Rio no Circo Voador (rua dos Arcos, s/nº fone 0xx21-2533-0354), com ingressos a R$ 50,00 e R$ 100,00.

Com sua mistura de rock, blues, pop e outros estilos musicais, este cantor e compositor baiano radicado no Rio há 30 anos mostra várias tendências em seu novo álbum. A veia política aparece nas faixas Ladrão Que Rouba Ladrão e Suite Bourbon 1407, esta última centrada na Operação Lava Jato. Mas o amor e a esperança também marcam presença, tendo como mote o nascimento de sua primeira filha, Dora, ocorrido em 2014 e que rendeu uma faixa com o nome da herdeira.

Baia terá a seu lado no show, cuja abertura ficará a cargo de Rubel, os músicos Caesar Barbosa (guitarra), Carlos Sales (bateria), Wlad (baixo) e Fabrizio Iorio (teclados). Além das músicas de A Fúria do Mar, Baia também dará uma geral em momentos bacanas de seus mais de vinte anos de carreira. Vale lembrar que ele gravou um DVD/CD nesse mesmo Circo Voador, lançado em 2010 com o título Baia No Circo.

A Fúria do Mar– Baia:

Malabar– Baia:

Vagabundo Confesso– Baia:

Suíte Bourbon 1407- Baia:

CD Straight Outta Compton mostra o rap do NWA e mais

straight outta compton soundtrack cover-400x

Por Fabian Chacur

O grupo americano N.W.A. (sigla que significa Niggaz With Attitude) durou pouco, mas conseguiu firmar seu nome na história do rap. Como forma de contar sua história, foi feito o filme Straight Outta Compton, que entrou e ficou pouquíssimo tempo em cartaz em nossos cinemas,mas recebeu elogios por parte da crítica. Agora, sai por aqui Straight Outta Compton- Music From The Motion Picture (Universal Music), uma bela trilha sonora.

O N.W.A. surgiu na metade dos anos 1980 em Compton, cidade próxima a Los Angeles, e reuniu em sua formação clássica nomes que integram o primeiríssimo escalão da história do rap. São eles os rappers Eazy-E, Ice Cube e MC Ren, o rapper e produtor Dr.Dre e o DJ Yela. Eles revolucionaram o então ainda incipiente gangsta rap com seu álbum de estreia, Straight Outta Compton (1989), um clássico do gênero.

Com bases nervosas e contagiantes montadas a partir de trechos de clássicos do funk, soul music e rap e rimas agressivas falando da vida difícil nas ruas, o álbum conseguiu a façanha de se tornar um sucesso comercial saindo pela via independente e incluindo faixas que não eram tocadas em rádios por seus palavrões e mensagens políticas, como Gangsta Gangsta, Dopeman (Remix) e a contundente F*** Tha Police.

Problemas internos levaram Ice Cube a sair do time não muito tempo após o lançamento do álbum de estreia. O grupo lançou então um EP, 100 Miles And Runnin’ (1990), e um novo CD, Efilz4Zaggin (Niggaz4life ao contrário, 1991). Este último surpreendeu ao atingir o primeiro lugar na parada pop americana, algo inacreditável. Mais difícil foi ver a banda poucas semanas depois anunciando o seu fim. Mas eles abriram as portas para Snoop Dogg (que integrou o grupo por pouco tempo em sua fase final), Tupac e tantos outros.

A trilha sonora do filme dá uma visão abrangente sobre o trabalho da banda. Traz sete músicas do seminal álbum de estreia, uma de Efil4zaggin, e faixas solo de Eazy-E (duas), Ice Cube (duas) e Dr.Dre (uma, em parceria com Snoop Dogg). As outras quatro são gravações de artistas que influenciaram o trabalho do N.W.A., algumas delas inclusive sampleadas pela banda em seus principais hits.

Essas faixas foram escolhidas a dedo. Temos dois funks de entortar as pistas de dança das bandas do genial George Clinton, a funk mais tradicional Parliament (Flash Light) e a funk psicodélica-rocker Funkadelic ((Not Just) Knee Deep) e duas raridades maravilhosas, a balada viajante Everybody Loves The Sunshine, da Roy Ayers Ubiquity, e a contagiante Weak At The Knees, da Steve Arrington’s Hall Of Fame (montada por Arrington, ex-integrante da seminal banda funk Slave). Essas quatro já valeriam este ótimo CD.

Como quase nada do N.W.A. chegou às lojas brasileiras, esta coletânea torna-se mais do que necessária para quem deseja conhecer melhor esta banda, que ao lado de Public Enemy e Ice T ajudou a formatar o gangsta rap. Se muito do que veio depois seguia uma linha mais derivativa e apelativa, aqui o grito de guerra é real e bem concatenado. Bastante recomendável para fãs de rap e também para quem curte black music.

Straight Outta Compton– N.W.A.:

Express Yourself– N.W.A.:

Everybody Loves The Sunshine– Roy Ayers Ubiquity:

Weak At The Knees– Steve Arrington’s Hall Of Fame:

(Not Just) Knee Deep– Funkadelic:

Duo NU mostra seu primeiro CD em dois shows em Sampa

nu naked universe duo-400x

Por Fabian Chacur

Um som ora etéreo, ora dançante, com elementos distintos como rap, música eletrônica e música erudita, passando por pop, rock etc. Eis uma possível definição para a música do NU (Naked Universe), duo que está lançando seu primeiro álbum, NU. Eles mostram as músicas desse trabalho em dois shows em São Paulo, um na noite deste sábado (27) no Jai Club (www.jaiclub.com.br) e outro gratuito no dia 5/3 às 19h no Sesc Santana (rua Luis Dumont Villares, 579- Santana).

Criado em 2014, o NU é um duo integrado pela cantora e compositora Ligiana Costa e pelo compositor e produtor musical Edson Secco. Seu trabalho de estreia traz dez músicas, sendo oito delas assinadas por Ligiana em parcerias com Edson e outros parceiros. Toxic é uma releitura inusitada daquele hit de Britney Spears, enquanto Bergére é um “air de couer” francesa do século XVII adaptado por eles.

A faixa Musicabomba, que consegue ótima repercussão em apresentações ao vivo por sua temática libertária, conta com a participação do MC Tef Poe (ativista da juventude negra de Fergunson, EUA), da voz de uma ativista palestina e do coro da Via Campesina.

Quem, Lanikea, Praia Hotel e Governador Valadares são outras faixas bacanas desta obra. A dupla já participou de eventos bacanas, como o festival Cena Contemporânea de Brasília, o festival Contato, de São Carlos (SP) e a Temporada de Verão de Lala, em Salvador (BA).

A apresentação no Jai Club será dentro da festa Donas da Noite, que também contará com shows de Lara e Os Ultraleves (leia mais sobre esse ótimo grupo aqui) e Betina e a discotecagem de Deixa a Lela. O show no Sesc Santana integra o projeto Música no Deck do local.

Toxic– NU:

MusicaBomba (ao vivo)- NU:

Quem (ao vivo)- NU:

Grupo Doce Encontro retorna com a sua formação original

Doce_Encontro_2-400x

Por Fabian Chacur

Os fãs do pagode romântico estão comemorando. O grupo Doce Encontro, um dos mais populares de sua geração, retorna com sua formação original, na qual se destaca o vocalista Eder Miguel. Como forma de marcar essa volta, o time está gravando novo CD, e inicia turnê, apropriadamente intitulada Reencontro, com show neste sábado (20) às 22h30 no Carioca Club (rua Cardeal Arcoverde, nº 2.899- Pinheiros- fone 0xx11-8598), com ingressos a R$ 30,00 (mulheres) e R$ 35,00 (homens).

A trajetória da banda teve início lá pelos idos de 1998, e conta em sua escalação mais conhecida com Eder Miguel (vocal), Tiago Alexandre (cavaco e voz), Cauê (pandeiro) e Thiagão (tantã). O samba romântico é a sua marca registrada, e graças a um trabalho bastante competente nessa praia, eles cativaram um público fiel que os tornou bastante populares, especialmente no estado de São Paulo.

Em outra ação para incrementar essa nova fase da banda, já está disponível nas redes sociais a música Coração Adolescente, de autoria da consagrada autora Fátima Leão em parceria com Rodrigo Oliveira e Alex Torricelli. Será uma das oito inéditas do novo álbum do Doce Encontro, que está em fase de produção e será lançado em breve. O show trará algumas dessas músicas e também seus sucessos.

Coração Adolescente– Doce Encontro:

Nando Reis mostra seu álbum voz e violão com show em SP

nando reis-400x

Por Fabian Chacur

Há quase um ano, Nando Reis aproveitou um show em São Paulo para gravar um novo trabalho ao vivo. Pois agora ele volta ao mesmo local, o palco do Citibank Hall (avenida das Nações Unidas, nº 17.955- fone 0xx11-4003-5588), para mostrar neste sábado (20) às 23h, com ingressos de R$ 35,00 a R$ 260,00 o repertório desse álbum, gravado de forma crua, no melhor estilo voz e violão.

Intitulado Voz e Violão- No Recreio Volume 1 e lançado nos formatos CD e LP de vinil, trata-se de uma oportunidade de se ver a performance deste cantor, compositor e músico paulistano sem sua ótima banda de apoio, os Infernais, apresentando canções em sua estrutura mais básica e direta. Ele aproveita para soltar a voz e especialmente apresentar sua habilidade com o violão, um de seus instrumentos favoritos.

O ex-baixista dos Titãs produziu o novo álbum, com a mixagem tendo sido feita em Seattle (EUA) a cargo do produtor americano Jack Endino, conhecido por sua atuação com o Nirvana e a ex-banda de Nando. O repertório inclui clássicos do repertório do artista como Relicário, All Star, Luz dos Olhos, Sei, Espatodéa e O Segundo Sol, entre outros.

All Star (ao vivo voz e violão)- Nando Reis:

Sei (ao vivo voz e violão)- Nando Reis:

Luz dos Olhos (ao vivo voz e violão)- Nando Reis:

The Rolling Stones estão bem próximos do Brasil de novo

rolling stones divulgacao-400x

Por Fabian Chacur

Da primeira visita de Mick Jagger e Keith Richards ao Brasil aos primeiros shows dos Rolling Stones no país, tivemos de esperar durante longos 27 anos. Em janeiro de 1995, enfim uma das mais importantes e bem-sucedidas bandas de rock de todos os tempos deu o ar de sua graça. Após outras passagens bacanas, eles retornam em breve para tocar aqui. As bandas de abertura foram anunciadas nesta sexta-feira (5): Ultraje a Rigor (no Rio), Titãs (em São Paulo) e Cachorro Grande (em Porto Alegre).

A turnê latino-americana da banda britânica teve início nesta quarta (3) em Santiago, no Chile, e chega ao Brasil no próximo dia 20/2, com show único no Maracanã, no Rio. Em São Paulo, o local será o estádio do Morumbi, nos dias 24 e 27 de fevereiro. Porto Alegre verá as “Pedras Rolantes” no dia 2/3, no estádio do Beira-Rio. Os ingressos custam de R$ 260,00 a R$ 900,00, e estão se esgotando. Mais informações aqui.

Ficaram muito para trás os tempos em que a banda liderada por Mick Jagger (vocal) e Keith Richards (guitarra) era autossuficiente em shows. Além da dupla e do baterista Charlie Watts e do guitarrista Ron Wood, o time é acrescido de uns dez músicos de apoio, entre tecladistas, vocalistas, músicos de sopros etc. Virou uma espécie de “Orquestra Rolling Stones”. Os shows também são sempre repletos de efeitos especiais, sendo um verdadeiro espetáculo de rock arena.

Sem lançar um álbum de inéditas desde A Bigger Band (2005), o grupo britânico oferecerá aos fãs brasileiros um repertório repleto de grandes hits dos anos 1960 e 1970, com raras exceções. O set list do primeiro show da turnê pela América Latina indica nessa direção. Normalmente os shows do grupo tem uma ou outra variação, mas essa lista vale como uma boa dica do que eles tocarão em nossos palcos.

Apesar dos preços salgados e da falta de novidades, as lotações serão expressivas, e não é difícil de entender a razão. Trata-se de uma banda que está na ativa desde o longínquo 1962, com uma história incrível e um caminhão de hits no currículo. E esta tem tudo para ser uma de suas últimas passagens por aqui. Logo, quem não viu ainda não quer perder por nada, e quem já viu, deseja dar uma última conferida.

Set list do show dos Rolling Stones em Santiago, Chile (3.2.2016):

1Start Me Up

2It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)

3Let’s Spend the Night Together

4Tumbling Dice

5 Out of Control

6She’s a Rainbow (by request, first since 16 Sept 1998)

7Wild Horses

8 Paint It Black

9Honky Tonk Women (followed by band introductions)

10You Got the Silver (Keith Richards on lead vocals)

11Happy (Keith Richards on lead vocals)

12Midnight Rambler

13Miss You

14 Gimme Shelter

15Jumpin’ Jack Flash

16Sympathy for the Devil

17Brown Sugar

BIS:

18You Can’t Always Get What You Want (with Estudio Coral de Santiago)

19(I Can’t Get No) Satisfaction .

Miss You (extended version)- The Rolling Stones:

Brown Sugar (live 2006)- The Rolling Stones:

Happy (live in Brasil 2006)- The Rolling Stones:

Megadeth toca em São Paulo em agosto com Kiko Loureiro

megadet_dystopia-400x

Por Fabian Chacur

Shows do Megadeth no Brasil não são exatamente novidade, levando-se em conta que a consagrada banda americana se apresenta de forma constante por aqui desde 1991, quando foi uma das atrações do Rock in Rio. Mas a sua 14ª passagem por nossos palcos terá uma novidade muito bacana. Será a estreia do brasileiro Kiko Loureiro no país como guitarrista do time. O show em São Paulo rola no dia 7 de agosto, e os ingressos começam a ser vendidos a partir desta sexta (5) no site da Ticket 360 e nas bilheterias do local do show, o Espaço das Américas.

Loureiro, do Angra, estreou como integrante do Megadeth no recém-lançado álbum Dystopia, que também marca a entrada de Chris Adler (da banda Lamb Of God) na bateria. Prosseguem firmes e forte na escalação o chefão Dave Mustaine (vocal e guitarra) e David Ellefson (baixo), que fundaram o grupo no já distante ano de 1983. Ellefson ficou fora entre 2002 e 2010, mas é o integrante mais constante do quarteto, sem contar obviamente o líder Mustaine.

A estreia da nova line up do Megadeth não poderia ter sido melhor. Dystopia, lançado em janeiro deste ano, obteve o terceiro lugar na parada americana logo em sua semana inicial no mercado musical. Só o clássico Countdown To Extinction (1992) conseguiu posição mais alta nos charts (segundo lugar). A turnê do grupo passará por EUA, Canadá e por vários festivais na Europa durante o ano.

O set list do show incluirá músicas do novo álbum como a faixa título e The Threat is Real e também clássicos do repertório do grupo de thrash metal, entre os quais Symphony Of Destruction, Peace Sells, Holly Wars…The Punishment Dues, Tornado Of Souls e Hangar 18. O Megadeth é considerado um dos melhores grupos da história do thrash metal, ao lado de Metallica, Anthrax e Slayer, que por sinal já fizeram concorridos shows juntos intitulados The Big Four.

Dystopia– Megadeth:

The Threat Is Real (clipe)- Megadeth:

Symphony Of Destruction– Megadeth:

Joan Baez comemora 75 anos com show repleto de astros

joan baez-400x

Por Fabian Chacur

Nos últimos meses, tivemos de suportar a perda de grandes nomes da história da música. Como a existência humana é composta pela dor das perdas, mas também pela alegria da manutenção da vida, também cabe celebrar quem prossegue aqui, firme, junto conosco. E este é o caso da genial cantora e musicista americana Joan Baez, que no dia 9 de janeiro próximo passado comemorou 75 anos. Curiosamente, um dia depois do aniversário de 69 anos de David Bowie e um dia depois da morte prematura do roqueiro britânico. Cada dia tem sua sentença.

Como forma de comemorar essa data redonda de vida de uma das artistas mais importantes da história da música folk, foi realizado no último dia 27 de janeiro (uma quarta-feira) um show no badalado Beacon Theatre, em Nova York, no qual talentosos amigos e parceiros de Baez marcaram presença para cumprimenta-la. Segundo Frank Scheck, em matéria publicada no site americano da revista Billboard, o espetáculo esteve à altura da homenageada.

O acompanhamento instrumental foi feito sempre em esquema intimista, com no máximo dois músicos se incumbindo dessa função, de cada vez, seguindo o padrão do maravilhoso show feito por ela aqui no Brasil em março de 2014 (leia a resenha de Mondo Pop aqui). Em alguns momentos, era só ela no palco, em músicas como God is God, There But No Fortune, The Night They Drove Old Dixie Down e Forever Young.

As celebridades musicais vieram de várias eras da música. David Crosby, por exemplo, marcou presença em Blackbird. Judy Collins, por sua vez, fez seu dueto com a aniversariante em Diamonds And Rust, enquanto Mary Chapin Carpenter harmonizou vocais com a homenageada em Catch The Wind. Antes de cantar com Joan a bela Hard Times Come Again No More, Emmylow Harris soltou uma frase fofa demais: “eu era uma das inúmeras mulheres que queriam ser Joan Baez”.

Paul Simon esteve em cena cantando com a aniversariante a maravilhosa The Boxer, enquanto Richard Thompson (do grupo Fairport Convention e de ótima carreira solo) brilhou em House Of The Rising Sun e She Never Could Resist a Winding Road. Também estiveram em cena Damien Rice, Jackson Browne, Mavis Staples e Nino Stern. Para quem, como eu, não teve a bênção de ver o show, um consolo: o espetáculo foi gravado pela emissora pública PBS, e será exibido em junho no programa Great Performances.

Como vários desses programas da PBS com shows gravados ao vivo saíram no formato DVD, fica a esperança. Considerada uma das artistas mais importantes e influentes da história da música pop, Joan Baez continua com sua voz densa e cativante. Tive a honra de entrevista-la para a Folha de S.Paulo em 2014 (leia aqui), uma experiência deliciosa. Detalhe: foi ela quem me ligou. Que honra!

The Boxer(live 2015)- Joan Baez:

Forever Young (live 2010)- Joan Baez:

The Night They Drove Old Dixie Down– Joan Baez:

Older posts Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑