Mondo Pop

O pop de ontem, hoje, e amanhã...

Category: Uncategorized (page 3 of 96)

Matchbox Twenty esbanja poder de fogo em SP

Por Fabian Chacur

Durante as generosas duas horas e dez minutos em que esteve no palco do Espaço das Américas(SP), na noite desta terça-feira (17) em São Paulo, o grupo americano Matchbox Twenty provou que sabe como cativar seus fãs sem depender de recursos cênicos nem parafernálias audiovisuais. Para eles, bastou garra, talento, profissionalismo e ótimas canções para agradar as 4.800 pessoas presentes.

O show teve início às 21h32 com a exibição de um vídeo que apresentou a banda em um clima de vaudeville. Aliás, os dois telões instalados nas laterais do palco captavam a ação do show em alta definição e qualidade de imagens excepcional. De resto, apenas iluminação correta e cena totalmente livre de aparatos visuais. Quem segurava a onda eram mesmo os músicos.

Além dos quatro integrantes oficiais do grupo americano, tínhamos mais dois músicos de apoio se incumbindo de bateria e teclados/eventual guitarra. No centro de tudo, o cantor Rob Thomas, que em alguns momentos também se incumbiu de violão, guitarra e teclados. Carismático e muito simpático, ele soube conduzir a festa pop-rocker, além de provar ter uma voz simplesmente ótima e bastante potente.

O repertório do show deu uma geral nos cinco álbuns lançados por eles nesses 17 anos de carreira, com ênfase no primeiro, o excepcional Yourself Or Someone Like You (1996), que colaborou com Real World, Long Day, 3 am, Push, Girl Like That, Back 2 Good e Hang, esta última em pot-pourry com Peaceful Easy Feeling, hit dos lendários Eagles em sua fase mais country, no início dos anos 70.

Sucessos como Disease (parceria de Rob com Mick Jagger), Unwell, How Far We’ve Come e Bent também estiveram no set list, assim como várias faixas do mais recente álbum do quarteto, North (2012), pérolas como She’s So Mean, Parade, Overjoyed e a maravilhosa The Way, cujo vocal principal ficou a cargo do guitarrista solo Kyle Cook, que se mostrou de uma simplicidade matadora no instrumento, com solos sempre na medida certa.

Paul Doucette, antes apenas baterista, nos últimos anos deixou as baquetas para apenas alguns momentos durante o show, dedicando-se mais à guitarra, que toca com segurança e bastante energia, ajudando a agitar o público, enquanto o baixista Brian Yale prima pela discrição a la John Deacon (ex-Queen). Rob Thomas é quem comanda o time no palco, mas sem estrelismo ou arroubos de prima-dona, jogando para o time e brilhando.

Uma das surpresas ficou por conta do público, que cantou junto da banda durante boa parte do espetáculo, provando que existem muito mais fãs do Matchbox Twenty em São Paulo do que eu poderia imaginar. Rob não escondeu a surpresa e a felicidade por perceber isso, e retribuiu com um show maior em termos de duração do que os mais recentes da banda.

Se o show foi ótimo, o bis não ficou atrás, com direito a um cover muito bem escolhido, a música Don’t Change, um dos primeiros sucessos da carreira da banda australiana Inxs. O fim ficou por conta de uma versão turbinada da power balada Push, que deixou aquele gostinho de quero mais nos fãs. O Matchbox Twenty provou que pode se tornar uma das surpresas do Rock in Rio, pois foi talhada para brilhar nas grandes arenas do mundo.

Veja show do Matchbox Twenty na íntegra, realizado em 2012:

SET LIST SHOW MATCHBOX TWENTY
ESPAÇO DAS AMÉRICAS-SP-17.9.2013

Parade
Bent
Disease
She’s So Mean
How Far We’ve Come
3 am
Real World
If You’re Gone
Overjoyed
All Your Reasons
Long Day
I’ll Believe You When
Girl Like That
Hang/Peaceful Easy Feeling(The Eagles)
I Will
Unwell
Radio
So Sad So Lonely
English Town
The Way
Bright Lights
BIS
Our Song
How Long
Back To Good
Sleeping At The Wheel
Don’t Change (Inxs)
Push
Início: 21h32
Fim: 23h13
Fim após BIS: 23h44

Grant Hart cativa fãs do Husker Du em SP

Por Fabian Chacur

Grant Hart entrou no palco da Galeria Olido em São Paulo às 18h08 deste domingo (15) munido apenas de sua guitarra Gibson modelo semiacústico. Antes disso, o ex-baterista e cantor da seminal banda oitentista Husker Du já havia dado um banho de simpatia atendendo os fãs no saguão do teatro, dando autógrafos e tirando fotos com quem desejasse. Um público pequeno e entusiástico.

No melhor esquema “one man band”, Hart tocou durante 1h40 com profissionalismo extremo, bom humor e respeito aos presentes. Seu desempenho na guitarra é correto, sem esbanjar técnica e demonstrando o suficiente para apresentar de forma digna suas ótimas canções. Como disse meu amigo Giovanni, seria bacana vê-lo acompanhado por um guitarrista afiado que valorizasse ainda mais suas belas melodias.

Durante sua performance, o músico de 52 anos oriundo da cidade americana de Minneapolis mostrou canções do Husker Du, da banda Nova Mob (criada e encerrada nos anos 90) e da carreira solo, incluindo material do recém-lançado álbum individual The Argument, inédito no Brasil. Don’t Want To Know If You Are Lonely, Barbara e Diane foram algumas dessas músicas incluídas no set list, todas bem legais.

Com um vozeirão bem potente, Hart mostrou sua versatilidade como compositor, indo de momentos mais agressivos e quase hardcores (mesmo nesse perfil solitário e sem batera e baixo) até instantes de puro folk e country. Suas canções exploram o universo dos acordes simples e sem muito rebuscamento de forma criativa, inteligente e sensível, sem cair na mesmice ou repetição de formatos.

O público presente, com agradável predominância de jovens que eram crianças ou nem mesmo tinha nascido quando o Husker Du saiu de cena (em 1988), recepcionou Grant Hart com a devida reverência, aplaudindo bastante cada canção e chamando dois bis do roqueiro, atendidos com prazer. Sua saída do palco foi hilária: “ah, depois mandem um abraço para, como é mesmo o nome dele?”, referindo-se ao ex-parceiro de Husker Du Bob Mould, que tocará no Brasil em outubro (leia aqui). Saiba mais sobre Grant Hart aqui.

Veja Grant Hart ao vivo no esquema voz e guitarra:

Documentário registra carreira dos Eagles

Por Fabian Chacur

History Of The Eagles, documentário sobre a seminal banda americana que acaba de ser lançada no Brasil pela Universal Music nos formatos DVD duplo e Blu-ray, não poderia começar melhor. Em entrevista concedida em 1977, quando a banda vivia o auge de sua primeira fase, o cantor, compositor e baterista Don Henley faz um comentário sobre a trajetória como músico.

“Bem, acho que essa não é uma carreira que você leve para a vida inteira”. Em segundos, é retrucado pelo cantor, compositor e guitarrista Glenn Frey, que criou a banda com ele em 1971. “Não é?”. Os dois caem na risada. Mal sabiam eles que, 35 anos depois, eles continuariam fazendo música juntos, mesmo passando por inúmeros altos e baixos, brigas e reconciliações etc etc etc (e tome etc!). No fim, deu tudo certo.

O grande mérito deste excepcional documentário produzido por Alex Gibney e dirigido por Alison Ellwood é não tentar esconder as partes polêmicas da história da banda americana criada em Los Angeles a partir de dois músicos que tocavam juntos na banda de apoio da então ascendente estrela do country rock Linda Ronstadt, exatamente Frey e Henley.

Com total colaboração de integrantes e ex-integrantes do time, The Story Of The Eagles abrange desde os tempos iniciais dos músicos, com direito a momentos das bandas da qual fizeram parte anteriormente, até a realização de Long Road Out Of Eden (2007), seu primeiro álbum de estúdio desde The Long Run (1979). O material aproveitado é vasto, com entrevistas atuais e também belos registros de todas as fases desse supergrupo americano.

Até mesmo making ofs das fotos de capa de alguns de seus álbuns são apresentados, trazendo cenas de shows, entrevistas com artistas relacionados à banda como Jackson Browne, J.D. Souther e Linda Ronstadt e depoimentos até mesmo de hoje “personas non gratas” perante a banda, como o empresário e dono de gravadoras David Geffen. Todos os ex-integrantes foram entrevistados, sem censura prévia.

O documentário é dividido em duas partes. Na primeira, com cerca de duas horas de duração, é contada a história dos Eagles de seu início até a primeira separação, ocorrida em 1980 após uma briga histórica entre Glenn Frey e o guitarrista Don Felder, cujo diálogo agressivo é reproduzido na íntegra em áudio. Depoimentos bem ácidos de Frey (especialmente) e de Felder também estão aqui.

Os álbuns gravados em Londres com a produção do lendário Glynn Johns (trabalhou com o The Who e os Rolling Stones, entre outros), o início com uma sonoridade country rock mais delicada, a entrada de Don Felder e Joe Walsh para dar um tempero mais rocker ao time (com a saída posterior do guitarrista original do time, Bernie Leadon), a saída do baixista e vocalista Randy Meisner em 1977 dando sua vaga a Timothy B. Schmidt, tudo é esmiuçado.

A segunda parte, com pouco mais de uma hora, mostra o que os músicos fizeram entre 1980 e 1990, quando tiveram início as primeiras tentativas sérias de se trazer a banda de volta, o que ocorreria de fato em 1994 com o álbum Hell Freezes Over, que teve o apoio da MTV. A importância do formato de rádio Classic Rock, a rejeição de Glenn Frey inicialmente, o retorno triunfal, está tudo lá.

Fica bem claro ao espectador que desde o início os Eagles buscavam o estrelato e a realização de um trabalho que aliasse perfeição técnica a forte apelo comercial. Ou seja, nunca rolou ingenuidade no roteiro deles, pois naquela época (início dos anos 70) o rock and roll se consolidava como uma indústria na qual fazer dinheiro era um dos pontos mais importantes.

Mesmo com essa mentalidade, o talento de seus integrantes, especialmente Henley e Frey, gerou uma obra que se perpetuou entre o que há de melhor na história do rock, especialmente o de viés americano, com aquelas influências perenes de rock and roll, country, folk, hard rock e soul music. Veja esse documentário sublime e sinta que esta é uma banda que vai muito além do Hotel Califórnia.

Trailer de The History Of The Eagles:

Tuia aposta em delicadeza em Jardim Invisível

Por Fabian Chacur

Dez canções melódicas, delicadas, com fortes influências de folk, MPB, pop e rock, ênfase em instrumentos acústicos e interpretadas de forma apaixonada. Eis um pequeno resumo possível do conteúdo de Jardim Invisível, novo CD solo de Tuia Lencioni, cantor, compositor e músico paulista. Aquele tipo de trabalho que consegue ser ao mesmo tempo acessível ao ouvido médio e sofisticado. Bela façanha não muito fácil de se concretizar.

Tuia se tornou conhecido como integrante do Dotô Jeka, banda que lançou em 1996 o álbum Tia Marieta pela Virgin Records e teve como marca uma mistura de rock com elementos de música rural. O artista avalia a experiência com o grupo, que durou dez anos, como positiva, além de um aprendizado que lhe permitiu investir na carreira solo de forma consistente.

“A banda era temática, não dava para sair disso, criamos um monstrinho, a mistura do rock com a música regional, e eu me sentia limitado musicalmente. Aprendi muito com o Dotô Jeka em todos os sentidos, até produção, divulgação etc. Artista solo às vezes tem dificuldade de se encaixar em algum gênero, é o meu caso, mas é o melhor caminho para mim”.

Em 2010, Tuia lançou o DVD/CD Ao Vivo, com boa repercussão. Agora, chega a vez de um trabalho de estúdio, Jardim Invisível, com oito inéditas e duas releituras de músicas incluídas antes no ao vivo, Atalhos e O Céu. “Achei que seria legal regravar essas músicas num clima mais anos 70, com influências do Clube da Esquina, mas com a cara de hoje”.

Hoje morando em São José dos Campos (SP), após dez anos de Rio de Janeiro, Tuia explica que seu novo CD reflete bastante o clima bucólico e prazeroso daquela região, próxima do sul de Minas Gerais e com cidades como São Luiz do Paraitinga (SP) e São Bento do Sapucaí (SP) nas proximidades. “É um disco quase conceitual, inspirado por esse ambiente de flores, de céu, de sentir-se bem. As letras falam muito de amor, de forma poética e melódica”.

Investindo em uma carreira distante de clichês e padrões estereotipados, Tuia explica a dificuldade de se superar algumas barreiras existentes no meio musical brasileiro atual.

“Hoje, é o popularesco de um lado e o cult demais do outro. Meu som é pop, mas é elaborado também. Estou fazendo um trabalho de divulgação em Minas Gerais e no Nordeste bem legal, onde existem espaços. Estou comendo pelas beiradas por lá, chego a competir com Ana Carolina, Marisa Monte, em termos de execução. É um trabalho de resistência, contra essa coisa de estética contra conteúdo”.

Jardim Invisível pode ser adquirido nos shows de Tuia e também através de seu site (www.tuiamusica.com.br ) ou em versão digital no iTunes.

Veja o clipe de O Céu, com Tuia:

Rock perde Alvin Lee, do Ten Years After

Por Fabian Chacur

Alvin Lee, cantor, compositor e guitarrista que ganhou fama como líder da célebre banda britânica Ten Years After, morreu no dia 6 de março, vítima de complicações inesperadas surgidas após um procedimento cirúrgico de rotina, segundo informações postadas em seu site pessoal. O músico inglês tinha 68 anos de idade.

A formação clássica do Ten Years After incluía, além de Alvin Lee no vocal e guitarra, o baixista Leo Lyons, o tecladista Chick Churchill e o baterista Rick Lee. Eles lançaram seu primeiro álbum em 1967, com repercussão mediana. A coisa começou a melhorar para o quarteto a partir do álbum ao vivo Undead (1968).

A fama de Alvin Lee veio mesmo em 1969, quando seu grupo participou em 3 de julho do Newport Jazz Festival, algo inédito para um grupo de rock, e brilhou como uma das atrações do mitológico festival de Woodstok em 15 de agosto, ambos os eventos em solo americano, pátria de suas principais influências (rock básico, blues, folk e hard rock).

A performance de Lee em Woodstock tornou-se seu cartão visitas. No filme que registra os momentos marcantes do evento, ele simplesmente arrasa em I’m Going Home, com direito a citações de clássicos do rock, solos dinâmicos e com uma rapidez e originalidade que poucos músicos seriam capazes de se aproximar. O álbum Ssssh (1969) estourou logo a seguir.

Até 1973, Alvin e sua banda ainda emplacariam alguns hits, entre os quais a belíssima I’d Love To Change The World e também I Woke Up This Morning, Love Like a Man e Positive Vibrations, até que o grupo resolveu sair de cena, para tristeza dos fãs.

A partir daí, Alvin Lee se dividiu entre trabalhos solo e novas formações do Ten Years After. O primeiro disco solo, On The Road To Freedom (1974), conta com participações especiais de George Harrison, Steve Winwood, Jim Capaldi e Ron Wood. Em 1986, gravaria novamente com Harrison e Leo Lyons no álbum individual Detroit Diesel.

Alvin Lee se apresentou há alguns anos no Brasil no hoje extinto Palace.

I’d Love To Change The World – Ten Years After:

I’m Going Home (live in Woodstock)- Ten Years After:

Justin Bieber quebra recorde com novo álbum

Por Fabian Chacur

Pelo visto, não adianta mesmo torcer contra Justin Bieber. Ao contrário do que imaginavam alguns críticos, o fenômeno canadense está se mantendo no topo das paradas de sucessos nos últimos três anos, e 2013 não será exceção na até aqui consagradora carreira do cantor e compositor.

Believe Acoustic, seu novo álbum, estreou na parada dos EUA no primeiro posto, com 211 mil cópias comercializadas em sua primeira semana de vendas. Para que se possa ter uma ideia da excelente largada do novo disco de Fever Bieber, o segundo posto ficou com Passione, do consagrado tenor italiano Andrea Bocelli, que vendeu 94 mil cópias no mesmo período, ou seja, menos da metade.

E a coisa avança. Trata-se da quinta vez que ele atinge o topo da parada ianque, o que o torna o único artista a conseguir tal façanha antes de completar 19 anos de idade, o que irá ocorrer no dia 1º de março. Ele estava empatado com Miley Cyrus, com quatro pole positions. Detalhe: são quatro number one albums em quatro anos consecutivos.

My World 2.0 (2010), Never Say Never The Remixes (2011), Under The Mistletoe (2011) e Believe (2012) foram os trabalhos anteriores do astro pop adolescente a conseguir o topo nos EUA. Believe Acoustic inclui oito versões acústicas de faixas de Believe e as inéditas Yellow Raincoat, I Would e Nothing Like Us.

Um dado interessante: 75% das vendas de Believe Acoustic vieram de downloads legalizados, sendo que, deste número, de 20 a 25% foram obtidos na pré-venda, quando os fãs nem sabiam ao certo o que iriam ouvir. Uma prova de fidelidade que mostra a força de Justin Bieber entre os concorrentes no meio pop.

Vale registrar o álbum que largou no quarto lugar nesta semana na terra de Barack Obama, com 44 mil cópias comercializadas, a maior parte delas no formato físico. Trata-se de Love, Charlie, de Charlie Wilson. Ele ficou conhecido no final dos anos 70 e meados dos anos 80 como vocalista e líder da Gap Band, que emplacou hits funk-dance como Burn Rubber On Me, Ooops! Upside Your Head, You Dropped a Bomb On Me e Steppin’ Out.

Beauty And A Beat– Justin Bieber:

Ooops! Upside Your Head – The Gap Band:

Caetano lança clipe colaborativo de Abraçaço

Por Fabian Chacur

Caetano Veloso e a Universal Music, através das redes sociais, pediram fotos aos fãs tendo como tema registros de abraços. Inúmeros foram mandados a eles via Instagram. Centenas foram selecionados e agoram estão eternizados no clipe da música Abraçaço, que dá nome ao mais recente trabalho de inéditas de Caê (leia crítica aqui), gravado com a ótima banda Cê.

O clipe recém-lançado, que você poderá ver no fim deste post, ficou muito legal, e combina de forma bastante feliz com o clima urgente e atraente dessa canção, um dos pontos altos do álbum de inéditas que o autor de Leãozinho lançou em 2012, ano em que completou 70 anos de idade (leia homenagem de Mondo Pop aqui).

Outros lançamentos bacanas e recentes envolvendo Caetano Veloso são a belíssima reedição do álbum Transa (1972), com direito a remasterização e reprodução da arte original da versão original em vinil (leia a crítica aqui) e o CD gravado ao vivo nos EUA ao lado do ex-integrante dos Talking Heads David Byrne (leia crítica aqui).

Veja o clipe de Abraçaço, de Caetano Veloso:

Fleetwood Mac será atração em New Orleans

Por Fabian Chacur

Quem acompanha Mondo Pop já sabe que o Fleetwood Mac voltará aos palcos em 2013, como noticiamos aqui e aqui. Mais uma data importante na agenda do consagrado grupo de rock acaba de ser acrescentada ao pacote.

A banda atualmente integrada por Stevie Nicks (vocal), Lindsey Buckingham (guitarra e vocal), Mick Fleetwood (bateria) e John McVie (baixo) será uma das principais atrações do badalado New Orleans Jazz And Heritage Festival, que será realizado ao ar livre entre 26 a 28 de abril e de 2 a 5 de maio em Nova Orleans.

Além deles, também estão confirmados no elenco do festival nomes do primeiro time do rock e do pop como Daryl Hall & John Oates (em um raro show nos últimos tempos), Billy Joel, Willie Nelson, Maroon 5, Earth Wind & Fire, John Mayer, Dave Matthews Band e B.B. King, além de craques da Louisiana como Allen Toussaint e Irma Thomas.

Sempre bem frequentado, o festival de New Orleans também inclui inúmeros artistas locais, tornando a cidade uma verdadeira capital mundial da música nos dias em que é realizado. Em 2012, marcaram presença por lá The Eagles, Tom Petty & The Heartbreakers e Foo Fighters. Ah se eu tivesse dinheiro! Nessas horas, ser durango kid machuca o fundo da minha alma.

Go Your Own Way, com Fleetwood Mac:

North é o Matchbox Twenty em plena forma

Por Fabian Chacur

O Matchbox Twenty é o tipo da banda que não tem o perfil dos grupos que costumam ser idolatrados pela imprensa musical tupiniquim. Não soa esquisito, não tem cara “alternativa”, não tem integrantes “doidões”, investe em um visual sem grandes maluquices e joga todas as suas fichas na qualidade musical.

Dessa forma, é difícil ler alguma matéria em português sobre esse afiado quarteto, que iniciou sua carreira em Orlando, Flórida, em 1995, e estourou logo com seu disco de estreia, o excelente Yourself Or Someone Like You (1996), um dos melhores álbuns de rock dos anos 90.

Desde o início, Rob Thomas (vocal), Kyle Cook (guitarra solo), Brian Yale (baixo) e Paul Doucette (guitarra base e bateria) apostam em uma mistura de Beatles, John Mellencamp, Bruce Springsteen, power pop, country rock, folk e pop, com direito a boas melodias, muita energia e a aposta em canções, não em modismos. Uma fórmula que se mostrou vencedora.

Além dos cinco excelente discos (incluindo uma coletânea, Exile On Mainstream, que consegue a façanha de incluir seis inéditas, todas ótimas), temos também dois ótimos discos solo do vocalista Rob Thomas. Todos esses álbuns ficaram entre os seis mais nos EUA.

De quebra, Rob é o vocalista e o coautor de Smooth, música que em 1999 trouxe Carlos Santana de volta às paradas de sucesso como principal faixa do estelar álbum Supernatural. Thomas também compôs a músca Disease, incluída no álbum da banda More Than You Think You Are, em parceria com Mick Jagger, dos Rolling Stones. Haja currículo!

North, o quinto álbum do agora quarteto (Paul Doucette, da formação original, saiu do time em 2005), confirma mais uma vez o incrível talento dessa banda em nos oferecer canções compactas, bem arranjadas, simples e ao mesmo tempo repleta daquela sofisticação pop que só os grandes nomes possuem. O bife com fritas perfeito, eu diria.

Entre as 15 ótimas faixas incluídas em North, destaco o power pop She’s So Mean (com um clipe hilariante), a empolgante balada The Way e o rock melódico I Believe In Everything, daquelas músicas que não saem mais da sua cabeça logo após a primeira audição.

Put Your Hands Up, I Will, How Long, Radio e Like Sugar também merece destaque, mas no geral o novo álbum deste grupo americano pode ser ouvido de ponta a ponta, sem pulos.

Se você está se lixando por hype, badalação barata ou truques pop banais, e procura um grupo de rock que toca de verdade, compõe bem e tem um dos melhores vocalistas disponíveis no mercado, pode apostar sem medo em North, do Matchbox Twenty, que o público americano colocou no primeiro lugar em sua semana de lançamento. Eis um caso bacana de sucesso comercial aliado a qualidade artística.

Veja o clipe de She’s So Mean:

Ouça The Way:

Ouça I Believe In Everything:

Bowie faz anos e nós ganhamos o presente!

Por Fabian Chacur

Nesta terça-feira (8), David Bowie completa 66 anos. Eu me preparava para fazer mais um daqueles textos de fã choroso, com saudades de trabalhos novos de um de meus artistas favoritos, quando surge a primeira grande e boa notícia musical do ano.

David Bowie está lançando hoje sua primeira música inédita em 10 anos. Mais: em março, chegará ao mercado The Next Day, seu primeiro álbum de inéditas desde Reality (2003). Digno de uma festa, daquelas de varar a noite.

A comemoração se justifica em função da altíssima qualidade da amostra desse novo álbum. O single Where Are We Now?, já disponível para vendas nas lojas virtuais iTunes,é simplesmente maravilhoso. Uma balada melancólica e elaborada, com direito a bela melodia e uma interpretação sóbria e envolvente do Tin White Duke.

O clipe tem como cenário básico um estúdio de um artista plástico, e inclui cenas gravadas em preto e branco em Berlim, cidade alemã na qual Bowie viveu durante algum tempo na década de 70 e na qual concebeu os clássicos álbuns Low e Heroes. A direção do belo clipe é de Tony Oursler, não por acaso artista plástico.

The Next Day inclui 14 faixas em sua versão standard, sendo que também será lançada uma versão deluxe com direito a três músicas adicionais. A produção do álbum é do veterano e consagrado Toni Visconti, com quem Bowie trabalhou em álbuns como Young Americans (1975), Low (1977) e Heroes (1977).

Desde que sofreu um piripaque em meados de 2004, David Bowie vinha se mantendo bem distante do cenário musical, com direito a raras aparições. Tivemos de nos contentar nesses anos todos com lançamentos extraídos do arquivo de sua obra, como reedições e álbuns ao vivo. A fonte parecia ter secado. Ele virou dono de casa!

No entanto, Bowie sempre teve como marca registrada em suas cinco décadas de carreira surpreender seus fãs, e isso ocorre mais uma vez. Que belo presente ele nos dá em seu aniversário de número 66. Vamos soltar o verbo na Rota Bowie 66!

Eis os títulos das músicas de The Next Day:

The Next Day
Dirty Boys
The Stars (Are Out Tonight)
Love Is Lost
Where Are We Now?
Valentine’s Day
If You Can See Me
I’d Rather Be High
Boss Of Me
Dancing Out In Space
How Does The Grass Grow
(You Will) Set The World On Fire
You Feel So Lonely You Could Die
Heat

Deluxe Version bonus tracks:

So She
I’ll Take You There
Plan

Veja o clipe de Where Are We Now?, de David Bowie:

Older posts Newer posts

© 2024 Mondo Pop

Theme by Anders NorenUp ↑